Acompanhe a liturgia do dia 27 de setembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 27 de setembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Sexta-feira, São Vicente de Paulo, presbítero, Memória, 25ª semana do tempo comum, Ano B
Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, no mês de setembro, traremos em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado nos textos de São Francisco de Sales, de sua obra “Tratado do Amor de Deus”. Que estas palavras, repletas de sabedoria e zelo pastoral, sirvam de guia e reflexão no caminho da fé.
“A indiferença deve ser cultivada em tudo o que diz respeito à vida natural, como saúde e doença, beleza e feiúra, fraqueza e força; nas situações da vida civil, como distinções, honras e riquezas; e até na vida espiritual, como momentos de tibieza, consolações, desolação e alegria. Devemos praticar a indiferença em nossas ações, nos sofrimentos e em qualquer tipo de circunstância. Jó, em relação à vida natural, foi acometido por uma chaga terrível, como nunca se havia visto. Ele foi escarnecido pela sociedade, injuriado e coberto de desprezo, não apenas por estranhos, mas até pelos seus próprios parentes. Na vida espiritual, sofreu com abatimentos, convulsões, angústias, trevas e dores íntimas insuportáveis, como demonstram suas queixas e lamentos profundos.” 1
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 2
Eclesiastes 3,1-11
1 Todas as coisas têm o seu tempo e todas elas passam debaixo do céu segundo o termo que a cada uma foi prescrito.
2 Há tempo de nascer, e tempo de morrer. Há tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou.
3 Há tempo de matar, e tempo de curar. Há tempo de destruir, e tempo de edificar.
4 Há tempo de chorar, e tempo de rir. Há tempo de se afligir, e tempo de dançar.
5 Há tempo de espalhar pedras, e tempo de as recolher. Há tempo de dar abraços, e tempo de se afastar deles.
6 Há tempo de adquirir, e tempo de perder. Há tempo de guardar, e tempo de jogar fora.
7 Há tempo de rasgar, e tempo de costurar. Há tempo de calar, e tempo de falar.
8 Há tempo de amor, e tempo de ódio. Há tempo de guerra, e tempo de paz.
9 Que proveito tira o homem de todo o seu trabalho?
10 Eu vi o trabalho penoso que Deus deu aos filhos dos homens, para que sejam atormentados por ele.
11 Tudo ele fez bem a seu tempo, e entregou o mundo às suas disputas, sem que o homem possa conhecer as obras que Deus fez desde o princípio até o fim.
143,1a e 2abc.3-4 (R. 1a)
R. Bendito seja o Senhor Deus meu!
1a Bendito seja o Senhor Deus meu,
2a Ele é a minha misericórdia e o meu refúgio,
b meu defensor e meu libertador,
c meu protetor, e é nele que espero. R.
3 Senhor, que é o homem, para que a ele te tenhas manifestado? Ou o filho do homem, para assim o estimares?
4 O homem tornou-se semelhante ao nada; os seus dias passam como a sombra. R.
Lucas 9,18-22
18 Aconteceu que, estando a sós orando com os seus discípulos, Jesus os interrogou: “Quem dizem as multidões que sou eu?”.
19 Eles responderam: “Uns dizem que João Batista, outros que Elias, e outros que ressuscitou um dos antigos profetas”.
20 Ele disse-lhes: “E vós, quem dizeis que sou eu?”. Respondendo Simão Pedro, disse: “O Cristo de Deus”.
21 Mas ele, advertindo-os severamente, mandou que o não dissessem a ninguém,
22 e acrescentou: “É necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, e que seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas, e que seja morto e ressuscite ao terceiro dia”.
