Acompanhe a liturgia do dia 9 de abril de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 9 de abril de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Quarta-feira, 5ª Semana da Quaresma, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Na liturgia de hoje, Jesus ensina que a verdadeira liberdade vem da fidelidade à Sua palavra. Permanecer em Cristo significa seguir Seus mandamentos com amor e perseverança. Maria viveu essa fidelidade de maneira exemplar, como nos recorda o livro Maria na Doutrina:
“‘Aquele que retém os meus mandamentos e os guarda, este é que me ama.’ (Jo 14,21), declara o Senhor. Maria deu essa prova de amor constantemente, e, muitas vezes, a custo de um heroísmo extraordinário!” (Maria na Doutrina, p. 187)
Daniel 3,14-20.24.49a.91-92.95
14 E o rei Nabucodonosor, tomando a palavra, disse-lhes: “É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago, que vós não honrais os meus deuses e não adorais a estátua de ouro que eu erigi?
15 Agora, pois, se estais prontos a obedecer-me, no momento em que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da cítara, da harpa, do saltério, da sinfonia e de todo o gênero de instrumentos musicais, prostrai-vos por terra e adorai a estátua que eu fiz. Se, porém, não a adorardes, no mesmo instante sereis lançados numa fornalha de fogo ardente. E qual é o Deus que vós poderá livrar da minha mão?”
16 Respondendo Sidrac, Misac e Abdênago, disseram ao rei Nabucodonosor: “Não há necessidade alguma que nós te respondemos sobre isto,
17 porque deves saber que o nosso Deus, a quem adoramos, pode tirar-nos da fornalha de fogo ardente e livrar-nos, ó rei, das tuas mãos.
18 E, se ele o não quiser fazer assim, fica sabendo, ó rei, que nós não honraremos os teus deuses, nem adoraremos a estátua de ouro que erigiste”.
19 Então encheu-se Nabucodonosor de furor, e mudou-se o aspecto do seu semblante contra Sidrac, Misac e Abdênago, e mandou que se acendesse a fornalha com um fogo sete vezes mais ardente do que se costumava acender.
20 Então deu ordem aos mais valentes soldados do seu exército para que, amarrando os pés a Sidrac, Misac e Abdênago, os lançassem na fornalha de fogo ardente.
24 E eles passeavam pelo meio das chamas, louvando a Deus, e bendizendo ao Senhor.
49 Ora, o anjo do Senhor desceu para junto de Azarias e seus companheiros na fornalha,
91 Então o rei Nabucodonosor ficou todo espantado e levantou-se de repente, dizendo para os nobres de sua corte: “Não lançamos nós no meio do fogo três homens atados?” E eles, respondendo ao rei, disseram: “Assim é, ó rei”.
92 Ao que ele respondeu, dizendo: “Contudo eu vejo quatro homens soltos, passeando no meio do fogo, e nenhuma lesão há neles; e o aspecto do quarto é semelhante ao do filho de Deus.
95 Então Nabucodonosor, rompendo nesta exclamação, disse: “Bendito seja o Deus deles, o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que creram nele, resistiram ao mandamento do rei e entregaram os seus corpos, para não servirem e para não adorarem a nenhum outro deus, além do seu Deus.
Dn 3,52.53-54.55.56-57 (R. 52b)
R. Digno de todo o louvor e exaltação para sempre.
52 “Tu és bendito, Senhor Deus de nossos pais;
e digno de ser louvado, glorificado e exaltado para sempre;
bendito é o teu nome santo e glorioso,
e digno de todo o louvor e exaltação para sempre.
53 Tu és bendito no santo templo da tua glória
e levantado acima de todo o louvor e de toda a
glória por todos os séculos.
