Acompanhe a liturgia do dia 10 de abril de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 10 de abril de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Quinta-feira, 5ª Semana da Quaresma, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Jesus declara, no evangelho de hoje, que quem guarda Sua palavra jamais verá a morte. Maria, em sua humildade, sempre reconheceu e obedeceu à vontade de Deus. O livro “Maria na Doutrina” nos ensina sobre essa obediência incondicional:
“Que Deus lhe falasse por um anjo, por José, por um imperador pagão ou pelos acontecimentos, Maria reconhecia sempre a vontade de Deus e a esta se submetia com a mesma prontidão e simplicidade.” (Maria na Doutrina, p. 199)
Gênesis 17,3-9
3 Abrão prostrou-se com o rosto por terra.
4 E Deus disse-lhe: “Eu sou, e a minha aliança [será] contigo, e tu serás pai de muitas gentes.
5 E não mais serás chamado com o nome de Abrão, mas te chamarás Abraão, porque eu te destinei para pai de muitas gentes.
6 E te farei crescer [na tua posteridade] infinitamente, e te farei chefe das nações, e de ti sairão reis.
7 E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti, e a tua descendência depois de ti, no decurso das suas gerações, por um pacto eterno, para que eu seja o teu Deus e da tua descendência depois de ti.
8 Eu darei a ti e à tua posteridade a terra da tua peregrinação, [que é] toda a terra de
Canaã, em possessão eterna, e eu serei o seu Deus”.
9 Disse mais Deus a Abraão: “E tu, pois, guardarás a minha aliança, tu e teus descendentes depois de ti, nas suas gerações”.
Sl 104(105),4-5.6-7.8-9 (R. 8a)
R. Ele lembrou-se para sempre da sua aliança.
4 Buscai o Senhor e fortificai-vos nele;
buscai sempre a sua face.
5 Lembrai-vos das maravilhas que fez,
dos seus prodígios e das sentenças de sua boca. R:
6 vós, ó descendentes de Abraão, seus servos;
vós, ó filhos de Jacó, seus escolhidos.
7 Ele é o Senhor nosso Deus;
os seus juízos exercem-se em toda a terra. R:
8 Ele lembrou-se para sempre da sua aliança
e da palavra que pronunciou para mil gerações;
9 da promessa que fez a Abraão
e do juramento que fez a Isaac. R:
João 8,51-59
51 Em verdade, em verdade vos digo: quem guardar a minha palavra não verá a morte eternamente”.
52 Disseram-lhe, pois, os judeus: “Agora reconhecemos que estás possesso do demônio! Abraão morreu, e também os profetas, mas tu dizes: ‘Quem guardar a minha palavra, não provará a morte eternamente’.
53 Porventura és maior do que nosso pai Abraão, que morreu? E os profetas também morreram. Quem pretendes ser?”.
54 Jesus respondeu: “Se eu me glorifico a mim mesmo, não é nada a minha glória; meu Pai é que me glorifica, aquele que vós dizeis que é vosso Deus.
55 Mas vós não o conhecestes. Eu sim o conheço, e, se disser que o não conheço, serei mentiroso como vós. Mas o conheço, e guardo a sua palavra.
56 Abraão, vosso pai, suspirou por ver o meu dia;a viu-o, e regozijou-se”.
57 Disseram-lhe, por isso, os judeus: “Tu ainda não tens [nem] cinquenta anos, e viste Abraão?”.
58 Respondeu-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão fosse feito, eu sou”.
59 Então pegaram pedras para apedrejá-lo, mas Jesus encobriu-se e saiu do templo.
8,55. Teofilacto: Se verdadeiramente conhecessem a Deus, venerariam o seu Filho. Também desprezam ao Deus que proibiu na lei o homicídio, elevando clamores contra Cristo. Por isso, acrescenta: “Mas vós não o conhecestes”.
10 de abril
São Bademo (ou Vadim) († 376)
Bademo era um rico e nobre cidadão de Bethlapeta, na Pérsia, que fundou um mosteiro próximo dali e o governou com grande santidade. Conduzia seus consagrados nos caminhos da perfeição, com doçura, prudência e caridade. Para coroar sua virtude, Deus lhe permitiu, junto com sete de seus monges, ser detido pelos seguidores do Rei Sapor, no 36º ano de suas perseguições. Ficou por quatro meses em uma masmorra, carregado de correntes, em um prolongado martírio de açoites diários. Mas triunfou sobre os tormentos com a paciência e alegria de quem os sofria por Cristo.
