Liturgia diária

Liturgia Diária 12/08/24

Acompanhe a liturgia do dia 12 de agosto de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

Liturgia Diária 12/08/24
Liturgia diária

Liturgia Diária 12/08/24

Acompanhe a liturgia do dia 12 de agosto de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

Data da Publicação: 11/08/2024
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica
Data da Publicação: 11/08/2024
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica

Segunda-feira, 19ª semana do Tempo Comum, Ano B.

Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, a partir de hoje traremos, em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado nas homilias de São João Maria Vianney, em “Sermões do Cura d’Ars”. Que estas palavras, repletas de sabedoria e zelo pastoral, sirvam de guia e reflexão no caminho da fé.

“Quando negligenciamos nossos pecados, isso acontece porque não nos damos ao trabalho de examinar a consciência de forma adequada(…). Uma confissão seria malfeita se fizéssemos uma confissão geral apenas para agrupar todos os pecados cometidos desde a última confissão, na tentativa de sentir menos vergonha.

Um dos efeitos mais perigosos do pecado é cegar tanto a pessoa que ela deixa de se conhecer por completo, ou então não se esforça para se conhecer, ou o faz de maneira tão superficial que não percebe o verdadeiro estado de sua alma. Este é, em primeiro lugar, o caso de um cristão que profana os sacramentos. Ele se acostuma a fazer um exame de consciência superficial, lembrando-se apenas de algumas falhas mais comuns, como blasfêmias, palavrões e acessos de raiva, sem se dar ao trabalho de examinar a fundo seu coração para reconhecer a gravidade e a quantidade dos pecados.

Em segundo lugar, este é o estado de um cristão que multiplica seus sacrilégios. Ele não examina o que fez, mas pensa apenas no que vai dizer, tentando formular sua confissão de modo a sentir menos vergonha, como se, enganando o confessor, pudesse enganar a Deus, que conhece e pesa todos os seus pecados.

Em terceiro lugar, este é o estado de um pecador que profana os sacramentos. Ele se apresenta para a confissão sem sequer ter examinado sua consciência, acreditando que o confessor vai interrogá-lo para que possa reconhecer seus pecados: isso é mais uma profanação. Mesmo que um padre ajude a identificar seus pecados, quando você pedirá a Deus a contrição? Após a confissão? Após receber a absolvição? Isso seria uma confissão sacrílega! Meu Deus, como é possível pensar nisso e viver em paz?1.

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 2

Primeira leitura

Ezequiel 1,2-5.24-28(c)

2 A cinco do mês, no quinto ano da deportação do rei Joaquim,
3 foi dirigida a palavra do Senhor a Ezequiel, filho de Buzi, sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Cobar, e lá a mão do Senhor fez-se sentir sobre ele.
4 E vi, e eis que vinha do lado norte um torvelinho de vento, e uma grande nuvem, e um globo de fogo, e em torno dela um resplendor; e no meio dele, isto é, no meio do fogo, uma espécie de metal brilhante.
5 No meio deste mesmo fogo, aparecia uma semelhança de quatro animais, cujo aspecto tinha a semelhança do homem.
24 Eu ouvia o ruído das suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz do Deus altíssimo. Quando andavam, o ruído era como o de uma multidão, como o ruído dum exército; quando paravam, baixavam as suas asas.
25 Pois, quando saía uma voz de sobre o firmamento que ficava por cima das suas cabeças, paravam e baixavam as suas asas.
26 Sobre este firmamento que ficava acima das suas cabeças, havia uma semelhança de trono de safira, e sobre esta semelhança de trono havia uma semelhança de homem.
27 Então vi como uma espécie dum metal brilhante, como o aspecto do fogo, no interior e em volta dele. Da sua cintura para cima e da sua cintura para baixo vi como um fogo que resplandecia ao redor,
28 qual arco-íris que aparece numa nuvem em dia de chuva, tal era o aspecto do resplendor em torno.

Salmo

148,1-2.11-12ab.12c-14a.14bcd (R. 14a)

R. O seu louvor está acima do céu e da terra!

1 Louvai o Senhor, vós que estais nos céus; louvai-o nas alturas.
2 Louvai-o, vós todos os seus anjos; louvai-o, vós todas as suas potestades. R.

