Acompanhe a liturgia do dia 07 de agosto de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 07 de agosto de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
18ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
Pedro reconhece Jesus, mas resiste à cruz. A fé autêntica abraça a verdade com coragem Para te ajudar a medicar a liturgia de hoje, separamos este trecho:
“A verdade cristã exige renúncia: é preciso rejeitar as meias-verdades para não cair nos enganos inteiros.” (A Doutrina Cristã, p. 112)
Números 20,1-13
1 Ora, os filhos de Israel e toda a multidão chegaram ao deserto de Sin, no primeiro mês, e o povo ficou em Cades. Ali faleceu Míriam, que foi sepultada no mesmo lugar.
2 Como o povo necessitasse de água, juntaram-se contra Moisés e Aarão;
3 levantando-se em motim, disseram: “Oxalá nós tivéssemos perecido entre os nossos irmãos diante do Senhor.
4 Por que conduzistes a assembleia do Senhor ao deserto, para morrermos nós e os nossos animais?
5 Por que nos fizestes partir do Egito e nos conduzistes a este péssimo lugar, em que não se pode semear e que não produz nem figueiras, nem vinhas, nem romeiras, e além disto não tem água para beber?”.
6 Deixada a multidão, Moisés e Aarão entraram no tabernáculo da aliança, e tendo-se prostrado com o rosto por terra, clamaram ao Senhor, dizendo: “Senhor Deus, ouve o clamor deste povo e abre-lhe o teu tesouro, uma fonte de água viva, para que, saciando-se, cesse a sua murmuração”. E apareceu sobre eles a glória do Senhor.
7 O Senhor falou a Moisés, dizendo:
8 “Toma a vara e junta o povo, tu e Aarão, teu irmão, e falai ao rochedo diante deles: ele dará águas. E depois que tiveres feito sair água do rochedo, beberá toda a multidão e os seus animais”.
9 Tomou, pois, Moisés a vara, que estava diante do Senhor, conforme lhe tinha ordenado,
10 e tendo reunido a multidão diante deste rochedo, disse-lhes: “Ouvi, rebeldes e incrédulos: acaso poderemos nós fazer sair água deste rochedo para vós?”.
11 E Moisés, tendo levantado a mão, feriu duas vezes com a vara o rochedo, e saíram dele águas copiosíssimas, de sorte que beberam o povo e os animais.
12 E o Senhor disse a Moisés e a Aarão: “Porquanto vós não me crestes para me santificardes diante dos filhos de Israel, não introduzireis estes povos na terra que lhes darei.
13 Esta é a Água da Contradição, onde os filhos de Israel altercaram contra o Senhor, e onde [o Senhor] foi santificado entre eles”.
Sl 94(95),1-2.6-7.8-9 (R. 8ab)
R. Não feçais corações como em Meriba!
1 Vinde, exultemos de alegria no Senhor,
aclamemos o Rochedo que nos salva!
2 Ao seu encontro caminhemos com louvores,
e com cantos de alegria o celebremos! R.
6 Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra,
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
7 Porque ele é o nosso Deus, nosso pastor,
e nós somos o seu povo e seu rebanho,
as ovelhas que conduz com sua mão. R.
8 Oxalá ouvísseis hoje a sua voz:
“Não feçais os corações como em Meriba,
como em Massa, no deserto, aquele dia,
9 em que outrora vossos pais me provocaram,
apesar de terem visto as minhas obras”. R.
Evangelho
Mateus 16,13-23
13 Chegando à região de Cesareia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”
14 Eles responderam: “Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias ou um dos profetas”.
15 Então lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
16 Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
17 Jesus lhe disse: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelaram isso, mas meu Pai que está nos céus.
18 E eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
19 Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.
20 Então ordenou aos discípulos que a ninguém dissessem que ele era o Cristo.
21 Desde então, Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos escribas, ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.
22 Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Isso jamais te acontecerá!”
23 Jesus, porém, voltando-se, disse a Pedro: “Vai para longe de mim, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as dos homens”.
