Liturgia diária

Liturgia Diária 19/11/25

Acompanhe a liturgia do dia 19 de novembro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

Liturgia Diária 19/11/25
Liturgia diária

Liturgia Diária 19/11/25

Acompanhe a liturgia do dia 19 de novembro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

Data da Publicação: 18/11/2025
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica
Data da Publicação: 18/11/2025
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica

Santos Roque González, Afonso Rodríguez e João de Castillo, presbíteros e mártires, Memória

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)

O cego de Jericó gritava por Jesus, mesmo sendo repreendido. Quando os olhos não veem, o coração clama. Porque é a fé que enxerga a salvação antes mesmo que ela chegue.

“A fé nos faz olhar para frente, mesmo quando tudo parece escuro.” (A Vida Eterna e a Profundidade da Alma, p. 6)

Primeira leitura

II Macabeus 7,1.20-31

1 Aconteceu também que sete irmãos foram presos com sua mãe. O rei, com açoites e nervos de boi, tentou obrigá-los a comer carne de porco, proibida pela Lei.

20 Admirável e digna de ilustre memória foi essa mãe que, vendo morrer sete filhos num só dia, suportava tudo com bom ânimo, por causa da esperança que tinha no Senhor.

21 Animava cada um deles na língua de seus pais, cheia de generoso espírito; e, unindo a ternura feminina à coragem viril, dizia-lhes:

22 “Não sei como aparecestes no meu seio, nem vos dei o espírito e a vida, nem eu mesma formei os membros de cada um de vós.

23 Mas o Criador do mundo, que formou o homem no seu nascimento e imaginou a origem de todas as coisas, vos restituirá, pela sua misericórdia, o espírito e a vida, de novo, pois agora vos desprezais a vós mesmos por amor às suas leis.”

24 Antíoco julgou-se desprezado e, desconfiado na voz de desprezo, ainda mais recrudesceu na crueldade contra o mais novo, que restava.

25 Este, porém, o rei exortava, não só com palavras, mas ainda com juramentos, prometendo fazê-lo rico e feliz, além de o tornar seu amigo e confiar-lhe cargos, contanto que abandonasse as leis de seus pais.

26 Mas, vendo que o jovem de modo algum lhe dava ouvidos, chamou a mãe e exortou-a a dar ao rapaz conselhos de salvação.

27 Ela inclinou-se sobre ele e zombou do cruel tirano, dizendo na língua de seus pais: “Filho, tem compaixão de mim, que te trouxe nove meses em meu seio e te amamentei por três anos, que te criei e te eduquei até esta idade.

28 Eu te peço, meu filho, olha para o céu e para a terra e para tudo o que neles há, e reconhece que Deus os fez do nada e que também a ti formou assim.

29 Não temas este algoz, mas mostra-te digno de teus irmãos e aceita a morte, para que, no tempo da misericórdia, eu te receba de novo contigo”.

30 Mal acabou ela de falar, o jovem disse: “Que esperais? Não obedeço às ordens do rei, mas obedeço aos mandamentos da Lei que foi dada a nossos pais por Moisés.

31 E tu, que inventaste toda espécie de males contra os hebreus, não escaparás às mãos de Deus”.

Salmo

Sl 16(17),1.5-6.8b.15 (R. 15b)

R. Saciar-me-ei quando aparecer a tua glória.

1 Oração de Davi. Ouve, Senhor, a minha justiça,
atende a minha súplica.
Chegue aos teus ouvidos a minha oração,
que não é feita com lábios enganosos. R.

5 Firma os meus passos nas tuas veredas,
para que os meus pés não vacilem.
6 Eu clamei, ó Deus, porque me tens ouvido;
inclina-me os teus ouvidos e ouve as minhas palavras. R.

8 Dos que resistem à tua direita, guarda-me,
como a menina dos teus olhos.
Protege-me à sombra das tuas asas. R.

15 Eu, porém, comparecerei com justiça na tua presença;
saciar-me-ei quando aparecer a tua glória. R.

Evangelho

Lucas 19,11-28

11 Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém, e eles pensavam que o Reino de Deus ia manifestar-se imediatamente.

12 Então disse: “Certo homem nobre foi para um país distante, a fim de receber a investidura de rei e depois voltar.

13 Chamando dez servos, deu-lhes dez minas e disse-lhes: ‘Negociai até que eu volte’.

14 Mas os seus concidadãos o odiavam e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: ‘Não queremos que este homem reine sobre nós’.

15 Quando ele voltou, depois de receber a dignidade real, mandou chamar os servos a quem dera o dinheiro, para saber quanto cada um tinha lucrado com seus negócios.

