Liturgia diária

Liturgia Diária 14/07/25

Acompanhe a liturgia do dia 14 de julho de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

Liturgia Diária 14/07/25
Liturgia diária

Liturgia Diária 14/07/25

Acompanhe a liturgia do dia 14 de julho de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

Data da Publicação: 13/07/2025
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica
Data da Publicação: 13/07/2025
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica

15ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)

Hoje, Jesus diz: “De graça recebestes, de graça dai.” A liturgia nos impulsiona à generosidade autêntica. Maria, revestida de humildade, ensinou-nos a oferecer tudo com alegria — mesmo os dons mais simples.

“A verdadeira riqueza carmelita é a gratuidade do coração.” (Nossa Senhora do Carmo, p. 142)

Primeira leitura

Êxodo 1,8-14.22

8 Entretanto, levantou-se no Egito um novo rei, que não conhecia José.

9 E disse ao seu povo: “Eis que o povo dos filhos de Israel é numeroso e mais forte que nós.

10 Vinde, oprimamo-lo com astúcia, para que ele não se multiplique; e, se sobrevier contra nós alguma guerra, se una com os nossos inimigos, e depois de nos vencer, saia deste país”.

11 Portanto, estabeleceu sobre eles inspetores de obras, para os oprimirem com trabalhos penosos: e eles edificaram ao Faraó as cidades das tendas, Pitom e Ramsés.

12 Contudo, quanto mais os oprimiam, tanto mais se multiplicavam e cresciam.

13 E os egípcios odiavam os filhos de Israel, e os afligiam com insultos,

14 e faziam-lhes passar uma vida amarga com penosos trabalhos de barro e de tijolos, e com toda a espécie de serviço com que os oprimiam nos trabalhos do campo.

22 Então, ordenou o Faraó a todo o seu povo, dizendo: “Tudo o que nascer do sexo masculino, lançai-o ao rio; e tudo o que nascer do sexo feminino, conservai-o.”

Salmo

Sl 123(124),1-3.4-6.7-8 (R. 8a)

R. O nosso auxílio está no nome do Senhor.

1 Se o Senhor não estivesse ao nosso lado,
– que o diga Israel –
2 se o Senhor não estivesse ao nosso lado,
quando os homens investiram contra nós,
3 com certeza nos teriam devorado,
no furor de sua ira contra nós. R.

4 Então as águas nos teriam submergido,
a correnteza nos teria afogado.
5 Sim, as águas sempre mais impetuosas
teriam nos arrastado com violência.
6 Bendito seja o Senhor, que não deixou
cairmos como presa de seus dentes! R.

7 Nossa alma como um pássaro escapou
do laço que lhe armara o caçador;
o laço arrebentou-se de repente,
e assim nós conseguimos libertar-nos.
8 O nosso auxílio está no nome do Senhor,
do Senhor que fez o céu e fez a terra! R.

Evangelho

Mateus 10,34-11,1

34 Não penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas espada.

35 Pois vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra;

36 e os inimigos do homem serão os de sua própria casa.

37 Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim.

38 Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim.

39 Quem achar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por minha causa, achá-la-á.

40 Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.

41 Quem recebe um profeta na qualidade de profeta, receberá a recompensa de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá a recompensa de justo.

42 E todo aquele que der a beber, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um destes pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa.

11,1 Quando Jesus acabou de dar instruções a seus doze discípulos, partiu dali para ensinar e pregar nas cidades deles.

