Acompanhe a liturgia do dia 2 de abril de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 2 de abril de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Quarta-feira, 4º Semana da Quaresma, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Aprofundar a liturgia diária é um convite a conhecer mais a misericórdia de Deus. Por isso, hoje meditamos com um trecho do livro “Maria na Doutrina”.
Para Maria, nunca houve interrupções, mesmo involuntárias, na ascensão ao topo. Seu pensamento estava sempre concentrado em Deus, mesmo em meio às ocupações mais intensas. (Maria na Doutrina, p. 302)
Isaías 49,8-15
8 Eis o que diz o Senhor: “Eu te ouvi no tempo favorável e te auxiliei no dia da salvação; eu te conservei e te constituí por aliança do povo, para restaurares a terra e possuíres as heranças devastadas;
9 para dizeres aos que estão em cadeias: ‘Saí’; e aos que estão nas trevas: ‘Vede a luz’. Ao longo dos caminhos encontrarão com que se alimentar, e em todas as planícies haverá o que comer para eles.
10 Não padecerão fome, nem terão sede, e não os molestará o calor nem o sol, porque o que tem compaixão deles os governará, e os levará a beber as fontes das águas.
11 Reduzirei a um caminho todos os meus montes, e as minhas veredas serão alteadas.
12 Eis que estes virão de longe, e aqueles do setentrião e do mar, e aqueles outros da terra do sul”.
13 Louvai, céus, e regozija-te, terra; fazei retinir, ó montes, louvores festivos, porque o Senhor consolou o seu povo,a e ele se compadecerá dos seus pobres.
14 Entretanto disse Sião: “O Senhor desamparou-me, o Senhor esqueceu-se de mim”.
15 Porventura [respondeu o Senhor] pode uma mulher esquecer-se do seu menino de peito, de sorte que não tenha compaixão do filho das suas entranhas? Porém, ainda que ela se esquecesse dele, eu não me esquecerei de ti.
Sl 144(145),8-9.13cd-14.17-18 (R. 8a)
R: Clemente e misericordioso é o Senhor
8 Clemente e misericordioso é o Senhor;
paciente e muito misericordioso.
9 Suave é o Senhor para com todos,
e as suas misericórdias estendem-se sobre todas as
suas obras. R.
13cd O Senhor é fiel em todas as suas palavras
e santo em todas as suas obras.
14 O Senhor sustém todos os que estão para cair,
e levanta todos os prostrados. R.
17 Justo é o Senhor em todos os seus caminhos
e santo em todas as suas obras.
18 O Senhor está perto de todos os que o invocam,
de todos os que o invocam com sinceridade. R.
João 5,17-30
17 Mas Jesus respondeu-lhes: “Meu Pai opera até hoje, e eu opero também”.
18 Por isso, então, os judeus procuravam com maior ardor matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu Pai, fazendo-se igual a Deus. Respondeu, pois, Jesus:
19 “Em verdade, em verdade vos digo: o Filho não pode de si mesmo fazer coisa alguma, mas somente o que vir fazer o Pai; porque tudo o que fizer o Pai, o faz igualmente o Filho.
20 Pois o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que ele faz; e lhe mostrará maiores obras do que estas, até o ponto de vós ficardes admirados.
21 Com efeito, assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida àqueles que quer.
22 O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o poder de julgar,
23 a fim de que todos honrem o Filho como honram o Pai; o que não honra o Filho não honra o Pai, que o enviou.
24 Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não incorre no juízo, mas passou da morte para a vida.
25 Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já é agora, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem, viverão.
26 Porque, assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu ao Filho ter vida em si mesmo,
27 e deu-lhe o poder de julgar, porque é Filho do homem.
28 Não vos admireis disso, porque virá o tempo em que todos os que se encontram nos sepulcros ouvirão a voz do Filho de Deus,
29 e os que tiverem feito boas obras sairão para a ressurreição da vida, mas os que tiverem feito obras más sairão ressuscitados para a condenação.
30 Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Julgo segundo o que ouço, e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
5,19. Agostinho: Porque obram inseparavelmente por um efeito daquela luz e Sabedoria inefável, da qual o Pai é o princípio, e que de toda a eternidade comunica ao Filho de uma maneira que excede a inteligência de todos os homens.
