Acompanhe a liturgia do dia 25 de abril de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 25 de abril de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Sexta-feira da Oitava de Páscoa, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Para encerrar nossa semana de meditações marianas, invocamos o Espírito Santo, para que nos ilumine na busca por compreender os mistérios da Mãe de Deus, como nos inspira “Maria na Doutrina”:
“Mas de que maneira o Espírito Santo leva a Igreja a tirar do seu tesouro, ao lado das coisas velhas sobre a Mãe de Jesus, essas coisas novas (Mt 13,52) que ela lhe reconheceu com o passar dos tempos?” (Maria na Doutrina, p. 20)
1 Enquanto eles falavam ao povo, sobrevieram os sacerdotes, o magistrado do templo e os saduceus,
2 descontentes de que eles ensinassem o povo e anunciassem, na pessoa de Jesus, a ressurreição dos mortos.
3 Então lançaram mão deles e meteram-nos na prisão até o dia seguinte, porque já era tarde.
4 Porém muitos daqueles que tinham ouvido a palavra creram, e o número de homens elevou-se a cerca de cinco mil.
5 E aconteceu que, no dia seguinte, se reuniram em Jerusalém os seus chefes, os anciãos, os escribas,
6 e Anás, príncipe dos sacerdotes, e Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da linhagem sacerdotal.
7 Mandando-os vir à sua presença, interrogavam-nos:
8 Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: “Príncipes do povo e anciãos, ouvi-me:
9 já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um homem enfermo e de que modo este homem foi curado,
10 seja notório a todos vós, e a todo o povo de Israel, que é em nome de nosso Senhor Jesus Cristo Nazareno, que vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dos mortos, é neste nome que este está são diante de vós.
11 Ele é a pedra que foi rejeitada por vós construtores, a qual foi posta por pedra angular,
12 e não há salvação em nenhum outro. Porque, sob o céu, nenhum outro nome foi dado aos homens pelo qual nós devamos ser salvos.”
Sl 117(118),1-2.4.22-24.25-27a (R. 22)
R. A pedra rejeitada pelos construtores foi posta por pedra angular.
1 Louvai o Senhor, porque ele é bom,
porque a sua misericórdia é eterna.
2 Diga agora Israel que o Senhor é bom
e que a sua misericórdia é eterna.
4 Digam agora os que temem o Senhor
que a sua misericórdia é eterna. R.
22 A pedra rejeitada pelos construtores
foi posta por pedra angular.
23 Foi o Senhor que fez isto,
e é coisa admirável aos nossos olhos.
24 Este é o dia que fez o Senhor;
exultemos e alegremo-nos nele. R.
25 Ó Senhor, salva-me;
ó Senhor, faze que tenha prosperidade.
26 Bendito o que vem em nome do Senhor.
Nós vos bendizemos a vós que sois da casa do Senhor.
27a O Senhor é Deus, e brilha sobre nós a sua luz. R.
João 21,1-14
1 Depois disto, tornou Jesus a mostrar-se aos seus discípulos junto do mar de Tiberíades. E mostrou-se deste modo:
2 Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galileia, e os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos.
3 Disse-lhes Simão Pedro: “Vou pescar”. Responderam-lhe: “Também nós vamos contigo”. Partiram e entraram numa barca; e naquela noite nada apanharam.
4 E, chegada a manhã, Jesus apresentou-se na praia. Os discípulos, todavia, não perceberam que era Jesus.
5 Disse-lhes então: “Moços, tendes alguma coisa para comer?”. Responderam-lhe: “Nada”.
6 Disse-lhes Jesus: “Lançai a rede para o lado direito da barca, e encontrareis”. Lançaram, pois, e já não a podiam tirar, por causa da grande quantidade de peixes.
7 Então aquele discípulo, a quem Jesus amava, disse a Pedro: “É o Senhor!”. Simão Pedro, ao ouvir dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava despido) e lançou-se ao mar.
8 E os outros discípulos foram com a barca (porque não estavam distantes da praia senão duzentos côvados), tirando a rede cheia de peixes.
