Acompanhe a liturgia do dia 11 de agosto de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 11 de agosto de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
19º Domingo do Tempo Comum, Ano B.
Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, a partir de hoje traremos, em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado nas homilias de São João Maria Vianney, em “Sermões do Cura d’Ars”. Que estas palavras, repletas de sabedoria e zelo pastoral, sirvam de guia e reflexão no caminho da fé.
“(…) São João Clímaco nos conta uma história que realmente nos faz estremecer. Havia um homem solitário que, por quarenta anos, lamentou seus pecados nas profundezas de um bosque. Na véspera de sua morte, ele, de repente, fora de si, abriu os olhos e olhou em volta, como se estivesse vendo alguém exigindo que prestasse contas de sua vida. Com a voz trêmula, ele respondeu: “Sim, eu cometi esse pecado, mas confessei e fiz penitência por ele durante muitos anos, até que o bom Deus me perdoou.”
A voz então lhe disse: “Você também cometeu este outro pecado.” Ele respondeu: “Não, esse eu não cometi.” Antes de morrer, ouviram-no clamar: “Meu Deus, meu Deus, afastai de mim os meus pecados, pois não suporto mais a sua presença.”
Ai de nós, se o diabo nos acusa até por pecados que não cometemos, nós que estamos tão sobrecarregados de pecados e ainda não fizemos penitência! O que podemos esperar naquele momento terrível? Se até os santos não se sentem seguros, o que será de nós?
O que devemos concluir de tudo isso, meus irmãos? Que nunca devemos esquecer que um dia seremos julgados sem misericórdia, e que todos os nossos pecados serão expostos diante de todo o universo; e que, depois desse julgamento, se ainda estivermos presos a esses pecados, iremos lamentá-los no inferno, sem a chance de apagá-los ou esquecê-los.” 1.
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 2
I Reis 19,4-8
4 E andou pelo deserto um dia de caminhada. Indo sentar-se debaixo dum junípero, desejou para si a morte, dizendo: “Basta-me da vida, Senhor, tira a minha alma! Porque eu não sou melhor do que meus pais”.
5 E lançou-se por terra e adormeceu à sombra do junípero. Eis que um anjo do Senhor o tocou e lhe disse: “Levanta-te e come”.
6 Olhou e viu junto à sua cabeça um pão cozido debaixo da cinza e um vaso de água. Comeu, bebeu e tornou a adormecer.
7 Voltou uma segunda vez o anjo do Senhor, e o tocou, dizendo: “Levanta-te e come, porque te resta um longo caminho”.
8 Ele levantou-se, comeu e bebeu, e, com o vigor daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites, até Horeb, o monte de Deus.
33,2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 9a)
R. Provai e vede quão suave é o Senhor!
2 Bendirei o Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre na minha boca.
3 No Senhor se gloriará a minha alma. Ouçam-no os humildes e alegrem-se. R.
4 Engrandecei comigo o Senhor, e juntos exaltemos o seu nome.
5 Busquei o Senhor, e ele ouviu-me, e livrou-me de todas as minhas tribulações. R.
6 Aproximai-vos dele e sereis iluminados, e os vossos rostos não serão confundidos.
7 Este pobre clamou, e o Senhor o ouviu, e o salvou de todas as suas tribulações. R.
8 O anjo do Senhor andará à volta dos que o temem, e os livrará.
9 Provai e vede quão suave é o Senhor; ditoso o homem que espera nele. R.
Efésios 4,30-5,2
30 E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, pelo qual fostes marcados com um selo para o dia da redenção.
31 Toda amargura, animosidade, cólera, gritaria e maledicência, com toda espécie de malícia, seja banida dentre vós.
32 Sede benignos uns para com os outros, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou por Cristo.
5,1 Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados,
2 e andai no amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós a Deus, como oferenda e hóstia de suave odor.
João 6,41-51
41 Murmuravam acerca dele os judeus, porque dissera: “Eu sou o pão vivo que desci do céu”.
42 E diziam: “Porventura não é este aquele Jesus filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz ele: ‘Desci do céu?’”
43 Mas Jesus respondeu-lhes: “Não murmureis entre vós.
44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrair, e eu o ressuscitarei no último dia.
45 Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto todo aquele
que ouviu e aprendeu do Pai vem a mim.
46 Não porque alguém tenha visto o Pai; exceto aquele que vem de Deus, este viu o Pai.
47 Em verdade, em verdade vos digo: o que crê em mim tem a vida eterna.
48 Eu sou o pão da vida.
49 Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram.
50 [Mas] este é o pão que desceu do céu, para que aquele que dele comer não morra.
