Acompanhe a liturgia do dia 18 de agosto de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 18 de agosto de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
20ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
Jesus não pede apenas gestos externos, mas um coração totalmente livre para amar. A radicalidade do chamado cristão está em não guardar nada para si, como ensina Santo Agostinho:
“Ser cristão é ser radical: não guardar nada para si, mas tudo para o outro em nome de Cristo.” (A Doutrina Cristã, p.145)
Juízes 2,11-19
11 Ora, os filhos de Israel fizeram o mal diante do Senhor, serviram os baalins.
12 E abandonaram o Senhor Deus de seus pais, que os tinha tirado da terra do Egito; seguiram os deuses estranhos e os deuses dos povos que habitavam em torno deles, e adoraram-nos. Assim provocaram o Senhor à ira.
13 Abandonando-o para servirem a Baal e a Astarote.
14 O Senhor, irado contra Israel, entregou-os nas mãos dos saqueadores, que os tomaram e venderam aos inimigos das cercanias. Eles não puderam resistir aos seus adversários.
15 Mas, para qualquer parte que quisessem ir, a mão do Senhor estava sobre eles, como lhes tinha dito e jurado, e foram em extremo afligidos.
16 Ora, o Senhor suscitou-lhes juízes que os livrassem das mãos dos opressores, mas nem a eles quiseram ouvir.
17 Prostituindo-se a deuses estranhos e adorando-os. Abandonaram depressa o caminho por onde seus pais tinham andado e, mesmo tendo ouvido os mandamentos do Senhor, tudo fizeram ao contrário.
18 Quando o Senhor suscitava juízes, enquanto estes viviam, ele deixava-se dobrar pela misericórdia e ouvia os gemidos dos aflitos, e livrava-os da crueldade dos opressores.
19 Mas, depois que morria o juiz, reincidiam e faziam coisas muito piores do que tinham feito seus pais, seguindo a deuses estranhos, servindo-os e adorando-os. Não abandonaram os seus devaneios nem o caminho duríssimo por onde tinham costume de andar.
Sl 105(106),34-35.36-37.39-40.43ab e 44 (R. 4a)
R. Lembrai-vos, ó Senhor, de mim, lembrai-vos, segundo o amor que demonstrais ao vosso povo!
34 Não exterminaram os povos,
que o Senhor lhes indicara destruir;
35 misturaram-se, então, com os pagãos,
e aprenderam seus modos de agir. R.
36 Prestaram culto aos ídolos deles,
que se tornaram armadilha e cilada;
37 imolaram até mesmo seus filhos
e suas filhas em honra dos demônios. R.
39 Profanaram-se assim com suas obras,
e prostituíram-se no seu proceder.
40 Acendeu-se a ira de Deus contra o seu povo,
e o Senhor abominou a sua herança. R.
43ab Quantas vezes o Senhor os libertou!
Eles, porém, por maldade o provocavam.
44 Mas Ele viu o aperto em que estavam,
quando ouviu o seu grito no céu. R.
Mateus 19,16-22
13 Então trouxeram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e orasse. Mas os discípulos as repreendiam.
14 Jesus, porém, disse: “Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, pois o Reino dos Céus pertence aos que são como elas.”
15 E, depois de impor as mãos sobre elas, partiu dali.
19,16–22. Orígenes: Cristo respondeu dessa maneira por causa do jovem que lhe perguntou: “que bem devo eu fazer?”. Quando, pois, nos separamos do mal e praticamos o bem chamamos de bem o que fazemos por comparação com o que fazem os demais homens; mas em relação à verdade segundo a qual aqui se diz: “Um só é bom”, nosso bem não é bom. Mas alguém pode dizer que, uma vez que o Senhor sabia que quem lhe perguntava não tinha a intenção de fazer algum bem humano, disse-lhe: “Por que me interrogas acerca do que é bom?” – que é como se dissesse: “por que me perguntas sobre o bem, quando te dei os mandamentos que contêm o bem?”. E depois disso acrescentou-lhe: “se queres entrar na vida, guarda os mandamentos”. Nestas palavras, devemos considerar que o Senhor respondeu ao jovem como se estivesse fora da vida. Com efeito, Jesus diz “eu sou a vida” (Jo 11,25), e aquele que está fora de Jesus está, em certo sentido, fora da vida. Por outro lado, o homem, mesmo o mais justo, enquanto vive sobre a terra, está na sombra da vida, porque está ainda rodeado por um corpo mortal. Mas aquele que se abstiver das obras da morte e desejar as da vida, entrará na vida. Há palavras mortas e palavras vivas, pensamentos mortos e pensamentos vivos e por isso diz: “se queres entrar na vida, guarda os mandamentos”.