16,13. Crisóstomo: Ele não disse “quem dizem os escribas e os fariseus que eu sou?”, mas “quem dizem os homens que eu sou?”. Investiga a opinião do povo, que não era inclinada para o mal. Ainda que sua opinião sobre Cristo fosse muito inferior à que deveria, era, contudo, isenta de maldade. Diferente da opinião dos fariseus, que era plena de grande malícia.
6,22–23. Orígenes: Disse, pois, a Pedro: “Para trás de mim” [lxx; cf. nota], como se, por sua ignorância, tivesse deixando de seguir a Cristo, e chama-o de “Satanás” por causa desta mesma ignorância, como quem tem algo contrário a Deus. Bem-aventurado aquele a quem Cristo se volta, ainda que seja para repreendê-lo. Mas por que disse a Pedro: Tu serves-me de escândalo, quando no salmo se lê (Sl 118,165): “Gozam muita paz os que amam a tua lei, e não há para eles nenhuma ocasião de queda”? A resposta é que não só Jesus não se escandalizou, como não se escandaliza ninguém que seja perfeito no amor de Deus. Mas este pode ser escândalo para os outros dizendo ou fazendo certas coisas, ainda que Ele não possa ser escandalizado. Ou então Ele chama de escândalo todo discípulo que peca, como também dizia Paulo “Quem é escandalizado, que eu não me abrase?” (II Cor 11,29).
São Caetano (1480–1547)
07 de agosto
Caetano nasceu em Vicenza em 1480, de pais nobres e piedosos, que o consagraram a Nossa Senhora. Desde a infância já era conhecido como santo, e anos mais tarde como “o caçador de almas”. Estudante de destaque, deixou sua cidade natal para esconder-se em Roma, mas lá foi forçado a aceitar um posto de secretário na corte de Júlio II. Com a morte deste Pontífice, retornou a Vicenza, e foi motivo de desgosto para os parentes ao decidir entrar no Oratório de São Jerônimo, pois seus membros saíam das classes mais baixas, enquanto ele despendia sua fortuna na construção de hospitais e se dedicava a cuidar das vítimas da peste. Para renovar a vida do clero, instituiu a primeira comunidade de Clérigos Regulares, conhecidos como Teatinos. Eles se dedicavam à pregação, à administração dos sacramentos e à cuidadosa celebração dos ritos e cerimônias da Igreja. São Caetano foi o primeiro a introduzir as 40 horas de Adoração ao Santíssimo Sacramento, como antídoto contra a heresia de Calvino. Nutria o amor mais tenro por Nossa Senhora, e teve a sua piedade recompensada, pois em uma véspera de Natal ela colocou o próprio Menino Jesus em seus braços. Quando os germanos saquearam Roma sob comando do Condestável de Bourbon, flagelaram S. Caetano barbaramente, buscando extorquir-lhe riquezas que ele há muito já guardara em segurança no Paraíso. Quando S. Caetano entregou-se à vontade de Deus em seu leito de morte, ansiando pela dor que satisfizesse seu amor e pela morte que lhe conquistasse a vida, contemplou a Mãe de Deus, em esplendor radiante e cercada dos ministros serafins. Em profunda veneração, ele disse: “Senhora, abençoai-me!”. Maria respondeu: “Caetano, recebe a bênção de meu Filho, e saibas que estou aqui como prêmio pela sinceridade do teu amor, e para te levar ao Paraíso”. Ela então o exortou à paciência na luta contra um espírito mau que o atormentava, e deu ordens para que os coros dos anjos escoltassem sua alma em triunfo até o Céu. Então, virando para ele seu semblante cheio de majestade e doçura, ela disse: “Caetano, meu Filho te chama. Vamos em paz”. Fatigado pelas dificuldades e pela doença, foi finalmente receber seu prêmio em 1547. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 343-344.)
Outros santos do dia: São Vitrício, São Sisto II, São Donato de Arezzo e Santo Alberto de Trapani.
