Acompanhe a liturgia do dia 14 de novembro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 14 de novembro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
32ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
Jesus recorda os dias de Noé e Ló para nos chamar à vigilância. A morte virá para todos — mas para os que vivem com os olhos no céu, ela não assusta.
“Vemos a morte como algo distante de nós. […] A morte é algo comum e inevitável a todos.” (A Vida Eterna e a Profundidade da Alma, p. 2)
Sabedoria 13,1-9
1 São, porém, vãos todos os homens em que não se acha a ciência de Deus, e que, pelos bens visíveis, não chegaram a conhecer Aquele que é, nem, considerando as suas obras, reconheceram quem era o artífice.
2 Mas o fogo, o vento, o ar sutil, ou o giro das estrelas, ou a imensidade das águas, ou o sol e a lua tomaram por deuses governadores do mundo.
3 Se eles, encantados com a beleza de tais coisas, as julgaram deuses, reconheçam quanto é mais formoso do que elas o seu Senhor, porque foi o autor da beleza que criou todas estas coisas.
4 Ou, se eles se maravilharam do seu poder e influências, entendam por elas que aquele que as fez é mais forte do que elas.
5 Pois pela grandeza e beleza da criatura se pode, por analogia, chegar ao conhecimento do seu Criador.
6 Todavia, esses homens são menos repreensíveis, porque, se caem no erro, é talvez buscando a Deus e desejando encontrá-lo.
7 Porquanto eles buscam-no pelo exame das suas obras e são seduzidos pela beleza das coisas que veem.
8 Mas, por outra parte, nem estes merecem perdão,
9 porque, se chegaram a ter luz bastante para poderem fazer uma ideia do universo, como não descobriram mais facilmente o Senhor dele?
Sl 18A(19),2-3.4-5 (R. 2a)
R. Os céus proclamam a glória do Senhor!
2 Os céus proclamam a glória de Deus,
e o firmamento anuncia as obras de suas mãos.
3 Um dia diz palavra a outro dia,
e uma noite mostra ciência a outra noite. R.
4 Não há linguagem nem idioma
em que não se entendam as suas vozes.
5 O seu som estendeu-se por toda a terra,
e as suas palavras até os confins do mundo. R.
Lucas 17,26-37
26 E como sucedeu nos dias de Noé, do mesmo modo sucederá também quando vier o Filho do homem:
27 comiam e bebiam, tomavam mulheres e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e exterminou a todos.
28 Como sucedeu também no tempo de Ló: os habitantes comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e edificavam;
29 mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, e exterminou a todos.
30 Assim será no dia em que se manifestar o Filho do homem.
31 Então, quem estiver no terraço e tiver os seus bens em casa, não desça para tomá-los; e, da mesma sorte, quem estiver no campo, não volte atrás.
32 Lembrai-vos da mulher de Ló.
33 Todo o que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á; e todo o que a perder, salvá-la-á.
34 Eu vos digo: naquela noite, de dois homens que estiverem num leito, um será tomado e o outro deixado.
35 Duas mulheres estarão moendo juntas: uma será tomada e a outra deixada.
36 Dois estarão no campo: um será tomado e o outro deixado.”
37 Eles perguntaram-lhe: “Onde será isso, Senhor?” E Ele respondeu: “Onde quer que esteja o corpo, aí se ajuntarão também as águias”.
17,28–30. Beda: Em sentido místico, Ló, que significa “aquele que se isola”, figura o povo eleito a viver como estrangeiro em Sodoma, isto é, entre os réprobos, apartando-se ou isolando-se o quanto pode dos crimes destes, e evitando assim a própria destruição. Tendo, contudo, Ló deixado a cidade, Sodoma perece. Porque, no fim do mundo, virão os anjos, e separarão os maus do meio dos justos, e lançá-los-ão na fornalha de fogo (cf. Mt 13,49). A chuva de fogo e enxofre que cairá do céu, contudo, não representa o fogo perdurável do Inferno, mas o nascer súbito e imprevisto daquele dia terrível.
