Acompanhe a liturgia do dia 16 de abril de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 16 de abril de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Quarta-feira da Semana Santa, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Na metade da semana, olhemos para o modelo de Maria como expressão da plenitude da graça.
“Possuía uma plenitude de inocência e santidade tal, que não se pode conceber maior abaixo de Deus, e que nenhum pensamento, exceto o de Deus, pode alcançar.” (Maria na Doutrina, p. 269)
Isaías 50,4-9a
4 O Senhor deu-me uma língua erudita, para eu saber sustentar com a palavra o que está cansado; ele me chama pela manhã, pela manhã chama aos meus ouvidos, para que eu o ouça como a um mestre.
5 O Senhor Deus abriu-me o ouvido, e eu não o contradigo; não me retirei para trás.
6 Entreguei o meu corpo aos que me feriam e a minha face aos que me arrancavam a barba; não desviei a minha face dos que me injuriavam e cuspiam.
7 O Senhor Deus é o meu protetor, por isso não fui confundido; por isso ofereci a minha face como uma pedra duríssima, e sei que não ficarei envergonhado.
8 Ao pé de mim está quem me justifica; quem me contradirá? Apresentemo-nos juntos, quem é o meu adversário? Aproxime-se de mim.
9a O Senhor Deus é o meu protetor; quem há que me condene?
Sl 68(69),8-10.21bcd-22.31 e 33-34 (R.14cb)
R. Ouve-me segundo a multidão da tua misericórdia, eis o tempo favorável, ó Deus.
8 Pois por tua causa sofri afronta,
foi coberto de confusão o meu rosto.
9 Tornei-me um estranho para meus irmãos,
e um desconhecido para os filhos de minha mãe,
10 porque o zelo da tua casa devorou-me,
e os opróbrios dos que te insultavam recaíram sobre mim. R.
21bcd O meu coração espera impropérios e misérias.
Esperei que alguém se condoesse de mim, e não houve ninguém;
esperei que alguém me consolasse, e não achei.
22 E deram-me fel por comida
e em minha sede apresentaram-me vinagre. R.
31 Louvarei com cântico o nome de Deus,
e engrandecê-lo-ei com ações de graças.
33 Vede, pobres, e alegrai-vos;
buscai a Deus, e viverá a vossa alma!
34 Porque o Senhor ouviu os pobres,
e não desprezou os seus cativos. R.
Mateus 26,14-25
14 Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes,
15 e disse-lhes: “Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei?” Eles designaram-lhe trinta moedas de prata.
16 E desde então, buscava ocasião oportuna para entregá-lo.
17 No primeiro dia dos Ázimos, vieram os discípulos a Jesus, dizendo: “Onde queres que preparemos para comer a Páscoa?”
18 E Ele disse: “Ide à cidade, à casa de tal homem, e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos”.
19 Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara, e prepararam a Páscoa.
20 Ao cair da tarde, pôs-se à mesa com os Doze discípulos.
21 E, comendo eles, disse: “Em verdade vos digo que um de vós me há de trair”.
22 E eles, contristados grandemente, começaram a perguntar-lhe um por um: “Porventura sou eu, Senhor?”
23 Ele, respondendo, disse: “O que mete comigo a mão no prato, esse me há de trair.
24 O Filho do Homem vai, conforme está escrito dele. Mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Melhor lhe fora que esse homem não tivesse nascido”.
25 Judas, o que o havia de trair, tomou a palavra, e disse: “Porventura sou eu, Rabi?” Respondeu-lhe Jesus: “Tu o disseste”.
Que tal meditar sobre a liturgia da Quarta-feira Santa?
26,15. Jerônimo: Eles se alegraram por terem encontrado um vendedor tão barato, que se contentou com trinta moedas, o preço de um escravo segundo a Lei (cf. Ex 21,32). A avareza, mãe de todos os males, levou Judas a trair o Mestre.
26,21. Crisóstomo: Cristo revelou o traidor, não para expô-lo publicamente, mas para movê-lo ao arrependimento. Foi um último gesto de misericórdia.
