Acompanhe a liturgia do dia 16 de setembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 16 de setembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Terça-feira, 24ª semana do tempo comum, Ano B
Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, no mês de setembro, traremos em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado nos textos de São Francisco de Sales, de sua obra “Tratado do Amor de Deus”. Que estas palavras, repletas de sabedoria e zelo pastoral, sirvam de guia e reflexão no caminho da fé.
“Às vezes, a alma não apenas percebe a presença de Deus, mas o escuta por meio de luzes e inspirações interiores, que substituem as palavras. Em certos momentos, a alma também sente que Deus lhe fala e responde a Ele de forma recíproca, porém de maneira tão secreta, doce e suave que não perde sua santa paz e tranquilidade. Assim, sem se perturbar, ela permanece vigilante ao lado d’Ele — ou seja, vigia e conversa com seu Amado com uma quietude tão suave e um repouso tão gracioso, como se estivesse docemente adormecida.” 1
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 2
I Coríntios 12,12-14.27-31a
12 Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, mas todos os membros do corpo, embora sejam muitos, são contudo um só corpo, assim é também Cristo.
13 Em um mesmo Espírito fomos batizados todos nós, para sermos um só corpo, quer sejamos judeus ou gentios, ou servos ou livres, e todos temos bebido de um só Espírito.
14 Com efeito, também o corpo não é um só membro, mas muitos.
27 Ora, vós sois corpo de Cristo, e membros [unidos] a membros.
28 E assim a alguns constituiu Deus na Igreja: em primeiro lugar os Apóstolos, em segundo lugar os profetas, em terceiro lugar os doutores, depois os que têm o poder de operar milagres, depois os que têm o dom das curas, de assistir [a seus irmãos], de governar, [de falar] diversas línguas, de interpretar as línguas.
29 São porventura todos Apóstolos? Todos profetas? Todos doutores?
30 São todos porventura taumaturgos? Têm todos o dom de curar doenças? Falam todos diversas línguas? Têm todos o dom de as interpretar?
31a Aspirai, pois, aos dons superiores.
99,2.3.4.5 (R. 3c)
R. Nós somos o seu povo e as ovelhas do seu pasto!
2 Aclamai a Deus, povos de toda a terra; servi o Senhor com alegria.
Vinde à sua presença com alvoroço. R.
3 Sabei que o Senhor é Deus; ele nos fez, e não nós a nós mesmos.
Nós somos o seu povo e as ovelhas do seu pasto. R.
4 Transponde as suas portas com louvor, os seus átrios com hinos; glorificai-o.
Louvai o seu nome, porque o Senhor é suave; R.
5 a sua misericórdia é eterna, e a sua verdade permanece
de geração em geração. R.
Lucas 7,11-17
11 Aconteceu que depois ia ele para uma cidade chamada Naim, e iam com ele os seus discípulos e uma enorme multidão.
12 Quando chegou perto da porta da cidade, eis que era levado um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, a qual era viúva, e a acompanhava muita gente da cidade.
13 Tendo-a visto o Senhor, movido de compaixão para com ela, disse-lhe: “Não chores”.
14 Ele aproximou-se e tocou no esquife. E os que o levavam pararam. Disse Jesus: “Jovem, eu te digo, levanta-te”.
15 Então sentou-se o que estivera morto, e começou a falar. Jesus entregou-o à sua mãe,
16 e todos ficaram possuídos de temor, e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus visitou o seu povo!”.
17 Este rumor a respeito dele espalhou-se por toda a Judeia e por toda a região circunvizinha.
7,11–17. Beda: O falecido, levado sob os olhares de muitos para fora dos portões da cidade, representa o homem entorpecido pelo letal enterro dos seu pecados e que já não esconde a morte da sua alma no covil do coração, mas a deixa conhecer a muitos por suas palavras e feitos, que são como que as portas da cidade; pois cada sentido corpóreo, penso, é um portão da cidade. Bem se conta que esse rapaz era o filho único da sua mãe, porque a Santa Madre Igreja, ainda que composta da reunião de muitas pessoas, é uma só. Que a Igreja é viúva, ademais, reconhece-o cada alma quando lembra que foi redimida pela morte do Senhor.