9 Logo que saltaram em terra, viram umas brasas preparadas, e um peixe em cima delas, e pão.
10 Disse-lhes Jesus: “Trazei os peixes que acabastes de apanhar”.
11 Subiu Simão Pedro [à barca] e tirou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes. Mesmo sendo tantos, não se rompeu a rede.
12 Disse-lhes Jesus: “Vinde, comei”. E nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: “Quem és tu?”, sabendo que era o Senhor.
13 Aproximou-se, pois, Jesus e tomou o pão e deu-lhe, e igualmente o peixe.
14 Foi a terceira vez que Jesus se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.
21,1 Agostinho: A praia é o fim do mar, e por isso simboliza o fim do século. Tal como o Senhor revelou nesta ocasião como haveria de ser a Igreja no fim do século, assim em outra pescaria retratou a Igreja como é agora.
21,11 Agostinho: Este número, portanto, não indica que ressuscitarão para a vida eterna apenas cento e cinquenta e três santos, mas todos os pertencentes à graça do Espírito. Possui também três vezes o cinquenta e sobre isso o próprio três, em referência ao mistério da Trindade. Ora, o cinquenta é completado multiplicando-se o sete pelo sete com o acréscimo do um. A adição do um, por seu lado, serve para indicar que os santos são todos um.
São Marcos (5–68)
25 de abril
São Marcos foi convertido à fé pelo Príncipe dos Apóstolos, que depois ele acompanhou até Roma, trabalhando lá como seu secretário ou intérprete. Quando São Pedro escreveu sua primeira carta às igrejas da Ásia, afetuosamente acrescentou seu fiel companheiro à própria saudação, chamando-o de “meu filho Marcos”. O povo romano convenceu São Marcos a registrar por escrito a substância dos frequentes discursos de São Pedro sobre a vida de Nosso Senhor. O evangelista atendeu ao pedido sob o olhar e a expressa aprovação do apóstolo, e cada página de seu evangelho, tão breve quanto colorido, trazia a tal ponto a marca de S. Pedro, que os Padres costumavam chamá-lo de “O Evangelho de Pedro”. S. Marcos foi então enviado ao Egito para fundar a igreja de Alexandria. Neste local, seus discípulos tornaram-se o milagre do mundo por sua piedade e ascetismo, de modo que S. Jerônimo se refere a S. Marcos como pai dos anacoretas, que mais tarde viriam a povoar os desertos do Egito. Ali também inaugurou a primeira escola cristã, mãe fecunda de inúmeros doutores e bispos ilustres. Após governar sua sé por muitos anos, S. Marcos certo dia foi capturado pelos pagãos, arrastado com cordas por sobre as pedras e atirado na prisão. No dia seguinte, a tortura se repetiu, e, consolado por uma visão dos anjos e pela voz de Jesus, S. Marcos foi receber seu prêmio.
É a S. Marcos que devemos os diversos pequeninos toques que emprestam um tom mais vívido às cenas do Evangelho e nos ajudam a imaginar os próprios gestos e olhares de Nosso Senhor. Somente ele observa que, na tentação, Jesus “estava entre as bestas” (Mc 1,13); que Ele dormiu no barco “sobre o travesseiro” (4,38); que Ele “tomou nos braços” as criancinhas (10,16). Somente ele nos preserva as palavras de ordem “Silêncio! Cala-te!” (4,39) com as quais conteve a tormenta; ou mesmo o próprio som da Sua voz, “Éfeta” (7,34) e “Talita cumi” (5,41), com os quais os mudos voltaram a falar e os mortos a andar. Assim também o “olhando-os em roda com indignação” (Mc 3,5) e o “arrancando do íntimo do coração um suspiro” (8,12), guardados por longo tempo na memória do penitente apóstolo, que fora convertido pelo próprio olhar do Salvador (Jo 1,42), estão ali registrados por seu fiel intérprete. 2
Outros santos do dia: Santo Aniano, São Roberto Anderton e São Guilherme Marsden, Santa Calista e Santo Evódio.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Sexta-feira da Oitava de Páscoa, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Para encerrar nossa semana de meditações marianas, invocamos o Espírito Santo, para que nos ilumine na busca por compreender os mistérios da Mãe de Deus, como nos inspira “Maria na Doutrina”:
“Mas de que maneira o Espírito Santo leva a Igreja a tirar do seu tesouro, ao lado das coisas velhas sobre a Mãe de Jesus, essas coisas novas (Mt 13,52) que ela lhe reconheceu com o passar dos tempos?” (Maria na Doutrina, p. 20)
1 Enquanto eles falavam ao povo, sobrevieram os sacerdotes, o magistrado do templo e os saduceus,
2 descontentes de que eles ensinassem o povo e anunciassem, na pessoa de Jesus, a ressurreição dos mortos.
