Liturgia diária

Liturgia Diária 03/03/25

Acompanhe a liturgia do dia 3 de março de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

Segunda-feira, 8ª Semana do Tempo Comum, Ano C

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” ¹

Primeira leitura

Eclesiástico 17,20-28 (gr. 24-29)

20 Aos penitentes, porém, concede o caminho da justiça, conforta os pusilânimes para vencerem a tentação e destina-lhes a verdade por herança.
21 Converte-te ao Senhor, e deixa os teus pecados;
22 suplica ante a face do Senhor e diminui [assim] as tuas ofensas.
23 Volta para o Senhor, afasta-te da tua injustiça, e tem grande horror àquilo que é abominável.
24 Reconhece a justiça dos juízos de Deus, e persevera no estado em que te colocou, e na invocação do Deus Altíssimo.
25 Vai incorporar-te à porção do século santo, com aqueles que vivem e que dão glória a Deus.
26 Não te demores no erro dos ímpios, e louva [a Deus] antes da morte. O louvor do morto terminou, porque ele é como se não existisse;
27 louva-o enquanto vives, louva-o enquanto tens vida e saúde, louva a Deus e glorifica-o nas suas misericórdias.
28 Quão grande é a misericórdia do Senhor, e a sua compaixão para com todos os que se convertem a Ele!

Salmo

31(32),1-2.5.6.7 (R. 11a)

R. Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, ó justos!

1 Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são
perdoadas e cujos pecados são cobertos.
2 Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não
imputou pecado, e cujo espírito é isento de fraude R.

5 Eu te manifestei o meu pecado
e não ocultei a minha injustiça.
Eu disse: “Confessarei, contra mim mesmo,
ao Senhor a minha injustiça”;
e tu perdoaste a malícia do meu pecado. R.

6 Por isso orará a ti todo santo
no tempo oportuno.
E, na inundação das muitas águas,
estas não se aproximarão dele. R.

7 Tu és o meu refúgio na tribulação que me cercou,
ó alegria minha, livra-me dos que me cercam. R.

Evangelho

Marcos 10,17-27

17 E, tendo saído para se pôr a caminho, veio um homem correndo e, ajoelhando-se diante dele, suplicou-lhe: “Bom Mestre, que devo eu fazer para alcançar a vida eterna?”
18 Jesus disse-lhe: “Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão só Deus.
19 Tu sabes os mandamentos: Não cometas adultério, não mates, não furtes, não digas falso testemunho, não cometas fraudes, honra teu pai e tua mãe”.
20 Ele respondeu: “Mestre, todas estas coisas tenho observado desde a minha juventude”.
21 Jesus, pondo nele os olhos, mostrou-lhe afeto e disse-lhe: “Uma coisa te falta; vai, vende tudo que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me”.
22 Mas ele, entristecido por esta pai lavra, retirou-se desgostoso, porque tinha muitos bens.
23 Então Jesus, olhando em torno, disse a seus discípulos: “Quanto é difícil que entrem no reino de Deus os que têm riquezas!”
24 E os discípulos assombravam-se das suas palavras. Mas Jesus de novo lhes disse: “Filhinhos, quanto é difícil entrarem no reino de Deus os que confiam nas riquezas!
25 Mais fácil é passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no reino de Deus”.
26 Eles ficaram ainda mais admirados, dizendo entre si: “Quem pode então se salvar?”
27 E Jesus, olhando para eles, disse: “Para os homens isto é impossível, mas não para Deus, porque a Deus todas as coisas são possíveis”.

Comentário Patrístico

10,18. Beda: Por esta frase não se deve entender somente o Pai, mas também o Filho, que disse: “Eu sou o bom pastor” (Jo 10,11), e também o Espírito Santo, pois foi dito: “o vosso Pai celestial dará o Espírito Santo [cf. nota] aos que lhe pedirem” (Lc 11,13). Com efeito, a própria una e indivisível Trindade, o Pai, e o Filho e o Espírito Santo, é, exclusivamente, o único bom Deus. Portanto, o Senhor não nega ser bom, mas dá a entender que é Deus; não diz não ser o bom mestre, mas testemunha que não há nenhum bom mestre afastado de Deus.

Santo do dia

Santa Cunegunda de Luxemburgo

3 de março

Santa Cunegunda era filha de Siegfried, o primeiro Conde de Luxemburgo, e Edviges, sua devota esposa. Ambos incutiram nela desde o berço os mais ternos sentimentos de piedade, e casaram-na com Santo Henrique, Duque da Bavária, o qual, com a morte do Imperador Otão III, foi escolhido rei dos romanos, e coroado a 6 de junho de 1002, enquanto sua rainha foi coroada em Paderborn, no dia de São Lourenço. Já havia exaurido seus bens ao fundar bispados e mosteiros e aliviar os pobres, e por isso já não tinha muito que oferecer. Mas, ainda sedenta por abraçar a perfeita pobreza evangélica e, sem reservas, renunciar tudo a serviço de Deus, reuniu um grande número de prelados para a dedicação de sua igreja em Kaffungen, no aniversário da morte do marido, em 1025. Depois que o Evangelho foi entoado na missa, ela ofereceu ao altar um fragmento da verdadeira cruz, e então, despindo-se de suas vestes imperiais, recebeu um humilde hábito; seu cabelo foi cortado, e o bispo colocou-lhe um véu e um anel, como prova de sua fidelidade ao Esposo celestial. Depois de consagrada a Deus, parecia inteiramente esquecida de algum dia ter sido imperatriz, e se comportava como a última da casa, acreditando assim sê-la diante de Deus. Orava e estudava copiosamente, trabalhava com as próprias mãos e tinha especial predileção pela visitação e conforto aos doentes. Assim passou os últimos quinze anos de vida. Suas mortificações reduziram-na a uma condição física muito frágil, e acabaram por lhe trazer sua enfermidade derradeira. Percebendo que preparavam um suntuoso tecido com franjas de ouro para cobrir seu corpo após a morte, corou as faces e ordenou que ele fosse retirado, e não descansou até que lhe prometessem que seria enterrada como uma pobre monja, em seu hábito costumeiro. Faleceu no dia 3 de março de 1040. Seu corpo foi carregado a Bamberg e enterrado próximo ao de seu marido. Foi solenemente canonizada por Inocêncio III, em 1200.²

Outros santos do dia: São Emetério, Santa Artelaide, Santa Nona e São Gervino.

Referências

1. Devocionário a São José, página 33.[↩]
2. Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 105-107.[↩]