Acompanhe a liturgia do dia 10 de setembro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 10 de setembro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
23ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
Hoje somos convidados a contemplar o mistério do sofrimento à luz da cruz:
“O sofrimento é um meio de redenção para obter o perdão dos pecados, para reparar o mal feito. Mas é também, acima de tudo, um meio para cooperar com Cristo, através da realidade do corpo místico, em sua obra de salvação do mundo.” (O catecismo de Padre Pio p.265-266)
Colossenses 3,1-11
1 Portanto, se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus.
2 Afeiçoai-vos às coisas do alto, não às que estão sobre a terra.
3 Porque estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
4 Quando aparecer Cristo, que é a vossa vida, então também vós aparecereis com ele na glória.
5 Mortificai, pois, os vossos membros terrenos: a fornicação, a impureza, a lascívia, os desejos maus e a avareza (o que é culto de ídolos).
6 Por tais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da incredulidade,
7 entre as quais coisas vós também andastes outrora, quando vivíeis nelas.
8 Mas agora deixai também vós tudo isto: a ira, a indignação, a malícia, a maledicência, a palavra torpe da vossa boca.
9 Não mintais uns para os outros, despojando-vos do homem velho com todas as suas obras
10 e revestindo-vos do novo, daquele que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou,
11 onde não há gentio e judeu, circuncidado e incircuncidado, bárbaro e cita, servo e livre, mas Cristo é tudo em todos.
Sl 144(145),2-3.10-11.12-13ab (R. 9a)
R. O Senhor é bom para todos.
2 Cada dia te bendirei,
e louvarei o teu nome eternamente.
3 Grande é o Senhor e digno de todo louvor,
e a sua grandeza não tem limites. R.
10 Todas as tuas obras, Senhor, te glorifiquem,
e os teus santos te bendigam.
11 Anunciem a glória do teu reino,
e falem do teu poder. R.
12 Para que façam saber aos filhos dos homens
as tuas proezas,
e a magnificência gloriosa do teu reino.
13a O teu reino é um reino eterno,
13b e o teu domínio permanece em todas as gerações. R.
Lucas 6,20-26
20 Erguendo os olhos para os seus discípulos, Jesus dizia: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus.
21 Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir.
22 Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos expulsarem, vos insultarem e rejeitarem o vosso nome como infame, por causa do Filho do Homem.
23 Alegrai-vos nesse dia e exultai, porque grande é a vossa recompensa no céu. Pois era assim que os pais deles tratavam os profetas.
24 Mas aí de vós, ricos, porque já recebestes a vossa consolação.
25 Ai de vós, que agora estais saciados, porque tereis fome. Ai de vós, que agora rides, porque haveis de afligir-vos e chorar.
26 Ai de vós, quando todos os homens vos louvarem. Era assim que os pais deles tratavam os falsos profetas.
6,24–25. Cassiano: A Sagrada Escritura fala de três espécies diferentes de riqueza: a má, a boa e a indiferente. A má riqueza é aquela da qual se diz: “Os ricos tiveram necessidade e fome” (Sl 33, 11), ou também: “Ai de vós, ó ricos! Porque tendes a vossa consolação”. Renunciar a esse tipo de riqueza é o cume da perfeição. (…) A boa riqueza é aquela cuja aquisição é fruto de grande virtude e merecimento, e cujo justo possuidor é louvado por Davi, que diz: “Poderosa será a sua posteridade sobre a terra; bendita será a geração dos justos. Há glória e riqueza na sua casa, e a sua justiça permanece por todos os séculos” (Sl 111,2–3), e também: “O resgate da vida do homem são as suas riquezas” (Pr 13,8). É dessas riquezas que fala o Apocalipse quando censura aquele que não as possui: “Mas, como és morno, nem frio nem quente, começarei a vomitar-te da minha boca. Pois dizes: ‘Sou rico e cheio de bens, e de nada tenho falta’, e não sabes que és um infeliz, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que compres de mim ouro provado no fogo, para te fazeres rico e te vestires de roupas brancas, e não se descubra a vergonha da tua nudez” (Ap 3,16–18). Há também a riqueza indiferente, a qual pode ser boa ou má, a depender da vontade e das disposições de quem a usa. Dela fala o Apóstolo, ao dizer: “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem confiem na incerteza das riquezas, mas em Deus vivo, que façam o bem, que se tornem ricos em boas obras, que deem prontamente, que repartam, entesourando para si um sólido fundamento para o futuro, a fim de alcançarem a verdadeira vida” (I Tm 6,17–19). Eram essas, também, as riquezas que o rico do Evangelho retinha, sem jamais distribuí-la aos pobres – e de cujas migalhas o pobre Lázaro, estendido junto à sua porta, desejava saciar-se. Por isso é ele lançado às chamas insuportáveis da geena e ao ardor perene do inferno (cf. Lc 16,19ss.).