16 Apresentou-se o primeiro e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu dez minas’.

17 Ele lhe respondeu: ‘Muito bem, servo bom, porque foste fiel no pouco, recebe o governo de dez cidades’.

18 Veio o segundo e disse: ‘Senhor, a tua mina produziu cinco minas’.

19 A este também disse: ‘Sê tu também o chefe de cinco cidades’.

20 Veio outro e disse: ‘Senhor, aqui está a tua mina, que guardei num lenço,

21 porque tive medo de ti, pois és homem rigoroso: tiras o que não puseste e colhes o que não semeaste’.

22 Ele lhe respondeu: ‘Servo mau, pelas tuas próprias palavras te julgo. Sabias que sou homem rigoroso, que tiro o que não pus e colho o que não semeei.

23 Por que, pois, não puseste o meu dinheiro no banco? E, voltando, eu o teria recebido com juros’.

24 E disse aos que estavam presentes: ‘Tirai-lhe a mina e dai ao que tem dez’.

25 Responderam-lhe: ‘Senhor, ele já tem dez minas!’

26 ‘Eu vos digo: a todo aquele que tem, dar-se-á mais; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.

27 Quanto àqueles meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os diante de mim’.”

28 Ditas estas coisas, Jesus ia adiante deles, subindo para Jerusalém.

Comentários Patrísticos

19,18–27. Ambrósio: Quem fora encarregado de ensinar os preceitos morais recebeu cinco minas, porque nossos corpos são dotados de cinco sentidos. A quem foi confiado dez minas, ou seja, o dobro, coube o poder de ensinar não apenas a santidade da moral cristã, mas também os mistérios da Lei. Pode-se, ainda, entender as dez minas como os dez mandamentos da Lei (isto é, a doutrina concernente à Lei), e as cinco como o ensino da disciplina religiosa. Mas o doutor deve ser perfeito em todas as coisas. E, como Ele aqui está a falar dos judeus, é de razão dizer que apenas dois dos servidores multiplicaram as minas recebidas; e não o fizeram, com efeito, recorrendo aos juros, mas à boa administração.

Santo do dia

São Barlaão de Antioquia (séc. IV)

19 de novembro

Uma recôndita vida rural, que este santo levara desde a infância, em uma vila próxima a Antioquia, vivida no trabalho manual santificado por uma prática heroica da piedade cristã, foi o que preparou Barlaão para a coroa do martírio. Embora ignorasse qualquer outra língua além da sua materna, e qualquer outro conhecimento além das máximas do Evangelho, o orgulho e a tirania dos mestres do mundo não estavam à sua altura. Sua zelosa confissão do nome de Cristo provocou os perseguidores, que o detiveram por longo tempo nas masmorras de Antioquia antes que fosse levado a julgamento; durante esse rigoroso confinamento, na simplicidade de um coração reto, ele continuava a dialogar com Deus, a fim de que não necessitasse de companhia mundana para aliviar sua alma, adornada pelo Senhor com as graças mais especiais. Quando foi chamado ao tribunal, o juiz ria-se de sua linguagem rústica, contudo não podia deixar de admirar a sua grandeza de alma, sua virtude, constância e mansidão, que pareciam de fato ter adquirido novas forças no longo confinamento. Barlaão foi cruelmente flagelado; contudo, nenhum suspiro, nenhuma reclamação saiu de seus lábios. Foi então içado no cavalete, e seus ossos deslocados em diversos pontos. Em meio a esses tormentos, era tamanha a alegria estampada em seu semblante que alguém julgaria estar ele sentado ao trono real ou a algum banquete delicioso. O prefeito o ameaçou de morte, mandando que se brandissem à sua frente espadas e machados com o sangue fresco de mártires; contudo Barlaão os contemplava sem se intimidar e, sem proferir palavra, seu aspecto manso e tranquilo transparecia uma expressão que confundia e desconcertava os perseguidores. Foi assim novamente enviado à prisão, e o juiz, vendo-se humilhado por um simples camponês iletrado, buscava uma nova tortura ou artifício, decidido a vingar seus deuses, que julgava ofendidos pela constância do santo. Por fim, vangloriou-se de ter achado um método para dobrar o mártir e fazê-lo realizar o sacrifício, contra toda sua determinação. Barlaão foi retirado da prisão e, preparando-se um altar com carvões ardentes, a mão do mártir foi suspensa à força sobre as chamas. Então, jogaram sobre ela um incenso com carvões acesos: o objetivo era que, ao tentar livrar-se dos carvões, Barlaão acabasse deixando o incenso cair no fogo, oferecendo o sacrifício contra a sua vontade. O santo, temendo o escândalo e a mera suspeita de crime, manteve a mão firme, enquanto os carvões a abrasavam, perfurando a carne e caindo sobre o altar. Com tamanho exemplo de coragem, as provocações e escárnios dos pagãos converteram-se em admiração. Deus, logo após essa vitória, convocou seu soldado para junto de Si, a fim de coroá-lo com a Sua glória. Tudo isso ocorreu durante a perseguição de Diocleciano. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 490-491.)  