54 Tu és bendito sobre o trono do teu reino,
e elevado acima de todo o louvor e de toda a glória
por todos os séculos. R:
55 Tu és bendito, tu que penetras o fundo dos abismos,
e estás assentado sobre os Querubins;
tu és digno de louvor e de glória por todos os séculos. R:
56 Tu és bendito no firmamento do céu
e digno de louvor e de glória por todos os séculos. R:
57 Obras do Senhor, bendizei todas o Senhor;
louvai-o e exaltai-o por todos os séculos. R:
João 8,31-42
31 E Jesus dizia aos judeus que creram nele: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos,
32 e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
33 Responderam-lhe eles: “Nós somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém. Como dizes tu: ‘Sereis livres’?”
34 Jesus respondeu-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete o pecado é escravo do pecado.
35 Ora, o escravo não fica para sempre na casa, mas o filho fica nela para sempre.
36 Por isso, se o Filho vos livrar, sereis verdadeiramente livres.
37 Eu sei que sois filhos de Abraão, mas procurais matar-me, porque a minha palavra não penetra em vós.
38 Eu digo o que vi em meu Pai, e vós fazeis o que vistes em vosso pai”.
39 Eles responderam-lhe: “O nosso pai é Abraão!”. Disse-lhes Jesus: “Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão.
40 Mas agora procurais matar-me, a mim, que sou um homem que vos disse a verdade que ouvi de Deus. Abraão nunca fez isto.
41 Vós fazeis as obras de vosso pai”. E eles disseram-lhe: “Nós não somos filhos da fornicação! Temos um pai, que é Deus”.
42 Mas Jesus replicou-lhes: “Se Deus fosse vosso pai, certamente me amaríeis, porque eu saí e vim de Deus. Eu não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.
8,31. Agostinho: Como dizendo: “Assim como agora credes, perseverando, vereis”. Não creram porque haviam compreendido, mas creram para compreender. O que é a fé senão crer naquilo que não se vê, e o que é a verdade senão ver aquilo em que tinhas crido? Quem permanece naquilo em que crê, chega àquilo que vê, isto é, a contemplar a própria verdade, tal como é, não por meio de palavras que soam, senão pelo resplendor da luz. A verdade é infalível, é pão que alimenta as almas e nunca se acaba, transforma em si o que a come. Mas ela não se transforma naquele que a come. E a própria verdade é o Verbo de Deus: a Verdade revestiu-se da carne e estava oculta na humanidade por nossa causa, não porque se negasse a nós, mas para que continuasse e sofresse na carne a fim de que a carne do pecado fosse redimida.
9 de abril
Santa Maria Egipcíaca e São Zósimo (sécs. IV–V)
À tenra idade dos doze anos, Maria deixou a casa de seu pai para poder pecar sem amarras, e por dezessete anos levou uma vida vergonhosa em Alexandria. Então acompanhou uma peregrinação a Jerusalém, e a muitos enlaçou em pecado grave. Estava naquela cidade na festa da Exaltação da Santa Cruz e acompanhou a multidão até a igreja que guardava o madeiro precioso. Todos entraram para adorar, mas Maria deteve-se em segredo. Naquele instante, deu com sua própria miséria e imundícia. Voltando-se à Mãe Imaculada, cuja pintura a encarava no alpendre da igreja, prometeu que faria penitência a partir daquele momento, se pudesse entrar e ficar como Madalena ao lado da Cruz. Então, entrou. Quando se ajoelhou diante de Nossa Senhora ao deixar a igreja, surgiu-lhe uma voz, dizendo: “Se cruzares o Jordão, encontrarás um glorioso descanso”. Maria partiu para o ermo, e lá, 47 anos depois (em 420), foi onde o abade Zózimo a encontrou. Ela lhe contou que por dezessete anos as velhas cantigas e cenas de sua vida pregressa a assombraram, até que finalmente adquirira a paz perfeita. Aten- dendo ao seu pedido, o abade lhe trouxe na Quinta-feira Santa o sagrado corpo de Cristo. Ela pediu-lhe que voltasse no ano seguinte, e desta vez ele encontrou somente um cadáver sobre a areia, portando uma inscrição que dizia: “Sepulta neste local o corpo de Maria, a pecadora”. 2
Outros santos do dia: Santa Maria de Cléofas, São Gautério, Beato Ubaldo de Florença e São Demétrio.
