Acompanhe a liturgia do dia 16 de julho de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 16 de julho de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, Festa, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
O Evangelho apresenta Jesus como servente humilde, cheio de compaixão — “não grita, não quebra o caniço.” A Mãe do Carmelo reflete a mesma humildade: acompanha sem alarde, cura com ternura, conduz sem imposições.
“No silêncio de Maria, Deus liberta sem alarde e cura sem barulho.” (Nossa Senhora do Carmo, p. 152)
Zacarias 2, 10-13 (14-17 na divisão moderna)
10 Filha de Sião, entoa cânticos de louvor e alegra-te, porque eis que vou eu mesmo e habitarei no meio de ti, diz o Senhor.
11 E naquele dia se aproximarão muitas nações do Senhor, e serão o meu povo, e eu habitarei no meio de ti, e tu saberás que o Senhor dos Exércitos é que me enviou a ti.
12 E o Senhor possuirá Judá, como sua porção na terra santa, e escolherá outra vez Jerusalém.
13 Toda a carne esteja em silêncio diante da face do Senhor, porque ele se levantou da sua santa habitação.
Lc 1,46-47.48-49.50-51.52-53.54-55 (R. 49)
R. O Poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.
46 A minha alma engrandece o Senhor,
47 e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador. R.
48 Porque olhou para a humildade de sua serva,
doravante as gerações hão de chamar-me de bendita.
49 O Poderoso fez por mim maravilhas
e Santo é o seu nome. R.
50 Seu amor, de geração em geração,
chega a todos que o respeitam.
51 Demonstrou o poder de seu braço,
dispersou os orgulhosos. R.
52 Derrubou os poderosos de seus tronos
e os humildes exaltou.
53 De bens saciou os famintos
e despediu, sem nada, os ricos. R.
54 Acolheu Israel, seu servidor,
fiel ao seu amor,
55 como havia prometido aos nossos pais,
em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre. R.
Mateus 12,46-50
46 Enquanto ele ainda falava às turbas, eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe.
47 Disse-lhe alguém: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem falar contigo”.
48 Ele respondeu ao que lhe falava: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”
49 E, estendendo a mão para os seus discípulos, disse: “Eis minha mãe e meus irmãos.
50 Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
12,48. Hilário: Não se deve julgar por estas palavras que Ele tenha desdenhado sua mãe, visto que, desde o alto da cruz, deu-lhe provas de solicitude e amor filial (cf. Jo 19,25–27).
Jerônimo: Portanto Ele não negou sua mãe, como pretendem Marcião e Maniqueu, para que se pensasse que nascera de um fantasma, mas preferiu os apóstolos aos parentes, assim como nós, na obtenção do amor, devemos preferir o espírito à carne; nem refuta a deferência de piedade para com a mãe Aquele cujo preceito é: “honra teu pai e tua mãe” (Ex 20,12), mas mostra que deve mais aos mistérios ou à vontade de seu Pai que à da mãe; de onde segue: “E, estendendo a mão para seus discípulos, prosseguiu: ‘Eis minha mãe e meus irmãos’” etc.
Ambrósio: Isto não foi desprezar sua mãe; foi mostrar quanto ele estava desapegado da carne e sangue, e quanto nós o devemos estar no exercício do ministério apostólico, que é totalmente espiritual.
12,49–50. Jerônimo: Digamo-lo de outra maneira. O Salvador fala às turbas, ou seja, ensina às nações os mistérios profundos: sua mãe e seus parentes, isto é, a sinagoga e o povo dos judeus, estão na parte de fora.
Gregório: Sua mãe está fora, como se não a conhecesse, pois a sinagoga não é reconhecida por Aquele que a fundou; atendo-se à observância da Lei, perdeu a inteligência espiritual, e ficou na porta guardando a letra.
