Acompanhe a liturgia do dia 20 de novembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 20 de novembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Quarta-feira, 33ª semana do tempo comum Ano B.
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Durante o mês de novembro, para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, traremos em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado na biografia de Santa Catarina Labouré, a vidente da Medalha Milagrosa. Que estas palavras sirvam de reflexão no caminho da fé.
Os idosos sob os cuidados de Irmã Catarina tinham dias reservados para passeios em Paris, mas alguns frequentemente retornavam embriagados após paradas em lojas de vinho. Embora natural de uma região pouco familiarizada com a embriaguez, Catarina os recebia à noite na porta, com o coração pesado ao vê-los em tal estado. Sem raiva ou recriminações, ela os ajudava a se recompor, movida por uma profunda compaixão: “De que adianta repreendê-los se não entenderiam minhas palavras?”, dizia. No dia seguinte, entretanto, Catarina aguardava pacientemente o momento certo para abordar o ocorrido. Com delicadeza e humildade, como quem não se julga no direito de impor severas repreensões, ela falava sobre o pecado que cometiam, degradando o corpo e a alma, dons que deveriam cuidar e honrar diante de Deus. Se tentavam justificar-se, ela respondia com firmeza, mas suavemente: “Não é a mim que vocês devem pedir perdão, mas a Deus.” Tocada pela sinceridade de suas palavras e sofrimento visível, os idosos frequentemente faziam grandes promessas de não repetir o erro, movidos pelo impacto de sua bondade.2
Apocalipse 4,1-11
1 Depois disto olhei, e eis que vi uma porta aberta no céu, e a primeira voz que ouvi era como de trombeta que falava comigo, dizendo: “Sobe aqui, e te mostrarei as coisas que devem acontecer depois destas”.
2 E logo fui arrebatado em espírito. Eis que um trono estava colocado no céu, e sobre o trono estava alguém sentado.
3 E aquele que estava sentado no trono era no aspecto semelhante a uma pedra de jaspe e de sardônica, e em volta do trono estava um arco-íris que se assemelhava à cor de esmeralda.
4 Em volta do trono vinte e quatro tronos, e sobre estes tronos estavam sentados vinte e quatro anciãos, vestidos de roupas brancas, e nas suas cabeças coroas de ouro.
5 E do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões. Diante do trono, sete lâmpadas ardentes, que são os sete espíritos de Deus.
6 E em frente do trono havia um como mar de vidro semelhante ao cristal, e no meio do trono e em volta do trono, quatro animais cheios de olhos por diante e por detrás.
7 E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um novilho, e o terceiro animal tinha o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma águia voando.
8 Os quatro animais tinham cada um seis asas, e em volta e por dentro estavam cheios de olhos. E não cessavam dia e noite de dizer: “Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus onipotente, a que era, e que é, e que há de vir”.
9 Enquanto aqueles animais davam glória, honra e ação de graças ao que estava sentado sobre o trono e que vive pelos séculos dos séculos,
10 os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava sentado no trono e adoravam o que vive pelos séculos dos séculos, e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo:
11 “Tu és digno, ó Senhor nosso Deus, de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e pela tua vontade é que elas subsistem e foram criadas”.
150,1-2.3-4.5-6 (R. Ap 4,8b)
R. Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus onipotente!
1 Louvai o Senhor no seu santuário;
louvai-o no firmamento do seu poder.
2 Louvai-o por seus prodígios:
louvai-o segundo a abundância da sua grandeza. R.
3 Louvai-o ao som da trombeta;
louvai-o com o saltério e a cítara.
4 Louvai-o com timbales e em coro;
louvai-o com instrumentos de corda e com órgão. R.
5 Louvai-o com címbalos sonoros;
louvai-o com címbalos de júbilo.
6 Tudo o que respira louve o Senhor. R.
Lucas 19,11-28
11 Estando eles a ouvi-lo, continuou Jesus e propôs uma parábola, por estar perto de Jerusalém, e porque julgavam que o reino de Deus havia de se manifestar em breve.
