Liturgia diária

Liturgia Diária 17/11/25

Acompanhe a liturgia do dia 17 de novembro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

Santa Isabel da Hungria, religiosa, Memória

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)

Jesus acolhe os pequenos e diz que é preciso ser como eles para entrar no Reino. A simplicidade, a confiança e a entrega de uma criança revelam o segredo da eternidade.

“Só seremos plenamente felizes quando estivermos plenamente diante de Deus.” (A Vida Eterna e a Profundidade da Alma, p. 4)

Primeira leitura

I Macabeus 1,10-15.41-43.54-57.62-64

10 Depois da morte de Alexandre, puseram todos o diadema, e depois deles seus filhos durante muitos anos, e os males se multiplicaram sobre a terra.

11 E destes é que saiu aquela raiz do pecado, Antíoco, o ilustre, filho do rei Antíoco, o qual em Roma já fora feito refém, e começou a reinar no ano cento e trinta e sete do reino dos gregos.

12 Naqueles dias saíram de Israel uns filhos iníquos e seduziram muitos, dizendo: “Vamos e façamos aliança com as nações circunvizinhas; porque, desde que nos separamos delas, vieram sobre nós muitos males”.

13 E pareceu bom este conselho a seus olhos.

14 Alguns do povo resolveram-se e foram ter com o rei, e este deu-lhes o direito de viverem segundo os costumes das nações.

15 Edificaram um ginásio em Jerusalém, segundo as leis das nações.

41 O rei mandou publicar em todo o seu reino que todos formassem um só povo,

42 e cada um deixasse a sua lei particular.

43 Todos os gentios se conformaram com a ordem do rei; e também muitos de Israel consentiram em seu culto e sacrificaram aos ídolos e profanaram o sábado.

54 No dia quinze do mês de Casleu, no ano cento e quarenta e cinco, o rei erigiu o sacrilégio da desolação sobre o altar de Deus; e por todas as cidades de Judá edificaram altares.

55 Diante das portas das casas e das praças queimavam incenso.

56 Todos os livros da lei que encontravam eram rasgados e queimados.

57 Se achavam em casa de alguém os livros da aliança, e se alguém obedecia à lei do Senhor, o rei o fazia matar, segundo o seu édito.

62 Muitos em Israel, porém, resolveram no coração não comer nada de impuro;

63 preferiram antes morrer que se contaminarem com manjares impuros e profanarem a santa aliança;

64 e morreram. E houve sobre Israel uma grande cólera.

Salmo

Sl 118(119),53.61.134.150.155.158 (R. cf. 88)

R. Concede-me a vida segundo a tua misericórdia, e eu guardarei os testemunhos da tua boca.

53 Desfaleci, vendo os pecadores
que abandonavam a tua lei. R.

61 Os laços dos pecadores me cingiram,
mas eu não me esqueci da tua lei. R.

134 Livra-me das injúrias dos homens,
para que guarde os teus mandamentos. R.

150 Os meus perseguidores aproximaram-se da iniquidade
e desviaram-se da tua lei. R.

155 A salvação está longe dos pecadores,
porque não buscam os teus justos preceitos. R.

158 Vi os prevaricadores, e consumia-me,
porque eles não guardaram as tuas palavras. R.

Evangelho

Lucas 18,35-43

35 Quando Jesus se aproximava de Jericó, estava um cego sentado à beira do caminho, pedindo esmola.

36 Ouvindo passar a multidão, perguntou o que era aquilo.

37 Disseram-lhe que era Jesus de Nazaré que passava.

38 Então ele clamou: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!”.

39 Os que iam à frente repreendiam-no, para que se calasse; mas ele gritava ainda mais forte: “Filho de Davi, tem piedade de mim!”.

40 Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Quando ele chegou perto, perguntou-lhe:

41 “Que queres que te faça?” Ele respondeu: “Senhor, que eu veja!”.

42 Jesus lhe disse: “Vê; a tua fé te salvou”.

43 No mesmo instante, ele viu e seguia Jesus, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, deu louvores a Deus.

Comentários Patrísticos

8,35–43. Crisóstomo: Como os judeus, sempre prontos a falsificar a verdade, pudessem repetir o que já haviam dito de outro homem cego, este de nascimento: “Não; é outro, que se parece com ele” (Jo 9,9), quis o Salvador primeiro que ele desse a conhecer publicamente a doença que o acometia, para só então vir a experimentar a majestade da graça divina. Mas desde o momento em que o cego instava com Jesus para que o curasse, Nosso Senhor ordenou-lhe com soberana majestade que enxergasse; Jesus disse-lhe: “vê”. O tom de autoridade com que falava tornava ainda mais culpável a incredulidade dos judeus; que profeta ainda falou desta maneira? Cuida, entretanto, o que lhe exigiu o Médico divino: “a tua fé te salvou”. É pelo preço da fé que Deus vende seus benefícios; e a graça não se espalha senão lá onde há fé pronta para acolhê-la. A graça é uma como que fonte abundante: aqueles que vão até ela carregando vasos pequenos, trazem de volta reduzida quantidade de água; aqueles, ao contrário, que se servem de vasos grandes, beneficiam-se de uma grande porção. Ou melhor: ela é como a luz do sol que penetra em maior ou menor quantidade no interior de uma casa, de acordo com as dimensões das janelas; assim a graça se espalha numa alma segundo as medidas determinadas pelas intenções e desejos. A voz de Jesus Cristo tornou-se, para esse homem cego, num princípio de luz, porque Ele era a Palavra ou o Verbo da luz verdadeira: “Imediatamente, passou a ver”, acrescenta o Evangelista. Ora, esse homem cego mostrou tanta gratidão depois da cura quanto antes mostrara fé. E foi seguir Jesus, glorificando a Deus.

Santo do dia

Santa Isabel da Hungria (1207–1231)

17 de novembro

Isabel era filha de um rei da Hungria e sobrinha de Santa Edwiges. Na infância, foi prometida em casamento a Luís, Landegrave da Turíngia, e criada na corte de seu pai. Não contente em já receber diariamente tantos pobres em seu palácio e aliviar a todos de seu sofrimento, construiu vários hospitais, onde atendia os doentes, fazendo curativos com as próprias mãos nas mais repulsivas feridas. Certa vez, carregava nas dobras do manto umas provisões para os pobres, quando encontrou o marido voltando da caçada. Espantado de vê-la curvada sob o peso de seu fardo, ele abriu o manto que ela segurava contra o corpo e encontrou ali nada mais que belíssimas rosas vermelhas e brancas, embora não fosse época de flores. Permitindo-lhe seguir seu caminho, ele tomou uma daquelas maravilhosas rosas e a guardou consigo por toda a vida. Com a morte do marido, ela foi cruelmente levada do palácio e forçada a perambular pelas ruas com seus filhinhos, reféns da fome e do frio; mas recebeu de bom grado todos os seus sofrimentos e continuou a ser a mãe dos pobres, convertendo muitos com a sua vida santa. Faleceu em 1231, aos 24 anos de idade. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 488.)  

Outros santos do dia: São Gregório Taumaturgo, São Dionísio de Alexandria, Santo Aniano de Orléans, São Gregório de Tours e Santo Hugo de Lincoln.