Comentários Patrísticos

10,34. Hilário: Em sentido místico, a espada é a arma mais aguda e representa seu poder, a severidade do juízo e o castigo dos pecadores. Recordemos que a espada também é figura da palavra de Deus; essa espada foi enviada à terra, isto é, pela pregação penetrou no coração dos homens. Ela divide os cinco habitantes de uma mesma casa, três contra dois, dois contra três: encontramos esses três habitantes no homem: seu corpo, sua alma e sua vontade, pois assim como a alma foi dada ao corpo, assim o poder de usar de uma e do outro foi dado ao homem. Por isso a Lei foi proposta à vontade, mas vemos isso apenas naqueles primeiros que saíram das mãos de Deus. Mas pelo pecado e pela infidelidade dos primeiros pais, para as gerações que se seguiram o pecado tornou-se o pai do nosso corpo, e a infidelidade a mãe de nossa alma. E a vontade adere a um e à outra, e então temos cinco habitantes em uma mesma casa. Quando somos renovados pelas águas do batismo, pelo poder do Verbo somos separados dos pecados de nossa origem, e pelos cortes que faz em nós a espada de Deus, somos separados das afeições de nosso pai e de nossa mãe, e faz-se uma grande discórdia em uma única casa, e os domésticos tornar-se-ão os inimigos do novo homem, que alegrar-se-á em permanecer na novidade de seu espírito, enquanto os restos de sua antiga origem querem conservar o que antes era objeto de seu prazer.

10,35. Agostinho: “Vim separar o filho de seu pai”, porque renuncia ao diabo aquele que foi seu filho; “e a filha de sua mãe”, isto é, o povo de Deus da cidade mundana, que é a perniciosa sociedade do gênero humano e que a Escritura chama ora Babilônia, ora Egito, ora Sodoma e uma multidão de outros nomes. “A nora da sua sogra”, ou seja, a Igreja da Sinagoga, que gerou Cristo, Esposo da Igreja, segundo a carne. E são divididos pela espada do Espírito, que é a palavra de Deus. E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares, com os quais antes estava enlaçado pelos costumes.

Santo do dia

São Camilo de Lellis (1550–1614)

14 de julho

Os primeiros anos de Camilo não davam sinal de santidade. Aos dezenove, tomou em armas contra os turcos, junto ao pai, um nobre italiano. Após quatro anos de uma dura campanha, devido ao seu violento temperamento, hábitos insensatos e uma paixão inveterada pelos jogos, acabou dispensado do posto, e em circunstâncias tão difíceis que se viu obrigado a trabalhar como obreiro em um convento capuchinho em construção. Umas poucas palavras de um frade capuchinho o levaram à conversão, e Camilo decidiu também tornar-se monge. Por três vezes ingressou ali como noviço, mas uma relutante lesão em sua perna sempre o forçava a sair. Partindo para Roma para receber tratamento, ali tomou a São Filipe Néri como seu confessor e deu entrada no hospital de São Giacomo, do qual logo se tornaria o superintendente. A negligência das enfermeiras e capelães assalariados para com os sofridos pacientes o inspiraram a fundar uma congregação para ministrar-lhes os devidos cuidados. Com este propósito em mente, foi ordenado sacerdote, e em 1586 sua Ordem dos Ministros dos Enfermos foi confirmada pelo Papa. A ordem logo se mostrou extremamente útil, não apenas nos hospitais, como nas casas privadas. Convocada a todas as horas do dia e da noite, a devoção de Camilo jamais arrefeceu. Atendia as necessidades dos pacientes com uma ternura digna de mãe. Consolava-os e chorava e rezava com eles. Conhecia milagrosamente o estado de suas almas. S. Filipe chegou a testemunhar anjos sussurrando a dois Ministros dos Enfermos camilianos que consolavam um moribundo. Certo dia, um doente disse ao santo: “Padre, posso pedir-te que faças minha cama? É muito difícil para mim”. Camilo respondeu: “Deus vos perdoe, irmão! Me pedir?! Por acaso ainda não sabeis que a mim, vosso servo e escravo, são ordens que deveis dar?!”. “Queira Deus”, exclamava, “que na hora da morte uma mísera bênção ou anseio dessas pobres criaturas conte a favor de minha alma!”. Suas preces foram ouvidas. À hora da morte, foram-lhe concedidas as mesmas consolações que tantas vezes buscara conceder aos outros. No ano de 1614, faleceu em pleno uso de suas faculdades, após duas semanas de santa preparação, enquanto o sacerdote recitava as palavras do rito: “Que Jesus Cristo apareça diante de ti com um semblante compassivo e jubiloso!”. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 307-308.)   