12 Disse, pois: “Um homem nobre foi para um país distante tomar posse de um reino, para depois voltar.
13 E, chamando dez dos seus servos, deu-lhes dez minas de prata e disse-lhes: ‘Negociai até que eu volte’.
14 Mas os seus concidadãos o odiavam, e enviaram atrás dele uma embaixada encarregada de dizer: ‘Não queremos que este reine sobre nós’.
15 Quando ele voltou, depois de ter tomado posse do reino, mandou chamar aqueles servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber quanto cada um tinha lucrado.
16 Veio então o primeiro e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu dez minas’.
17 E ele respondeu-lhe: ‘Muito bem, um homem austero, que tiro donde não pus e recolho
o que não semeei;
18 Veio o segundo e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu cinco minas’.
19 E respondeu-lhe: ‘Sê tu também governador de cinco cidades’.
20 Veio depois o outro e disse: ‘Senhor, eis a tua mina, que guardei embrulhada num lenço, 21 porque tive medo de ti, que és um homem austero, que tiras donde não puseste e recolhes o que não semeaste’.
22 Disse-lhe, porém: ‘Servo mau! Pela tua própria boca te julgo. Sabias que eu sou um homem austero, que tiro donde não pus e recolho o que não semeei;
23 logo, porque não meteste tu o meu dinheiro num banco, para que, quando eu viesse, o recebesse com os juros?’
24 Então disse aos que estavam presentes: ‘Tirai-lhe a mina de prata e dai-a ao que tem dez’.
25 E eles responderam-lhe: ‘Senhor, ele já tem dez’.
26 ‘Pois eu vos digo que a todo aquele que tiver, lhe será dado, e terá em abundância; e ao que não tem será tirado ainda mesmo o que tem.
27 Quanto, porém, àqueles meus inimigos, que não quiseram que eu fosse seu rei, trazei-os aqui e matai-os na minha presença.” servo bom! Porque foste fiel no pouco, serás governador de dez cidades’.
28 Tendo dito isto, Jesus seguia adiante, subindo para Jerusalém.
19,18–27. Ambrósio: Quem fora encarregado de ensinar os preceitos morais recebeu cinco minas, porque nossos corpos são dotados de cinco sentidos. A quem foi confiado dez minas, ou seja, o dobro, coube o poder de ensinar não apenas a santidade da moral cristã, mas também os mistérios da Lei. Pode-se, ainda, entender as dez minas como os dez mandamentos da Lei (isto é, a doutrina concernente à Lei), e as cinco como o ensino da disciplina religiosa. Mas o doutor deve ser perfeito em todas as coisas. E, como Ele aqui está a falar dos judeus, é de razão dizer que apenas dois dos servidores multiplicaram as minas recebidas; e não o fizeram, com efeito, recorrendo aos juros, mas à boa administração.
São Félix de Valois
20 de novembro
Durante toda a juventude, sua mãe fez o que pôde para cultivar-lhe um espírito de caridade. O injusto divórcio entre os pais amadureceu-lhe uma decisão há muito formada de abandonar o mundo e, confiando a mãe ao devoto irmão dela, Teobaldo, Conde de Champagne, Félix tomou o hábito cisterciense em Claraval. Suas raras virtudes atraíam tamanha admiração que, com o consenso de S. Bernardo, fugiu para a Itália, onde passou a viver uma vida austera na companhia de um eremita ancião. Nessa época, foi ordenado sacerdote, e com a morte de seu velho conselheiro, voltou à França, onde por muitos anos viveu solitário em Cerfroid. Ali, Deus o inspirou com o desejo de fundar uma ordem para a redenção dos cristãos cativos, e moveu S. João da Mata, então um simples jovem, a conceber desejo semelhante. Juntos, constituíram as regras da Ordem da Santíssima Trindade. Muitos discípulos se reuniram à volta deles; e, vendo que chegara o tempo de uma nova empreitada, ambos os santos partiram em peregrinação até Roma para obter a confirmação da ordem pelo Papa Inocêncio III. Sua oração foi atendida, e Félix passou os últimos quinze anos de sua longa vida organizando e desenvolvendo as fundações que cada vez mais se multiplicavam. Faleceu em 1212.3
Outros Santos do dia: Santo Edmundo, o mártir, Santo Otávio e companheiros e São Basso e companheiros.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Quarta-feira, 33ª semana do tempo comum Ano B.