São Simão Stock (1165–1265)
16 de julho
Simão nasceu no condado de Kent, na Inglaterra, e saiu de casa quando tinha apenas doze anos de idade, para viver como eremita no tronco oco de uma árvore – daí ter ficado conhecido como Simão Stock. Ali passou 20 anos em oração e penitência, e foi avisado por Nossa Senhora que devia entrar em uma ordem ainda desconhecida na Inglaterra. Aguardou com paciência até que viessem os frades brancos, e então ingressou na Ordem de Nossa Senhora do Monte Carmelo. Sua grande santidade incitou os irmãos no capítulo geral ocorrido em Aylesford, próximo a Rochester, em 1245, a escolhê-lo como prior geral da ordem. Nas muitas perseguições perpetradas contra os novos monges, Simão se dirigia com filial confidência à Santa Mãe de Deus. Quando se ajoelhou em oração no convento dos frades brancos em Cambridge, a 16 de julho de 1251, ela apareceu diante dele e lhe apresentou o escapulário, garantindo sua proteção. A devoção ao sagrado hábito se espalhou rapidamente por todo o mundo cristão. Papa após Papa enriqueceu-a de indulgências, e inúmeros milagres imprimiram-lhe o selo de sua eficácia. O primeiro deles foi operado em Winchester, sobre um homem que morria em situação de desespero, o qual imediatamente pediu pelos sacramentos, quando teve sobre si depositado o escapulário de São Simão Stock. No ano de 1636, M. de Guge, porta-estandarte num regimento de cavalaria, foi mortalmente ferido na escaramuça de Tobin, tendo uma bala se alojado próximo ao coração. Encontrava-se então em estado de pecado mortal, mas teve tempo de fazer sua confissão, e com as próprias mãos escreveu seu testamento. Quando terminou, o cirurgião averiguou-lhe a ferida e descobriu que a bala empurrara o escapulário até o coração. Ao ser removida, ele logo expirou, sob profundas ações de graça à Santíssima Virgem, que milagrosamente lhe prolongara a vida e assim o preservara da morte eterna. S. Simão Stock faleceu em Bordeaux em 1265. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 311-312.)
Outros santos do dia: Nossa Senhora do Carmo, Santa Maria Madalena Postel, São Vitalino e Santo Hilarino.
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Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, Festa, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
O Evangelho apresenta Jesus como servente humilde, cheio de compaixão — “não grita, não quebra o caniço.” A Mãe do Carmelo reflete a mesma humildade: acompanha sem alarde, cura com ternura, conduz sem imposições.
“No silêncio de Maria, Deus liberta sem alarde e cura sem barulho.” (Nossa Senhora do Carmo, p. 152)
Zacarias 2, 10-13 (14-17 na divisão moderna)
10 Filha de Sião, entoa cânticos de louvor e alegra-te, porque eis que vou eu mesmo e habitarei no meio de ti, diz o Senhor.
11 E naquele dia se aproximarão muitas nações do Senhor, e serão o meu povo, e eu habitarei no meio de ti, e tu saberás que o Senhor dos Exércitos é que me enviou a ti.
12 E o Senhor possuirá Judá, como sua porção na terra santa, e escolherá outra vez Jerusalém.
13 Toda a carne esteja em silêncio diante da face do Senhor, porque ele se levantou da sua santa habitação.
Lc 1,46-47.48-49.50-51.52-53.54-55 (R. 49)
R. O Poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.
46 A minha alma engrandece o Senhor,
47 e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador. R.
48 Porque olhou para a humildade de sua serva,
doravante as gerações hão de chamar-me de bendita.
49 O Poderoso fez por mim maravilhas
e Santo é o seu nome. R.
50 Seu amor, de geração em geração,
chega a todos que o respeitam.
51 Demonstrou o poder de seu braço,
dispersou os orgulhosos. R.
52 Derrubou os poderosos de seus tronos
e os humildes exaltou.
53 De bens saciou os famintos
e despediu, sem nada, os ricos. R.
54 Acolheu Israel, seu servidor,
fiel ao seu amor,
55 como havia prometido aos nossos pais,
em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre. R.