São Nicolau de Tolentino (c. 1246–1305)
10 de setembro
Nascido em resposta à oração de sua santa mãe, e prometido desde antes do nascimento ao serviço de Deus, Nicolau jamais perdeu a inocência batismal. Sua austeridade era notável mesmo na já austera Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, à qual pertencia. Às advertências feitas por seus superiores, ele simplesmente respondia: “Como dizer que jejuo, se todas as manhãs recebo meu Deus no altar?”. Nutria uma ardente caridade pelas almas do Purgatório, tão próximas e ao mesmo tempo tão distantes de seu Salvador, e seguidamente depois da missa era-lhe revelado que as almas por quem oferecera o Santo Sacrifício haviam sido admitidas à presença do Senhor. Em meio a seus amáveis esforços dedicados a Deus e ao homem, era assombrado pelo temor dos próprios pecados. “Nem os céus”, dizia ele, “são puros aos olhos d’Aquele a Quem sirvo; como então eu, um pecador, colocar-me-ei diante dele?”. Enquanto ponderava essas questões, apareceu-lhe Maria, a Rainha de todos os santos. “Não temas, Nicolau”, disse-lhe ela, “está tudo bem para ti; meu Filho te carrega em Seu coração, e eu sou tua proteção”. Então sua alma finalmente descansou, e ouviu, dizem, os cânticos que entoam os anjos na presença de seu Senhor. Faleceu a 10 de setembro de 1305. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 400.)
Outros santos do dia: Santa Pulquéria, São Jader, São Sóstenes e São Ricardo de Santana.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
23ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
Hoje somos convidados a contemplar o mistério do sofrimento à luz da cruz:
“O sofrimento é um meio de redenção para obter o perdão dos pecados, para reparar o mal feito. Mas é também, acima de tudo, um meio para cooperar com Cristo, através da realidade do corpo místico, em sua obra de salvação do mundo.” (O catecismo de Padre Pio p.265-266)
Colossenses 3,1-11
1 Portanto, se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus.
2 Afeiçoai-vos às coisas do alto, não às que estão sobre a terra.
3 Porque estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
4 Quando aparecer Cristo, que é a vossa vida, então também vós aparecereis com ele na glória.
5 Mortificai, pois, os vossos membros terrenos: a fornicação, a impureza, a lascívia, os desejos maus e a avareza (o que é culto de ídolos).
6 Por tais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da incredulidade,
7 entre as quais coisas vós também andastes outrora, quando vivíeis nelas.
8 Mas agora deixai também vós tudo isto: a ira, a indignação, a malícia, a maledicência, a palavra torpe da vossa boca.
9 Não mintais uns para os outros, despojando-vos do homem velho com todas as suas obras
10 e revestindo-vos do novo, daquele que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou,
11 onde não há gentio e judeu, circuncidado e incircuncidado, bárbaro e cita, servo e livre, mas Cristo é tudo em todos.
Sl 144(145),2-3.10-11.12-13ab (R. 9a)
R. O Senhor é bom para todos.
2 Cada dia te bendirei,
e louvarei o teu nome eternamente.
3 Grande é o Senhor e digno de todo louvor,
e a sua grandeza não tem limites. R.
10 Todas as tuas obras, Senhor, te glorifiquem,
e os teus santos te bendigam.
11 Anunciem a glória do teu reino,
e falem do teu poder. R.
12 Para que façam saber aos filhos dos homens
as tuas proezas,
e a magnificência gloriosa do teu reino.
13a O teu reino é um reino eterno,
13b e o teu domínio permanece em todas as gerações. R.
Lucas 6,20-26
20 Erguendo os olhos para os seus discípulos, Jesus dizia: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus.
21 Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir.
