Acompanhe a liturgia do dia 07 de junho de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 07 de junho de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
7ª Semana da Páscoa, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
“Tu, segue-me!” — é o chamado pessoal de Jesus que encerra o Evangelho de João. Um convite a viver não uma fé genérica, mas uma resposta concreta e radical. Madre Teresa fez dessa palavra sua regra de vida, oferecendo tudo a Deus, sem reservas.
“A súplica de Jesus na cruz, pouco antes de morrer: ‘Tenho sede’ […] recorda a cada missionária da Caridade que ‘somos chamadas a saciar essa sede infinita de um Deus feito homem’.” (Madre Teresa – O Segredo da Santidade, p. 119)
Atos dos Apóstolos 28,16-20.30-31
16 Quando chegamos a Roma, foi permitido a Paulo que ficasse onde quisesse com um soldado a guardá-lo.
17 Três dias depois, ele convocou os chefes dos judeus e, reunidos que foram, disse-lhes: “Homens irmãos, sem ter feito nada contra o povo ou contra os costumes dos nossos pais, fui preso em Jerusalém e entregue às mãos dos romanos.
18 Interrogando-me, quiseram soltar-me, porque não havia em mim culpa alguma digna de morte.
19 Mas, como os judeus se opusessem, vi-me forçado a apelar para César, sem contudo pretender acusar a minha nação.
20 Por isso é que vos chamei, para vos ver e falar, pois é por causa da esperança de Israel que trago esta cadeia” .
30 Dois anos inteiros permaneceu Paulo num aposento que alugara, e recebia todos os que iam ter com ele,
31 pregando o reino de Deus e ensinando as coisas que são do Senhor Jesus Cristo, com toda a liberdade, sem proibição.
Sl 10(11),4.5 e 7 (R. cf. 7b)
R. O Senhor é justo e ama a justiça.
4 O Senhor habita no seu santo templo,
o trono do Senhor está no céu.
Seus olhos olham para o pobre,
suas pálpebras examinam os filhos dos homens. R.
5 O Senhor sonda o justo e o ímpio,
e o que ama a iniquidade odeia a sua alma. R.
7 Porque o Senhor é justo e ama a justiça;
seu rosto olha para a equidade. R.
Jo 21,20-25
20 Pedro, tendo-se voltado, viu que o seguia aquele discípulo que Jesus amava, o qual na ceia estivera reclinado sobre o seu peito e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te há de entregar?”.
21 Por isso Pedro, ao vê-lo, disse a Jesus: “Senhor, e deste, que será?”.
22 Disse-lhe Jesus: “Se eu quero que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Tu segues-me”.
23 Correu logo este rumor entre os irmãos de que aquele discípulo não morreria. Mas não disse Jesus que ele não morreria, e sim: “Se eu quero que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso?”.
24 Este é aquele discípulo que dá testemunho destas coisas e que as escreveu, e sabemos que é verdadeiro o seu testemunho.
25 Muitas outras coisas fez Jesus, as quais, se se escrevessem uma por uma, creio que nem no mundo inteiro poderiam caber os livros que seria preciso escrever.
21,24–25. Crisóstomo: João, como escreveu tudo com muita certeza, não se nega a produzir seu próprio testemunho; por isso diz: “Esse é aquele discípulo que dá testemunho destas coisas”. Temos o costume, quando referimos coisas de veracidade indubitável, de usar o nosso próprio testemunho; com muito mais razão faz isto aquele que escrevia inspirado pelo Espírito Santo; e por isso os outros apóstolos também diziam: “todos nós somos testemunhas” (At 5,32). Segue: “e que as escreveu”. João é o único a falar neste teor porque foi o último a escrever, e por aviso de Cristo; esse é o motivo por que tantas vezes exibe o amor de Cristo para consigo, insinuando nas entrelinhas o motivo por que tomou da pena, e tornando, por sua dignidade, fidedigno seu discurso.