São Lamberto
17 de setembro
São Lamberto era natural de Maastricht (atual Holanda). Seu pai confiou sua educação ao santo bispo S. Teodardo, e quando este bom homem foi assassinado, Lamberto acabou escolhido como seu sucessor. Ao eclodir uma revolução que derrubou o reino da Austrásia, nosso santo foi banido da sé por conta da devoção que nutria por seu soberano. Retirou-se para o mosteiro em Stavelot, e ali obedeceu tão estritamente à regra quanto o mais jovem noviço o faria. Um exemplo bastará para mostrar o quão perfeito era o sacrifício com que dedicava o coração no serviço de Deus. Certa noite de inverno, quando se levantou para suas devoções particulares, acabou deixando cair sua sandália (ou chinelo) de palha. O abade, sem perguntar quem causara o barulho, deu ordens para que o ofensor fosse rezar diante da cruz que se encontrava diante da porta da igreja. Lamberto, sem proferir qualquer resposta, saiu como estava, de pés descalços e coberto apenas com o cilício, e nestas condições rezou, ajoelhado diante da cruz, onde foi encontrado algumas horas mais tarde. Ao sinal do santo bispo, o abade e os monges caíram por terra e pediram seu perdão. “Deus vos perdoe”, disse ele, “se pensais terdes necessidade de perdão por esse ato. Quanto a mim, não é no frio e na nudez que, segundo S. Paulo (cf. II Cor 11,27), devo domar minha carne e servir a Deus?”. Enquanto S. Lamberto aproveitava o silêncio do santo retiro, esvaiu-se em prantos ao ver assolada a maior parte das igrejas da França. Nesse ínterim, as nuvens políticas começaram a se dissipar e Lamberto acabou restaurado à sé, porém seu zelo em suprimir as diversas e notórias desordens que existiam em sua diocese levou ao seu assassinato, a 17 de setembro de 709.3
Outros santos do dia: São Roberto Belarmino, Santa Hildegarda de Bingen, São Reinaldo e Santo Emanuel Trieu.
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Terça-feira, 24ª semana do tempo comum, Ano B
Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, no mês de setembro, traremos em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado nos textos de São Francisco de Sales, de sua obra “Tratado do Amor de Deus”. Que estas palavras, repletas de sabedoria e zelo pastoral, sirvam de guia e reflexão no caminho da fé.
“Às vezes, a alma não apenas percebe a presença de Deus, mas o escuta por meio de luzes e inspirações interiores, que substituem as palavras. Em certos momentos, a alma também sente que Deus lhe fala e responde a Ele de forma recíproca, porém de maneira tão secreta, doce e suave que não perde sua santa paz e tranquilidade. Assim, sem se perturbar, ela permanece vigilante ao lado d’Ele — ou seja, vigia e conversa com seu Amado com uma quietude tão suave e um repouso tão gracioso, como se estivesse docemente adormecida.” 1
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 2
I Coríntios 12,12-14.27-31a
12 Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, mas todos os membros do corpo, embora sejam muitos, são contudo um só corpo, assim é também Cristo.
13 Em um mesmo Espírito fomos batizados todos nós, para sermos um só corpo, quer sejamos judeus ou gentios, ou servos ou livres, e todos temos bebido de um só Espírito.
14 Com efeito, também o corpo não é um só membro, mas muitos.
27 Ora, vós sois corpo de Cristo, e membros [unidos] a membros.
28 E assim a alguns constituiu Deus na Igreja: em primeiro lugar os Apóstolos, em segundo lugar os profetas, em terceiro lugar os doutores, depois os que têm o poder de operar milagres, depois os que têm o dom das curas, de assistir [a seus irmãos], de governar, [de falar] diversas línguas, de interpretar as línguas.
29 São porventura todos Apóstolos? Todos profetas? Todos doutores?
30 São todos porventura taumaturgos? Têm todos o dom de curar doenças? Falam todos diversas línguas? Têm todos o dom de as interpretar?
31a Aspirai, pois, aos dons superiores.
