Formação

Direção espiritual: qual é o seu papel na nossa fé?

Direção espiritual: qual é o seu papel na nossa fé?
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Direção espiritual: qual é o seu papel na nossa fé?

Data da Publicação: 06/06/2023
Tempo de leitura:
Autor: Caroline Muhlen
Data da Publicação: 06/06/2023
Tempo de leitura:
Autor: Caroline Muhlen

Você tem alguma dúvida sobre direção espiritual? Neste artigo, confira tudo o que precisa saber para encontrar um bom diretor e uma boa direção espiritual.

Santa Teresa de Jesus, São João da Cruz, Santo Inácio de Loyola, São João de Ávila, São Francisco de Sales, Santo Afonso Maria de Ligório. Sabe o que esses grandes santos dos séculos XVI-XVII têm em comum? Foram responsáveis por popularizar a direção espiritual.

Não que não existisse nos séculos anteriores, não que Nosso Senhor não estivesse próximo dos seus apóstolos aconselhando-os e instruindo-os, mas foram esses santos que praticavam — seja como diretores, sejam como dirigidos — e incentivavam essa prática espiritual.

Os sacerdotes estão intimamente ligados à vida espiritual dos fiéis de três grandes formas: como ministros da eucaristia, sem eles não recebemos o corpo de Cristo; como dispensadores da misericórdia divina no sacramento da penitência; e como consoladores das almas, guias de todos os fiéis nas dificuldades da vida.

A terceira grande forma é encabeçada pela prática da direção espiritual.

Frutos de uma direção espiritual santa

São Francisco de Sales e uma de suas dirigidas, Santa Joana de Chantal

São João Paulo II exortava o redescobrimento desta tradição, pois conhecia seus frutos: é preciso redescobrir a grande tradição do acompanhamento espiritual pessoal, que sempre deu tantos e tão preciosos frutos, na vida da Igreja[1]

O fruto de uma boa e madura direção espiritual não pode ser outro senão a santidade. Diretores santos tendem a formar dirigidos santos.

Quando canonizado, São Pedro de Alcântara é recordado como grande diretor espiritual de Santa Teresa d’Ávila e o principal promotor de sua reforma no Carmelo.

Recentemente publicamos na nossa loja a autobiografia de Santa Margarida Alacoque, a vidente do Sagrado Coração de Jesus, responsável por propagar a devoção. Lá encontramos a figura de seu diretor espiritual, incentivador da devoção e também santo, São Cláudio Colombiere.

“Antes morrer que pecar”, era o lema de vida de São Domingos Sávio, muito graças ao seu santo diretor espiritual, São João Bosco, nosso querido Dom Bosco.

Como escolher um bom diretor espiritual?

O documento da Congregação para o Clero “O Sacerdote Ministro da Misericórdia Divina: subsídio para confessores e diretores espirituais” apresenta qualidades do diretor espiritual.

Entre as suas qualidades, estão o espírito de acolhida e escuta. Ninguém se abre, nem se torna sensível aos conselhos, se não sentir-se acolhido, ouvido, recebendo a devida atenção. Sem caras fechadas, sem rispidez.

Devem ser responsáveis, pois trata-se do cuidado de uma alma. A salvação ou a danação eterna estão em jogo. Devem ser disponíveis. Disponibilidade não quer dizer responder mensagem de WhatsApp a qualquer momento, mas manter uma frequência razoável de acompanhamento.

Dom Bosco, a quem São Domingos Sávio recorria para ter direção espiritual.

Deve haver um sentimento de paternidade em torno da figura do diretor, um amor fraterno e uma amizade respeitosa. Além, é claro, de um bom humor que, quando autêntico, é sempre respeitoso e contribui para redimensionar muitos problemas artificiosos e a viver mais serenamente. Por outro lado, deve-se evitar o autoritarismo, o personalismo e o paternalismo, além do que a dependência afetiva, a pressa e a perda de tempo em questões secundárias.[2]

Posso ter mais de um diretor espiritual? Posso trocar de diretor espiritual?

Geralmente, o diretor ou conselheiro espiritual (escolhido, proposto ou indicado) é apenas um, com o objetivo de assegurar a continuidade. Na vida de alguns santos pode-se observar uma grande liberdade em consultar outros e em mudar de diretor quando se constata que é melhor para a vida espiritual. A eventual mudança de diretor deve ser sempre possível e livre, quando existem motivações válidas para um maior crescimento espiritual.”[3]

Direção Espiritual: O que fazer quando não encontro um diretor espiritual?

Grande é a messe, mas poucos são os operários.”[4] Infelizmente poucos sacerdotes se dispõe a um acompanhamento personalizado como a direção espiritual requer e os que se dispõe não conseguem atender toda a demanda, limitando o número de dirigidos.

Mesmo os que já têm seus diretores, nem sempre podem tê-lo à disposição para sanar dúvidas e orientar questões pontuais. A leitura de bons livros de vida interior, com conselhos práticos de homens de virtude conhecida, em especial, santos, surge como uma opção paliativa.