São Roberto de Newminster (1100–1159)
07 de junho
Em 1132, Roberto era monge em Whitby, na Inglaterra, quando chegou-lhe a notícia de que treze monges haviam sido violentamente expulsos da Abadia de S. Maria em York, por terem proposto restaurar a estrita regra beneditina. Imediatamente partiu para se unir a eles, e os encontrou às margens do rio Skell, próximo a Ripon, vivendo em pleno inverno em uma cabana feita de treliças e telhado de turfa. Na primavera, afiliaram-se à reforma de São Bernardo em Claraval, e por dois anos lutaram na mais extrema pobreza. Por fim, a fama de sua santidade atraiu outro noviço, Hugo, reitor de York, que doou à comunidade toda sua própria riqueza e assim deitou os fundamentos da Abadia de Fountains. Em 1137, Ranulfo, Barão de Morpeth, ficou tão edificado pelo exemplo dos monges em Fountains que mandou lhes construir um mosteiro em Northumberland, chamado de Newminster, do qual São Roberto se tornou abade. A santidade de sua vida, ainda mais do que suas palavras, guiaram seus irmãos à perfeição, e nos dez anos seguintes surgiram três novas comunidades a partir dessa casa, que acabaram se tornando focos de santidade em outras regiões. A abstinência de S. Roberto no refeitório bastava para manter o espírito de mortificação da comunidade. Certo dia de Páscoa, seu estômago, enfraquecido pelo jejum da Quaresma, não podia receber comida, e por fim ele consentiu em tentar comer algum pão adocicado com mel. Antes que o trouxessem, ele sentiu que esse relaxamento seria um perigoso exemplo aos subordinados, e despachou intocada a comida para os pobres que se encontravam ao portão. O prato foi recebido por um jovem de brilhante aspecto, que imediatamente sumiu. Na refeição seguinte, o prato desceu vazio, por conta própria, ao lugar do abade no refeitório, provando que aquilo que o santo sacrificara por seus irmãos fora aceito por Cristo. No momento da morte de Roberto, em 1159, São Godric, o eremita de Finchale, viu sua alma, como um globo de fogo, elevada pelos anjos em um caminho de luz, e conforme os portões do Céu se abriam diante deles, uma voz repetiu duas vezes: “Entrai agora, meus amigos”. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 250-251)
Outros santos do dia: Santo Antônio Gianelli, São Pedro de Córdova, São Meriadoco e São Colmano de Dromore.
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7ª Semana da Páscoa, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
“Tu, segue-me!” — é o chamado pessoal de Jesus que encerra o Evangelho de João. Um convite a viver não uma fé genérica, mas uma resposta concreta e radical. Madre Teresa fez dessa palavra sua regra de vida, oferecendo tudo a Deus, sem reservas.
“A súplica de Jesus na cruz, pouco antes de morrer: ‘Tenho sede’ […] recorda a cada missionária da Caridade que ‘somos chamadas a saciar essa sede infinita de um Deus feito homem’.” (Madre Teresa – O Segredo da Santidade, p. 119)
Atos dos Apóstolos 28,16-20.30-31
16 Quando chegamos a Roma, foi permitido a Paulo que ficasse onde quisesse com um soldado a guardá-lo.
17 Três dias depois, ele convocou os chefes dos judeus e, reunidos que foram, disse-lhes: “Homens irmãos, sem ter feito nada contra o povo ou contra os costumes dos nossos pais, fui preso em Jerusalém e entregue às mãos dos romanos.
18 Interrogando-me, quiseram soltar-me, porque não havia em mim culpa alguma digna de morte.
19 Mas, como os judeus se opusessem, vi-me forçado a apelar para César, sem contudo pretender acusar a minha nação.
20 Por isso é que vos chamei, para vos ver e falar, pois é por causa da esperança de Israel que trago esta cadeia” .
30 Dois anos inteiros permaneceu Paulo num aposento que alugara, e recebia todos os que iam ter com ele,
31 pregando o reino de Deus e ensinando as coisas que são do Senhor Jesus Cristo, com toda a liberdade, sem proibição.
Sl 10(11),4.5 e 7 (R. cf. 7b)
R. O Senhor é justo e ama a justiça.
4 O Senhor habita no seu santo templo,
o trono do Senhor está no céu.
Seus olhos olham para o pobre,
suas pálpebras examinam os filhos dos homens. R.
5 O Senhor sonda o justo e o ímpio,
e o que ama a iniquidade odeia a sua alma. R.