11 os reis da terra e todos os povos; os príncipes e todos os juízes da terra;
12a os jovens e as donzelas,
b os velhos e os meninos R.

12c louvem o nome do Senhor,
13 porque só o seu nome é digno de ser exaltado.
14a O seu louvor está acima do céu e da terra. R.

14b ele exaltou o chifreg do seu povo.
c Cantem-lhe hinos todos os seus santos,
d os filhos de Israel, o povo que dele se aproxima. R.

Evangelho

Mateus 17,22-26(27)

22 eles lhe darão a morte, e ressuscitará ao terceiro dia”. E entristeceram-se em extremo.
23 Indo [Jesus e seus discípulos] para Cafarnaum, chegaram-se a Pedro os que recebiam a didracma e disseram-lhe: “Vosso Mestre não paga a didracma?”.
24 Ele respondeu-lhes: “Sim”. Quando Pedro entrou em casa, Jesus antecipou-se, dizendo: “Que te parece, Simão? De quem recebem os reis da terra os tributos ou impostos? De seus filhos, ou dos estranhos?”.
25 E ele respondeu: “Dos estranhos”. Disse-lhe Jesus: “Logo estão isentos os filhos.
26 Todavia, para que os não escandalizemos, vai ao mar e lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, toma-o e, abrindo-lhe a boca, acharás dentro um estáter; tira-o, e dá-o por mim e por ti”.

Comentário Patrístico

17,23–26. Orígenes: Cristo não tomou a imagem de César das coisas que possuía, mas das profundezas do mar. Ele não recebeu o estáter, nem o fez propriedade sua, para que a imagem do César não estivesse junto à imagem do Deus invisível. Vede a prudência de Cristo, que não se recusa a pagar o tributo, e tampouco manda que se pague da maneira ordinária. O Senhor manifesta, primeiro, que não está sujeito ao imposto e depois o paga. Fez isso, ou seja, pagou o imposto, para que não se escandalizassem os cobradores e o primeiro, isto é, manifestar que não estava sujeito, para que não se escandalizassem os discípulos. Quando os fariseus estabeleceram sua doutrina sobre as comidas, o Senhor desprezou o escândalo dos próprios fariseus (cf. Mt 15,12–20); deste modo, mostra-nos como saber quando convém não desprezar aos que se escandalizam e quando é oportuno ignorá-los.

Santo do dia

Santa Joana Francisca de Chantal

12 de agosto

Foi a 19 de março de 1609 que Madame de Chantal se despediu da família e amigos. Pálida, com os olhos banhados em lágrimas, fez a volta pelo grande quarto com seu jeito doce e humilde, despedindo-se de um por um. Seu filho, um rapaz de quinze anos, lançou mão de todas as súplicas e afagos para convencer a mãe a não abandoná-los, e por fim se atirou impetuosamente sobre a soleira da porta. Em profunda agonia, S. Joana desviou do corpo do próprio filho para abraçar seu velho e desconsolado pai. A angústia daquela partida chegou ao limite quando, ajoelhando-se aos pés do venerando senhor, a santa pediu-lhe – e finalmente obteve – uma última bênção, prometendo compensar-lhe o sacrifício por meio de orações em seu novo lar. Foi com toda propriedade que São Francisco de Sales a chamou “mulher virtuosa” (Pr 31,10). Viria a fundar com o santo de Sales uma grande ordem. A doença, os conflitos e a necessidade se abateram sobre ela, seguindo- se a morte dos filhos, dos amigos e do próprio S. Francisco, enquanto se erguiam 87 casas da Ordem da Visitação sob sua direção. Nove longos anos de desolação interior completaram a obra da graça de Deus, e aos 70 anos São Vicente de Paulo viu, no momento de sua morte, a alma de S. Joana Francisca ascender como uma bola de fogo até os céus.3

Outros santos do dia: São Graciliano, Santa Hilária, Santo Eusébio de Milão e Santo Inocêncio XI.


