Liturgia diária

Liturgia Diária 09/09/24

Acompanhe a liturgia do dia 9 de setembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

Segunda-feira, 23ª semana do tempo comum, Ano B

Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, a partir de hoje – no mês de setembro – traremos, em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado nos textos de São Francisco de Sales, de sua obra “Tratado do Amor de Deus”. Que estas palavras, repletas de sabedoria e zelo pastoral, sirvam de guia e reflexão no caminho da fé.

“Deus não deseja nos poupar das tentações, porque é através delas que o amor é posto à prova. Ao resistirmos, fortalecemos nossa caridade e, com o esforço, conquistamos a vitória. E, com essa vitória, vem o triunfo. No entanto, a inclinação que sentimos de nos deixarmos levar pela tentação faz parte da nossa natureza humana, que tende a buscar o que parece bom. As tentações sempre nos seduzem com algo que parece ser um bem. Como nos ensinam as Escrituras, essas tentações podem vir de três formas: um bem que traz prestígio, levando-nos ao orgulho; um prazer sensorial, que nos arrasta à busca dos prazeres da carne; ou a promessa de riqueza, que nos incita à cobiça e ao desejo de acumular bens materiais.” ¹

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” ²

Primeira leitura

I Coríntios 5,1-8

1 Ouve-se constantemente dizer que há entre vós fornicação, e tal fornicação, qual nem ainda entre os gentios, tanto que chega a haver quem abusa da mulher do seu próprio pai.
2 E andais ainda inchados, e não tiveste antes pesar, para que fosse tirado dentre vós quem fez tal maldade.
3 Quanto a mim, embora ausente de corpo, mas presente com o espírito, já julguei, como se estivesse presente aquele que assim procedeu.
4 Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, congregados vós e o meu espírito, com o poder de Nosso Senhor Jesus,
5 seja o tal entregue a Satanás, para a morte da carne, a fim de que o espírito seja salvo no dia de Nosso Senhor Jesus Cristo.
6 Gloriais-vos sem razão. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?
7 Purificai-vos do velho fermento, para que sejais uma nova massa, assim como sois ázimos. Porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.
8 Celebremos, pois, a festa, não com fermento velho, nem com fermento da malícia e da perversidade, mas com os ázimos da pureza e da verdade.

Salmo

5,5-6.7.12 (R. 9a)
R. Senhor, guia-me na tua justiça!

5 De manhã me porei na tua presença, e te contemplarei. Porque tu não és um Deus que ame a iniquidade;
6 nem habitará junto de ti o maligno, nem os injustos poderão permanecer ante os teus olhos. R.

7 Odeias a todos que praticam a iniquidade; destruirás a todos os que dizem a mentira. O Senhor abominará o homem sanguinário e fraudulento. R.

12 E alegrem-se todos aqueles que esperam em ti, exultarão eternamente, e tu habitarás neles. E em ti se gloriarão todos os que amam o teu nome. R.

Evangelho

Lucas 6,6-11

6 Aconteceu que, em outro sábado, entrou na sinagoga e ensinava. Estava ali um homem que tinha a mão direita seca.
7 Os escribas e os fariseus o estavam observando [para ver] se curava ao sábado, a fim de terem de que o acusar.
8 Mas ele conhecia os seus pensamentos, e disse ao homem que tinha a mão seca: “Levanta-te, e põe-te em pé no meio”. Ele levantou-se e ficou de pé.
9 Jesus disse-lhe: “Pergunto-vos se é lícito aos sábados fazer bem ou mal, salvar a vida ou tirá-la”.
10 Depois, correndo a todos com o olhar, disse ao homem: “Estende a tua mão”. Ele estendeu-a, e a sua mão tornou-se sã.
11 Eles encheram-se de furor, e falavam uns com os outros o que fariam contra Jesus.

Santo do dia

Santo Omer (Audomaro)

9 de setembro

Santo Omer, ou Audomaro, nasceu perto do fim do século VI, no território de Constança (Suíça). Seus pais, que eram nobres e abastados, deram muita atenção à sua educação, mas acima de tudo lutaram para inspirar-lhe o amor pela virtude. Com a morte da mãe, entrou no mosteiro de Luxen, para onde persuadiu o pai a segui-lo, após ter vendido seus bens mundanos e distribuído os proventos entre os pobres. Pai e filho fizeram juntos sua profissão religiosa. A humildade, obediência, brandura e devoção, unidas à admirável pureza de costumes, que brilhava em cada ação de S. Omer, destacavam-no entre seus santos irmãos, e logo ele foi convocado desde seu retiro para assumir o governo da igreja em Thérouanne. A maior parte dos que viviam em sua diocese era ainda pagã, e mesmo os poucos cristãos, pela escassez de sacerdotes, caíam em uma triste corrupção dos costumes. O grande e penoso trabalho de sua conversão ficou reservado a S. Omer. O santo bispo se empenhou nessa tarefa com tamanho zelo que em pouco tempo sua diocese se tornou uma das mais prósperas da França. Na velhice, S. Omer ficou cego, porém esta aflição não diminuiu em nada o cuidado pastoral de seu rebanho. Faleceu em odor de santidade enquanto fazia uma visita pastoral a Wavre (Bélgica), em 670.³

Outros santos do dia: São Pedro Claver, São Cirano, São Gorgônio, São Jacinto de Sabina e Santo Estratão.

Referências

1. Tratado do amor de Deus, p. 211.[↩]
2. Devocionário a São José, página 33.[↩]
3. Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 399-400.[↩]