7 Porque o Senhor é justo e ama a justiça;
seu rosto olha para a equidade. R.
Jo 21,20-25
20 Pedro, tendo-se voltado, viu que o seguia aquele discípulo que Jesus amava, o qual na ceia estivera reclinado sobre o seu peito e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te há de entregar?”.
21 Por isso Pedro, ao vê-lo, disse a Jesus: “Senhor, e deste, que será?”.
22 Disse-lhe Jesus: “Se eu quero que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Tu segues-me”.
23 Correu logo este rumor entre os irmãos de que aquele discípulo não morreria. Mas não disse Jesus que ele não morreria, e sim: “Se eu quero que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso?”.
24 Este é aquele discípulo que dá testemunho destas coisas e que as escreveu, e sabemos que é verdadeiro o seu testemunho.
25 Muitas outras coisas fez Jesus, as quais, se se escrevessem uma por uma, creio que nem no mundo inteiro poderiam caber os livros que seria preciso escrever.
21,24–25. Crisóstomo: João, como escreveu tudo com muita certeza, não se nega a produzir seu próprio testemunho; por isso diz: “Esse é aquele discípulo que dá testemunho destas coisas”. Temos o costume, quando referimos coisas de veracidade indubitável, de usar o nosso próprio testemunho; com muito mais razão faz isto aquele que escrevia inspirado pelo Espírito Santo; e por isso os outros apóstolos também diziam: “todos nós somos testemunhas” (At 5,32). Segue: “e que as escreveu”. João é o único a falar neste teor porque foi o último a escrever, e por aviso de Cristo; esse é o motivo por que tantas vezes exibe o amor de Cristo para consigo, insinuando nas entrelinhas o motivo por que tomou da pena, e tornando, por sua dignidade, fidedigno seu discurso.
São Roberto de Newminster (1100–1159)
07 de junho
Em 1132, Roberto era monge em Whitby, na Inglaterra, quando chegou-lhe a notícia de que treze monges haviam sido violentamente expulsos da Abadia de S. Maria em York, por terem proposto restaurar a estrita regra beneditina. Imediatamente partiu para se unir a eles, e os encontrou às margens do rio Skell, próximo a Ripon, vivendo em pleno inverno em uma cabana feita de treliças e telhado de turfa. Na primavera, afiliaram-se à reforma de São Bernardo em Claraval, e por dois anos lutaram na mais extrema pobreza. Por fim, a fama de sua santidade atraiu outro noviço, Hugo, reitor de York, que doou à comunidade toda sua própria riqueza e assim deitou os fundamentos da Abadia de Fountains. Em 1137, Ranulfo, Barão de Morpeth, ficou tão edificado pelo exemplo dos monges em Fountains que mandou lhes construir um mosteiro em Northumberland, chamado de Newminster, do qual São Roberto se tornou abade. A santidade de sua vida, ainda mais do que suas palavras, guiaram seus irmãos à perfeição, e nos dez anos seguintes surgiram três novas comunidades a partir dessa casa, que acabaram se tornando focos de santidade em outras regiões. A abstinência de S. Roberto no refeitório bastava para manter o espírito de mortificação da comunidade. Certo dia de Páscoa, seu estômago, enfraquecido pelo jejum da Quaresma, não podia receber comida, e por fim ele consentiu em tentar comer algum pão adocicado com mel. Antes que o trouxessem, ele sentiu que esse relaxamento seria um perigoso exemplo aos subordinados, e despachou intocada a comida para os pobres que se encontravam ao portão. O prato foi recebido por um jovem de brilhante aspecto, que imediatamente sumiu. Na refeição seguinte, o prato desceu vazio, por conta própria, ao lugar do abade no refeitório, provando que aquilo que o santo sacrificara por seus irmãos fora aceito por Cristo. No momento da morte de Roberto, em 1159, São Godric, o eremita de Finchale, viu sua alma, como um globo de fogo, elevada pelos anjos em um caminho de luz, e conforme os portões do Céu se abriam diante deles, uma voz repetiu duas vezes: “Entrai agora, meus amigos”. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 250-251)
Outros santos do dia: Santo Antônio Gianelli, São Pedro de Córdova, São Meriadoco e São Colmano de Dromore.