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18ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
Pedro reconhece Jesus, mas resiste à cruz. A fé autêntica abraça a verdade com coragem Para te ajudar a medicar a liturgia de hoje, separamos este trecho:
“A verdade cristã exige renúncia: é preciso rejeitar as meias-verdades para não cair nos enganos inteiros.” (A Doutrina Cristã, p. 112)
Números 20,1-13
1 Ora, os filhos de Israel e toda a multidão chegaram ao deserto de Sin, no primeiro mês, e o povo ficou em Cades. Ali faleceu Míriam, que foi sepultada no mesmo lugar.
2 Como o povo necessitasse de água, juntaram-se contra Moisés e Aarão;
3 levantando-se em motim, disseram: “Oxalá nós tivéssemos perecido entre os nossos irmãos diante do Senhor.
4 Por que conduzistes a assembleia do Senhor ao deserto, para morrermos nós e os nossos animais?
5 Por que nos fizestes partir do Egito e nos conduzistes a este péssimo lugar, em que não se pode semear e que não produz nem figueiras, nem vinhas, nem romeiras, e além disto não tem água para beber?”.
6 Deixada a multidão, Moisés e Aarão entraram no tabernáculo da aliança, e tendo-se prostrado com o rosto por terra, clamaram ao Senhor, dizendo: “Senhor Deus, ouve o clamor deste povo e abre-lhe o teu tesouro, uma fonte de água viva, para que, saciando-se, cesse a sua murmuração”. E apareceu sobre eles a glória do Senhor.
7 O Senhor falou a Moisés, dizendo:
8 “Toma a vara e junta o povo, tu e Aarão, teu irmão, e falai ao rochedo diante deles: ele dará águas. E depois que tiveres feito sair água do rochedo, beberá toda a multidão e os seus animais”.
9 Tomou, pois, Moisés a vara, que estava diante do Senhor, conforme lhe tinha ordenado,
10 e tendo reunido a multidão diante deste rochedo, disse-lhes: “Ouvi, rebeldes e incrédulos: acaso poderemos nós fazer sair água deste rochedo para vós?”.
11 E Moisés, tendo levantado a mão, feriu duas vezes com a vara o rochedo, e saíram dele águas copiosíssimas, de sorte que beberam o povo e os animais.
12 E o Senhor disse a Moisés e a Aarão: “Porquanto vós não me crestes para me santificardes diante dos filhos de Israel, não introduzireis estes povos na terra que lhes darei.
13 Esta é a Água da Contradição, onde os filhos de Israel altercaram contra o Senhor, e onde [o Senhor] foi santificado entre eles”.
Sl 94(95),1-2.6-7.8-9 (R. 8ab)
R. Não feçais corações como em Meriba!
1 Vinde, exultemos de alegria no Senhor,
aclamemos o Rochedo que nos salva!
2 Ao seu encontro caminhemos com louvores,
e com cantos de alegria o celebremos! R.
6 Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra,
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
7 Porque ele é o nosso Deus, nosso pastor,
e nós somos o seu povo e seu rebanho,
as ovelhas que conduz com sua mão. R.
8 Oxalá ouvísseis hoje a sua voz:
“Não feçais os corações como em Meriba,
como em Massa, no deserto, aquele dia,
9 em que outrora vossos pais me provocaram,
apesar de terem visto as minhas obras”. R.
Evangelho
Mateus 16,13-23
13 Chegando à região de Cesareia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”
14 Eles responderam: “Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias ou um dos profetas”.
15 Então lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
16 Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
17 Jesus lhe disse: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelaram isso, mas meu Pai que está nos céus.
18 E eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
19 Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.
20 Então ordenou aos discípulos que a ninguém dissessem que ele era o Cristo.
21 Desde então, Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos escribas, ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.
22 Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Isso jamais te acontecerá!”
23 Jesus, porém, voltando-se, disse a Pedro: “Vai para longe de mim, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as dos homens”.