22 Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos expulsarem, vos insultarem e rejeitarem o vosso nome como infame, por causa do Filho do Homem.
23 Alegrai-vos nesse dia e exultai, porque grande é a vossa recompensa no céu. Pois era assim que os pais deles tratavam os profetas.
24 Mas aí de vós, ricos, porque já recebestes a vossa consolação.
25 Ai de vós, que agora estais saciados, porque tereis fome. Ai de vós, que agora rides, porque haveis de afligir-vos e chorar.
26 Ai de vós, quando todos os homens vos louvarem. Era assim que os pais deles tratavam os falsos profetas.
6,24–25. Cassiano: A Sagrada Escritura fala de três espécies diferentes de riqueza: a má, a boa e a indiferente. A má riqueza é aquela da qual se diz: “Os ricos tiveram necessidade e fome” (Sl 33, 11), ou também: “Ai de vós, ó ricos! Porque tendes a vossa consolação”. Renunciar a esse tipo de riqueza é o cume da perfeição. (…) A boa riqueza é aquela cuja aquisição é fruto de grande virtude e merecimento, e cujo justo possuidor é louvado por Davi, que diz: “Poderosa será a sua posteridade sobre a terra; bendita será a geração dos justos. Há glória e riqueza na sua casa, e a sua justiça permanece por todos os séculos” (Sl 111,2–3), e também: “O resgate da vida do homem são as suas riquezas” (Pr 13,8). É dessas riquezas que fala o Apocalipse quando censura aquele que não as possui: “Mas, como és morno, nem frio nem quente, começarei a vomitar-te da minha boca. Pois dizes: ‘Sou rico e cheio de bens, e de nada tenho falta’, e não sabes que és um infeliz, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que compres de mim ouro provado no fogo, para te fazeres rico e te vestires de roupas brancas, e não se descubra a vergonha da tua nudez” (Ap 3,16–18). Há também a riqueza indiferente, a qual pode ser boa ou má, a depender da vontade e das disposições de quem a usa. Dela fala o Apóstolo, ao dizer: “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem confiem na incerteza das riquezas, mas em Deus vivo, que façam o bem, que se tornem ricos em boas obras, que deem prontamente, que repartam, entesourando para si um sólido fundamento para o futuro, a fim de alcançarem a verdadeira vida” (I Tm 6,17–19). Eram essas, também, as riquezas que o rico do Evangelho retinha, sem jamais distribuí-la aos pobres – e de cujas migalhas o pobre Lázaro, estendido junto à sua porta, desejava saciar-se. Por isso é ele lançado às chamas insuportáveis da geena e ao ardor perene do inferno (cf. Lc 16,19ss.).
São Nicolau de Tolentino (c. 1246–1305)
10 de setembro
Nascido em resposta à oração de sua santa mãe, e prometido desde antes do nascimento ao serviço de Deus, Nicolau jamais perdeu a inocência batismal. Sua austeridade era notável mesmo na já austera Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, à qual pertencia. Às advertências feitas por seus superiores, ele simplesmente respondia: “Como dizer que jejuo, se todas as manhãs recebo meu Deus no altar?”. Nutria uma ardente caridade pelas almas do Purgatório, tão próximas e ao mesmo tempo tão distantes de seu Salvador, e seguidamente depois da missa era-lhe revelado que as almas por quem oferecera o Santo Sacrifício haviam sido admitidas à presença do Senhor. Em meio a seus amáveis esforços dedicados a Deus e ao homem, era assombrado pelo temor dos próprios pecados. “Nem os céus”, dizia ele, “são puros aos olhos d’Aquele a Quem sirvo; como então eu, um pecador, colocar-me-ei diante dele?”. Enquanto ponderava essas questões, apareceu-lhe Maria, a Rainha de todos os santos. “Não temas, Nicolau”, disse-lhe ela, “está tudo bem para ti; meu Filho te carrega em Seu coração, e eu sou tua proteção”. Então sua alma finalmente descansou, e ouviu, dizem, os cânticos que entoam os anjos na presença de seu Senhor. Faleceu a 10 de setembro de 1305. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 400.)
Outros santos do dia: Santa Pulquéria, São Jader, São Sóstenes e São Ricardo de Santana.