26,23. Jerônimo: Aquele que mete a mão no prato com Jesus é sinal de familiaridade; mas esse gesto íntimo foi usado para trair. O maior perigo está entre os que parecem mais próximos.
26,24. Agostinho: Cristo não diz: “melhor seria se ele não tivesse nascido”, por crueldade, mas para revelar a gravidade do pecado da traição e advertir todos os que o seguiriam.
26,25. Crisóstomo: Ao dizer “Tu o disseste”, Jesus não amaldiçoa, mas confirma com serenidade o que o traidor perguntava com hipocrisia. Até o fim, manteve a dignidade e deu-lhe espaço para arrependimento.
Os dezoito mártires de Saragoça e Santa Engrácia († 304)
16 de abril
Santo Optato e outros dezessete santos receberam a coroa do martírio no mesmo dia, em Saragoça, sob o cruel governador Daciano, durante a perseguição de Diocleciano, em 304. Dois outros, Caio e Cremêncio, morreram vítimas de tortura após um segundo conflito.
A Igreja também celebra neste dia o triunfo da virgem Santa Engrácia. Ela era natural da Lusitânia (atual Portugal). Seu pai a prometera em casamento a certo homem de posses em Rousillon (França). Porém, temendo os riscos e desprezando as vaidades do mundo, e decidida a preservar sua virgindade para se apresentar mais agradável diante do Esposo celestial e servi-lo sem impedimentos, esgueirou-se para fora de casa e fugiu em segredo até Saragoça, onde a perseguição estava no auge, sob a vigia de Daciano. Ela ousou repreendê-lo por suas barbaridades, e por isso foi longamente torturada, do modo mais desumano possível: seus lados foram dilacerados com ganchos de ferro, um dos seios foi decepado, de maneira que os órgãos da região do tórax ficaram expostos à vista, e parte do fígado foi puxado para fora. Nestas condições, ela foi levada de volta à prisão, ainda viva, e faleceu pela mortificação de seus ferimentos, em 304. As relíquias de todos esses mártires foram encontradas em Saragoça, em 1389. 2
Outros santos do dia: São Turíbio de Astorga, São Frutuoso de Braga, São Magno de Órcades e São Calisto de Corinto.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Quarta-feira da Semana Santa, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Na metade da semana, olhemos para o modelo de Maria como expressão da plenitude da graça.
“Possuía uma plenitude de inocência e santidade tal, que não se pode conceber maior abaixo de Deus, e que nenhum pensamento, exceto o de Deus, pode alcançar.” (Maria na Doutrina, p. 269)
Isaías 50,4-9a
4 O Senhor deu-me uma língua erudita, para eu saber sustentar com a palavra o que está cansado; ele me chama pela manhã, pela manhã chama aos meus ouvidos, para que eu o ouça como a um mestre.
5 O Senhor Deus abriu-me o ouvido, e eu não o contradigo; não me retirei para trás.
6 Entreguei o meu corpo aos que me feriam e a minha face aos que me arrancavam a barba; não desviei a minha face dos que me injuriavam e cuspiam.
7 O Senhor Deus é o meu protetor, por isso não fui confundido; por isso ofereci a minha face como uma pedra duríssima, e sei que não ficarei envergonhado.
8 Ao pé de mim está quem me justifica; quem me contradirá? Apresentemo-nos juntos, quem é o meu adversário? Aproxime-se de mim.
9a O Senhor Deus é o meu protetor; quem há que me condene?
Sl 68(69),8-10.21bcd-22.31 e 33-34 (R.14cb)
R. Ouve-me segundo a multidão da tua misericórdia, eis o tempo favorável, ó Deus.
8 Pois por tua causa sofri afronta,
foi coberto de confusão o meu rosto.
9 Tornei-me um estranho para meus irmãos,
e um desconhecido para os filhos de minha mãe,
10 porque o zelo da tua casa devorou-me,
e os opróbrios dos que te insultavam recaíram sobre mim. R.
21bcd O meu coração espera impropérios e misérias.
Esperei que alguém se condoesse de mim, e não houve ninguém;
esperei que alguém me consolasse, e não achei.
22 E deram-me fel por comida
e em minha sede apresentaram-me vinagre. R.