16,13. Crisóstomo: Ele não disse “quem dizem os escribas e os fariseus que eu sou?”, mas “quem dizem os homens que eu sou?”. Investiga a opinião do povo, que não era inclinada para o mal. Ainda que sua opinião sobre Cristo fosse muito inferior à que deveria, era, contudo, isenta de maldade. Diferente da opinião dos fariseus, que era plena de grande malícia.
6,22–23. Orígenes: Disse, pois, a Pedro: “Para trás de mim” [lxx; cf. nota], como se, por sua ignorância, tivesse deixando de seguir a Cristo, e chama-o de “Satanás” por causa desta mesma ignorância, como quem tem algo contrário a Deus. Bem-aventurado aquele a quem Cristo se volta, ainda que seja para repreendê-lo. Mas por que disse a Pedro: Tu serves-me de escândalo, quando no salmo se lê (Sl 118,165): “Gozam muita paz os que amam a tua lei, e não há para eles nenhuma ocasião de queda”? A resposta é que não só Jesus não se escandalizou, como não se escandaliza ninguém que seja perfeito no amor de Deus. Mas este pode ser escândalo para os outros dizendo ou fazendo certas coisas, ainda que Ele não possa ser escandalizado. Ou então Ele chama de escândalo todo discípulo que peca, como também dizia Paulo “Quem é escandalizado, que eu não me abrase?” (II Cor 11,29).
São Caetano (1480–1547)
07 de agosto
Caetano nasceu em Vicenza em 1480, de pais nobres e piedosos, que o consagraram a Nossa Senhora. Desde a infância já era conhecido como santo, e anos mais tarde como “o caçador de almas”. Estudante de destaque, deixou sua cidade natal para esconder-se em Roma, mas lá foi forçado a aceitar um posto de secretário na corte de Júlio II. Com a morte deste Pontífice, retornou a Vicenza, e foi motivo de desgosto para os parentes ao decidir entrar no Oratório de São Jerônimo, pois seus membros saíam das classes mais baixas, enquanto ele despendia sua fortuna na construção de hospitais e se dedicava a cuidar das vítimas da peste. Para renovar a vida do clero, instituiu a primeira comunidade de Clérigos Regulares, conhecidos como Teatinos. Eles se dedicavam à pregação, à administração dos sacramentos e à cuidadosa celebração dos ritos e cerimônias da Igreja. São Caetano foi o primeiro a introduzir as 40 horas de Adoração ao Santíssimo Sacramento, como antídoto contra a heresia de Calvino. Nutria o amor mais tenro por Nossa Senhora, e teve a sua piedade recompensada, pois em uma véspera de Natal ela colocou o próprio Menino Jesus em seus braços. Quando os germanos saquearam Roma sob comando do Condestável de Bourbon, flagelaram S. Caetano barbaramente, buscando extorquir-lhe riquezas que ele há muito já guardara em segurança no Paraíso. Quando S. Caetano entregou-se à vontade de Deus em seu leito de morte, ansiando pela dor que satisfizesse seu amor e pela morte que lhe conquistasse a vida, contemplou a Mãe de Deus, em esplendor radiante e cercada dos ministros serafins. Em profunda veneração, ele disse: “Senhora, abençoai-me!”. Maria respondeu: “Caetano, recebe a bênção de meu Filho, e saibas que estou aqui como prêmio pela sinceridade do teu amor, e para te levar ao Paraíso”. Ela então o exortou à paciência na luta contra um espírito mau que o atormentava, e deu ordens para que os coros dos anjos escoltassem sua alma em triunfo até o Céu. Então, virando para ele seu semblante cheio de majestade e doçura, ela disse: “Caetano, meu Filho te chama. Vamos em paz”. Fatigado pelas dificuldades e pela doença, foi finalmente receber seu prêmio em 1547. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 343-344.)
Outros santos do dia: São Vitrício, São Sisto II, São Donato de Arezzo e Santo Alberto de Trapani.