Referências

  1. São João Vianney sobre o Exame de consciência, p. 34.[]
  2. Devocionário a São José, página 33.[]
  3. Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 351-352.[]

Redação Minha Biblioteca Católica

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Segunda-feira, 19ª semana do Tempo Comum, Ano B.

Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, a partir de hoje traremos, em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado nas homilias de São João Maria Vianney, em “Sermões do Cura d’Ars”. Que estas palavras, repletas de sabedoria e zelo pastoral, sirvam de guia e reflexão no caminho da fé.

“Quando negligenciamos nossos pecados, isso acontece porque não nos damos ao trabalho de examinar a consciência de forma adequada(…). Uma confissão seria malfeita se fizéssemos uma confissão geral apenas para agrupar todos os pecados cometidos desde a última confissão, na tentativa de sentir menos vergonha.

Um dos efeitos mais perigosos do pecado é cegar tanto a pessoa que ela deixa de se conhecer por completo, ou então não se esforça para se conhecer, ou o faz de maneira tão superficial que não percebe o verdadeiro estado de sua alma. Este é, em primeiro lugar, o caso de um cristão que profana os sacramentos. Ele se acostuma a fazer um exame de consciência superficial, lembrando-se apenas de algumas falhas mais comuns, como blasfêmias, palavrões e acessos de raiva, sem se dar ao trabalho de examinar a fundo seu coração para reconhecer a gravidade e a quantidade dos pecados.

Em segundo lugar, este é o estado de um cristão que multiplica seus sacrilégios. Ele não examina o que fez, mas pensa apenas no que vai dizer, tentando formular sua confissão de modo a sentir menos vergonha, como se, enganando o confessor, pudesse enganar a Deus, que conhece e pesa todos os seus pecados.

Em terceiro lugar, este é o estado de um pecador que profana os sacramentos. Ele se apresenta para a confissão sem sequer ter examinado sua consciência, acreditando que o confessor vai interrogá-lo para que possa reconhecer seus pecados: isso é mais uma profanação. Mesmo que um padre ajude a identificar seus pecados, quando você pedirá a Deus a contrição? Após a confissão? Após receber a absolvição? Isso seria uma confissão sacrílega! Meu Deus, como é possível pensar nisso e viver em paz?1.

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 2

Primeira leitura

Ezequiel 1,2-5.24-28(c)

2 A cinco do mês, no quinto ano da deportação do rei Joaquim,
3 foi dirigida a palavra do Senhor a Ezequiel, filho de Buzi, sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Cobar, e lá a mão do Senhor fez-se sentir sobre ele.
4 E vi, e eis que vinha do lado norte um torvelinho de vento, e uma grande nuvem, e um globo de fogo, e em torno dela um resplendor; e no meio dele, isto é, no meio do fogo, uma espécie de metal brilhante.
5 No meio deste mesmo fogo, aparecia uma semelhança de quatro animais, cujo aspecto tinha a semelhança do homem.
24 Eu ouvia o ruído das suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz do Deus altíssimo. Quando andavam, o ruído era como o de uma multidão, como o ruído dum exército; quando paravam, baixavam as suas asas.
25 Pois, quando saía uma voz de sobre o firmamento que ficava por cima das suas cabeças, paravam e baixavam as suas asas.
26 Sobre este firmamento que ficava acima das suas cabeças, havia uma semelhança de trono de safira, e sobre esta semelhança de trono havia uma semelhança de homem.
27 Então vi como uma espécie dum metal brilhante, como o aspecto do fogo, no interior e em volta dele. Da sua cintura para cima e da sua cintura para baixo vi como um fogo que resplandecia ao redor,
28 qual arco-íris que aparece numa nuvem em dia de chuva, tal era o aspecto do resplendor em torno.

Salmo

148,1-2.11-12ab.12c-14a.14bcd (R. 14a)

R. O seu louvor está acima do céu e da terra!

1 Louvai o Senhor, vós que estais nos céus; louvai-o nas alturas.
2 Louvai-o, vós todos os seus anjos; louvai-o, vós todas as suas potestades. R.