A leitura dos livros espirituais foi útil aos santos, não só no começo de sua conversão, mas também durante toda a sua vida, para se manterem e aproveitarem cada vez mais no caminho da perfeição.”[5]

O que você vai encontrar neste artigo?

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    Caroline Muhlen

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    Santa Teresa de Jesus, São João da Cruz, Santo Inácio de Loyola, São João de Ávila, São Francisco de Sales, Santo Afonso Maria de Ligório. Sabe o que esses grandes santos dos séculos XVI-XVII têm em comum? Foram responsáveis por popularizar a direção espiritual.

    Não que não existisse nos séculos anteriores, não que Nosso Senhor não estivesse próximo dos seus apóstolos aconselhando-os e instruindo-os, mas foram esses santos que praticavam — seja como diretores, sejam como dirigidos — e incentivavam essa prática espiritual.

    Os sacerdotes estão intimamente ligados à vida espiritual dos fiéis de três grandes formas: como ministros da eucaristia, sem eles não recebemos o corpo de Cristo; como dispensadores da misericórdia divina no sacramento da penitência; e como consoladores das almas, guias de todos os fiéis nas dificuldades da vida.

    A terceira grande forma é encabeçada pela prática da direção espiritual.

    Frutos de uma direção espiritual santa

    São Francisco de Sales e uma de suas dirigidas, Santa Joana de Chantal

    São João Paulo II exortava o redescobrimento desta tradição, pois conhecia seus frutos: é preciso redescobrir a grande tradição do acompanhamento espiritual pessoal, que sempre deu tantos e tão preciosos frutos, na vida da Igreja[1]

    O fruto de uma boa e madura direção espiritual não pode ser outro senão a santidade. Diretores santos tendem a formar dirigidos santos.

    Quando canonizado, São Pedro de Alcântara é recordado como grande diretor espiritual de Santa Teresa d’Ávila e o principal promotor de sua reforma no Carmelo.

    Recentemente publicamos na nossa loja a autobiografia de Santa Margarida Alacoque, a vidente do Sagrado Coração de Jesus, responsável por propagar a devoção. Lá encontramos a figura de seu diretor espiritual, incentivador da devoção e também santo, São Cláudio Colombiere.

    “Antes morrer que pecar”, era o lema de vida de São Domingos Sávio, muito graças ao seu santo diretor espiritual, São João Bosco, nosso querido Dom Bosco.

    Como escolher um bom diretor espiritual?

    O documento da Congregação para o Clero “O Sacerdote Ministro da Misericórdia Divina: subsídio para confessores e diretores espirituais” apresenta qualidades do diretor espiritual.

    Entre as suas qualidades, estão o espírito de acolhida e escuta. Ninguém se abre, nem se torna sensível aos conselhos, se não sentir-se acolhido, ouvido, recebendo a devida atenção. Sem caras fechadas, sem rispidez.

    Devem ser responsáveis, pois trata-se do cuidado de uma alma. A salvação ou a danação eterna estão em jogo. Devem ser disponíveis. Disponibilidade não quer dizer responder mensagem de WhatsApp a qualquer momento, mas manter uma frequência razoável de acompanhamento.

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    Deve haver um sentimento de paternidade em torno da figura do diretor, um amor fraterno e uma amizade respeitosa. Além, é claro, de um bom humor que, quando autêntico, é sempre respeitoso e contribui para redimensionar muitos problemas artificiosos e a viver mais serenamente. Por outro lado, deve-se evitar o autoritarismo, o personalismo e o paternalismo, além do que a dependência afetiva, a pressa e a perda de tempo em questões secundárias.[2]

    Posso ter mais de um diretor espiritual? Posso trocar de diretor espiritual?

    Geralmente, o diretor ou conselheiro espiritual (escolhido, proposto ou indicado) é apenas um, com o objetivo de assegurar a continuidade. Na vida de alguns santos pode-se observar uma grande liberdade em consultar outros e em mudar de diretor quando se constata que é melhor para a vida espiritual. A eventual mudança de diretor deve ser sempre possível e livre, quando existem motivações válidas para um maior crescimento espiritual.”[3]

    Direção Espiritual: O que fazer quando não encontro um diretor espiritual?

    Grande é a messe, mas poucos são os operários.”[4] Infelizmente poucos sacerdotes se dispõe a um acompanhamento personalizado como a direção espiritual requer e os que se dispõe não conseguem atender toda a demanda, limitando o número de dirigidos.

    Mesmo os que já têm seus diretores, nem sempre podem tê-lo à disposição para sanar dúvidas e orientar questões pontuais. A leitura de bons livros de vida interior, com conselhos práticos de homens de virtude conhecida, em especial, santos, surge como uma opção paliativa.

    A leitura dos livros espirituais foi útil aos santos, não só no começo de sua conversão, mas também durante toda a sua vida, para se manterem e aproveitarem cada vez mais no caminho da perfeição.”[5]

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