Acompanhe a liturgia do dia 17 de abril de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 17 de abril de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Quinta-feira da Semana Santa, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Para enriquecer nossa meditação de hoje, separamos um trecho do livro “Maria na Doutrina”, que nos convida a contemplar a profundidade do amor que unia Maria a Deus.
“O primeiro ato de amor da Virgem já era superior ao amor filial dos mais perfeitos santos.” (Maria na Doutrina, p. 291)
Êxodo 12,1-8.11-14
1 O Senhor disse também a Moisés e a Aarão na terra do Egito:
2 “Este mês será para vós o princípio dos meses: será o primeiro dos meses do ano.
3 Falai a todo o ajuntamento dos filhos de Israel, e dizei-lhes [que] no décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro para sua família e sua casa.
4 Mas se o número [de pessoas] for menor que o que pode bastar para comer o cordeiro, tomará [em comum com] o vizinho que estiver apegado à sua casa, segundo o número de almas que podem bastar para comer o cordeiro.
5 Ora, o cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Com o mesmo rito tomareis também um cabrito.
6 E o guardareis até o dia quatorze deste mês; e toda a multidão dos filhos de Israel o imolará à tarde.
7 E tomarão do seu sangue, e pô-lo-ão sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta das casas em que eles o hão de comer.
8 E nessa mesma noite comerão as carnes [do cordeiro] assadas no fogo, com pães ázimos e alfaces bravas.
11 E comê-lo-eis deste modo: cingireis os vossos rins e tereis as sandálias nos pés, e os bordões na mão, e comereis às pressas: porque é a Páscoa (isto é, a passagem) do Senhor.
12 E naquela noite eu passarei pela terra do Egito e ferirei [de morte] todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até os animais, e executarei [os meus] juízos sobre todos os deuses do Egito, eu, que sou o Senhor.
13 O sangue, porém, será para vós um sinal [em vosso favor] nas casas em que morardes: eu verei o sangue, e passarei adiante, e não haverá em vós a praga destruidora quando eu ferir a terra do Egito.
14 Este dia será para vós um dia memorável, e vós o celebrareis de geração em geração com um culto perpétuo, como dia solene do Senhor.
Sl 115(116B),12-13.15-16bc.17-18 (R. cf. 1Cor 10,16)
R. O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
12 Que darei eu ao Senhor,
por todos os benefícios que me tem feito?
13 Tomarei o cálice da salvação
e invocarei o nome do Senhor. R.
15 É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus santos.
16bc Quebraste as minhas cadeias,
oferecer-te-ei um sacrifício de louvor. R.
17 E invocarei o nome do Senhor.
18 Cumprirei os meus votos ao Senhor,
diante de todo o seu povo. R.
1Coríntios 11,23-26
23 Eu recebi do Senhor o que também vos ensinei a vós: que o Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão
24 e, dando graças, o partiu e disse: “Tomai e comei; isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim”.
25 Igualmente também, depois de ter ceado, [tomou] o cálice, dizendo: “Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto em memória de mim todas as vezes que o beberdes”.
26 Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que ele venha.
João 13,1-15
1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, e tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.
2 Durante a ceia — quando o Diabo já havia posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, o projeto de entregá-lo —,
3 sabendo Jesus que o Pai lhe entregara tudo em suas mãos, que saíra de Deus e voltava para Deus,
4 levantou-se da ceia, tirou o manto e, pegando uma toalha, cingiu-se com ela.
5 Depois deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.
6 Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: “Senhor, tu me lavas os pés?”
7 Respondeu-lhe Jesus: “O que eu faço, tu não o sabes agora, compreendê-lo-ás mais tarde”.
8 Disse-lhe Pedro: “Jamais me lavarás os pés”. Jesus respondeu-lhe: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”.
9 Disse-lhe Simão Pedro: “Senhor, não só os pés, mas também as mãos e a cabeça”.
10 Disse-lhe Jesus: “Quem já se banhou não necessita lavar senão os pés, pois está todo limpo. E vós estais limpos, mas não todos”.
11 Pois ele sabia quem o havia de trair; por isso disse: “Nem todos estais limpos”.
12 Depois que lhes lavou os pés, tomou o manto, voltou à mesa e disse-lhes: “Compreendeis o que vos fiz?
13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou.
14 Se, pois, eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros.
15 Dei-vos o exemplo, para que, como eu vos fiz, assim façais também vós”.
Que tal meditar sobre a liturgia e o significado da Quinta-feira Santa?
13,1. Agostinho: “Páscoa”, como alguns pensam, não é um nome grego, mas hebraico. De maneira oportuna, as duas línguas têm para essa palavra um significado concorde. Porque, em grego, o verbo padecer é páschein, disso se entende que Páscoa quer dizer “paixão”, tendo o nome se originado daquele verbo. Na língua hebraica, “Páscoa” quer dizer “atravessar”, e foi comemorada a primeira vez depois que haviam fugido os hebreus do Egito, atravessando o Mar Vermelho. Agora, a imagem profética é verdadeira e completa, porque conduzido Cristo como um cordeiro à imolação, cujo sangue ungiu nossas portas (cf. Ex 12,7ss.), ou seja, as nossas frontes com o sinal da Cruz, fomos libertados tanto da perdição deste tempo, quanto do cativeiro no Egito, e conduzidos a uma suma travessia salvífica, saindo debaixo do Diabo e indo ao Cristo, e deste tempo instável ao seu reino firmíssimo. E esse nome, ou seja, “Páscoa”, nos dá o Evangelista a interpretação, dizendo: “sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo ao Pai”. Eis a Páscoa, eis a travessia.