3 Então lançaram mão deles e meteram-nos na prisão até o dia seguinte, porque já era tarde.
4 Porém muitos daqueles que tinham ouvido a palavra creram, e o número de homens elevou-se a cerca de cinco mil.
5 E aconteceu que, no dia seguinte, se reuniram em Jerusalém os seus chefes, os anciãos, os escribas,
6 e Anás, príncipe dos sacerdotes, e Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da linhagem sacerdotal.
7 Mandando-os vir à sua presença, interrogavam-nos:
8 Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: “Príncipes do povo e anciãos, ouvi-me:
9 já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um homem enfermo e de que modo este homem foi curado,
10 seja notório a todos vós, e a todo o povo de Israel, que é em nome de nosso Senhor Jesus Cristo Nazareno, que vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dos mortos, é neste nome que este está são diante de vós.
11 Ele é a pedra que foi rejeitada por vós construtores, a qual foi posta por pedra angular,
12 e não há salvação em nenhum outro. Porque, sob o céu, nenhum outro nome foi dado aos homens pelo qual nós devamos ser salvos.”
Sl 117(118),1-2.4.22-24.25-27a (R. 22)
R. A pedra rejeitada pelos construtores foi posta por pedra angular.
1 Louvai o Senhor, porque ele é bom,
porque a sua misericórdia é eterna.
2 Diga agora Israel que o Senhor é bom
e que a sua misericórdia é eterna.
4 Digam agora os que temem o Senhor
que a sua misericórdia é eterna. R.
22 A pedra rejeitada pelos construtores
foi posta por pedra angular.
23 Foi o Senhor que fez isto,
e é coisa admirável aos nossos olhos.
24 Este é o dia que fez o Senhor;
exultemos e alegremo-nos nele. R.
25 Ó Senhor, salva-me;
ó Senhor, faze que tenha prosperidade.
26 Bendito o que vem em nome do Senhor.
Nós vos bendizemos a vós que sois da casa do Senhor.
27a O Senhor é Deus, e brilha sobre nós a sua luz. R.
João 21,1-14
1 Depois disto, tornou Jesus a mostrar-se aos seus discípulos junto do mar de Tiberíades. E mostrou-se deste modo:
2 Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galileia, e os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos.
3 Disse-lhes Simão Pedro: “Vou pescar”. Responderam-lhe: “Também nós vamos contigo”. Partiram e entraram numa barca; e naquela noite nada apanharam.
4 E, chegada a manhã, Jesus apresentou-se na praia. Os discípulos, todavia, não perceberam que era Jesus.
5 Disse-lhes então: “Moços, tendes alguma coisa para comer?”. Responderam-lhe: “Nada”.
6 Disse-lhes Jesus: “Lançai a rede para o lado direito da barca, e encontrareis”. Lançaram, pois, e já não a podiam tirar, por causa da grande quantidade de peixes.
7 Então aquele discípulo, a quem Jesus amava, disse a Pedro: “É o Senhor!”. Simão Pedro, ao ouvir dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava despido) e lançou-se ao mar.
8 E os outros discípulos foram com a barca (porque não estavam distantes da praia senão duzentos côvados), tirando a rede cheia de peixes.