São Vicente de Paulo
27 de setembro
São Vicente nasceu em 1581. Anos mais tarde, quando já era conselheiro da rainha e oráculo da Igreja na França, adorava relembrar como, na juventude, tomara conta dos porcos de seu pai. Logo após a ordenação, foi capturado por corsários e levado como escravo à Berberia. Obteve a conversão de seu renegado senhor e escapou com ele para a França. Apontado capelão-geral das galeras francesas, sua delicada caridade trazia esperança a essas prisões, onde até então reinava o desespero. Quando uma mãe lamentou profundamente o filho encarcerado, Vicente colocou sobre si as correntes dele e tomou seu lugar junto ao remo, devolvendo o rapaz para sua família. Sua caridade contemplava os pobres, jovens e idosos, as províncias devastadas pela guerra civil, os cristãos escravizados pelos infiéis. O homem miserável, ignorante e degradado era para ele uma imagem d’Aquele que se tornou “como um leproso e humilhado” (Is 53,4). “Basta virar a medalha”, dizia, “e na outra face verás a Jesus Cristo”. Andava pelas ruas de Paris à noite, em busca de crianças deixadas para morrer. Certa vez, ladrões correram para assaltá-lo, pensando que levasse consigo algum tesouro, porém, ao abrirem-lhe o manto, reconheceram a ele e a seu fardo e caíram aos seus pés. S. Vicente não era apenas o salvador dos pobres, como também dos ricos, ensinando-lhes as obras de misericórdia. Quando a ajuda aos enjeitados estava sob risco de ser frustrada por falta de fundos, ele reuniu as senhoras da Associação da Caridade. Pediu às suas mais fervorosas filhas que se apresentassem, para motivar as outras. E então disse: “A compaixão e a caridade fizeram com que adotásseis essas pequenas criaturas como vossos filhos. Sois para elas como mães segundo a graça, quando suas próprias mães já as abandonaram. Agora vós deixais de ser suas mães para vos tornardes seus juízes; a vida e a morte delas estão em vossas mãos. É hora de recolher vossos votos e de pronunciar a sentença”. A única resposta da assembleia foram copiosas lágrimas, e a obra seguiu em frente. A Sociedade de São Vicente, a Congregação da Missão e as 18 mil Filhas da Caridade ainda consolam os aflitos, por intermédio da caridade de S. Vicente de Paulo, que faleceu em 1660.3
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Sexta-feira, São Vicente de Paulo, presbítero, Memória, 25ª semana do tempo comum, Ano B
Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, no mês de setembro, traremos em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado nos textos de São Francisco de Sales, de sua obra “Tratado do Amor de Deus”. Que estas palavras, repletas de sabedoria e zelo pastoral, sirvam de guia e reflexão no caminho da fé.
“A indiferença deve ser cultivada em tudo o que diz respeito à vida natural, como saúde e doença, beleza e feiúra, fraqueza e força; nas situações da vida civil, como distinções, honras e riquezas; e até na vida espiritual, como momentos de tibieza, consolações, desolação e alegria. Devemos praticar a indiferença em nossas ações, nos sofrimentos e em qualquer tipo de circunstância. Jó, em relação à vida natural, foi acometido por uma chaga terrível, como nunca se havia visto. Ele foi escarnecido pela sociedade, injuriado e coberto de desprezo, não apenas por estranhos, mas até pelos seus próprios parentes. Na vida espiritual, sofreu com abatimentos, convulsões, angústias, trevas e dores íntimas insuportáveis, como demonstram suas queixas e lamentos profundos.” 1
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 2
Eclesiastes 3,1-11
1 Todas as coisas têm o seu tempo e todas elas passam debaixo do céu segundo o termo que a cada uma foi prescrito.
2 Há tempo de nascer, e tempo de morrer. Há tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou.
3 Há tempo de matar, e tempo de curar. Há tempo de destruir, e tempo de edificar.
4 Há tempo de chorar, e tempo de rir. Há tempo de se afligir, e tempo de dançar.
5 Há tempo de espalhar pedras, e tempo de as recolher. Há tempo de dar abraços, e tempo de se afastar deles.
6 Há tempo de adquirir, e tempo de perder. Há tempo de guardar, e tempo de jogar fora.
7 Há tempo de rasgar, e tempo de costurar. Há tempo de calar, e tempo de falar.
8 Há tempo de amor, e tempo de ódio. Há tempo de guerra, e tempo de paz.
9 Que proveito tira o homem de todo o seu trabalho?
10 Eu vi o trabalho penoso que Deus deu aos filhos dos homens, para que sejam atormentados por ele.
11 Tudo ele fez bem a seu tempo, e entregou o mundo às suas disputas, sem que o homem possa conhecer as obras que Deus fez desde o princípio até o fim.