Outros santos do dia: Beato Tiago Benfatti, São Rafael de S. José e São Roque González e companheiros.

Redação Minha Biblioteca Católica

O maior clube de leitores católicos do Brasil.

Santos Roque González, Afonso Rodríguez e João de Castillo, presbíteros e mártires, Memória

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)

O cego de Jericó gritava por Jesus, mesmo sendo repreendido. Quando os olhos não veem, o coração clama. Porque é a fé que enxerga a salvação antes mesmo que ela chegue.

“A fé nos faz olhar para frente, mesmo quando tudo parece escuro.” (A Vida Eterna e a Profundidade da Alma, p. 6)

Primeira leitura

II Macabeus 7,1.20-31

1 Aconteceu também que sete irmãos foram presos com sua mãe. O rei, com açoites e nervos de boi, tentou obrigá-los a comer carne de porco, proibida pela Lei.

20 Admirável e digna de ilustre memória foi essa mãe que, vendo morrer sete filhos num só dia, suportava tudo com bom ânimo, por causa da esperança que tinha no Senhor.

21 Animava cada um deles na língua de seus pais, cheia de generoso espírito; e, unindo a ternura feminina à coragem viril, dizia-lhes:

22 “Não sei como aparecestes no meu seio, nem vos dei o espírito e a vida, nem eu mesma formei os membros de cada um de vós.

23 Mas o Criador do mundo, que formou o homem no seu nascimento e imaginou a origem de todas as coisas, vos restituirá, pela sua misericórdia, o espírito e a vida, de novo, pois agora vos desprezais a vós mesmos por amor às suas leis.”

24 Antíoco julgou-se desprezado e, desconfiado na voz de desprezo, ainda mais recrudesceu na crueldade contra o mais novo, que restava.

25 Este, porém, o rei exortava, não só com palavras, mas ainda com juramentos, prometendo fazê-lo rico e feliz, além de o tornar seu amigo e confiar-lhe cargos, contanto que abandonasse as leis de seus pais.

26 Mas, vendo que o jovem de modo algum lhe dava ouvidos, chamou a mãe e exortou-a a dar ao rapaz conselhos de salvação.

27 Ela inclinou-se sobre ele e zombou do cruel tirano, dizendo na língua de seus pais: “Filho, tem compaixão de mim, que te trouxe nove meses em meu seio e te amamentei por três anos, que te criei e te eduquei até esta idade.

28 Eu te peço, meu filho, olha para o céu e para a terra e para tudo o que neles há, e reconhece que Deus os fez do nada e que também a ti formou assim.

29 Não temas este algoz, mas mostra-te digno de teus irmãos e aceita a morte, para que, no tempo da misericórdia, eu te receba de novo contigo”.

30 Mal acabou ela de falar, o jovem disse: “Que esperais? Não obedeço às ordens do rei, mas obedeço aos mandamentos da Lei que foi dada a nossos pais por Moisés.

31 E tu, que inventaste toda espécie de males contra os hebreus, não escaparás às mãos de Deus”.

Salmo

Sl 16(17),1.5-6.8b.15 (R. 15b)

R. Saciar-me-ei quando aparecer a tua glória.

1 Oração de Davi. Ouve, Senhor, a minha justiça,
atende a minha súplica.
Chegue aos teus ouvidos a minha oração,
que não é feita com lábios enganosos. R.

5 Firma os meus passos nas tuas veredas,
para que os meus pés não vacilem.
6 Eu clamei, ó Deus, porque me tens ouvido;
inclina-me os teus ouvidos e ouve as minhas palavras. R.

8 Dos que resistem à tua direita, guarda-me,
como a menina dos teus olhos.
Protege-me à sombra das tuas asas. R.

15 Eu, porém, comparecerei com justiça na tua presença;
saciar-me-ei quando aparecer a tua glória. R.

Evangelho

Lucas 19,11-28

11 Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém, e eles pensavam que o Reino de Deus ia manifestar-se imediatamente.

12 Então disse: “Certo homem nobre foi para um país distante, a fim de receber a investidura de rei e depois voltar.

13 Chamando dez servos, deu-lhes dez minas e disse-lhes: ‘Negociai até que eu volte’.

14 Mas os seus concidadãos o odiavam e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: ‘Não queremos que este homem reine sobre nós’.

15 Quando ele voltou, depois de receber a dignidade real, mandou chamar os servos a quem dera o dinheiro, para saber quanto cada um tinha lucrado com seus negócios.

