Acompanhe a liturgia do dia 20 de outubro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 20 de outubro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
29ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
A parábola do homem que acumula bens sem pensar na eternidade é um alerta contra o egoísmo materialista. Quando a alma é exigida, o que resta? No Apocalipse, a verdadeira riqueza não está em celeiros, mas na veste branca e no ouro purificado pelo fogo da provação.
“Tu dizes: ‘Sou rico’, mas és miserável. Compra de mim ouro purificado no fogo.” (Apocalipse Explicado, p.61)
Romanos 4,20-25
20 Não hesitou com desconfiança perante a promessa de Deus, mas foi fortificado pela fé, dando glória a Deus,
21 plenamente convencido de que ele é poderoso para cumprir tudo o que prometeu.
22 Por isso, foi-lhe imputado como justiça.
23 Ora, não está escrito somente por causa dele que lhe foi imputado a justiça,
24 mas também por nós, a quem será imputado, se crermos naquele que ressuscitou dos mortos, Jesus Cristo Nosso Senhor,
25 o qual foi entregue pelos nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação.
Lc 1,69-70.71-72.73-75 (R. cf. 68)
R. Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou o seu povo.
69 e levantou o chifre da salvação,
na casa de seu servo Davi.
70 Conforme anunciou pela boca dos seus santos,
de seus profetas, desde os tempos antigos. R.
71 que nos livraria de nossos inimigos
e das mãos de todos os que nos odeiam,
72 para exercer a sua misericórdia a favor de nossos pais,
e lembrar-se do seu santo pacto. R.
73 segundo o juramento que fez a nosso pai Abraão, de nos conceder
74 que, livres das mãos dos nossos inimigos, o sirvamos sem temor,
75 diante dele com santidade e justiça,
durante todos os dias da nossa vida. R.
Lucas 12,13-21
13 Então interpelou-o um homem da multidão: “Mestre, dize a meu irmão que me dê a minha parte da herança”.
14 Porém, Jesus respondeu-lhe: “[Ora,] homem, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?”
15 E disse-lhes: “Guardai-vos e acautelai-vos de toda avareza, porque a vida de cada um não consiste na abundância dos bens que possui”.
16 E sobre isto propôs-lhe uma parábola, dizendo: “O campo de um homem rico tinha dado abundantes frutos,
17 e ele andava discorrendo consigo: ‘Que farei? Pois não tenho onde recolher os meus frutos’.
18 Então disse: ‘Farei isto: demolirei os meus celeiros e os construirei maiores, e neles recolherei toda a minha safra e os meus bens.
19 E direi à minha alma: Ó alma, tu tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te’.
20 Mas Deus disse-lhe: ‘Néscio, esta noite te virão demandar a tua alma; e as coisas que juntaste, para quem serão?’
21 Assim é o que entesoura para si e não é rico para Deus”.
12,13–15. Ambrósio: Com razão rejeita assuntos terrenos aquele que desceu para ensinar-nos as coisas divinas, e não se digna de virar juiz de contendas e árbitro das posses aquele que tem o juízo e arbítrio sobre os méritos dos homens e dos mortos. Não deves aqui olhar o que pedes, mas de quem o pedes, nem penses em importunar com coisas menores a alma concentrada nas maiores; por isso não sem razão é rejeitado este irmão, que desejava ocupar com coisas corruptíveis o dispensador das coisas celestes, uma vez que não é o juiz quem deve dividir o patrimônio entre os irmãos, mas a piedade fraterna. No entanto, é o patrimônio da imortalidade, não o do dinheiro, que os homens devem esperar.
12,19. Atanásio: Quem viver como se estivesse prestes a morrer todos os dias, levando em conta que nossa vida é incerta por natureza, não pecará: o temor, afinal, sempre será maior e desfará a volúpia. O rico, pelo contrário, que estabelece diante dos olhos uma longa vida, sempre aspira aos prazeres, pois assim ele segue dizendo: “descansa”, isto é, descansa dos teus trabalhos; “come”, bebe, regala-te”, isto é, banqueteia-te com pompa.
Santo Artêmio († 362)
20 de outubro
O Imperador Augusto, relutando em confiar a um senador o governo do Egito – então um país rico e poderoso – transmitiu a ordem para que, ao invés de um procônsul, aquela nação fosse governada apenas por um cavaleiro romano, com o título de prefeito augustal. O governo das tropas foi entregue a um oficial general com o título de duque, ou general do Egito. Artêmio foi honrado com esse cargo sob Constâncio, e depois Lúcio e Sebastião. Se, ao executar algumas ordens de Constâncio, ele pareceu se posicionar contra Santo Atanásio, por outro lado, através de vários artifícios, produziu-lhe meios e oportunidades para facilitar sua fuga. Embora por certos atos tenha revelado fraqueza ao obedecer ao príncipe naquela época, São Artêmio jamais aprovou a heresia ariana. Os idólatras do Egito enfim o acusaram, diante do imperador, de ter demolido seus templos e arruinado seus ídolos. Juliano o convocou para comparecer à sua presença em Antioquia em 362, e sob tal acusação acabou condenando-o a ser decapitado, por volta de junho do mesmo ano. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 450-451.)