51 Eu sou o pão vivo, que desci do céu.
6,48. Crisóstomo: Como a multidão instava-o, pedindo-lhe o alimento corporal, o Senhor, recordando-se do alimento que fora dado aos seus pais, a fim de manifestar que tudo aquilo não era senão uma figura da verdade que tinham diante de si, faz menção do alimento espiritual, dizendo: “Eu sou o pão da vida”. Chama-se a si mesmo pão da vida, porque contém em si toda a nossa vida, tanto a presente como a futura.
Santa Clara
11 de agosto
Em um Domingo de Ramos, a 17 de março de 1212, o bispo de Assis deixou o altar para entregar um ramo a uma nobre donzela de dezoito anos, cuja timidez a impedira de sair do lugar. Esta donzela era Santa Clara. Já havia aprendido com São Francisco a desprezar o mundo, e decidira em segredo viver apenas para Deus. Na mesma noite, fugiu junto com uma companheira até a Igreja de Porciúncula, onde foi recebida por S. Francisco e seus irmãos. No altar de Nossa Senhora, S. Francisco cortou seus cabelos e vestiu- a como hábito de penitência: um pedaço de pano de saco, e uma corda como cinta. Assim tornou-se esposa de Cristo. Em um miserável casebre nas cercanias de Assis, fundou sua ordem, sendo acompanhada pela irmã, de quatorze anos, e em seguida pela mãe e outras nobres senhoritas. Andavam descalças, observavam abstinência perpétua, silêncio constante e pobreza perfeita. Enquanto o exército sarraceno de Frederico II assolava o vale de Espoleto, um grupo de infiéis avançou para atacar o convento de S. Clara. Ela providenciou para que o Santíssimo fosse posto em um ostensório, acima do portão do mosteiro, de frente para o inimigo, e então ajoelhou-se diante dele e rogou: “Não entregai às bestas, Ó Senhor, as almas daqueles que confessam Teu nome”. Uma voz que ecoava da tropa respondeu: “Minha proteção jamais te faltará”. A hoste infiel foi subitamente tomada pelo pânico, saindo em disparada, e o convento da santa foi poupado. No curso de sua enfermidade, que durou 28 anos, a Sagrada Eucaristia foi o único amparo de S. Clara, e fiar um pano de linho para o altar, a única obra de suas mãos. Faleceu em 1253, enquanto era feita a leitura da Paixão, e Nossa Senhora e os anjos a conduziram para a glória.3
Outros santos do dia: São Tibúrcio e Santa Susana, São Alexandre Carvoeiro, Santo Equício e Santa Lélia.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
19º Domingo do Tempo Comum, Ano B.
Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, a partir de hoje traremos, em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado nas homilias de São João Maria Vianney, em “Sermões do Cura d’Ars”. Que estas palavras, repletas de sabedoria e zelo pastoral, sirvam de guia e reflexão no caminho da fé.
“(…) São João Clímaco nos conta uma história que realmente nos faz estremecer. Havia um homem solitário que, por quarenta anos, lamentou seus pecados nas profundezas de um bosque. Na véspera de sua morte, ele, de repente, fora de si, abriu os olhos e olhou em volta, como se estivesse vendo alguém exigindo que prestasse contas de sua vida. Com a voz trêmula, ele respondeu: “Sim, eu cometi esse pecado, mas confessei e fiz penitência por ele durante muitos anos, até que o bom Deus me perdoou.”
A voz então lhe disse: “Você também cometeu este outro pecado.” Ele respondeu: “Não, esse eu não cometi.” Antes de morrer, ouviram-no clamar: “Meu Deus, meu Deus, afastai de mim os meus pecados, pois não suporto mais a sua presença.”
Ai de nós, se o diabo nos acusa até por pecados que não cometemos, nós que estamos tão sobrecarregados de pecados e ainda não fizemos penitência! O que podemos esperar naquele momento terrível? Se até os santos não se sentem seguros, o que será de nós?
O que devemos concluir de tudo isso, meus irmãos? Que nunca devemos esquecer que um dia seremos julgados sem misericórdia, e que todos os nossos pecados serão expostos diante de todo o universo; e que, depois desse julgamento, se ainda estivermos presos a esses pecados, iremos lamentá-los no inferno, sem a chance de apagá-los ou esquecê-los.” 1.
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 2
I Reis 19,4-8
4 E andou pelo deserto um dia de caminhada. Indo sentar-se debaixo dum junípero, desejou para si a morte, dizendo: “Basta-me da vida, Senhor, tira a minha alma! Porque eu não sou melhor do que meus pais”.
5 E lançou-se por terra e adormeceu à sombra do junípero. Eis que um anjo do Senhor o tocou e lhe disse: “Levanta-te e come”.