São Francisco de Paula (1416–1507)
2 de abril
Aos quinze anos, Francisco deixou seu humilde lar em Paula, na Calábria, para viver como eremita em uma caverna próximo da costa marítima. Com o passar do tempo, reuniram-se discípulos à sua volta, e na companhia deles, em 1436, fundou os “Mínimos” – assim chamados para evidenciar que se tratava da última das ordens monásticas. Eles observavam uma Quaresma perpétua e jamais tocavam em carne, peixe, ovos ou leite. Francisco fazia de uma rocha sua própria cama; sua melhor vestimenta era um cilício, e ervas cozidas, sua única refeição. Quanto mais seu corpo se atrofiava, mais sua fé se tornava poderosa, e “tudo podia n’Aquele que o fortalecia” (Fp 4,13). Curava os doentes, ressuscitava os mortos, extinguia pestes e levava os pecadores à penitência.
Um famoso pregador, instigado por alguns monges desviados, começou a pregar contra São Francisco e seus milagres. O santo não deu lhe atenção, e o pregador, vendo que não conquistava o coração dos ouvintes, decidiu ir ver o pobre eremita e desbaratá-lo pessoalmente. O santo o recebeu com amabilidade, deu-lhe um lugar para sentar-se ao fogo e ouviu uma longa exposição de suas fraudes. Então sorrateiramente tomou algumas brasas incandescentes do fogo e, fechando as mãos sobre elas sem se ferir, disse: “Vem, Padre Antônio, aquece-te do frio, pois estás tremendo pela falta de um pouco de caridade”. O Pe. Antônio, caindo aos pés do santo, pediu perdão, e então, recebendo seu abraço, deixou-o em paz, terminando por dedicar-lhe panegíricos e conquistando para si mesmo grande perfeição.
Quando o avarento Rei Fernando de Nápoles lhe ofereceu dinheiro para o convento, Francisco disse-lhe para devolvê-lo aos seus súditos oprimidos, e aqueceu seu coração ao fazer com que escorresse sangue da moeda ilícita. Luís XI da França, temendo a aproximação da morte, mandou chamar o pobre eremita para afastar aquele inimigo que nem sua fortaleza nem seus guardas podiam deter. Francisco seguiu as ordens do Papa e preparou o rei para uma morte santa. Os sucessores de Luís favoreceram a S. Francisco, sua ordem se espalhou pela Europa e seu nome passou a ser reverenciado por todo o mundo cristão. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 153-154.)
Faleceu aos 91 anos, na Sexta-Feira Santa de 1507, com o crucifixo na mão e as últimas palavras de Jesus aos lábios: “Senhor, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46).
Outros santos do dia: Santo Afiano, Santa Teodósia, São Nicécio e Beato Leopoldo de Gaiche.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Quarta-feira, 4º Semana da Quaresma, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Aprofundar a liturgia diária é um convite a conhecer mais a misericórdia de Deus. Por isso, hoje meditamos com um trecho do livro “Maria na Doutrina”.
Para Maria, nunca houve interrupções, mesmo involuntárias, na ascensão ao topo. Seu pensamento estava sempre concentrado em Deus, mesmo em meio às ocupações mais intensas. (Maria na Doutrina, p. 302)
Isaías 49,8-15
8 Eis o que diz o Senhor: “Eu te ouvi no tempo favorável e te auxiliei no dia da salvação; eu te conservei e te constituí por aliança do povo, para restaurares a terra e possuíres as heranças devastadas;
9 para dizeres aos que estão em cadeias: ‘Saí’; e aos que estão nas trevas: ‘Vede a luz’. Ao longo dos caminhos encontrarão com que se alimentar, e em todas as planícies haverá o que comer para eles.
10 Não padecerão fome, nem terão sede, e não os molestará o calor nem o sol, porque o que tem compaixão deles os governará, e os levará a beber as fontes das águas.
11 Reduzirei a um caminho todos os meus montes, e as minhas veredas serão alteadas.
12 Eis que estes virão de longe, e aqueles do setentrião e do mar, e aqueles outros da terra do sul”.
13 Louvai, céus, e regozija-te, terra; fazei retinir, ó montes, louvores festivos, porque o Senhor consolou o seu povo,a e ele se compadecerá dos seus pobres.
14 Entretanto disse Sião: “O Senhor desamparou-me, o Senhor esqueceu-se de mim”.
15 Porventura [respondeu o Senhor] pode uma mulher esquecer-se do seu menino de peito, de sorte que não tenha compaixão do filho das suas entranhas? Porém, ainda que ela se esquecesse dele, eu não me esquecerei de ti.
Sl 144(145),8-9.13cd-14.17-18 (R. 8a)
R: Clemente e misericordioso é o Senhor
8 Clemente e misericordioso é o Senhor;
paciente e muito misericordioso.
9 Suave é o Senhor para com todos,
e as suas misericórdias estendem-se sobre todas as
suas obras. R.
13cd O Senhor é fiel em todas as suas palavras
e santo em todas as suas obras.