9 Logo que saltaram em terra, viram umas brasas preparadas, e um peixe em cima delas, e pão.
10 Disse-lhes Jesus: “Trazei os peixes que acabastes de apanhar”.
11 Subiu Simão Pedro [à barca] e tirou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes. Mesmo sendo tantos, não se rompeu a rede.
12 Disse-lhes Jesus: “Vinde, comei”. E nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: “Quem és tu?”, sabendo que era o Senhor.
13 Aproximou-se, pois, Jesus e tomou o pão e deu-lhe, e igualmente o peixe.
14 Foi a terceira vez que Jesus se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.
21,1 Agostinho: A praia é o fim do mar, e por isso simboliza o fim do século. Tal como o Senhor revelou nesta ocasião como haveria de ser a Igreja no fim do século, assim em outra pescaria retratou a Igreja como é agora.
21,11 Agostinho: Este número, portanto, não indica que ressuscitarão para a vida eterna apenas cento e cinquenta e três santos, mas todos os pertencentes à graça do Espírito. Possui também três vezes o cinquenta e sobre isso o próprio três, em referência ao mistério da Trindade. Ora, o cinquenta é completado multiplicando-se o sete pelo sete com o acréscimo do um. A adição do um, por seu lado, serve para indicar que os santos são todos um.
São Marcos (5–68)
25 de abril
São Marcos foi convertido à fé pelo Príncipe dos Apóstolos, que depois ele acompanhou até Roma, trabalhando lá como seu secretário ou intérprete. Quando São Pedro escreveu sua primeira carta às igrejas da Ásia, afetuosamente acrescentou seu fiel companheiro à própria saudação, chamando-o de “meu filho Marcos”. O povo romano convenceu São Marcos a registrar por escrito a substância dos frequentes discursos de São Pedro sobre a vida de Nosso Senhor. O evangelista atendeu ao pedido sob o olhar e a expressa aprovação do apóstolo, e cada página de seu evangelho, tão breve quanto colorido, trazia a tal ponto a marca de S. Pedro, que os Padres costumavam chamá-lo de “O Evangelho de Pedro”. S. Marcos foi então enviado ao Egito para fundar a igreja de Alexandria. Neste local, seus discípulos tornaram-se o milagre do mundo por sua piedade e ascetismo, de modo que S. Jerônimo se refere a S. Marcos como pai dos anacoretas, que mais tarde viriam a povoar os desertos do Egito. Ali também inaugurou a primeira escola cristã, mãe fecunda de inúmeros doutores e bispos ilustres. Após governar sua sé por muitos anos, S. Marcos certo dia foi capturado pelos pagãos, arrastado com cordas por sobre as pedras e atirado na prisão. No dia seguinte, a tortura se repetiu, e, consolado por uma visão dos anjos e pela voz de Jesus, S. Marcos foi receber seu prêmio.
É a S. Marcos que devemos os diversos pequeninos toques que emprestam um tom mais vívido às cenas do Evangelho e nos ajudam a imaginar os próprios gestos e olhares de Nosso Senhor. Somente ele observa que, na tentação, Jesus “estava entre as bestas” (Mc 1,13); que Ele dormiu no barco “sobre o travesseiro” (4,38); que Ele “tomou nos braços” as criancinhas (10,16). Somente ele nos preserva as palavras de ordem “Silêncio! Cala-te!” (4,39) com as quais conteve a tormenta; ou mesmo o próprio som da Sua voz, “Éfeta” (7,34) e “Talita cumi” (5,41), com os quais os mudos voltaram a falar e os mortos a andar. Assim também o “olhando-os em roda com indignação” (Mc 3,5) e o “arrancando do íntimo do coração um suspiro” (8,12), guardados por longo tempo na memória do penitente apóstolo, que fora convertido pelo próprio olhar do Salvador (Jo 1,42), estão ali registrados por seu fiel intérprete. 2
Outros santos do dia: Santo Aniano, São Roberto Anderton e São Guilherme Marsden, Santa Calista e Santo Evódio.