6 Olhou e viu junto à sua cabeça um pão cozido debaixo da cinza e um vaso de água. Comeu, bebeu e tornou a adormecer.
7 Voltou uma segunda vez o anjo do Senhor, e o tocou, dizendo: “Levanta-te e come, porque te resta um longo caminho”.
8 Ele levantou-se, comeu e bebeu, e, com o vigor daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites, até Horeb, o monte de Deus.
33,2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 9a)
R. Provai e vede quão suave é o Senhor!
2 Bendirei o Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre na minha boca.
3 No Senhor se gloriará a minha alma. Ouçam-no os humildes e alegrem-se. R.
4 Engrandecei comigo o Senhor, e juntos exaltemos o seu nome.
5 Busquei o Senhor, e ele ouviu-me, e livrou-me de todas as minhas tribulações. R.
6 Aproximai-vos dele e sereis iluminados, e os vossos rostos não serão confundidos.
7 Este pobre clamou, e o Senhor o ouviu, e o salvou de todas as suas tribulações. R.
8 O anjo do Senhor andará à volta dos que o temem, e os livrará.
9 Provai e vede quão suave é o Senhor; ditoso o homem que espera nele. R.
Efésios 4,30-5,2
30 E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, pelo qual fostes marcados com um selo para o dia da redenção.
31 Toda amargura, animosidade, cólera, gritaria e maledicência, com toda espécie de malícia, seja banida dentre vós.
32 Sede benignos uns para com os outros, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou por Cristo.
5,1 Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados,
2 e andai no amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós a Deus, como oferenda e hóstia de suave odor.
João 6,41-51
41 Murmuravam acerca dele os judeus, porque dissera: “Eu sou o pão vivo que desci do céu”.
42 E diziam: “Porventura não é este aquele Jesus filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz ele: ‘Desci do céu?’”
43 Mas Jesus respondeu-lhes: “Não murmureis entre vós.
44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrair, e eu o ressuscitarei no último dia.
45 Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto todo aquele
que ouviu e aprendeu do Pai vem a mim.
46 Não porque alguém tenha visto o Pai; exceto aquele que vem de Deus, este viu o Pai.
47 Em verdade, em verdade vos digo: o que crê em mim tem a vida eterna.
48 Eu sou o pão da vida.
49 Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram.
50 [Mas] este é o pão que desceu do céu, para que aquele que dele comer não morra.
51 Eu sou o pão vivo, que desci do céu.
6,48. Crisóstomo: Como a multidão instava-o, pedindo-lhe o alimento corporal, o Senhor, recordando-se do alimento que fora dado aos seus pais, a fim de manifestar que tudo aquilo não era senão uma figura da verdade que tinham diante de si, faz menção do alimento espiritual, dizendo: “Eu sou o pão da vida”. Chama-se a si mesmo pão da vida, porque contém em si toda a nossa vida, tanto a presente como a futura.
Santa Clara
11 de agosto
Em um Domingo de Ramos, a 17 de março de 1212, o bispo de Assis deixou o altar para entregar um ramo a uma nobre donzela de dezoito anos, cuja timidez a impedira de sair do lugar. Esta donzela era Santa Clara. Já havia aprendido com São Francisco a desprezar o mundo, e decidira em segredo viver apenas para Deus. Na mesma noite, fugiu junto com uma companheira até a Igreja de Porciúncula, onde foi recebida por S. Francisco e seus irmãos. No altar de Nossa Senhora, S. Francisco cortou seus cabelos e vestiu- a como hábito de penitência: um pedaço de pano de saco, e uma corda como cinta. Assim tornou-se esposa de Cristo. Em um miserável casebre nas cercanias de Assis, fundou sua ordem, sendo acompanhada pela irmã, de quatorze anos, e em seguida pela mãe e outras nobres senhoritas. Andavam descalças, observavam abstinência perpétua, silêncio constante e pobreza perfeita. Enquanto o exército sarraceno de Frederico II assolava o vale de Espoleto, um grupo de infiéis avançou para atacar o convento de S. Clara. Ela providenciou para que o Santíssimo fosse posto em um ostensório, acima do portão do mosteiro, de frente para o inimigo, e então ajoelhou-se diante dele e rogou: “Não entregai às bestas, Ó Senhor, as almas daqueles que confessam Teu nome”. Uma voz que ecoava da tropa respondeu: “Minha proteção jamais te faltará”. A hoste infiel foi subitamente tomada pelo pânico, saindo em disparada, e o convento da santa foi poupado. No curso de sua enfermidade, que durou 28 anos, a Sagrada Eucaristia foi o único amparo de S. Clara, e fiar um pano de linho para o altar, a única obra de suas mãos. Faleceu em 1253, enquanto era feita a leitura da Paixão, e Nossa Senhora e os anjos a conduziram para a glória.3
Outros santos do dia: São Tibúrcio e Santa Susana, São Alexandre Carvoeiro, Santo Equício e Santa Lélia.