Santa Helena e Santo Agápito (sécs. III e IV)
18 de agosto
Foi motivo de orgulho da cidade de Colchester, na Inglaterra, por muitos anos, o fato de Santa Helena ter nascido dentro de suas muralhas; e embora esta honra tenha sido motivo de disputa, é certo que Helena foi uma princesa britânica. Acolheu o cristianismo já tarde na vida, mas sua incomparável fé e piedade influenciaram enormemente o filho Constantino, o primeiro imperador cristão, e serviu para despertar um santo zelo no coração do povo romano. Desprezando seu alto posto, comprazia-se em assistir ao Santo Ofício entre os pobres, e através da esmola exibia um amor materno pelos indigentes e aflitos. Aos 80 anos, realizou uma peregrinação até Jerusalém, com o ardente desejo de descobrir a cruz em que sofrera nosso santo Redentor.159 Após muitos esforços, foram encontradas três cruzes no Monte Calvário, junto aos pregos e à inscrição registrada pelos evangelistas. Ainda restava identificar qual era a verdadeira cruz de Nosso Senhor. Por conselho do bispo Macário, as três foram, uma a uma, encostadas em uma mulher que sofria de uma doença incurável, e, mal a terceira cruz a tocou, a doente ergueu-se perfeitamente curada. A devota imperatriz, transbordando de alegria, construiu uma gloriosíssima igreja sobre o Monte Calvário para acolher a preciosa relíquia, despachando partes dela para Roma e Constantinopla, onde ficaram solenemente expostas à adoração dos fiéis. No ano de 312, Constantino se viu atacado por Magêncio com forças imensamente superiores, e a própria existência do império ficou ameaçada. Em meio a tamanha crise, ele pensou sobre o deus cristão crucificado que sua mãe Helena adorava, e ajoelhando-se, rogou a Deus que se revelasse e lhe desse a vitória. Repentinamente, ao meio-dia, uma cruz de fogo foi avistada por seu exército no céu limpo e sem nuvens, e abaixo dela as palavras In hoc signo vinces – “Por este sinal, vencerás”. Ao comando divino, Constantino fez um estandarte em um formato como o da cruz avistada, que foi ostentado na linha de frente de suas tropas; e sob essa bandeira cristã, marcharam contra o inimigo, obtendo uma vitória arrasadora. Logo depois, a própria Helena retornou a Roma, onde expirou, em 328. Santo Agápito sofreu na juventude um cruel martírio em Praeneste, hoje chamada Palestrina, a 30 quilômetros de Roma, sob Aureliano, por volta do ano 275. Seu nome era famoso nos antigos calendários da Igreja de Roma. Duas igrejas em Palestrina e outras em demais lugares são dedicadas a Deus com seu nome. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 362-363.)
Outros santos do dia: São Lauro, Santo Ângelo D’Agostini e São Polieno.
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20ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
Jesus não pede apenas gestos externos, mas um coração totalmente livre para amar. A radicalidade do chamado cristão está em não guardar nada para si, como ensina Santo Agostinho:
“Ser cristão é ser radical: não guardar nada para si, mas tudo para o outro em nome de Cristo.” (A Doutrina Cristã, p.145)
Juízes 2,11-19
11 Ora, os filhos de Israel fizeram o mal diante do Senhor, serviram os baalins.
12 E abandonaram o Senhor Deus de seus pais, que os tinha tirado da terra do Egito; seguiram os deuses estranhos e os deuses dos povos que habitavam em torno deles, e adoraram-nos. Assim provocaram o Senhor à ira.
13 Abandonando-o para servirem a Baal e a Astarote.
14 O Senhor, irado contra Israel, entregou-os nas mãos dos saqueadores, que os tomaram e venderam aos inimigos das cercanias. Eles não puderam resistir aos seus adversários.
15 Mas, para qualquer parte que quisessem ir, a mão do Senhor estava sobre eles, como lhes tinha dito e jurado, e foram em extremo afligidos.
16 Ora, o Senhor suscitou-lhes juízes que os livrassem das mãos dos opressores, mas nem a eles quiseram ouvir.
17 Prostituindo-se a deuses estranhos e adorando-os. Abandonaram depressa o caminho por onde seus pais tinham andado e, mesmo tendo ouvido os mandamentos do Senhor, tudo fizeram ao contrário.
18 Quando o Senhor suscitava juízes, enquanto estes viviam, ele deixava-se dobrar pela misericórdia e ouvia os gemidos dos aflitos, e livrava-os da crueldade dos opressores.
19 Mas, depois que morria o juiz, reincidiam e faziam coisas muito piores do que tinham feito seus pais, seguindo a deuses estranhos, servindo-os e adorando-os. Não abandonaram os seus devaneios nem o caminho duríssimo por onde tinham costume de andar.
Sl 105(106),34-35.36-37.39-40.43ab e 44 (R. 4a)
R. Lembrai-vos, ó Senhor, de mim, lembrai-vos, segundo o amor que demonstrais ao vosso povo!
34 Não exterminaram os povos,
que o Senhor lhes indicara destruir;
35 misturaram-se, então, com os pagãos,
e aprenderam seus modos de agir. R.
36 Prestaram culto aos ídolos deles,
que se tornaram armadilha e cilada;
37 imolaram até mesmo seus filhos
e suas filhas em honra dos demônios. R.
