Acompanhe a liturgia do dia 07 de julho de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 07 de julho de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
14ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
O Evangelho de hoje nos apresenta duas mulheres tocadas pela fé: uma que tocou o manto, outra que foi chamada do sono da morte. Maria, por sua vez, foi toda toque de Deus — e nela a fé floresceu antes mesmo que a Palavra se fizesse visível.
“A fé de Maria é como o espaço livre em Belém: sem ornamentos, sem palavras, só disponibilidade.” (Nossa Senhora do Carmo, p. 60)
Gênesis 28,10-22a
10 Jacó partiu de Bersabeia e dirigiu-se a Harã.
11 Chegando a um certo lugar, resolveu pernoitar ali, pois o sol já se havia posto. Tomou uma das pedras do lugar, colocou-a debaixo da cabeça e dormiu ali mesmo.
12 Teve um sonho: uma escada estava erguida sobre a terra, e o seu topo tocava o céu; os anjos de Deus subiam e desciam por ela.
13 No alto dela estava o Senhor, que lhe disse: “Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaac. A terra sobre a qual estás deitado, eu a darei a ti e à tua descendência.
14 Tua descendência será como o pó da terra. Tu te expandirás para o ocidente e para o oriente, para o norte e para o sul, e em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra.
15 Eis que estou contigo: eu te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque não te abandonarei sem ter cumprido o que te prometi”.
16 Ao despertar de seu sono, Jacó disse: “Sem dúvida, o Senhor está neste lugar, e eu não sabia!”
17 Cheio de temor, disse: “Quão terrível é este lugar! Isto aqui não é outra coisa senão a casa de Deus; é a porta do céu!”
18 Jacó levantou-se bem cedo, pegou a pedra que havia posto debaixo da cabeça, erigiu-a como um marco e derramou óleo sobre ela.
19 Ao lugar deu o nome de Betel, mas antes a cidade se chamava Luz.
20 Jacó fez então um voto: “Se Deus estiver comigo e me guardar neste caminho por onde ando, se me der pão para comer e roupa para vestir,
21 e se eu voltar são e salvo à casa de meu pai, então o Senhor será meu Deus.
22a E esta pedra, que ergui como um marco, será uma casa de Deus”.
Sl 90(91),1-2.3-4.14-15ab (R. cf. 2b)
R. Sois meu Deus, no qual confio inteiramente.
1 Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo,
que moras à sombra do Onipotente,
2 dize ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção,
sois o meu Deus, no qual confio inteiramente.” R.
3 Do caçador ele te livrará,
e também da palavra que destrói.
4 Cobrir-te-á com suas penas,
sob suas asas estarás seguro;
sua fidelidade te será um escudo de proteção. R.
14 “Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo
e protegê-lo, pois meu nome ele conhece.
15a Ao invocar-me hei de ouvi-lo,
15b e a seu lado eu estarei em suas dores.” R.
Mateus 9,18-26
18 Falava-lhes Ele ainda, quando um chefe se aproximou, prostrou-se diante d’Ele e disse: “Minha filha faleceu agora mesmo, mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá”.
19 Jesus levantou-Se e seguiu-o com os Seus discípulos.
20 Nisto, uma mulher que sofria de um fluxo de sangue havia doze anos, aproximou-se por detrás e tocou-Lhe a orla do manto.
21 Dizia consigo: “Se eu tão-somente tocar no seu manto, serei curada”.
22 Jesus voltou-Se, viu-a e disse: “Tem confiança, filha, a tua fé te salvou”. E a mulher ficou curada a partir daquele instante.
23 Quando chegou à casa do chefe e viu os tocadores de flauta e a multidão em alvoroço,
24 disse: “Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas dorme”. Eles, porém, escarneciam d’Ele.
25 Tendo sido afastada a multidão, Ele entrou, tomou a menina pela mão, e ela levantou-se.
26 A notícia espalhou-se por toda aquela região.
9,18–19. Hilário: Em sentido místico, o príncipe da sinagoga representa a Lei, que pede ao Senhor que devolva a vida ao cadáver daquele povo, o qual a mesma Lei vinha educando para Cristo, tendo pregado com a expectativa de seu advento.
9,20–21. Remígio: A sua humildade é digna de elogio, pois não se apresenta diante do Senhor, mas por trás, e julga-se indigna de tocar os seus pés. Não toca todo o seu vestido, mas somente a fímbria [orla], porque o vestido do Senhor tinha uma fímbria, conforme o preceito da Lei. Os fariseus punham em seus vestidos umas franjas, que portavam com orgulho, nas quais acrescentavam uma espécie de espinhos. Mas as fímbrias do vestido do Senhor não eram para ferir, mas para curar, e por isso dizia a mulher em seu interior: “Ainda que eu toque somente a sua veste, serei curada”.