13,8. Orígenes: Os que se recusam a interpretar tropologicamente esta e outras passagens semelhantes, peço que digam como é plausível que aquele que, por reverência, disse a Jesus: “Não me lavarás jamais os pés”, não venha a ter parte com o Filho de Deus, como se o fato de seus pés não serem lavados por ele equivalesse a um crime horrendo. Devemos, pois, oferecer nossos pés, isto é, os afetos da nossa alma, a Jesus para que os lave, a fim de que nossos pés sejam decentes, sobretudo quando, aspirando a bens maiores, desejamos ser contados entre os que anunciam a boa nova.
Santo Aniceto († 173)
17 de abril
Santo Aniceto foi sucessor de São Pio, ocupando a cátedra por cerca de oito anos, de 165 a 173. Se não derramou o próprio sangue pela fé, ao menos comprou o título de mártir por outros grandes sofrimentos e perigos. Recebeu uma visita de São Policarpo, e tolerou o costume dos orientais em celebrar a Páscoa no 14º dia da primeira Lua Cheia após o equinócio da primavera, como os judeus. Sua vigilância protegeu seu rebanho das armadilhas dos heréticos Valenciano e Marcião, que buscavam corromper a fé da capital do mundo.Os primeiros 36 bispos de Roma até Libério, e, excluindo este, todos os papas até Símaco, o 52º (498), são honrados como santos; e dos 248 papas, desde São Pedro até Clemente XIII, 78 são nomeados no Martirológio Romano. Em tempos primitivos, o espírito de fervor e perfeita santidade, que hoje em dia tão raramente encontramos, era patente na maior parte dos fiéis, especialmente nos pastores. Insuflava-lhes cada traço de suas vidas de tal modo a fazer deles os milagres do mundo, verdadeiros anjos sobre a Terra, modelos vivos do Santo Redentor, que exalavam em toda parte o odor das virtudes, da lei e da religião de Cristo. 2
Outros santos do dia: São Mapálico e seus companheiros, São Donano e seus companheiros e São Roberto de Chaise-Dieu.
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Quinta-feira da Semana Santa, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Para enriquecer nossa meditação de hoje, separamos um trecho do livro “Maria na Doutrina”, que nos convida a contemplar a profundidade do amor que unia Maria a Deus.
“O primeiro ato de amor da Virgem já era superior ao amor filial dos mais perfeitos santos.” (Maria na Doutrina, p. 291)
Êxodo 12,1-8.11-14
1 O Senhor disse também a Moisés e a Aarão na terra do Egito:
2 “Este mês será para vós o princípio dos meses: será o primeiro dos meses do ano.
3 Falai a todo o ajuntamento dos filhos de Israel, e dizei-lhes [que] no décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro para sua família e sua casa.
4 Mas se o número [de pessoas] for menor que o que pode bastar para comer o cordeiro, tomará [em comum com] o vizinho que estiver apegado à sua casa, segundo o número de almas que podem bastar para comer o cordeiro.
5 Ora, o cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Com o mesmo rito tomareis também um cabrito.
6 E o guardareis até o dia quatorze deste mês; e toda a multidão dos filhos de Israel o imolará à tarde.
7 E tomarão do seu sangue, e pô-lo-ão sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta das casas em que eles o hão de comer.
8 E nessa mesma noite comerão as carnes [do cordeiro] assadas no fogo, com pães ázimos e alfaces bravas.
11 E comê-lo-eis deste modo: cingireis os vossos rins e tereis as sandálias nos pés, e os bordões na mão, e comereis às pressas: porque é a Páscoa (isto é, a passagem) do Senhor.
12 E naquela noite eu passarei pela terra do Egito e ferirei [de morte] todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até os animais, e executarei [os meus] juízos sobre todos os deuses do Egito, eu, que sou o Senhor.
13 O sangue, porém, será para vós um sinal [em vosso favor] nas casas em que morardes: eu verei o sangue, e passarei adiante, e não haverá em vós a praga destruidora quando eu ferir a terra do Egito.
14 Este dia será para vós um dia memorável, e vós o celebrareis de geração em geração com um culto perpétuo, como dia solene do Senhor.
Sl 115(116B),12-13.15-16bc.17-18 (R. cf. 1Cor 10,16)
R. O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
12 Que darei eu ao Senhor,
por todos os benefícios que me tem feito?
13 Tomarei o cálice da salvação
e invocarei o nome do Senhor. R.
15 É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus santos.
16bc Quebraste as minhas cadeias,
oferecer-te-ei um sacrifício de louvor. R.