143,1a e 2abc.3-4 (R. 1a)
R. Bendito seja o Senhor Deus meu!
1a Bendito seja o Senhor Deus meu,
2a Ele é a minha misericórdia e o meu refúgio,
b meu defensor e meu libertador,
c meu protetor, e é nele que espero. R.
3 Senhor, que é o homem, para que a ele te tenhas manifestado? Ou o filho do homem, para assim o estimares?
4 O homem tornou-se semelhante ao nada; os seus dias passam como a sombra. R.
Lucas 9,18-22
18 Aconteceu que, estando a sós orando com os seus discípulos, Jesus os interrogou: “Quem dizem as multidões que sou eu?”.
19 Eles responderam: “Uns dizem que João Batista, outros que Elias, e outros que ressuscitou um dos antigos profetas”.
20 Ele disse-lhes: “E vós, quem dizeis que sou eu?”. Respondendo Simão Pedro, disse: “O Cristo de Deus”.
21 Mas ele, advertindo-os severamente, mandou que o não dissessem a ninguém,
22 e acrescentou: “É necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, e que seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas, e que seja morto e ressuscite ao terceiro dia”.
São Vicente de Paulo
27 de setembro
São Vicente nasceu em 1581. Anos mais tarde, quando já era conselheiro da rainha e oráculo da Igreja na França, adorava relembrar como, na juventude, tomara conta dos porcos de seu pai. Logo após a ordenação, foi capturado por corsários e levado como escravo à Berberia. Obteve a conversão de seu renegado senhor e escapou com ele para a França. Apontado capelão-geral das galeras francesas, sua delicada caridade trazia esperança a essas prisões, onde até então reinava o desespero. Quando uma mãe lamentou profundamente o filho encarcerado, Vicente colocou sobre si as correntes dele e tomou seu lugar junto ao remo, devolvendo o rapaz para sua família. Sua caridade contemplava os pobres, jovens e idosos, as províncias devastadas pela guerra civil, os cristãos escravizados pelos infiéis. O homem miserável, ignorante e degradado era para ele uma imagem d’Aquele que se tornou “como um leproso e humilhado” (Is 53,4). “Basta virar a medalha”, dizia, “e na outra face verás a Jesus Cristo”. Andava pelas ruas de Paris à noite, em busca de crianças deixadas para morrer. Certa vez, ladrões correram para assaltá-lo, pensando que levasse consigo algum tesouro, porém, ao abrirem-lhe o manto, reconheceram a ele e a seu fardo e caíram aos seus pés. S. Vicente não era apenas o salvador dos pobres, como também dos ricos, ensinando-lhes as obras de misericórdia. Quando a ajuda aos enjeitados estava sob risco de ser frustrada por falta de fundos, ele reuniu as senhoras da Associação da Caridade. Pediu às suas mais fervorosas filhas que se apresentassem, para motivar as outras. E então disse: “A compaixão e a caridade fizeram com que adotásseis essas pequenas criaturas como vossos filhos. Sois para elas como mães segundo a graça, quando suas próprias mães já as abandonaram. Agora vós deixais de ser suas mães para vos tornardes seus juízes; a vida e a morte delas estão em vossas mãos. É hora de recolher vossos votos e de pronunciar a sentença”. A única resposta da assembleia foram copiosas lágrimas, e a obra seguiu em frente. A Sociedade de São Vicente, a Congregação da Missão e as 18 mil Filhas da Caridade ainda consolam os aflitos, por intermédio da caridade de S. Vicente de Paulo, que faleceu em 1660.3