39 Profanaram-se assim com suas obras,
e prostituíram-se no seu proceder.
40 Acendeu-se a ira de Deus contra o seu povo,
e o Senhor abominou a sua herança. R.
43ab Quantas vezes o Senhor os libertou!
Eles, porém, por maldade o provocavam.
44 Mas Ele viu o aperto em que estavam,
quando ouviu o seu grito no céu. R.
Mateus 19,16-22
13 Então trouxeram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e orasse. Mas os discípulos as repreendiam.
14 Jesus, porém, disse: “Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, pois o Reino dos Céus pertence aos que são como elas.”
15 E, depois de impor as mãos sobre elas, partiu dali.
19,16–22. Orígenes: Cristo respondeu dessa maneira por causa do jovem que lhe perguntou: “que bem devo eu fazer?”. Quando, pois, nos separamos do mal e praticamos o bem chamamos de bem o que fazemos por comparação com o que fazem os demais homens; mas em relação à verdade segundo a qual aqui se diz: “Um só é bom”, nosso bem não é bom. Mas alguém pode dizer que, uma vez que o Senhor sabia que quem lhe perguntava não tinha a intenção de fazer algum bem humano, disse-lhe: “Por que me interrogas acerca do que é bom?” – que é como se dissesse: “por que me perguntas sobre o bem, quando te dei os mandamentos que contêm o bem?”. E depois disso acrescentou-lhe: “se queres entrar na vida, guarda os mandamentos”. Nestas palavras, devemos considerar que o Senhor respondeu ao jovem como se estivesse fora da vida. Com efeito, Jesus diz “eu sou a vida” (Jo 11,25), e aquele que está fora de Jesus está, em certo sentido, fora da vida. Por outro lado, o homem, mesmo o mais justo, enquanto vive sobre a terra, está na sombra da vida, porque está ainda rodeado por um corpo mortal. Mas aquele que se abstiver das obras da morte e desejar as da vida, entrará na vida. Há palavras mortas e palavras vivas, pensamentos mortos e pensamentos vivos e por isso diz: “se queres entrar na vida, guarda os mandamentos”.
Santa Helena e Santo Agápito (sécs. III e IV)
18 de agosto
Foi motivo de orgulho da cidade de Colchester, na Inglaterra, por muitos anos, o fato de Santa Helena ter nascido dentro de suas muralhas; e embora esta honra tenha sido motivo de disputa, é certo que Helena foi uma princesa britânica. Acolheu o cristianismo já tarde na vida, mas sua incomparável fé e piedade influenciaram enormemente o filho Constantino, o primeiro imperador cristão, e serviu para despertar um santo zelo no coração do povo romano. Desprezando seu alto posto, comprazia-se em assistir ao Santo Ofício entre os pobres, e através da esmola exibia um amor materno pelos indigentes e aflitos. Aos 80 anos, realizou uma peregrinação até Jerusalém, com o ardente desejo de descobrir a cruz em que sofrera nosso santo Redentor.159 Após muitos esforços, foram encontradas três cruzes no Monte Calvário, junto aos pregos e à inscrição registrada pelos evangelistas. Ainda restava identificar qual era a verdadeira cruz de Nosso Senhor. Por conselho do bispo Macário, as três foram, uma a uma, encostadas em uma mulher que sofria de uma doença incurável, e, mal a terceira cruz a tocou, a doente ergueu-se perfeitamente curada. A devota imperatriz, transbordando de alegria, construiu uma gloriosíssima igreja sobre o Monte Calvário para acolher a preciosa relíquia, despachando partes dela para Roma e Constantinopla, onde ficaram solenemente expostas à adoração dos fiéis. No ano de 312, Constantino se viu atacado por Magêncio com forças imensamente superiores, e a própria existência do império ficou ameaçada. Em meio a tamanha crise, ele pensou sobre o deus cristão crucificado que sua mãe Helena adorava, e ajoelhando-se, rogou a Deus que se revelasse e lhe desse a vitória. Repentinamente, ao meio-dia, uma cruz de fogo foi avistada por seu exército no céu limpo e sem nuvens, e abaixo dela as palavras In hoc signo vinces – “Por este sinal, vencerás”. Ao comando divino, Constantino fez um estandarte em um formato como o da cruz avistada, que foi ostentado na linha de frente de suas tropas; e sob essa bandeira cristã, marcharam contra o inimigo, obtendo uma vitória arrasadora. Logo depois, a própria Helena retornou a Roma, onde expirou, em 328. Santo Agápito sofreu na juventude um cruel martírio em Praeneste, hoje chamada Palestrina, a 30 quilômetros de Roma, sob Aureliano, por volta do ano 275. Seu nome era famoso nos antigos calendários da Igreja de Roma. Duas igrejas em Palestrina e outras em demais lugares são dedicadas a Deus com seu nome. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 362-363.)
Outros santos do dia: São Lauro, Santo Ângelo D’Agostini e São Polieno.