Liturgia diária

Liturgia Diária 15/05/25

Acompanhe a liturgia do dia 15 de maio de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

4ª Semana da Páscoa, Ano C

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)

A adoração a Jesus Eucarístico foi o centro da vida de Carlo. Neste dia, somos convidados a renovar também nosso amor por Ele no silêncio do sacrário.

“Quando adoramos a Deus, que por nosso amor se humilha e permanece junto a nós, sob o alimento humilde do pão e do vinho, aprendemos, nós também, a amar.”  (Carlo Acutis – Sua Vida, Seu Exemplo e Seus Milagres, p.261)

Primeira leitura

Atos dos Apóstolos 13,13-25

13 Ora, tendo partido de Pafos, Paulo e seus companheiros chegaram a Perge da Panfília. Mas João separou-se deles e voltou a Jerusalém.
14 Eles, porém, passando adiante de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia e, entrando na sinagoga no dia de sábado, sentaram-se.
15 Depois da leitura da Lei e dos Profetas, os chefes da sinagoga mandaram dizer-lhes: “Irmãos, se tendes alguma palavra de exortação para o povo, falai”.
16 Paulo, então, levantando-se e pedindo silêncio com a mão, disse:
“Israelitas e os que temeis a Deus, escutai.
17 O Deus deste povo de Israel escolheu nossos pais e exaltou o povo, quando habitava como estrangeiro na terra do Egito, e com braço poderoso os tirou de lá.
18 Durante quase quarenta anos, suportou os seus costumes no deserto.
19 E, destruindo sete nações na terra de Canaã, deu-lhes essa terra como herança.
20 Tudo isso durou cerca de quatrocentos e cinquenta anos. Depois disso, deu-lhes juízes até o profeta Samuel.
21 Então pediram um rei, e Deus lhes deu Saul, filho de Cis, da tribo de Benjamim, que reinou durante quarenta anos.
22 Depois de o ter deposto, levantou-lhes como rei a Davi, do qual deu este testemunho: ‘Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará todas as minhas vontades’.
23 Da descendência deste, conforme a promessa, Deus suscitou para Israel o Salvador Jesus.
24 João tinha pregado, antes da manifestação da sua vinda, o batismo de penitência a todo o povo de Israel.
25 E João, chegando ao termo da sua missão, dizia: ‘Eu não sou quem vós pensais, mas eis que, depois de mim, vem aquele de quem não sou digno de desatar o calçado dos pés’.”

Salmo

Sl 88(89),2-3.21-22.25 e 27 (R. cf. 2a)

R. Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor.

2 As misericórdias do Senhor eu cantarei eternamente;
de geração em geração, pela minha boca,
anunciarei a tua verdade.
3 Porque disseste: “A misericórdia será edificada para sempre;
nos céus será preparada a tua verdade”. R.

21 Encontrei Davi, meu servo;
com o meu óleo santo o ungi.
22 A minha mão será sempre com ele,
e o meu braço o fortalecerá. R.

25 A minha verdade e a minha misericórdia estarão com ele,
e pelo meu nome se exaltará o seu poder.
26 Ele me invocará: “Tu és meu pai,
meu Deus e o rochedo da minha salvação”. R.

Evangelho

João 13,16-20

16 Em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou.

17 Se compreendeis estas coisas, bem-aventurados sereis se as praticardes.

18 Não falo de todos vós; sei os que escolhi. Porém é necessário que se cumpra o que diz a Escritura: O que come o pão comigo levantará o seu calcanhar contra mim.

19 Desde agora vos digo, antes que suceda, para que, quando suceder, creiais que eu sou.

20 Em verdade, em verdade vos digo que quem recebe aquele que eu enviar, recebe-me, e o que me recebe, recebe aquele que me enviou.

Comentários Patrísticos

3,10. Agostinho: Todo ele está limpo exceto os pés, que é necessário lavar, pois o homem todo é lavado no batismo, não com exceção dos pés, mas por inteiro; depois, contudo, vivendo em meio às coisas humanas, fatalmente pisa a terra. Os próprios afetos humanos, pois, sem os quais não se vive esta vida mortal, são como os pés, em que somos afetados pelas coisas humanas, de modo que, se dissermos que não temos pecado, nos enganamos a nós mesmos. Se, porém, confessamos os nossos pecados, aquele que lavou os pés dos discípulos nos lavará dos pecados até os pés com que andamos na terra.

13,17. Agostinho: Há entre muitos o costume humilde de receberem uns aos outros em suas casas, e fazendo a si mesmos irmãos, de uma maneira visível. E assim será melhor, e sem controvérsia e mais conforme à verdade, fazê-lo com as próprias mãos, de modo que nenhum cristão desdenhe de fazer o que o próprio Cristo praticou. Porque ao curvar-nos diante dos pés de um irmão, despertamos em seu coração os efeitos da humildade, ou, se ele já os tinha, fazemos com que seja mais fervoroso. Mas, excetuando o entendimento moral, alguém pode tirar seu irmão do contágio do pecado? Se confessarmos nossas faltas uns aos outros, perdoarmos as faltas uns dos outros, orarmos uns pelos outros para que nossas faltas sejam perdoadas e, assim, lavarmos os pés uns dos outros.

Santo do dia

São Pedro de Lâmpsaco e Santa Dionísia († c. 250)

15 de maio

Na perseguição do imperador Décio, derramou-se o sangue dos cristãos em Lâmpsaco, cidade da Ásia Menor. S. Pedro foi o primeiro a ser levado à presença do procônsul e condenado a morrer em nome de Cristo. Por jovem que fosse, dirigiu-se com alegria rumo a seus tormentos. Foi preso a uma roda com correntes de ferro e teve os ossos quebrados, mas ergueu os olhos para o céu com um sorriso estampado no rosto e disse: “Agradeço-te, Ó Senhor Jesus Cristo, porque me deste paciência e me fizeste vitorioso sobre o tirano”. O procônsul viu a pouca serventia dos sofrimentos, então ordenou que o mártir fosse decapitado. Pouco mais tarde, na mesma cidade, uma virgem demonstrou semelhante anseio pelo sofrimento. Santa Dionísia ganhou a cruz que um apóstata perdera, e sua história pode nos ensinar que aqueles que perdem Cristo – ao invés de sofrer com Ele – perdem todo o resto. Com a força que lhe restava, o apóstata gritou: “Jamais fui cristão! Eu sacrifico aos deuses!”. Então, foi retirado dali, e ofereceu sacrifício. Mas acabou possuído pelo demônio, a quem havia escolhido como seu mestre. Caiu por terra em um surto, cortou a própria língua, e assim expirou. Escapou de uma dor menor trocando-a pelos infindáveis tormentos do Inferno e perdendo o descanso eterno. “Ó desgraçado!”, exclamou Dionísia, “por que temeste um pequeno sofrimento e escolheste, em seu lugar, a dor eterna?”. Foi presa e levada para padecer um horrível ultraje, mas seu anjo da guarda apareceu ao seu lado e protegeu a esposa de Cristo. Escapando da prisão, ainda ardia de desejo de se desfazer e estar com seu Esposo celestial. Atirou-se sobre os corpos dos mártires, dizendo: “Prefiro morrer convosco na Terra, para que possa viver convosco no Céu”. E Cristo, coroa das virgens e fortaleza dos mártires, atendeu ao desejo de seu coração. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 215-216.)  

Outros santos do dia: Santa Cássia, São Torquato, São Primaclo e São João Batista de La Salle.