Ao mesmo tempo, um nobre cristão chamado Nersano, Príncipe de Ária, foi jogado na prisão porque se recusou a adorar o sol. No início, mostrou alguma firmeza, porém, ao vislumbrar as torturas, perdeu sua constância e prometeu se conformar ao culto. O rei, para testar se sua mudança era sincera, ordenou que Bade mo fosse introduzido na cela de Nersano, a qual era uma câmara no palácio real, e mandou avisar a Nersano que, se ele se livrasse de Bademo, teria sua liberdade e dignidades restauradas. O infeliz aceitou a condição; colocaram-lhe uma espada na mão, e ele avançou para enterrá-la no peito do abade. Mas sendo tomado de um terror repentino, deteve-se, e permaneceu algum tempo sem ser capaz de sequer erguer o braço para desferir o golpe. Não tinha nem a coragem de se arrepender, nem o coração para cometer tal crime. Contudo, lutou para endurecê-lo, e seguiu em frente com a mão trêmula, mirando os lados do mártir. O medo, a vergonha, o remorso e o respeito pelo santo tornaram seus golpes débeis e inseguros, e tão grande era o número de ferimentos sobre o mártir, que os espectadores se admiravam de sua invencível paciência. Após quatro golpes, a cabeça se separou do tronco. Nersano, pouco tempo depois, caindo em desgraça pública, pereceu pela espada. O corpo de São Bademo foi vergonhosamente jogado para fora da cidade pelos infiéis, mas levado em segredo e enterrado pelos cristãos. Seus discípulos foram libertos das correntes quatro anos depois, com a morte do Rei Sapor. S. Bademo sofreu seu destino no dia 10 de abril do ano de 376. 2
Outros santos do dia: São Macário de Gand, São Fulberto de Chartres, São Miguel dos Santos e Santo Ezequiel.
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Quinta-feira, 5ª Semana da Quaresma, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Jesus declara, no evangelho de hoje, que quem guarda Sua palavra jamais verá a morte. Maria, em sua humildade, sempre reconheceu e obedeceu à vontade de Deus. O livro “Maria na Doutrina” nos ensina sobre essa obediência incondicional:
“Que Deus lhe falasse por um anjo, por José, por um imperador pagão ou pelos acontecimentos, Maria reconhecia sempre a vontade de Deus e a esta se submetia com a mesma prontidão e simplicidade.” (Maria na Doutrina, p. 199)
Gênesis 17,3-9
3 Abrão prostrou-se com o rosto por terra.
4 E Deus disse-lhe: “Eu sou, e a minha aliança [será] contigo, e tu serás pai de muitas gentes.
5 E não mais serás chamado com o nome de Abrão, mas te chamarás Abraão, porque eu te destinei para pai de muitas gentes.
6 E te farei crescer [na tua posteridade] infinitamente, e te farei chefe das nações, e de ti sairão reis.
7 E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti, e a tua descendência depois de ti, no decurso das suas gerações, por um pacto eterno, para que eu seja o teu Deus e da tua descendência depois de ti.
8 Eu darei a ti e à tua posteridade a terra da tua peregrinação, [que é] toda a terra de
Canaã, em possessão eterna, e eu serei o seu Deus”.
9 Disse mais Deus a Abraão: “E tu, pois, guardarás a minha aliança, tu e teus descendentes depois de ti, nas suas gerações”.
Sl 104(105),4-5.6-7.8-9 (R. 8a)
R. Ele lembrou-se para sempre da sua aliança.
4 Buscai o Senhor e fortificai-vos nele;
buscai sempre a sua face.
5 Lembrai-vos das maravilhas que fez,
dos seus prodígios e das sentenças de sua boca. R:
6 vós, ó descendentes de Abraão, seus servos;
vós, ó filhos de Jacó, seus escolhidos.
