Liturgia diária

Liturgia Diária 23/12/25

Acompanhe a liturgia do dia 23 de dezembro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

4ª Semana do Advento

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)

O nascimento de João Batista confirma que nenhuma promessa de Deus falha. O espanto dos vizinhos revela que a história está sendo visitada pelo Céu. Maria, silenciosa, contempla esses sinais e os guarda, reconhecendo neles a fidelidade divina.

“Maria tinha o olhar treinado para reconhecer os desígnios de Deus nos acontecimentos simples da vida.” (O Admirável Coração de Maria, p. 47)

Primeira leitura

Malaquias 3,1-4.23-24

1 Eis que envio o meu mensageiro, e ele há de preparar o caminho diante de mim; e logo chegará ao seu templo o Senhor que vós procurais, o mensageiro da aliança que desejais. Eis que ele vem, diz o Senhor dos exércitos.

2 Quem poderá suportar o dia da sua vinda? Quem poderá permanecer de pé quando ele aparecer? Ele é como o fogo do fundidor e como a lixívia dos lavandeiros.

3 Sentar-se-á para fundir e purificar a prata; purificará os filhos de Levi e os acrisolará como ouro e prata, e eles oferecerão ao Senhor uma oferenda justa.

4 Então a oferenda de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos, como nos anos de outrora.

23 Eis que vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o dia do Senhor, grande e terrível.

24 Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos aos pais, para que eu não venha ferir a terra com o anátema.

Salmo

Sl 88(89),2-3.4-5.27 e 29

R. Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.

2 Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor,
de geração em geração anunciarei vossa fidelidade.
3 Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre”,
e a vossa fidelidade é firme como os céus. R.

4 “Eu firmei uma aliança com meu servo,
e ao meu eleito eu fiz um juramento.”
5 “Conservarei para sempre a tua descendência
e o teu trono, de geração em geração.” R.

27 “Ele me chamará: Vós sois meu Pai, sois meu Deus,
sois meu rochedo salvador!”
29 “Guardarei eternamente para ele
o meu amor e minha aliança lhe será fiel.” R.

Evangelho

Lucas 1,57-66

57 Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho.

58 Seus vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com ela, e alegraram-se.

59 No oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias.

60 Mas sua mãe disse: “Não; ele vai chamar-se João.”

61 Disseram-lhe: “Não há ninguém na tua parentela que se chame assim.”

62 Então fizeram sinais ao pai, perguntando como queria que o menino se chamasse.

63 Ele pediu uma tabuinha e escreveu: “João é o seu nome.” E todos ficaram admirados.

64 No mesmo instante, sua boca se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus.

65 O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos; e por toda a região montanhosa da Judeia comentavam-se esses fatos.

66 Todos os que os ouviam guardavam-nos no coração, dizendo: “Que virá a ser este menino?” Pois a mão do Senhor estava com ele.

Comentários Patrísticos

1,57–58. Efrém: A idosa Isabel deu à luz o último dos profetas, e Maria, uma jovem, ao Senhor dos anjos. A filha de Aarão deu à luz a “voz que clama no deserto” (Is 40,3), e a filha de Davi, ao “Deus forte” da terra (Is 10,21). A estéril deu à luz aquele que pregava a remissão dos pecados, e a Virgem deu à luz Aquele que os tira do mundo. Isabel deu à luz aquele que reconciliava os homens pela penitência, mas Maria deu à luz Aquele que purificou as terras de toda impureza. O mais velho acendeu uma lâmpada na casa de Jacó, seu pai, pois João era a própria lâmpada (cf. Jo 5,35), enquanto o mais jovem acendeu o Sol da Justiça (Ml 4,2) para todas as nações.

Santo do dia

São Sérvulo († 590)

23 de dezembro

Sérvulo era um mendigo, e sofria com uma paralisia tão terrível desde a infância que jamais conseguia ficar de pé, sentar-se ereto, erguer a mão até a boca ou virar-se de um lado para o outro. Sua mãe e seu irmão o carregaram ao alpendre da Igreja de S. Clemente em Roma, onde passou a viver de esmolas dos transeuntes. Costumava pedir a pessoas devotas que lhe lessem as Sagradas Escrituras, as quais ele ouvia com tamanha atenção que acabou guardando-as na memória. Consagrava seu tempo cantando assiduamente hinos de louvor e ação de graças a Deus. Após alguns anos nessa condição, com a doença atingindo-lhe os órgãos vitais, sentiu que seu fim estava próximo. Em seus últimos momentos, desejou que os pobres e peregrinos, que tanto haviam partilhado da sua caridade, cantassem-lhe hinos sacros e salmos. Enquanto unia a eles a sua voz, repentinamente exclamou: “Silêncio! Não ouvis a doce melodia e o louvor que ressoam nos céus?”. Logo após ter dito estas palavras, expirou, e sua alma foi carregada pelos anjos à bem-aventurança eterna, por volta do ano 590. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 522.)

Outros santos do dia: São João Câncio, São Torlaco, São Dagoberto II da Áustria
e Beata Margarida de Saboia.