9,25. Gregório: A fim de ressuscitar a morta, põe para fora a multidão. Porque não ressuscitará a alma que interiormente está morta se não expulsar antes, do íntimo de seu coração, a multidão dos cuidados temporais.
São Panteno († c. 216)
07 de julho
Este erudito sacerdote e homem apostólico floresceu no século II. Era siciliano de nascimento e filósofo estóico por profissão. Sua estima pela virtude o levou a conhecer os cristãos e, encantado pela inocência e santidade de seu convívio, abriu os olhos para a verdade. Estudou as Sagradas Escrituras com os discípulos dos apóstolos, e sua sede pelo conhecimento sagrado o levou a Alexandria, no Egito, onde os discípulos de São Marcos haviam instituído uma célebre escola de doutrina cristã. Panteno evitava expor seus talentos naquele empório de letras e comércio, mas seu grande progresso no conhecimento sagrado foi descoberto após algum tempo, retirando-o da escuridão na qual sua humildade buscara ocultá-lo. Sendo posto na liderança da escola cristã pouco antes do ano de 179, com sua erudição e brilhante método de ensino elevou a reputação daquela instituição acima de todas as escolas de filósofos, e as lições que lia, colhidas do florilégio dos profetas e apóstolos, transmitiam luz e conhecimento a todos os seus ouvintes. Os indianos que comerciavam em Alexandria pediram-lhe que fizesse uma visita ao seu país, e assim ele abandonou a escola e foi pregar o Evangelho nas nações do Oriente. São Panteno deparou com algumas sementes da fé já plantadas entre os indianos, e um livro do Evangelho de São Mateus em hebraico, que S. Bartolomeu a levará para lá. Trouxe-o de volta consigo à Alexandria, para onde retornou após ter zelosamente se dedicado por alguns anos à instrução dos indianos na fé. S. Panteno continuou a ensinar em privado até cerca do ano 216, quando encerrou uma vida nobre e distinta com uma morte feliz. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 297-298.)
Outros santos do dia: São Vilibaldo, Santo Ilídio, São Félix de Nantes e Santo Alírio.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
14ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
O Evangelho de hoje nos apresenta duas mulheres tocadas pela fé: uma que tocou o manto, outra que foi chamada do sono da morte. Maria, por sua vez, foi toda toque de Deus — e nela a fé floresceu antes mesmo que a Palavra se fizesse visível.
“A fé de Maria é como o espaço livre em Belém: sem ornamentos, sem palavras, só disponibilidade.” (Nossa Senhora do Carmo, p. 60)
Gênesis 28,10-22a
10 Jacó partiu de Bersabeia e dirigiu-se a Harã.
11 Chegando a um certo lugar, resolveu pernoitar ali, pois o sol já se havia posto. Tomou uma das pedras do lugar, colocou-a debaixo da cabeça e dormiu ali mesmo.
12 Teve um sonho: uma escada estava erguida sobre a terra, e o seu topo tocava o céu; os anjos de Deus subiam e desciam por ela.
13 No alto dela estava o Senhor, que lhe disse: “Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaac. A terra sobre a qual estás deitado, eu a darei a ti e à tua descendência.
14 Tua descendência será como o pó da terra. Tu te expandirás para o ocidente e para o oriente, para o norte e para o sul, e em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra.
15 Eis que estou contigo: eu te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque não te abandonarei sem ter cumprido o que te prometi”.
16 Ao despertar de seu sono, Jacó disse: “Sem dúvida, o Senhor está neste lugar, e eu não sabia!”
17 Cheio de temor, disse: “Quão terrível é este lugar! Isto aqui não é outra coisa senão a casa de Deus; é a porta do céu!”
18 Jacó levantou-se bem cedo, pegou a pedra que havia posto debaixo da cabeça, erigiu-a como um marco e derramou óleo sobre ela.
19 Ao lugar deu o nome de Betel, mas antes a cidade se chamava Luz.
20 Jacó fez então um voto: “Se Deus estiver comigo e me guardar neste caminho por onde ando, se me der pão para comer e roupa para vestir,
21 e se eu voltar são e salvo à casa de meu pai, então o Senhor será meu Deus.
22a E esta pedra, que ergui como um marco, será uma casa de Deus”.