Outros santos do dia: São Contardo Ferrini, Santa Íria, Beata Adelina e Santa Bertila Boscardin.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
29ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)
A parábola do homem que acumula bens sem pensar na eternidade é um alerta contra o egoísmo materialista. Quando a alma é exigida, o que resta? No Apocalipse, a verdadeira riqueza não está em celeiros, mas na veste branca e no ouro purificado pelo fogo da provação.
“Tu dizes: ‘Sou rico’, mas és miserável. Compra de mim ouro purificado no fogo.” (Apocalipse Explicado, p.61)
Romanos 4,20-25
20 Não hesitou com desconfiança perante a promessa de Deus, mas foi fortificado pela fé, dando glória a Deus,
21 plenamente convencido de que ele é poderoso para cumprir tudo o que prometeu.
22 Por isso, foi-lhe imputado como justiça.
23 Ora, não está escrito somente por causa dele que lhe foi imputado a justiça,
24 mas também por nós, a quem será imputado, se crermos naquele que ressuscitou dos mortos, Jesus Cristo Nosso Senhor,
25 o qual foi entregue pelos nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação.
Lc 1,69-70.71-72.73-75 (R. cf. 68)
R. Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou o seu povo.
69 e levantou o chifre da salvação,
na casa de seu servo Davi.
70 Conforme anunciou pela boca dos seus santos,
de seus profetas, desde os tempos antigos. R.
71 que nos livraria de nossos inimigos
e das mãos de todos os que nos odeiam,
72 para exercer a sua misericórdia a favor de nossos pais,
e lembrar-se do seu santo pacto. R.
73 segundo o juramento que fez a nosso pai Abraão, de nos conceder
74 que, livres das mãos dos nossos inimigos, o sirvamos sem temor,
75 diante dele com santidade e justiça,
durante todos os dias da nossa vida. R.
Lucas 12,13-21
13 Então interpelou-o um homem da multidão: “Mestre, dize a meu irmão que me dê a minha parte da herança”.
14 Porém, Jesus respondeu-lhe: “[Ora,] homem, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?”
15 E disse-lhes: “Guardai-vos e acautelai-vos de toda avareza, porque a vida de cada um não consiste na abundância dos bens que possui”.
16 E sobre isto propôs-lhe uma parábola, dizendo: “O campo de um homem rico tinha dado abundantes frutos,
17 e ele andava discorrendo consigo: ‘Que farei? Pois não tenho onde recolher os meus frutos’.
18 Então disse: ‘Farei isto: demolirei os meus celeiros e os construirei maiores, e neles recolherei toda a minha safra e os meus bens.
19 E direi à minha alma: Ó alma, tu tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te’.
20 Mas Deus disse-lhe: ‘Néscio, esta noite te virão demandar a tua alma; e as coisas que juntaste, para quem serão?’
21 Assim é o que entesoura para si e não é rico para Deus”.
12,13–15. Ambrósio: Com razão rejeita assuntos terrenos aquele que desceu para ensinar-nos as coisas divinas, e não se digna de virar juiz de contendas e árbitro das posses aquele que tem o juízo e arbítrio sobre os méritos dos homens e dos mortos. Não deves aqui olhar o que pedes, mas de quem o pedes, nem penses em importunar com coisas menores a alma concentrada nas maiores; por isso não sem razão é rejeitado este irmão, que desejava ocupar com coisas corruptíveis o dispensador das coisas celestes, uma vez que não é o juiz quem deve dividir o patrimônio entre os irmãos, mas a piedade fraterna. No entanto, é o patrimônio da imortalidade, não o do dinheiro, que os homens devem esperar.
12,19. Atanásio: Quem viver como se estivesse prestes a morrer todos os dias, levando em conta que nossa vida é incerta por natureza, não pecará: o temor, afinal, sempre será maior e desfará a volúpia. O rico, pelo contrário, que estabelece diante dos olhos uma longa vida, sempre aspira aos prazeres, pois assim ele segue dizendo: “descansa”, isto é, descansa dos teus trabalhos; “come”, bebe, regala-te”, isto é, banqueteia-te com pompa.
Santo Artêmio († 362)
20 de outubro
O Imperador Augusto, relutando em confiar a um senador o governo do Egito – então um país rico e poderoso – transmitiu a ordem para que, ao invés de um procônsul, aquela nação fosse governada apenas por um cavaleiro romano, com o título de prefeito augustal. O governo das tropas foi entregue a um oficial general com o título de duque, ou general do Egito. Artêmio foi honrado com esse cargo sob Constâncio, e depois Lúcio e Sebastião. Se, ao executar algumas ordens de Constâncio, ele pareceu se posicionar contra Santo Atanásio, por outro lado, através de vários artifícios, produziu-lhe meios e oportunidades para facilitar sua fuga. Embora por certos atos tenha revelado fraqueza ao obedecer ao príncipe naquela época, São Artêmio jamais aprovou a heresia ariana. Os idólatras do Egito enfim o acusaram, diante do imperador, de ter demolido seus templos e arruinado seus ídolos. Juliano o convocou para comparecer à sua presença em Antioquia em 362, e sob tal acusação acabou condenando-o a ser decapitado, por volta de junho do mesmo ano. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 450-451.)
Outros santos do dia: São Contardo Ferrini, Santa Íria, Beata Adelina e Santa Bertila Boscardin.