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Quarta-feira, 5ª Semana da Quaresma, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Na liturgia de hoje, Jesus ensina que a verdadeira liberdade vem da fidelidade à Sua palavra. Permanecer em Cristo significa seguir Seus mandamentos com amor e perseverança. Maria viveu essa fidelidade de maneira exemplar, como nos recorda o livro Maria na Doutrina:
“‘Aquele que retém os meus mandamentos e os guarda, este é que me ama.’ (Jo 14,21), declara o Senhor. Maria deu essa prova de amor constantemente, e, muitas vezes, a custo de um heroísmo extraordinário!” (Maria na Doutrina, p. 187)
Daniel 3,14-20.24.49a.91-92.95
14 E o rei Nabucodonosor, tomando a palavra, disse-lhes: “É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago, que vós não honrais os meus deuses e não adorais a estátua de ouro que eu erigi?
15 Agora, pois, se estais prontos a obedecer-me, no momento em que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da cítara, da harpa, do saltério, da sinfonia e de todo o gênero de instrumentos musicais, prostrai-vos por terra e adorai a estátua que eu fiz. Se, porém, não a adorardes, no mesmo instante sereis lançados numa fornalha de fogo ardente. E qual é o Deus que vós poderá livrar da minha mão?”
16 Respondendo Sidrac, Misac e Abdênago, disseram ao rei Nabucodonosor: “Não há necessidade alguma que nós te respondemos sobre isto,
17 porque deves saber que o nosso Deus, a quem adoramos, pode tirar-nos da fornalha de fogo ardente e livrar-nos, ó rei, das tuas mãos.
18 E, se ele o não quiser fazer assim, fica sabendo, ó rei, que nós não honraremos os teus deuses, nem adoraremos a estátua de ouro que erigiste”.
19 Então encheu-se Nabucodonosor de furor, e mudou-se o aspecto do seu semblante contra Sidrac, Misac e Abdênago, e mandou que se acendesse a fornalha com um fogo sete vezes mais ardente do que se costumava acender.
20 Então deu ordem aos mais valentes soldados do seu exército para que, amarrando os pés a Sidrac, Misac e Abdênago, os lançassem na fornalha de fogo ardente.
24 E eles passeavam pelo meio das chamas, louvando a Deus, e bendizendo ao Senhor.
49 Ora, o anjo do Senhor desceu para junto de Azarias e seus companheiros na fornalha,
91 Então o rei Nabucodonosor ficou todo espantado e levantou-se de repente, dizendo para os nobres de sua corte: “Não lançamos nós no meio do fogo três homens atados?” E eles, respondendo ao rei, disseram: “Assim é, ó rei”.
92 Ao que ele respondeu, dizendo: “Contudo eu vejo quatro homens soltos, passeando no meio do fogo, e nenhuma lesão há neles; e o aspecto do quarto é semelhante ao do filho de Deus.
95 Então Nabucodonosor, rompendo nesta exclamação, disse: “Bendito seja o Deus deles, o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que creram nele, resistiram ao mandamento do rei e entregaram os seus corpos, para não servirem e para não adorarem a nenhum outro deus, além do seu Deus.
Dn 3,52.53-54.55.56-57 (R. 52b)
R. Digno de todo o louvor e exaltação para sempre.
52 “Tu és bendito, Senhor Deus de nossos pais;
e digno de ser louvado, glorificado e exaltado para sempre;
bendito é o teu nome santo e glorioso,
e digno de todo o louvor e exaltação para sempre.
53 Tu és bendito no santo templo da tua glória
e levantado acima de todo o louvor e de toda a
glória por todos os séculos.
