Liturgia diária

Liturgia Diária 25/08/24

Acompanhe a liturgia do dia 25 de agosto de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

21º Domingo do tempo comum, Ano B.

Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, a partir de hoje traremos, em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado nas homilias de São João Maria Vianney, em “Sermões do Cura d’Ars”. Que estas palavras, repletas de sabedoria e zelo pastoral, sirvam de guia e reflexão no caminho da fé.

Deus levou seis dias para criar o mundo, mas para destruí-lo, bastará um instante. Quando Ele criou o universo e tudo o que nele há, não houve ninguém para testemunhar sua grandiosidade; mas, no momento da destruição, todos estarão presentes. Nações inteiras reconhecerão que Deus existe e que Seu poder é incomparável. Venham, zombadores e céticos, venham ver com seus próprios olhos se há um Deus, se Ele viu todas as vossas ações e se Ele é realmente todo-poderoso! Nesse momento, como mudará o coração do pecador! Que arrependimento esmagador virá ao perceber o tempo precioso desperdiçado! Mas será tarde demais, o tempo terá se esgotado, e restará apenas o desespero. Ah, quão terrível será esse momento!¹.

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” ²

Primeira leitura

Josué 24,1-2a.15-17.18b

1 Finalmente Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém e chamou os anciãos, os príncipes, os juízes e os magistrados, e eles apresentaram-se diante do Senhor.
2a E ele falou assim ao povo:
15 Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, é-vos dada a opção: escolhei hoje o que vos agrada e a quem principalmente deveis servir; se aos deuses a quem serviram os vossos pais na Mesopotâmia, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais – porque eu e minha casa havemos de servir ao Senhor.” 16 O povo respondeu, dizendo: “Longe de nós que abandonemos o Senhor e sirvamos a deuses estranhos.
17 O Senhor nosso Deus, ele mesmo, nos tirou a nós e a nossos pais da terra do Egito, da casa da escravidão, e fez à nossa vista grandes prodígios e guardou-nos por entre todos os povos pelos quais passamos.
18b Nós, pois, serviremos ao Senhor, porque ele é o nosso Deus.

Salmo

33,2-3.16-17.18-19.20-21.22-23 (R.9a)

R. Provai e vede quão suave é o Senhor!

2 Bendirei o Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre na minha boca.
3 No Senhor se gloriará a minha alma. Ouçam-no os humildes e alegrem-se. R.

16 Os olhos do Senhor estão voltados para os justos, e os seus ouvidos aos seus rogos.
17 Mas o rosto do Senhor [está] sobre os que fazem o mal, para apagar da terra a sua memória. R.

18 Os justos clamaram, e o Senhor os ouviu,e os salvou de todas as suas tribulações.
19 O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado, e salvará os humildes de espírito. R.

20 Muitas são as tribulações dos justos, e de todas elas os livrará o Senhor.
21 O Senhor guarda todos os ossos deles, e nem um só se quebrará. R.

22 A morte dos pecadores é terrível, e os que odeiam o justo perecerão.
23 O Senhor resgatará as almas dos seus servos, e todos os que esperam nele não perecerão. R.

Segunda Leitura

Efésios 5,21-32

21 Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo.
22 As mulheres sejam sujeitas a seus maridos, como ao Senhor,
23 porque o marido é cabeça da mulher, como Cristo é cabeça da Igreja, seu corpo, do qual ele é o Salvador.
24 Ora, assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres a seus maridos em tudo.
25 Maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja, e por ela se entregou a si mesmo,
26 para a santificar, purificando-a no batismo da água pela palavra da vida,
27 a fim de apresentar a si mesmo esta Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e imaculada.
28 Assim também os maridos devem amar as suas mulheres como os seus próprios corpos. O que ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
29 Ninguém jamais odiou a sua própria carne, mas nutre-a e cuida dela, como também Cristo o faz à Igreja,
30 porque somos membros do seu corpo, da sua carne e dos seus ossos.
31 Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne.
32 Este mistério é grande, mas eu o digo em relação a Cristo e à Igreja.