31 Louvarei com cântico o nome de Deus,
e engrandecê-lo-ei com ações de graças.
33 Vede, pobres, e alegrai-vos;
buscai a Deus, e viverá a vossa alma!
34 Porque o Senhor ouviu os pobres,
e não desprezou os seus cativos. R.
Mateus 26,14-25
14 Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes,
15 e disse-lhes: “Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei?” Eles designaram-lhe trinta moedas de prata.
16 E desde então, buscava ocasião oportuna para entregá-lo.
17 No primeiro dia dos Ázimos, vieram os discípulos a Jesus, dizendo: “Onde queres que preparemos para comer a Páscoa?”
18 E Ele disse: “Ide à cidade, à casa de tal homem, e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos”.
19 Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara, e prepararam a Páscoa.
20 Ao cair da tarde, pôs-se à mesa com os Doze discípulos.
21 E, comendo eles, disse: “Em verdade vos digo que um de vós me há de trair”.
22 E eles, contristados grandemente, começaram a perguntar-lhe um por um: “Porventura sou eu, Senhor?”
23 Ele, respondendo, disse: “O que mete comigo a mão no prato, esse me há de trair.
24 O Filho do Homem vai, conforme está escrito dele. Mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Melhor lhe fora que esse homem não tivesse nascido”.
25 Judas, o que o havia de trair, tomou a palavra, e disse: “Porventura sou eu, Rabi?” Respondeu-lhe Jesus: “Tu o disseste”.
Que tal meditar sobre a liturgia da Quarta-feira Santa?
26,15. Jerônimo: Eles se alegraram por terem encontrado um vendedor tão barato, que se contentou com trinta moedas, o preço de um escravo segundo a Lei (cf. Ex 21,32). A avareza, mãe de todos os males, levou Judas a trair o Mestre.
26,21. Crisóstomo: Cristo revelou o traidor, não para expô-lo publicamente, mas para movê-lo ao arrependimento. Foi um último gesto de misericórdia.
26,23. Jerônimo: Aquele que mete a mão no prato com Jesus é sinal de familiaridade; mas esse gesto íntimo foi usado para trair. O maior perigo está entre os que parecem mais próximos.
26,24. Agostinho: Cristo não diz: “melhor seria se ele não tivesse nascido”, por crueldade, mas para revelar a gravidade do pecado da traição e advertir todos os que o seguiriam.
26,25. Crisóstomo: Ao dizer “Tu o disseste”, Jesus não amaldiçoa, mas confirma com serenidade o que o traidor perguntava com hipocrisia. Até o fim, manteve a dignidade e deu-lhe espaço para arrependimento.
Os dezoito mártires de Saragoça e Santa Engrácia († 304)
16 de abril
Santo Optato e outros dezessete santos receberam a coroa do martírio no mesmo dia, em Saragoça, sob o cruel governador Daciano, durante a perseguição de Diocleciano, em 304. Dois outros, Caio e Cremêncio, morreram vítimas de tortura após um segundo conflito.
A Igreja também celebra neste dia o triunfo da virgem Santa Engrácia. Ela era natural da Lusitânia (atual Portugal). Seu pai a prometera em casamento a certo homem de posses em Rousillon (França). Porém, temendo os riscos e desprezando as vaidades do mundo, e decidida a preservar sua virgindade para se apresentar mais agradável diante do Esposo celestial e servi-lo sem impedimentos, esgueirou-se para fora de casa e fugiu em segredo até Saragoça, onde a perseguição estava no auge, sob a vigia de Daciano. Ela ousou repreendê-lo por suas barbaridades, e por isso foi longamente torturada, do modo mais desumano possível: seus lados foram dilacerados com ganchos de ferro, um dos seios foi decepado, de maneira que os órgãos da região do tórax ficaram expostos à vista, e parte do fígado foi puxado para fora. Nestas condições, ela foi levada de volta à prisão, ainda viva, e faleceu pela mortificação de seus ferimentos, em 304. As relíquias de todos esses mártires foram encontradas em Saragoça, em 1389. 2
Outros santos do dia: São Turíbio de Astorga, São Frutuoso de Braga, São Magno de Órcades e São Calisto de Corinto.