Sl 90(91),1-2.3-4.14-15ab (R. cf. 2b)
R. Sois meu Deus, no qual confio inteiramente.
1 Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo,
que moras à sombra do Onipotente,
2 dize ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção,
sois o meu Deus, no qual confio inteiramente.” R.
3 Do caçador ele te livrará,
e também da palavra que destrói.
4 Cobrir-te-á com suas penas,
sob suas asas estarás seguro;
sua fidelidade te será um escudo de proteção. R.
14 “Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo
e protegê-lo, pois meu nome ele conhece.
15a Ao invocar-me hei de ouvi-lo,
15b e a seu lado eu estarei em suas dores.” R.
Mateus 9,18-26
18 Falava-lhes Ele ainda, quando um chefe se aproximou, prostrou-se diante d’Ele e disse: “Minha filha faleceu agora mesmo, mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá”.
19 Jesus levantou-Se e seguiu-o com os Seus discípulos.
20 Nisto, uma mulher que sofria de um fluxo de sangue havia doze anos, aproximou-se por detrás e tocou-Lhe a orla do manto.
21 Dizia consigo: “Se eu tão-somente tocar no seu manto, serei curada”.
22 Jesus voltou-Se, viu-a e disse: “Tem confiança, filha, a tua fé te salvou”. E a mulher ficou curada a partir daquele instante.
23 Quando chegou à casa do chefe e viu os tocadores de flauta e a multidão em alvoroço,
24 disse: “Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas dorme”. Eles, porém, escarneciam d’Ele.
25 Tendo sido afastada a multidão, Ele entrou, tomou a menina pela mão, e ela levantou-se.
26 A notícia espalhou-se por toda aquela região.
9,18–19. Hilário: Em sentido místico, o príncipe da sinagoga representa a Lei, que pede ao Senhor que devolva a vida ao cadáver daquele povo, o qual a mesma Lei vinha educando para Cristo, tendo pregado com a expectativa de seu advento.
9,20–21. Remígio: A sua humildade é digna de elogio, pois não se apresenta diante do Senhor, mas por trás, e julga-se indigna de tocar os seus pés. Não toca todo o seu vestido, mas somente a fímbria [orla], porque o vestido do Senhor tinha uma fímbria, conforme o preceito da Lei. Os fariseus punham em seus vestidos umas franjas, que portavam com orgulho, nas quais acrescentavam uma espécie de espinhos. Mas as fímbrias do vestido do Senhor não eram para ferir, mas para curar, e por isso dizia a mulher em seu interior: “Ainda que eu toque somente a sua veste, serei curada”.
9,25. Gregório: A fim de ressuscitar a morta, põe para fora a multidão. Porque não ressuscitará a alma que interiormente está morta se não expulsar antes, do íntimo de seu coração, a multidão dos cuidados temporais.
São Panteno († c. 216)
07 de julho
Este erudito sacerdote e homem apostólico floresceu no século II. Era siciliano de nascimento e filósofo estóico por profissão. Sua estima pela virtude o levou a conhecer os cristãos e, encantado pela inocência e santidade de seu convívio, abriu os olhos para a verdade. Estudou as Sagradas Escrituras com os discípulos dos apóstolos, e sua sede pelo conhecimento sagrado o levou a Alexandria, no Egito, onde os discípulos de São Marcos haviam instituído uma célebre escola de doutrina cristã. Panteno evitava expor seus talentos naquele empório de letras e comércio, mas seu grande progresso no conhecimento sagrado foi descoberto após algum tempo, retirando-o da escuridão na qual sua humildade buscara ocultá-lo. Sendo posto na liderança da escola cristã pouco antes do ano de 179, com sua erudição e brilhante método de ensino elevou a reputação daquela instituição acima de todas as escolas de filósofos, e as lições que lia, colhidas do florilégio dos profetas e apóstolos, transmitiam luz e conhecimento a todos os seus ouvintes. Os indianos que comerciavam em Alexandria pediram-lhe que fizesse uma visita ao seu país, e assim ele abandonou a escola e foi pregar o Evangelho nas nações do Oriente. São Panteno deparou com algumas sementes da fé já plantadas entre os indianos, e um livro do Evangelho de São Mateus em hebraico, que S. Bartolomeu a levará para lá. Trouxe-o de volta consigo à Alexandria, para onde retornou após ter zelosamente se dedicado por alguns anos à instrução dos indianos na fé. S. Panteno continuou a ensinar em privado até cerca do ano 216, quando encerrou uma vida nobre e distinta com uma morte feliz. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 297-298.)
Outros santos do dia: São Vilibaldo, Santo Ilídio, São Félix de Nantes e Santo Alírio.