Liturgia diária

Liturgia Diária 16/10/25

Acompanhe a liturgia do dia 16 de outubro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

28ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)

Os profetas foram mortos porque falavam o que ninguém queria ouvir. Jesus denuncia essa hipocrisia. No Apocalipse, os mártires clamam debaixo do altar. A Palavra continua sendo uma espada que fere o orgulho e revela o pecado. E por isso ainda é rejeitada.

“O testemunho dos mártires é a prova de que a Palavra permanece viva — e incômoda.” (Apocalipse Explicado, p. 122)

Primeira leitura

Romanos 3,21-30

21 Mas agora manifestou-se, sem a Lei, a justiça de Deus, testemunhada pela Lei e pelos Profetas,

22 justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo, para todos os que creem, sem distinção.

23 Pois todos pecaram e estão privados da glória de Deus,

24 sendo justificados gratuitamente pela sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus.

25 Deus o destinou como instrumento de expiação, por seu sangue, mediante a fé, para manifestar a sua justiça,

26 a fim de ser justo e justificar o que tem fé em Jesus.

27 Onde está, pois, o motivo de glória? Foi excluído. Pela lei das obras? Não, pela lei da fé.

28 Porque julgamos que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da Lei.

29 Acaso Deus é só dos judeus? Não é também dos gentios? Certamente, também dos gentios.

30 Porque há um só Deus que justifica pela fé os circuncidados e pela fé os incircuncisos.

Salmo

Sl 129(130),1-2.3-4.5-6 (R. 7)

R. No Senhor está a misericórdia e copiosa redenção.

1 Das profundezas clamo a vós, Senhor!
2 Senhor, escutai a minha voz!
Vossos ouvidos estejam atentos
ao clamor da minha prece! R.

3 Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir?
4 Mas em vós se encontra o perdão,
eu vos temo e em vós espero. R.

5 No Senhor ponho a minha esperança,
espero em sua palavra.
6 A minha alma espera pelo Senhor
mais do que os vigias pela aurora. R.

Evangelho

Lucas 11,47-54

47 Ai de vós, que edificais sepulcros aos profetas, e foram vossos pais que lhes deram a morte!

48 Assim, dais testemunho e aprovais as obras de vossos pais, porque eles os mataram, e vós lhes edificais os túmulos.

49 Por isso, a Sabedoria de Deus disse: “Eu lhes enviarei profetas e apóstolos; eles matarão e perseguirão a uns e a outros,

50 para que desta geração se peça conta do sangue de todos os profetas derramado desde a criação do mundo,

51 desde o sangue de Abel até o de Zacarias, que foi morto entre o altar e o templo. Sim, eu vos digo, será pedida conta a esta geração!”

52 Ai de vós, doutores da Lei, porque tomastes a chave da ciência: não entrastes vós mesmos, e impedistes os que queriam entrar!

53 Quando Jesus saiu dali, começaram os escribas e fariseus a pressioná-lo fortemente e a fazê-lo falar de muitos assuntos,

54 armando-lhe ciladas para surpreenderem alguma palavra de sua boca.

Comentários Patrísticos

11,52. Cirilo de Alexandria: Chamamos de chave da ciência a própria lei, porque a lei era sombra e prefiguração da justiça de Cristo. Convinha aos doutores da lei que investigassem, por assim dizer, a lei de Moisés e os ditos dos profetas, e de certa forma abrissem ao povo judeu as portas do conhecimento de Cristo. Isto, porém, não o fizeram; pelo contrário, contestaram os milagres de Deus e insurgiram-se contra seus ensinamentos, gritando: “Por que o escutais?” Assim é que usurparam, isto é, furtaram a chave da ciência. Daí que siga: “e nem entrastes vós, nem deixastes entrar os que vinham para entrar”. Mas também a fé é a chave da ciência, pois pela fé se alcança o conhecimento da verdade, conforme o que está dito: “Se não credes, não subsistireis” (Is 7,9). Os doutores da lei, portanto, tomaram a chave da ciência, não permitindo aos homens que cressem em Cristo.

Santo do dia

Santa Margarida Maria Alacoque (1647–1690)

16 de outubro

Margarida Maria nasceu em Terreau, na Borgonha francesa, a 22 de julho de 1647. Durante a infância, expressava um horror extremo à própria ideia de pecado. Em 1671, ingressou na Ordem da Visitação de Santa Maria, em Paray-le-Monial, e fez a profissão dos votos no ano seguinte. Após purificá-la através de muitas provações, Jesus apareceu-lhe em inúmeras visões, exibindo-lhe Seu Sagrado Coração, às vezes ardendo como uma fornalha, às vezes esfacelado e sangrando por conta da frieza e dos pecados dos homens. Em 1675, foi-lhe feita a grande revelação de que ela, em união ao padre de La Colombière, da Companhia de Jesus, seria o principal instrumento para a instituição da festa do Sagrado Coração e para espalhar a devoção ao redor do mundo. Faleceu a 17 de outubro de 1690. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 445-446.)  

Outros santos do dia: São Galo, São Geraldo Magela, Beata Josefina Vannini e São Lulo de Magúncia.