7 Ele é o Senhor nosso Deus;
os seus juízos exercem-se em toda a terra. R:
8 Ele lembrou-se para sempre da sua aliança
e da palavra que pronunciou para mil gerações;
9 da promessa que fez a Abraão
e do juramento que fez a Isaac. R:
João 8,51-59
51 Em verdade, em verdade vos digo: quem guardar a minha palavra não verá a morte eternamente”.
52 Disseram-lhe, pois, os judeus: “Agora reconhecemos que estás possesso do demônio! Abraão morreu, e também os profetas, mas tu dizes: ‘Quem guardar a minha palavra, não provará a morte eternamente’.
53 Porventura és maior do que nosso pai Abraão, que morreu? E os profetas também morreram. Quem pretendes ser?”.
54 Jesus respondeu: “Se eu me glorifico a mim mesmo, não é nada a minha glória; meu Pai é que me glorifica, aquele que vós dizeis que é vosso Deus.
55 Mas vós não o conhecestes. Eu sim o conheço, e, se disser que o não conheço, serei mentiroso como vós. Mas o conheço, e guardo a sua palavra.
56 Abraão, vosso pai, suspirou por ver o meu dia;a viu-o, e regozijou-se”.
57 Disseram-lhe, por isso, os judeus: “Tu ainda não tens [nem] cinquenta anos, e viste Abraão?”.
58 Respondeu-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão fosse feito, eu sou”.
59 Então pegaram pedras para apedrejá-lo, mas Jesus encobriu-se e saiu do templo.
8,55. Teofilacto: Se verdadeiramente conhecessem a Deus, venerariam o seu Filho. Também desprezam ao Deus que proibiu na lei o homicídio, elevando clamores contra Cristo. Por isso, acrescenta: “Mas vós não o conhecestes”.
10 de abril
São Bademo (ou Vadim) († 376)
Bademo era um rico e nobre cidadão de Bethlapeta, na Pérsia, que fundou um mosteiro próximo dali e o governou com grande santidade. Conduzia seus consagrados nos caminhos da perfeição, com doçura, prudência e caridade. Para coroar sua virtude, Deus lhe permitiu, junto com sete de seus monges, ser detido pelos seguidores do Rei Sapor, no 36º ano de suas perseguições. Ficou por quatro meses em uma masmorra, carregado de correntes, em um prolongado martírio de açoites diários. Mas triunfou sobre os tormentos com a paciência e alegria de quem os sofria por Cristo.
Ao mesmo tempo, um nobre cristão chamado Nersano, Príncipe de Ária, foi jogado na prisão porque se recusou a adorar o sol. No início, mostrou alguma firmeza, porém, ao vislumbrar as torturas, perdeu sua constância e prometeu se conformar ao culto. O rei, para testar se sua mudança era sincera, ordenou que Bade mo fosse introduzido na cela de Nersano, a qual era uma câmara no palácio real, e mandou avisar a Nersano que, se ele se livrasse de Bademo, teria sua liberdade e dignidades restauradas. O infeliz aceitou a condição; colocaram-lhe uma espada na mão, e ele avançou para enterrá-la no peito do abade. Mas sendo tomado de um terror repentino, deteve-se, e permaneceu algum tempo sem ser capaz de sequer erguer o braço para desferir o golpe. Não tinha nem a coragem de se arrepender, nem o coração para cometer tal crime. Contudo, lutou para endurecê-lo, e seguiu em frente com a mão trêmula, mirando os lados do mártir. O medo, a vergonha, o remorso e o respeito pelo santo tornaram seus golpes débeis e inseguros, e tão grande era o número de ferimentos sobre o mártir, que os espectadores se admiravam de sua invencível paciência. Após quatro golpes, a cabeça se separou do tronco. Nersano, pouco tempo depois, caindo em desgraça pública, pereceu pela espada. O corpo de São Bademo foi vergonhosamente jogado para fora da cidade pelos infiéis, mas levado em segredo e enterrado pelos cristãos. Seus discípulos foram libertos das correntes quatro anos depois, com a morte do Rei Sapor. S. Bademo sofreu seu destino no dia 10 de abril do ano de 376. 2
Outros santos do dia: São Macário de Gand, São Fulberto de Chartres, São Miguel dos Santos e Santo Ezequiel.