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Durante o mês de novembro, para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, traremos em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado na biografia de Santa Catarina Labouré, a vidente da Medalha Milagrosa. Que estas palavras sirvam de reflexão no caminho da fé.
Os idosos sob os cuidados de Irmã Catarina tinham dias reservados para passeios em Paris, mas alguns frequentemente retornavam embriagados após paradas em lojas de vinho. Embora natural de uma região pouco familiarizada com a embriaguez, Catarina os recebia à noite na porta, com o coração pesado ao vê-los em tal estado. Sem raiva ou recriminações, ela os ajudava a se recompor, movida por uma profunda compaixão: “De que adianta repreendê-los se não entenderiam minhas palavras?”, dizia. No dia seguinte, entretanto, Catarina aguardava pacientemente o momento certo para abordar o ocorrido. Com delicadeza e humildade, como quem não se julga no direito de impor severas repreensões, ela falava sobre o pecado que cometiam, degradando o corpo e a alma, dons que deveriam cuidar e honrar diante de Deus. Se tentavam justificar-se, ela respondia com firmeza, mas suavemente: “Não é a mim que vocês devem pedir perdão, mas a Deus.” Tocada pela sinceridade de suas palavras e sofrimento visível, os idosos frequentemente faziam grandes promessas de não repetir o erro, movidos pelo impacto de sua bondade.2
Apocalipse 4,1-11
1 Depois disto olhei, e eis que vi uma porta aberta no céu, e a primeira voz que ouvi era como de trombeta que falava comigo, dizendo: “Sobe aqui, e te mostrarei as coisas que devem acontecer depois destas”.
2 E logo fui arrebatado em espírito. Eis que um trono estava colocado no céu, e sobre o trono estava alguém sentado.
3 E aquele que estava sentado no trono era no aspecto semelhante a uma pedra de jaspe e de sardônica, e em volta do trono estava um arco-íris que se assemelhava à cor de esmeralda.
4 Em volta do trono vinte e quatro tronos, e sobre estes tronos estavam sentados vinte e quatro anciãos, vestidos de roupas brancas, e nas suas cabeças coroas de ouro.
5 E do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões. Diante do trono, sete lâmpadas ardentes, que são os sete espíritos de Deus.
6 E em frente do trono havia um como mar de vidro semelhante ao cristal, e no meio do trono e em volta do trono, quatro animais cheios de olhos por diante e por detrás.
7 E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um novilho, e o terceiro animal tinha o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma águia voando.
8 Os quatro animais tinham cada um seis asas, e em volta e por dentro estavam cheios de olhos. E não cessavam dia e noite de dizer: “Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus onipotente, a que era, e que é, e que há de vir”.
9 Enquanto aqueles animais davam glória, honra e ação de graças ao que estava sentado sobre o trono e que vive pelos séculos dos séculos,
10 os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava sentado no trono e adoravam o que vive pelos séculos dos séculos, e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo:
11 “Tu és digno, ó Senhor nosso Deus, de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e pela tua vontade é que elas subsistem e foram criadas”.
150,1-2.3-4.5-6 (R. Ap 4,8b)
R. Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus onipotente!
1 Louvai o Senhor no seu santuário;
louvai-o no firmamento do seu poder.
2 Louvai-o por seus prodígios:
louvai-o segundo a abundância da sua grandeza. R.
3 Louvai-o ao som da trombeta;
louvai-o com o saltério e a cítara.
4 Louvai-o com timbales e em coro;
louvai-o com instrumentos de corda e com órgão. R.
5 Louvai-o com címbalos sonoros;
louvai-o com címbalos de júbilo.
6 Tudo o que respira louve o Senhor. R.
Lucas 19,11-28
11 Estando eles a ouvi-lo, continuou Jesus e propôs uma parábola, por estar perto de Jerusalém, e porque julgavam que o reino de Deus havia de se manifestar em breve.