Evangelho

João 6, 61-70(60-69)

61 Muitos de seus discípulos, ouvindo isso, disseram: “Dura é esta linguagem, e quem a pode ouvir?”.
62 Mas Jesus, percebendo em si mesmo que seus discípulos murmuravam sobre isso, disse-lhes: “Isto vos escandaliza?
63 E se virdes subir o Filho do homem para onde estava antes?
64 O espírito é que o vivifica; a carne para nada aproveita. As palavras que eu vos disse são espírito e vida.
65 Mas há alguns de vós que não creem”. Porque Jesus sabia desde o princípio quais eram os que não criam, e quem havia de o entregar.
66 E dizia: “Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se não lhe for concedido por meu Pai”.
67 A partir de então muitos de seus discípulos tornaram atrás, e já não andavam com ele.
68 Por isso Jesus disse aos doze: “Quereis vós também retirar-vos?”.
69 Mas Simão Pedro respondeu-lhe: “Senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna,
70 e nós acreditamos e conhecemos que tu és o Cristo, Filho de Deus”

Comentário Patrístico

6,64 Agostinho: Se, portanto, entendeste essas palavras em sentido espiritual, elas serão para ti espírito e vida. Se as entendeste em sentido carnal, elas ainda assim são espírito e vida, mas não para ti. Dissemos, pois, que o Senhor nos convidou para comer a sua carne e beber o seu sangue para que permaneçamos nele, e ele, em nós. O que pode produzir isso senão a caridade? “Porque a caridade de Deus está derramada em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5,5), como diz o Apóstolo. Logo, o espírito é que o vivifica.

Santo do dia

São Luís

25 de agosto

A mãe de Luís um dia lhe disse que preferia vê-lo morrer do que cometer um pecado mortal, e ele jamais esqueceu estas palavras. Coroado Rei da França aos doze anos, fez da defesa da honra de Deus o objetivo de sua vida. Antes de se passarem dois anos de seu reinado, já havia esmagado os hereges albigenses e os forçado sob rigorosas penalidades a respeitar a fé católica. Em meio às diligências do governo, recitava diariamente o Ofício Divino e assistia a duas missas, e as mais gloriosas igrejas da França são ainda monumentos à sua piedade. Quando seus cortesãos o repreenderam por sua lei obrigando os blasfemos a serem marcados com ferro nos lábios, respondeu: “Eu teria meus próprios lábios marcados se fosse para extirpar de vez a blasfêmia de meu reino”. Destemido protetor dos fracos e oprimidos, foi escolhido para arbitrar as grandes disputas de sua época; entre o Papa e o imperador, e entre Henrique III e os barões ingleses. Em 1248, para resgatar a terra em que Cristo pisara, reuniu consigo a cavalaria da França e embarcou para o Oriente. Lá, diante dos infiéis, fosse na vitória ou na derrota, à cama enfermo ou preso pelas correntes, Luís se mostrava sempre o mesmo – o maior, melhor e mais valente dos cavaleiros cristãos. A morte de sua mãe o convocou de volta à França, contudo, uma vez restabelecida a ordem, ele partiu novamente em uma segunda cruzada. Em agosto de 1270, o exército desembarcou em Túnis, e, embora vitorioso sobre o inimigo, sucumbiu a uma febre maligna. Luís foi uma das vítimas. Recebeu o viático de joelhos ao lado do catre, e entregou a vida com a mesma alegria que entregara tudo o mais em honra a Deus. ³

Outros santos do dia: São José de Calasanz, Santa Patrícia, Santa Mena, Santa Eba e São Gregório de Utrecht.

Referências

1. São João Vianney Sobre o Juízo Final, p. 13[↩]
2. Devocionário a São José, página 33.[↩]
3. Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 373-374.[↩]