Outros santos do dia: São Gaspar de Bene, São Héraclas, Santo Optaciano e São Marquelmo.

Redação Minha Biblioteca Católica

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15ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)

Hoje, Jesus diz: “De graça recebestes, de graça dai.” A liturgia nos impulsiona à generosidade autêntica. Maria, revestida de humildade, ensinou-nos a oferecer tudo com alegria — mesmo os dons mais simples.

“A verdadeira riqueza carmelita é a gratuidade do coração.” (Nossa Senhora do Carmo, p. 142)

Primeira leitura

Êxodo 1,8-14.22

8 Entretanto, levantou-se no Egito um novo rei, que não conhecia José.

9 E disse ao seu povo: “Eis que o povo dos filhos de Israel é numeroso e mais forte que nós.

10 Vinde, oprimamo-lo com astúcia, para que ele não se multiplique; e, se sobrevier contra nós alguma guerra, se una com os nossos inimigos, e depois de nos vencer, saia deste país”.

11 Portanto, estabeleceu sobre eles inspetores de obras, para os oprimirem com trabalhos penosos: e eles edificaram ao Faraó as cidades das tendas, Pitom e Ramsés.

12 Contudo, quanto mais os oprimiam, tanto mais se multiplicavam e cresciam.

13 E os egípcios odiavam os filhos de Israel, e os afligiam com insultos,

14 e faziam-lhes passar uma vida amarga com penosos trabalhos de barro e de tijolos, e com toda a espécie de serviço com que os oprimiam nos trabalhos do campo.

22 Então, ordenou o Faraó a todo o seu povo, dizendo: “Tudo o que nascer do sexo masculino, lançai-o ao rio; e tudo o que nascer do sexo feminino, conservai-o.”

Salmo

Sl 123(124),1-3.4-6.7-8 (R. 8a)

R. O nosso auxílio está no nome do Senhor.

1 Se o Senhor não estivesse ao nosso lado,
– que o diga Israel –
2 se o Senhor não estivesse ao nosso lado,
quando os homens investiram contra nós,
3 com certeza nos teriam devorado,
no furor de sua ira contra nós. R.

4 Então as águas nos teriam submergido,
a correnteza nos teria afogado.
5 Sim, as águas sempre mais impetuosas
teriam nos arrastado com violência.
6 Bendito seja o Senhor, que não deixou
cairmos como presa de seus dentes! R.

7 Nossa alma como um pássaro escapou
do laço que lhe armara o caçador;
o laço arrebentou-se de repente,
e assim nós conseguimos libertar-nos.
8 O nosso auxílio está no nome do Senhor,
do Senhor que fez o céu e fez a terra! R.

Evangelho

Mateus 10,34-11,1

34 Não penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas espada.

35 Pois vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra;

36 e os inimigos do homem serão os de sua própria casa.

37 Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim.

38 Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim.

39 Quem achar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por minha causa, achá-la-á.

40 Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.

41 Quem recebe um profeta na qualidade de profeta, receberá a recompensa de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá a recompensa de justo.

42 E todo aquele que der a beber, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um destes pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa.

11,1 Quando Jesus acabou de dar instruções a seus doze discípulos, partiu dali para ensinar e pregar nas cidades deles.