11 os reis da terra e todos os povos; os príncipes e todos os juízes da terra;
12a os jovens e as donzelas,
b os velhos e os meninos R.

12c louvem o nome do Senhor,
13 porque só o seu nome é digno de ser exaltado.
14a O seu louvor está acima do céu e da terra. R.

14b ele exaltou o chifreg do seu povo.
c Cantem-lhe hinos todos os seus santos,
d os filhos de Israel, o povo que dele se aproxima. R.

Evangelho

Mateus 17,22-26(27)

22 eles lhe darão a morte, e ressuscitará ao terceiro dia”. E entristeceram-se em extremo.
23 Indo [Jesus e seus discípulos] para Cafarnaum, chegaram-se a Pedro os que recebiam a didracma e disseram-lhe: “Vosso Mestre não paga a didracma?”.
24 Ele respondeu-lhes: “Sim”. Quando Pedro entrou em casa, Jesus antecipou-se, dizendo: “Que te parece, Simão? De quem recebem os reis da terra os tributos ou impostos? De seus filhos, ou dos estranhos?”.
25 E ele respondeu: “Dos estranhos”. Disse-lhe Jesus: “Logo estão isentos os filhos.
26 Todavia, para que os não escandalizemos, vai ao mar e lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, toma-o e, abrindo-lhe a boca, acharás dentro um estáter; tira-o, e dá-o por mim e por ti”.

Comentário Patrístico

17,23–26. Orígenes: Cristo não tomou a imagem de César das coisas que possuía, mas das profundezas do mar. Ele não recebeu o estáter, nem o fez propriedade sua, para que a imagem do César não estivesse junto à imagem do Deus invisível. Vede a prudência de Cristo, que não se recusa a pagar o tributo, e tampouco manda que se pague da maneira ordinária. O Senhor manifesta, primeiro, que não está sujeito ao imposto e depois o paga. Fez isso, ou seja, pagou o imposto, para que não se escandalizassem os cobradores e o primeiro, isto é, manifestar que não estava sujeito, para que não se escandalizassem os discípulos. Quando os fariseus estabeleceram sua doutrina sobre as comidas, o Senhor desprezou o escândalo dos próprios fariseus (cf. Mt 15,12–20); deste modo, mostra-nos como saber quando convém não desprezar aos que se escandalizam e quando é oportuno ignorá-los.

Santo do dia

Santa Joana Francisca de Chantal

12 de agosto

Foi a 19 de março de 1609 que Madame de Chantal se despediu da família e amigos. Pálida, com os olhos banhados em lágrimas, fez a volta pelo grande quarto com seu jeito doce e humilde, despedindo-se de um por um. Seu filho, um rapaz de quinze anos, lançou mão de todas as súplicas e afagos para convencer a mãe a não abandoná-los, e por fim se atirou impetuosamente sobre a soleira da porta. Em profunda agonia, S. Joana desviou do corpo do próprio filho para abraçar seu velho e desconsolado pai. A angústia daquela partida chegou ao limite quando, ajoelhando-se aos pés do venerando senhor, a santa pediu-lhe – e finalmente obteve – uma última bênção, prometendo compensar-lhe o sacrifício por meio de orações em seu novo lar. Foi com toda propriedade que São Francisco de Sales a chamou “mulher virtuosa” (Pr 31,10). Viria a fundar com o santo de Sales uma grande ordem. A doença, os conflitos e a necessidade se abateram sobre ela, seguindo- se a morte dos filhos, dos amigos e do próprio S. Francisco, enquanto se erguiam 87 casas da Ordem da Visitação sob sua direção. Nove longos anos de desolação interior completaram a obra da graça de Deus, e aos 70 anos São Vicente de Paulo viu, no momento de sua morte, a alma de S. Joana Francisca ascender como uma bola de fogo até os céus.3

Outros santos do dia: São Graciliano, Santa Hilária, Santo Eusébio de Milão e Santo Inocêncio XI.


Referências

  1. São João Vianney sobre o Exame de consciência, p. 34.[]
  2. Devocionário a São José, página 33.[]
  3. Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 351-352.[]

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