54 Tu és bendito sobre o trono do teu reino,
e elevado acima de todo o louvor e de toda a glória
por todos os séculos. R:
55 Tu és bendito, tu que penetras o fundo dos abismos,
e estás assentado sobre os Querubins;
tu és digno de louvor e de glória por todos os séculos. R:
56 Tu és bendito no firmamento do céu
e digno de louvor e de glória por todos os séculos. R:
57 Obras do Senhor, bendizei todas o Senhor;
louvai-o e exaltai-o por todos os séculos. R:
João 8,31-42
31 E Jesus dizia aos judeus que creram nele: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos,
32 e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
33 Responderam-lhe eles: “Nós somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém. Como dizes tu: ‘Sereis livres’?”
34 Jesus respondeu-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete o pecado é escravo do pecado.
35 Ora, o escravo não fica para sempre na casa, mas o filho fica nela para sempre.
36 Por isso, se o Filho vos livrar, sereis verdadeiramente livres.
37 Eu sei que sois filhos de Abraão, mas procurais matar-me, porque a minha palavra não penetra em vós.
38 Eu digo o que vi em meu Pai, e vós fazeis o que vistes em vosso pai”.
39 Eles responderam-lhe: “O nosso pai é Abraão!”. Disse-lhes Jesus: “Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão.
40 Mas agora procurais matar-me, a mim, que sou um homem que vos disse a verdade que ouvi de Deus. Abraão nunca fez isto.
41 Vós fazeis as obras de vosso pai”. E eles disseram-lhe: “Nós não somos filhos da fornicação! Temos um pai, que é Deus”.
42 Mas Jesus replicou-lhes: “Se Deus fosse vosso pai, certamente me amaríeis, porque eu saí e vim de Deus. Eu não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.
8,31. Agostinho: Como dizendo: “Assim como agora credes, perseverando, vereis”. Não creram porque haviam compreendido, mas creram para compreender. O que é a fé senão crer naquilo que não se vê, e o que é a verdade senão ver aquilo em que tinhas crido? Quem permanece naquilo em que crê, chega àquilo que vê, isto é, a contemplar a própria verdade, tal como é, não por meio de palavras que soam, senão pelo resplendor da luz. A verdade é infalível, é pão que alimenta as almas e nunca se acaba, transforma em si o que a come. Mas ela não se transforma naquele que a come. E a própria verdade é o Verbo de Deus: a Verdade revestiu-se da carne e estava oculta na humanidade por nossa causa, não porque se negasse a nós, mas para que continuasse e sofresse na carne a fim de que a carne do pecado fosse redimida.
9 de abril
Santa Maria Egipcíaca e São Zósimo (sécs. IV–V)
À tenra idade dos doze anos, Maria deixou a casa de seu pai para poder pecar sem amarras, e por dezessete anos levou uma vida vergonhosa em Alexandria. Então acompanhou uma peregrinação a Jerusalém, e a muitos enlaçou em pecado grave. Estava naquela cidade na festa da Exaltação da Santa Cruz e acompanhou a multidão até a igreja que guardava o madeiro precioso. Todos entraram para adorar, mas Maria deteve-se em segredo. Naquele instante, deu com sua própria miséria e imundícia. Voltando-se à Mãe Imaculada, cuja pintura a encarava no alpendre da igreja, prometeu que faria penitência a partir daquele momento, se pudesse entrar e ficar como Madalena ao lado da Cruz. Então, entrou. Quando se ajoelhou diante de Nossa Senhora ao deixar a igreja, surgiu-lhe uma voz, dizendo: “Se cruzares o Jordão, encontrarás um glorioso descanso”. Maria partiu para o ermo, e lá, 47 anos depois (em 420), foi onde o abade Zózimo a encontrou. Ela lhe contou que por dezessete anos as velhas cantigas e cenas de sua vida pregressa a assombraram, até que finalmente adquirira a paz perfeita. Aten- dendo ao seu pedido, o abade lhe trouxe na Quinta-feira Santa o sagrado corpo de Cristo. Ela pediu-lhe que voltasse no ano seguinte, e desta vez ele encontrou somente um cadáver sobre a areia, portando uma inscrição que dizia: “Sepulta neste local o corpo de Maria, a pecadora”. 2
Outros santos do dia: Santa Maria de Cléofas, São Gautério, Beato Ubaldo de Florença e São Demétrio.