14 O Senhor sustém todos os que estão para cair,
e levanta todos os prostrados. R.
17 Justo é o Senhor em todos os seus caminhos
e santo em todas as suas obras.
18 O Senhor está perto de todos os que o invocam,
de todos os que o invocam com sinceridade. R.
João 5,17-30
17 Mas Jesus respondeu-lhes: “Meu Pai opera até hoje, e eu opero também”.
18 Por isso, então, os judeus procuravam com maior ardor matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu Pai, fazendo-se igual a Deus. Respondeu, pois, Jesus:
19 “Em verdade, em verdade vos digo: o Filho não pode de si mesmo fazer coisa alguma, mas somente o que vir fazer o Pai; porque tudo o que fizer o Pai, o faz igualmente o Filho.
20 Pois o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que ele faz; e lhe mostrará maiores obras do que estas, até o ponto de vós ficardes admirados.
21 Com efeito, assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida àqueles que quer.
22 O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o poder de julgar,
23 a fim de que todos honrem o Filho como honram o Pai; o que não honra o Filho não honra o Pai, que o enviou.
24 Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não incorre no juízo, mas passou da morte para a vida.
25 Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já é agora, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem, viverão.
26 Porque, assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu ao Filho ter vida em si mesmo,
27 e deu-lhe o poder de julgar, porque é Filho do homem.
28 Não vos admireis disso, porque virá o tempo em que todos os que se encontram nos sepulcros ouvirão a voz do Filho de Deus,
29 e os que tiverem feito boas obras sairão para a ressurreição da vida, mas os que tiverem feito obras más sairão ressuscitados para a condenação.
30 Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Julgo segundo o que ouço, e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
5,19. Agostinho: Porque obram inseparavelmente por um efeito daquela luz e Sabedoria inefável, da qual o Pai é o princípio, e que de toda a eternidade comunica ao Filho de uma maneira que excede a inteligência de todos os homens.
São Francisco de Paula (1416–1507)
2 de abril
Aos quinze anos, Francisco deixou seu humilde lar em Paula, na Calábria, para viver como eremita em uma caverna próximo da costa marítima. Com o passar do tempo, reuniram-se discípulos à sua volta, e na companhia deles, em 1436, fundou os “Mínimos” – assim chamados para evidenciar que se tratava da última das ordens monásticas. Eles observavam uma Quaresma perpétua e jamais tocavam em carne, peixe, ovos ou leite. Francisco fazia de uma rocha sua própria cama; sua melhor vestimenta era um cilício, e ervas cozidas, sua única refeição. Quanto mais seu corpo se atrofiava, mais sua fé se tornava poderosa, e “tudo podia n’Aquele que o fortalecia” (Fp 4,13). Curava os doentes, ressuscitava os mortos, extinguia pestes e levava os pecadores à penitência.
Um famoso pregador, instigado por alguns monges desviados, começou a pregar contra São Francisco e seus milagres. O santo não deu lhe atenção, e o pregador, vendo que não conquistava o coração dos ouvintes, decidiu ir ver o pobre eremita e desbaratá-lo pessoalmente. O santo o recebeu com amabilidade, deu-lhe um lugar para sentar-se ao fogo e ouviu uma longa exposição de suas fraudes. Então sorrateiramente tomou algumas brasas incandescentes do fogo e, fechando as mãos sobre elas sem se ferir, disse: “Vem, Padre Antônio, aquece-te do frio, pois estás tremendo pela falta de um pouco de caridade”. O Pe. Antônio, caindo aos pés do santo, pediu perdão, e então, recebendo seu abraço, deixou-o em paz, terminando por dedicar-lhe panegíricos e conquistando para si mesmo grande perfeição.
Quando o avarento Rei Fernando de Nápoles lhe ofereceu dinheiro para o convento, Francisco disse-lhe para devolvê-lo aos seus súditos oprimidos, e aqueceu seu coração ao fazer com que escorresse sangue da moeda ilícita. Luís XI da França, temendo a aproximação da morte, mandou chamar o pobre eremita para afastar aquele inimigo que nem sua fortaleza nem seus guardas podiam deter. Francisco seguiu as ordens do Papa e preparou o rei para uma morte santa. Os sucessores de Luís favoreceram a S. Francisco, sua ordem se espalhou pela Europa e seu nome passou a ser reverenciado por todo o mundo cristão. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 153-154.)
Faleceu aos 91 anos, na Sexta-Feira Santa de 1507, com o crucifixo na mão e as últimas palavras de Jesus aos lábios: “Senhor, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46).
Outros santos do dia: Santo Afiano, Santa Teodósia, São Nicécio e Beato Leopoldo de Gaiche.