São Lourenço O’Toole (c. 1125–1180)
14 de novembro
Tudo indica que São Lourenço nasceu por volta de 1125. Quando ele tinha apenas dez anos, seu pai o deu como refém a Dermod Mac Murchad, Rei de Leinster, que tratava a criança de maneira muito desumana, até que o pai obrigou o tirano a entregá-la nas mãos do bispo de Glendalough, no condado de Wicklow (Irlanda). O jovem santo, por sua fidelidade em corresponder à graça divina, cresceu e tornou-se um modelo de virtude. Com a morte do bispo, que era também abade do mosteiro, S. Lourenço foi escolhido abade em 1150, embora tivesse apenas 25 anos de idade, e governou sua numerosa comunidade com prodigiosa virtude e prudência. Em 1161, S. Lourenço foi unanimemente eleito para preencher a nova sé metropolitana de Dublin. Por volta do ano 1171, devido a certas questões de sua diocese, foi obrigado a ir à Inglaterra ver o rei, Henrique II, que se encontrava então em Cantuária. O santo foi recebido pelos monges beneditinos de Christchurch com a maior honra e respeito. No dia seguinte, enquanto o santo arcebispo avançava rumo ao altar para oficiar, um maníaco que ouvira falar muito de sua santidade, e decidido a fazer desse santo homem um novo S. Tomás Becket, desferiu-lhe um violento golpe na cabeça. Todos os presentes acharam que ele fora mortalmente ferido; mas o santo, recobrando os sentidos, pediu água, abençoou-a e, lavando com ela o ferimento, teve o sangue imediatamente estancado; em seguida, celebrou a missa. Em 1175, Henrique II da Inglaterra sentiu-se ofendido por Ruaidrí, o monarca da Irlanda, e S. Lourenço realizou outra viagem à Inglaterra para negociar uma reconciliação entre ambos. Henrique ficou tão comovido com sua piedade, caridade e prudência que lhe atendeu em tudo que pedira, e deixou toda a negociação ao seu juízo. Nosso santo encerrou sua jornada nesta terra a 14 de novembro de 1180, e foi enterrado na igreja da abadia em Eu, nos confins da Normandia. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 481-482.)
Outros santos do dia: Santo Alberico de Utrecht, São Dubrício de Madley, São Gregório do Sinai e São Jucundo de Bolonha.

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32ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
Jesus recorda os dias de Noé e Ló para nos chamar à vigilância. A morte virá para todos — mas para os que vivem com os olhos no céu, ela não assusta.
“Vemos a morte como algo distante de nós. […] A morte é algo comum e inevitável a todos.” (A Vida Eterna e a Profundidade da Alma, p. 2)
Sabedoria 13,1-9
1 São, porém, vãos todos os homens em que não se acha a ciência de Deus, e que, pelos bens visíveis, não chegaram a conhecer Aquele que é, nem, considerando as suas obras, reconheceram quem era o artífice.
2 Mas o fogo, o vento, o ar sutil, ou o giro das estrelas, ou a imensidade das águas, ou o sol e a lua tomaram por deuses governadores do mundo.
3 Se eles, encantados com a beleza de tais coisas, as julgaram deuses, reconheçam quanto é mais formoso do que elas o seu Senhor, porque foi o autor da beleza que criou todas estas coisas.
4 Ou, se eles se maravilharam do seu poder e influências, entendam por elas que aquele que as fez é mais forte do que elas.
5 Pois pela grandeza e beleza da criatura se pode, por analogia, chegar ao conhecimento do seu Criador.
6 Todavia, esses homens são menos repreensíveis, porque, se caem no erro, é talvez buscando a Deus e desejando encontrá-lo.
7 Porquanto eles buscam-no pelo exame das suas obras e são seduzidos pela beleza das coisas que veem.
8 Mas, por outra parte, nem estes merecem perdão,
9 porque, se chegaram a ter luz bastante para poderem fazer uma ideia do universo, como não descobriram mais facilmente o Senhor dele?
Sl 18A(19),2-3.4-5 (R. 2a)
R. Os céus proclamam a glória do Senhor!
2 Os céus proclamam a glória de Deus,
e o firmamento anuncia as obras de suas mãos.
3 Um dia diz palavra a outro dia,
e uma noite mostra ciência a outra noite. R.
4 Não há linguagem nem idioma
em que não se entendam as suas vozes.