99,2.3.4.5 (R. 3c)
R. Nós somos o seu povo e as ovelhas do seu pasto!
2 Aclamai a Deus, povos de toda a terra; servi o Senhor com alegria.
Vinde à sua presença com alvoroço. R.
3 Sabei que o Senhor é Deus; ele nos fez, e não nós a nós mesmos.
Nós somos o seu povo e as ovelhas do seu pasto. R.
4 Transponde as suas portas com louvor, os seus átrios com hinos; glorificai-o.
Louvai o seu nome, porque o Senhor é suave; R.
5 a sua misericórdia é eterna, e a sua verdade permanece
de geração em geração. R.
Lucas 7,11-17
11 Aconteceu que depois ia ele para uma cidade chamada Naim, e iam com ele os seus discípulos e uma enorme multidão.
12 Quando chegou perto da porta da cidade, eis que era levado um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, a qual era viúva, e a acompanhava muita gente da cidade.
13 Tendo-a visto o Senhor, movido de compaixão para com ela, disse-lhe: “Não chores”.
14 Ele aproximou-se e tocou no esquife. E os que o levavam pararam. Disse Jesus: “Jovem, eu te digo, levanta-te”.
15 Então sentou-se o que estivera morto, e começou a falar. Jesus entregou-o à sua mãe,
16 e todos ficaram possuídos de temor, e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus visitou o seu povo!”.
17 Este rumor a respeito dele espalhou-se por toda a Judeia e por toda a região circunvizinha.
7,11–17. Beda: O falecido, levado sob os olhares de muitos para fora dos portões da cidade, representa o homem entorpecido pelo letal enterro dos seu pecados e que já não esconde a morte da sua alma no covil do coração, mas a deixa conhecer a muitos por suas palavras e feitos, que são como que as portas da cidade; pois cada sentido corpóreo, penso, é um portão da cidade. Bem se conta que esse rapaz era o filho único da sua mãe, porque a Santa Madre Igreja, ainda que composta da reunião de muitas pessoas, é uma só. Que a Igreja é viúva, ademais, reconhece-o cada alma quando lembra que foi redimida pela morte do Senhor.
São Lamberto
17 de setembro
São Lamberto era natural de Maastricht (atual Holanda). Seu pai confiou sua educação ao santo bispo S. Teodardo, e quando este bom homem foi assassinado, Lamberto acabou escolhido como seu sucessor. Ao eclodir uma revolução que derrubou o reino da Austrásia, nosso santo foi banido da sé por conta da devoção que nutria por seu soberano. Retirou-se para o mosteiro em Stavelot, e ali obedeceu tão estritamente à regra quanto o mais jovem noviço o faria. Um exemplo bastará para mostrar o quão perfeito era o sacrifício com que dedicava o coração no serviço de Deus. Certa noite de inverno, quando se levantou para suas devoções particulares, acabou deixando cair sua sandália (ou chinelo) de palha. O abade, sem perguntar quem causara o barulho, deu ordens para que o ofensor fosse rezar diante da cruz que se encontrava diante da porta da igreja. Lamberto, sem proferir qualquer resposta, saiu como estava, de pés descalços e coberto apenas com o cilício, e nestas condições rezou, ajoelhado diante da cruz, onde foi encontrado algumas horas mais tarde. Ao sinal do santo bispo, o abade e os monges caíram por terra e pediram seu perdão. “Deus vos perdoe”, disse ele, “se pensais terdes necessidade de perdão por esse ato. Quanto a mim, não é no frio e na nudez que, segundo S. Paulo (cf. II Cor 11,27), devo domar minha carne e servir a Deus?”. Enquanto S. Lamberto aproveitava o silêncio do santo retiro, esvaiu-se em prantos ao ver assolada a maior parte das igrejas da França. Nesse ínterim, as nuvens políticas começaram a se dissipar e Lamberto acabou restaurado à sé, porém seu zelo em suprimir as diversas e notórias desordens que existiam em sua diocese levou ao seu assassinato, a 17 de setembro de 709.3
Outros santos do dia: São Roberto Belarmino, Santa Hildegarda de Bingen, São Reinaldo e Santo Emanuel Trieu.