16 Apresentou-se o primeiro e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu dez minas’.

17 Ele lhe respondeu: ‘Muito bem, servo bom, porque foste fiel no pouco, recebe o governo de dez cidades’.

18 Veio o segundo e disse: ‘Senhor, a tua mina produziu cinco minas’.

19 A este também disse: ‘Sê tu também o chefe de cinco cidades’.

20 Veio outro e disse: ‘Senhor, aqui está a tua mina, que guardei num lenço,

21 porque tive medo de ti, pois és homem rigoroso: tiras o que não puseste e colhes o que não semeaste’.

22 Ele lhe respondeu: ‘Servo mau, pelas tuas próprias palavras te julgo. Sabias que sou homem rigoroso, que tiro o que não pus e colho o que não semeei.

23 Por que, pois, não puseste o meu dinheiro no banco? E, voltando, eu o teria recebido com juros’.

24 E disse aos que estavam presentes: ‘Tirai-lhe a mina e dai ao que tem dez’.

25 Responderam-lhe: ‘Senhor, ele já tem dez minas!’

26 ‘Eu vos digo: a todo aquele que tem, dar-se-á mais; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.

27 Quanto àqueles meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os diante de mim’.”

28 Ditas estas coisas, Jesus ia adiante deles, subindo para Jerusalém.

Comentários Patrísticos

19,18–27. Ambrósio: Quem fora encarregado de ensinar os preceitos morais recebeu cinco minas, porque nossos corpos são dotados de cinco sentidos. A quem foi confiado dez minas, ou seja, o dobro, coube o poder de ensinar não apenas a santidade da moral cristã, mas também os mistérios da Lei. Pode-se, ainda, entender as dez minas como os dez mandamentos da Lei (isto é, a doutrina concernente à Lei), e as cinco como o ensino da disciplina religiosa. Mas o doutor deve ser perfeito em todas as coisas. E, como Ele aqui está a falar dos judeus, é de razão dizer que apenas dois dos servidores multiplicaram as minas recebidas; e não o fizeram, com efeito, recorrendo aos juros, mas à boa administração.

Santo do dia

São Barlaão de Antioquia (séc. IV)

19 de novembro

Uma recôndita vida rural, que este santo levara desde a infância, em uma vila próxima a Antioquia, vivida no trabalho manual santificado por uma prática heroica da piedade cristã, foi o que preparou Barlaão para a coroa do martírio. Embora ignorasse qualquer outra língua além da sua materna, e qualquer outro conhecimento além das máximas do Evangelho, o orgulho e a tirania dos mestres do mundo não estavam à sua altura. Sua zelosa confissão do nome de Cristo provocou os perseguidores, que o detiveram por longo tempo nas masmorras de Antioquia antes que fosse levado a julgamento; durante esse rigoroso confinamento, na simplicidade de um coração reto, ele continuava a dialogar com Deus, a fim de que não necessitasse de companhia mundana para aliviar sua alma, adornada pelo Senhor com as graças mais especiais. Quando foi chamado ao tribunal, o juiz ria-se de sua linguagem rústica, contudo não podia deixar de admirar a sua grandeza de alma, sua virtude, constância e mansidão, que pareciam de fato ter adquirido novas forças no longo confinamento. Barlaão foi cruelmente flagelado; contudo, nenhum suspiro, nenhuma reclamação saiu de seus lábios. Foi então içado no cavalete, e seus ossos deslocados em diversos pontos. Em meio a esses tormentos, era tamanha a alegria estampada em seu semblante que alguém julgaria estar ele sentado ao trono real ou a algum banquete delicioso. O prefeito o ameaçou de morte, mandando que se brandissem à sua frente espadas e machados com o sangue fresco de mártires; contudo Barlaão os contemplava sem se intimidar e, sem proferir palavra, seu aspecto manso e tranquilo transparecia uma expressão que confundia e desconcertava os perseguidores. Foi assim novamente enviado à prisão, e o juiz, vendo-se humilhado por um simples camponês iletrado, buscava uma nova tortura ou artifício, decidido a vingar seus deuses, que julgava ofendidos pela constância do santo. Por fim, vangloriou-se de ter achado um método para dobrar o mártir e fazê-lo realizar o sacrifício, contra toda sua determinação. Barlaão foi retirado da prisão e, preparando-se um altar com carvões ardentes, a mão do mártir foi suspensa à força sobre as chamas. Então, jogaram sobre ela um incenso com carvões acesos: o objetivo era que, ao tentar livrar-se dos carvões, Barlaão acabasse deixando o incenso cair no fogo, oferecendo o sacrifício contra a sua vontade. O santo, temendo o escândalo e a mera suspeita de crime, manteve a mão firme, enquanto os carvões a abrasavam, perfurando a carne e caindo sobre o altar. Com tamanho exemplo de coragem, as provocações e escárnios dos pagãos converteram-se em admiração. Deus, logo após essa vitória, convocou seu soldado para junto de Si, a fim de coroá-lo com a Sua glória. Tudo isso ocorreu durante a perseguição de Diocleciano. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 490-491.)  

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