17 E invocarei o nome do Senhor.
18 Cumprirei os meus votos ao Senhor,
diante de todo o seu povo. R.
1Coríntios 11,23-26
23 Eu recebi do Senhor o que também vos ensinei a vós: que o Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão
24 e, dando graças, o partiu e disse: “Tomai e comei; isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim”.
25 Igualmente também, depois de ter ceado, [tomou] o cálice, dizendo: “Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto em memória de mim todas as vezes que o beberdes”.
26 Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que ele venha.
João 13,1-15
1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, e tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.
2 Durante a ceia — quando o Diabo já havia posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, o projeto de entregá-lo —,
3 sabendo Jesus que o Pai lhe entregara tudo em suas mãos, que saíra de Deus e voltava para Deus,
4 levantou-se da ceia, tirou o manto e, pegando uma toalha, cingiu-se com ela.
5 Depois deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.
6 Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: “Senhor, tu me lavas os pés?”
7 Respondeu-lhe Jesus: “O que eu faço, tu não o sabes agora, compreendê-lo-ás mais tarde”.
8 Disse-lhe Pedro: “Jamais me lavarás os pés”. Jesus respondeu-lhe: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”.
9 Disse-lhe Simão Pedro: “Senhor, não só os pés, mas também as mãos e a cabeça”.
10 Disse-lhe Jesus: “Quem já se banhou não necessita lavar senão os pés, pois está todo limpo. E vós estais limpos, mas não todos”.
11 Pois ele sabia quem o havia de trair; por isso disse: “Nem todos estais limpos”.
12 Depois que lhes lavou os pés, tomou o manto, voltou à mesa e disse-lhes: “Compreendeis o que vos fiz?
13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou.
14 Se, pois, eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros.
15 Dei-vos o exemplo, para que, como eu vos fiz, assim façais também vós”.
Que tal meditar sobre a liturgia e o significado da Quinta-feira Santa?
13,1. Agostinho: “Páscoa”, como alguns pensam, não é um nome grego, mas hebraico. De maneira oportuna, as duas línguas têm para essa palavra um significado concorde. Porque, em grego, o verbo padecer é páschein, disso se entende que Páscoa quer dizer “paixão”, tendo o nome se originado daquele verbo. Na língua hebraica, “Páscoa” quer dizer “atravessar”, e foi comemorada a primeira vez depois que haviam fugido os hebreus do Egito, atravessando o Mar Vermelho. Agora, a imagem profética é verdadeira e completa, porque conduzido Cristo como um cordeiro à imolação, cujo sangue ungiu nossas portas (cf. Ex 12,7ss.), ou seja, as nossas frontes com o sinal da Cruz, fomos libertados tanto da perdição deste tempo, quanto do cativeiro no Egito, e conduzidos a uma suma travessia salvífica, saindo debaixo do Diabo e indo ao Cristo, e deste tempo instável ao seu reino firmíssimo. E esse nome, ou seja, “Páscoa”, nos dá o Evangelista a interpretação, dizendo: “sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo ao Pai”. Eis a Páscoa, eis a travessia.
13,8. Orígenes: Os que se recusam a interpretar tropologicamente esta e outras passagens semelhantes, peço que digam como é plausível que aquele que, por reverência, disse a Jesus: “Não me lavarás jamais os pés”, não venha a ter parte com o Filho de Deus, como se o fato de seus pés não serem lavados por ele equivalesse a um crime horrendo. Devemos, pois, oferecer nossos pés, isto é, os afetos da nossa alma, a Jesus para que os lave, a fim de que nossos pés sejam decentes, sobretudo quando, aspirando a bens maiores, desejamos ser contados entre os que anunciam a boa nova.
Santo Aniceto († 173)
17 de abril
Santo Aniceto foi sucessor de São Pio, ocupando a cátedra por cerca de oito anos, de 165 a 173. Se não derramou o próprio sangue pela fé, ao menos comprou o título de mártir por outros grandes sofrimentos e perigos. Recebeu uma visita de São Policarpo, e tolerou o costume dos orientais em celebrar a Páscoa no 14º dia da primeira Lua Cheia após o equinócio da primavera, como os judeus. Sua vigilância protegeu seu rebanho das armadilhas dos heréticos Valenciano e Marcião, que buscavam corromper a fé da capital do mundo.Os primeiros 36 bispos de Roma até Libério, e, excluindo este, todos os papas até Símaco, o 52º (498), são honrados como santos; e dos 248 papas, desde São Pedro até Clemente XIII, 78 são nomeados no Martirológio Romano. Em tempos primitivos, o espírito de fervor e perfeita santidade, que hoje em dia tão raramente encontramos, era patente na maior parte dos fiéis, especialmente nos pastores. Insuflava-lhes cada traço de suas vidas de tal modo a fazer deles os milagres do mundo, verdadeiros anjos sobre a Terra, modelos vivos do Santo Redentor, que exalavam em toda parte o odor das virtudes, da lei e da religião de Cristo. 2
Outros santos do dia: São Mapálico e seus companheiros, São Donano e seus companheiros e São Roberto de Chaise-Dieu.