12 Disse, pois: “Um homem nobre foi para um país distante tomar posse de um reino, para depois voltar.
13 E, chamando dez dos seus servos, deu-lhes dez minas de prata e disse-lhes: ‘Negociai até que eu volte’.
14 Mas os seus concidadãos o odiavam, e enviaram atrás dele uma embaixada encarregada de dizer: ‘Não queremos que este reine sobre nós’.
15 Quando ele voltou, depois de ter tomado posse do reino, mandou chamar aqueles servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber quanto cada um tinha lucrado.
16 Veio então o primeiro e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu dez minas’.
17 E ele respondeu-lhe: ‘Muito bem, um homem austero, que tiro donde não pus e recolho
o que não semeei;
18 Veio o segundo e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu cinco minas’.
19 E respondeu-lhe: ‘Sê tu também governador de cinco cidades’.
20 Veio depois o outro e disse: ‘Senhor, eis a tua mina, que guardei embrulhada num lenço, 21 porque tive medo de ti, que és um homem austero, que tiras donde não puseste e recolhes o que não semeaste’.
22 Disse-lhe, porém: ‘Servo mau! Pela tua própria boca te julgo. Sabias que eu sou um homem austero, que tiro donde não pus e recolho o que não semeei;
23 logo, porque não meteste tu o meu dinheiro num banco, para que, quando eu viesse, o recebesse com os juros?’
24 Então disse aos que estavam presentes: ‘Tirai-lhe a mina de prata e dai-a ao que tem dez’.
25 E eles responderam-lhe: ‘Senhor, ele já tem dez’.
26 ‘Pois eu vos digo que a todo aquele que tiver, lhe será dado, e terá em abundância; e ao que não tem será tirado ainda mesmo o que tem.
27 Quanto, porém, àqueles meus inimigos, que não quiseram que eu fosse seu rei, trazei-os aqui e matai-os na minha presença.” servo bom! Porque foste fiel no pouco, serás governador de dez cidades’.
28 Tendo dito isto, Jesus seguia adiante, subindo para Jerusalém.
19,18–27. Ambrósio: Quem fora encarregado de ensinar os preceitos morais recebeu cinco minas, porque nossos corpos são dotados de cinco sentidos. A quem foi confiado dez minas, ou seja, o dobro, coube o poder de ensinar não apenas a santidade da moral cristã, mas também os mistérios da Lei. Pode-se, ainda, entender as dez minas como os dez mandamentos da Lei (isto é, a doutrina concernente à Lei), e as cinco como o ensino da disciplina religiosa. Mas o doutor deve ser perfeito em todas as coisas. E, como Ele aqui está a falar dos judeus, é de razão dizer que apenas dois dos servidores multiplicaram as minas recebidas; e não o fizeram, com efeito, recorrendo aos juros, mas à boa administração.
São Félix de Valois
20 de novembro
Durante toda a juventude, sua mãe fez o que pôde para cultivar-lhe um espírito de caridade. O injusto divórcio entre os pais amadureceu-lhe uma decisão há muito formada de abandonar o mundo e, confiando a mãe ao devoto irmão dela, Teobaldo, Conde de Champagne, Félix tomou o hábito cisterciense em Claraval. Suas raras virtudes atraíam tamanha admiração que, com o consenso de S. Bernardo, fugiu para a Itália, onde passou a viver uma vida austera na companhia de um eremita ancião. Nessa época, foi ordenado sacerdote, e com a morte de seu velho conselheiro, voltou à França, onde por muitos anos viveu solitário em Cerfroid. Ali, Deus o inspirou com o desejo de fundar uma ordem para a redenção dos cristãos cativos, e moveu S. João da Mata, então um simples jovem, a conceber desejo semelhante. Juntos, constituíram as regras da Ordem da Santíssima Trindade. Muitos discípulos se reuniram à volta deles; e, vendo que chegara o tempo de uma nova empreitada, ambos os santos partiram em peregrinação até Roma para obter a confirmação da ordem pelo Papa Inocêncio III. Sua oração foi atendida, e Félix passou os últimos quinze anos de sua longa vida organizando e desenvolvendo as fundações que cada vez mais se multiplicavam. Faleceu em 1212.3
Outros Santos do dia: Santo Edmundo, o mártir, Santo Otávio e companheiros e São Basso e companheiros.