5 O seu som estendeu-se por toda a terra,
e as suas palavras até os confins do mundo. R.
Lucas 17,26-37
26 E como sucedeu nos dias de Noé, do mesmo modo sucederá também quando vier o Filho do homem:
27 comiam e bebiam, tomavam mulheres e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e exterminou a todos.
28 Como sucedeu também no tempo de Ló: os habitantes comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e edificavam;
29 mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, e exterminou a todos.
30 Assim será no dia em que se manifestar o Filho do homem.
31 Então, quem estiver no terraço e tiver os seus bens em casa, não desça para tomá-los; e, da mesma sorte, quem estiver no campo, não volte atrás.
32 Lembrai-vos da mulher de Ló.
33 Todo o que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á; e todo o que a perder, salvá-la-á.
34 Eu vos digo: naquela noite, de dois homens que estiverem num leito, um será tomado e o outro deixado.
35 Duas mulheres estarão moendo juntas: uma será tomada e a outra deixada.
36 Dois estarão no campo: um será tomado e o outro deixado.”
37 Eles perguntaram-lhe: “Onde será isso, Senhor?” E Ele respondeu: “Onde quer que esteja o corpo, aí se ajuntarão também as águias”.
17,28–30. Beda: Em sentido místico, Ló, que significa “aquele que se isola”, figura o povo eleito a viver como estrangeiro em Sodoma, isto é, entre os réprobos, apartando-se ou isolando-se o quanto pode dos crimes destes, e evitando assim a própria destruição. Tendo, contudo, Ló deixado a cidade, Sodoma perece. Porque, no fim do mundo, virão os anjos, e separarão os maus do meio dos justos, e lançá-los-ão na fornalha de fogo (cf. Mt 13,49). A chuva de fogo e enxofre que cairá do céu, contudo, não representa o fogo perdurável do Inferno, mas o nascer súbito e imprevisto daquele dia terrível.
São Lourenço O’Toole (c. 1125–1180)
14 de novembro
Tudo indica que São Lourenço nasceu por volta de 1125. Quando ele tinha apenas dez anos, seu pai o deu como refém a Dermod Mac Murchad, Rei de Leinster, que tratava a criança de maneira muito desumana, até que o pai obrigou o tirano a entregá-la nas mãos do bispo de Glendalough, no condado de Wicklow (Irlanda). O jovem santo, por sua fidelidade em corresponder à graça divina, cresceu e tornou-se um modelo de virtude. Com a morte do bispo, que era também abade do mosteiro, S. Lourenço foi escolhido abade em 1150, embora tivesse apenas 25 anos de idade, e governou sua numerosa comunidade com prodigiosa virtude e prudência. Em 1161, S. Lourenço foi unanimemente eleito para preencher a nova sé metropolitana de Dublin. Por volta do ano 1171, devido a certas questões de sua diocese, foi obrigado a ir à Inglaterra ver o rei, Henrique II, que se encontrava então em Cantuária. O santo foi recebido pelos monges beneditinos de Christchurch com a maior honra e respeito. No dia seguinte, enquanto o santo arcebispo avançava rumo ao altar para oficiar, um maníaco que ouvira falar muito de sua santidade, e decidido a fazer desse santo homem um novo S. Tomás Becket, desferiu-lhe um violento golpe na cabeça. Todos os presentes acharam que ele fora mortalmente ferido; mas o santo, recobrando os sentidos, pediu água, abençoou-a e, lavando com ela o ferimento, teve o sangue imediatamente estancado; em seguida, celebrou a missa. Em 1175, Henrique II da Inglaterra sentiu-se ofendido por Ruaidrí, o monarca da Irlanda, e S. Lourenço realizou outra viagem à Inglaterra para negociar uma reconciliação entre ambos. Henrique ficou tão comovido com sua piedade, caridade e prudência que lhe atendeu em tudo que pedira, e deixou toda a negociação ao seu juízo. Nosso santo encerrou sua jornada nesta terra a 14 de novembro de 1180, e foi enterrado na igreja da abadia em Eu, nos confins da Normandia. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 481-482.)
Outros santos do dia: Santo Alberico de Utrecht, São Dubrício de Madley, São Gregório do Sinai e São Jucundo de Bolonha.