Comentários Patrísticos

10,34. Hilário: Em sentido místico, a espada é a arma mais aguda e representa seu poder, a severidade do juízo e o castigo dos pecadores. Recordemos que a espada também é figura da palavra de Deus; essa espada foi enviada à terra, isto é, pela pregação penetrou no coração dos homens. Ela divide os cinco habitantes de uma mesma casa, três contra dois, dois contra três: encontramos esses três habitantes no homem: seu corpo, sua alma e sua vontade, pois assim como a alma foi dada ao corpo, assim o poder de usar de uma e do outro foi dado ao homem. Por isso a Lei foi proposta à vontade, mas vemos isso apenas naqueles primeiros que saíram das mãos de Deus. Mas pelo pecado e pela infidelidade dos primeiros pais, para as gerações que se seguiram o pecado tornou-se o pai do nosso corpo, e a infidelidade a mãe de nossa alma. E a vontade adere a um e à outra, e então temos cinco habitantes em uma mesma casa. Quando somos renovados pelas águas do batismo, pelo poder do Verbo somos separados dos pecados de nossa origem, e pelos cortes que faz em nós a espada de Deus, somos separados das afeições de nosso pai e de nossa mãe, e faz-se uma grande discórdia em uma única casa, e os domésticos tornar-se-ão os inimigos do novo homem, que alegrar-se-á em permanecer na novidade de seu espírito, enquanto os restos de sua antiga origem querem conservar o que antes era objeto de seu prazer.

10,35. Agostinho: “Vim separar o filho de seu pai”, porque renuncia ao diabo aquele que foi seu filho; “e a filha de sua mãe”, isto é, o povo de Deus da cidade mundana, que é a perniciosa sociedade do gênero humano e que a Escritura chama ora Babilônia, ora Egito, ora Sodoma e uma multidão de outros nomes. “A nora da sua sogra”, ou seja, a Igreja da Sinagoga, que gerou Cristo, Esposo da Igreja, segundo a carne. E são divididos pela espada do Espírito, que é a palavra de Deus. E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares, com os quais antes estava enlaçado pelos costumes.

Santo do dia

São Camilo de Lellis (1550–1614)

14 de julho

Os primeiros anos de Camilo não davam sinal de santidade. Aos dezenove, tomou em armas contra os turcos, junto ao pai, um nobre italiano. Após quatro anos de uma dura campanha, devido ao seu violento temperamento, hábitos insensatos e uma paixão inveterada pelos jogos, acabou dispensado do posto, e em circunstâncias tão difíceis que se viu obrigado a trabalhar como obreiro em um convento capuchinho em construção. Umas poucas palavras de um frade capuchinho o levaram à conversão, e Camilo decidiu também tornar-se monge. Por três vezes ingressou ali como noviço, mas uma relutante lesão em sua perna sempre o forçava a sair. Partindo para Roma para receber tratamento, ali tomou a São Filipe Néri como seu confessor e deu entrada no hospital de São Giacomo, do qual logo se tornaria o superintendente. A negligência das enfermeiras e capelães assalariados para com os sofridos pacientes o inspiraram a fundar uma congregação para ministrar-lhes os devidos cuidados. Com este propósito em mente, foi ordenado sacerdote, e em 1586 sua Ordem dos Ministros dos Enfermos foi confirmada pelo Papa. A ordem logo se mostrou extremamente útil, não apenas nos hospitais, como nas casas privadas. Convocada a todas as horas do dia e da noite, a devoção de Camilo jamais arrefeceu. Atendia as necessidades dos pacientes com uma ternura digna de mãe. Consolava-os e chorava e rezava com eles. Conhecia milagrosamente o estado de suas almas. S. Filipe chegou a testemunhar anjos sussurrando a dois Ministros dos Enfermos camilianos que consolavam um moribundo. Certo dia, um doente disse ao santo: “Padre, posso pedir-te que faças minha cama? É muito difícil para mim”. Camilo respondeu: “Deus vos perdoe, irmão! Me pedir?! Por acaso ainda não sabeis que a mim, vosso servo e escravo, são ordens que deveis dar?!”. “Queira Deus”, exclamava, “que na hora da morte uma mísera bênção ou anseio dessas pobres criaturas conte a favor de minha alma!”. Suas preces foram ouvidas. À hora da morte, foram-lhe concedidas as mesmas consolações que tantas vezes buscara conceder aos outros. No ano de 1614, faleceu em pleno uso de suas faculdades, após duas semanas de santa preparação, enquanto o sacerdote recitava as palavras do rito: “Que Jesus Cristo apareça diante de ti com um semblante compassivo e jubiloso!”. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 307-308.)   

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