Liturgia diária

Liturgia Diária 03/09/25

Acompanhe a liturgia do dia 03 de setembro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

São Gregório Magno, papa e doutor da Igreja, Memória

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)

No coração da fé está a humildade diante de Deus. Padre Pio nos recorda que a grandeza da vida cristã floresce na simplicidade:

“Reconheçamo-nos como realmente somos: um nada, uma miséria, uma fraqueza, uma fonte de perversidade… Jamais te espantes com tuas fraquezas, mas confiando em Deus, abandona-te tranquilamente em seus braços de Pai.” (O catecismo de Padre Pio p.328-329)

Primeira leitura

I Tessalonicenses 2,9-13

1 Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus, e Timóteo, seu irmão,

2 aos santos e fiéis irmãos em Jesus Cristo que estão em Colossos. Graça a vós e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e de Nosso Senhor Jesus Cristo.

3 Damos graças a Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós,

4 tendo sido informados da vossa fé em Jesus Cristo e da caridade que tendes para com todos os santos,

5 [levados] pela esperança que vos está reservada nos céus, da qual tivestes conhecimento pela palavra da verdade do Evangelho,

6 o qual chegou até vós, como a todo o mundo, e frutifica e cresce. [Assim ocorre também] entre vós, desde o dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus na verdade,

7 conforme aprendestes de Epafras, nosso muito amado companheiro no serviço, o qual é por vós fiel ministro de Jesus Cristo,

8 e que também nos informou da vossa caridade espiritual.

Salmo

Sl 51(52),10.11 (R. 10b)

R. Confio na clemência do meu Deus, agora e sempre!

10 Eu, porém, como oliveira verdejante
na casa do Senhor,
confio na clemência do meu Deus
agora e para sempre! R.

11 Louvarei a vossa graça eternamente,
porque vós assim agistes;
esperarei sempre em vosso nome,
porque é bom diante dos vossos fiéis! R.

Evangelho

Lucas 4,38-44

38 Ao sair da sinagoga, entrou em casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre muito alta e pediram-Lhe por ela.

39 Inclinando-Se sobre ela, ordenou à febre, e esta deixou-a; e ela, levantando-se imediatamente, pôs-se a servi-los.

40 Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos de vários males trouxeram-nos a Jesus; Ele, impondo as mãos a cada um, curava-os.

41 De muitos também saíam os demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus.” Mas Ele, ameaçando-os, não lhes permitia falar, porque sabiam que Ele era o Cristo.

42 Ao romper do dia, saiu e retirou-Se para um lugar deserto. As multidões andavam à Sua procura e, quando chegaram junto d’Ele, queriam retê-l’O, para que não os deixasse.

43 Ele, porém, disse-lhes: “Tenho de anunciar também às outras cidades a boa nova do Reino de Deus, porque para isso fui enviado.”

44 E andava pregando nas sinagogas da Judeia.

Comentários Patrísticos

4,38–39. Beda: Se dissemos que o homem libertado do Demônio significa moralmente o espírito purificado dos pensamentos imundos, devemos dizer que a mulher acometida de febre, mas curada por ordem do Senhor, representa a carne refreada do fervor da concupiscência pelos preceitos da continência.

Santo do dia

São Gregório Magno (540–604)

03 de setembro

Gregório era um romano de sangue nobre, e ainda na juventude se tornou governador de Roma. Com a morte do pai, doou sua enorme riqueza aos pobres, transformou sua casa no Monte Célio em um mosteiro, que hoje carrega o seu nome, e por alguns anos viveu como um perfeito monge. O Papa o retirou de seu isolamento para fazer dele um dos sete diáconos de Roma. Prestou grande serviço à Igreja por muitos anos – na função que hoje chamamos de Núncio – na corte imperial em Constantinopla. Quando ainda era monge, o santo ficou comovido com alguns meninos expostos à venda em Roma, e com pesar ouviu dizer que eram pagãos. “E de que raça eles são?”, perguntou. “São anglos”, responderam. “De fato, dignos de serem Anjos do Senhor”, disse ele. “E de que província?”. “De Deira”, foi a resposta. “É verdade, devemos resgatá-los da fúria de Deus. E como se chama seu rei?”. “Chama-se Ale”. “Está bem”, disse Gregório; “deve-se cantar Aleluia a Deus na terra deles”. Imediatamente conseguiu autorização do Papa para partir, e foi converter os ingleses, quando os murmúrios do povo levaram o Pontífice a reconvocá-lo. Mesmo então os anglos não foram abandonados, e uma das primeiras medidas do santo como Papa foi mandar enviar de seu próprio mosteiro à Inglaterra S. Agostinho de Cantuária e outros monges. Com a morte do Papa Pelágio II, Gregório foi obrigado a assumir o governo da Igreja, e por quatorze anos seu pontificado foi um modelo perfeito da regra eclesiástica. Resolveu cismas; revivificou a disciplina; salvou a Itália convertendo os selvagens arianos da Lombardia, que a devastavam; ajudou na conversão dos godos espanhóis e franceses, também arianos; e reacendeu na Bretanha a luz da fé, que os ingleses haviam apagado com sangue. Colocou em ordem as orações e cantos da Igreja, guiou e consolou seus pastores com inumeráveis cartas e pregou incessantemente, exercendo um impacto ainda maior através do seu próprio exemplo. Faleceu em 604, desgastado pelas penitências e labores; a Igreja o reconhece hoje como um dos seus quatro grandes Doutores e o reverencia como São Gregório Magno. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 388-389.)

Outros santos do dia: Santo Aristeu, São Mansueto, São Remaclo, São Bartolomeu Gutierrez e Santa Serápia.