Mateus 12,46-50
46 Enquanto ele ainda falava às turbas, eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe.
47 Disse-lhe alguém: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem falar contigo”.
48 Ele respondeu ao que lhe falava: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”
49 E, estendendo a mão para os seus discípulos, disse: “Eis minha mãe e meus irmãos.
50 Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
12,48. Hilário: Não se deve julgar por estas palavras que Ele tenha desdenhado sua mãe, visto que, desde o alto da cruz, deu-lhe provas de solicitude e amor filial (cf. Jo 19,25–27).
Jerônimo: Portanto Ele não negou sua mãe, como pretendem Marcião e Maniqueu, para que se pensasse que nascera de um fantasma, mas preferiu os apóstolos aos parentes, assim como nós, na obtenção do amor, devemos preferir o espírito à carne; nem refuta a deferência de piedade para com a mãe Aquele cujo preceito é: “honra teu pai e tua mãe” (Ex 20,12), mas mostra que deve mais aos mistérios ou à vontade de seu Pai que à da mãe; de onde segue: “E, estendendo a mão para seus discípulos, prosseguiu: ‘Eis minha mãe e meus irmãos’” etc.
Ambrósio: Isto não foi desprezar sua mãe; foi mostrar quanto ele estava desapegado da carne e sangue, e quanto nós o devemos estar no exercício do ministério apostólico, que é totalmente espiritual.
12,49–50. Jerônimo: Digamo-lo de outra maneira. O Salvador fala às turbas, ou seja, ensina às nações os mistérios profundos: sua mãe e seus parentes, isto é, a sinagoga e o povo dos judeus, estão na parte de fora.
Gregório: Sua mãe está fora, como se não a conhecesse, pois a sinagoga não é reconhecida por Aquele que a fundou; atendo-se à observância da Lei, perdeu a inteligência espiritual, e ficou na porta guardando a letra.
São Simão Stock (1165–1265)
16 de julho
Simão nasceu no condado de Kent, na Inglaterra, e saiu de casa quando tinha apenas doze anos de idade, para viver como eremita no tronco oco de uma árvore – daí ter ficado conhecido como Simão Stock. Ali passou 20 anos em oração e penitência, e foi avisado por Nossa Senhora que devia entrar em uma ordem ainda desconhecida na Inglaterra. Aguardou com paciência até que viessem os frades brancos, e então ingressou na Ordem de Nossa Senhora do Monte Carmelo. Sua grande santidade incitou os irmãos no capítulo geral ocorrido em Aylesford, próximo a Rochester, em 1245, a escolhê-lo como prior geral da ordem. Nas muitas perseguições perpetradas contra os novos monges, Simão se dirigia com filial confidência à Santa Mãe de Deus. Quando se ajoelhou em oração no convento dos frades brancos em Cambridge, a 16 de julho de 1251, ela apareceu diante dele e lhe apresentou o escapulário, garantindo sua proteção. A devoção ao sagrado hábito se espalhou rapidamente por todo o mundo cristão. Papa após Papa enriqueceu-a de indulgências, e inúmeros milagres imprimiram-lhe o selo de sua eficácia. O primeiro deles foi operado em Winchester, sobre um homem que morria em situação de desespero, o qual imediatamente pediu pelos sacramentos, quando teve sobre si depositado o escapulário de São Simão Stock. No ano de 1636, M. de Guge, porta-estandarte num regimento de cavalaria, foi mortalmente ferido na escaramuça de Tobin, tendo uma bala se alojado próximo ao coração. Encontrava-se então em estado de pecado mortal, mas teve tempo de fazer sua confissão, e com as próprias mãos escreveu seu testamento. Quando terminou, o cirurgião averiguou-lhe a ferida e descobriu que a bala empurrara o escapulário até o coração. Ao ser removida, ele logo expirou, sob profundas ações de graça à Santíssima Virgem, que milagrosamente lhe prolongara a vida e assim o preservara da morte eterna. S. Simão Stock faleceu em Bordeaux em 1265. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 311-312.)
Outros santos do dia: Nossa Senhora do Carmo, Santa Maria Madalena Postel, São Vitalino e Santo Hilarino.