Liturgia diária

Liturgia Diária 29/10/25

Acompanhe a liturgia do dia 29 de outubro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

30ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” (Devocionário a São José, página 33.)

Jesus chora por Jerusalém, cidade que mata os profetas. Mesmo diante da rejeição, Ele não desiste: sua fidelidade permanece. O Apocalipse ecoa esse lamento, mas revela também a última palavra de Deus: fidelidade e amor inquebrantável.

“O Cordeiro é o testemunho da paciência de Deus diante da infidelidade do homem.” (Apocalipse Explicado, p.84)

Primeira leitura

Romanos 8,26-30

26 E assim mesmo o Espírito ajuda também a nossa fraqueza, porque não sabemos o que havemos de pedir como convém; mas o mesmo Espírito ora por nós com gemidos inexplicáveis.

27 E o que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, pois ele pede segundo Deus pelos santos.

28 Ora, nós sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, para o bem daqueles que, segundo o seu desígnio, foram chamados santos.

29 Com efeito, os que ele conheceu na sua presciência, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.

30 E aqueles que predestinou, também os chamou; e aqueles que chamou, também os justificou; e aqueles que justificou, também os glorificou.

Salmo

Sl 12(13),4-5.6 (R. 6a)

R. Eu, porém, esperei na tua misericórdia.

4 Olha para mim e ouve-me, Senhor Deus meu.
Ilumina os meus olhos, e eu jamais durma na morte,
5 e jamais o meu inimigo diga: “Prevaleci contra ele”.
Os que me atribulam, exultarão se eu for abalado. R.

6 Eu, porém, esperei na tua misericórdia.
O meu coração exultará na salvação que vem de ti;
cantarei ao Senhor que me deu bens
e entoarei salmos ao nome do altíssimo Senhor. R.

Evangelho

Lucas 13,22-30

22 E ia pelas cidades e aldeias ensinando, e caminhava rumo a Jerusalém.

23 Então alguém perguntou-lhe: “Senhor, são poucos os que se salvam?”. E ele disse-lhes:

24 “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão.

25 E, quando o pai de família tiver entrado e fechado a porta, vós, estando fora, começareis a bater à porta, dizendo: ‘Senhor, abre-nos!’; e ele, respondendo-vos, dirá: ‘Não sei donde sois’.

26 Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos em tua presença, e tu ensinaste nas nossas praças’.

27 E ele vos dirá: ‘Não sei donde sois; apartai-vos de mim vós todos os que praticais a iniquidade’.

28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus, e vós serdes expulsos para fora.

29 E virão muitos do oriente, do ocidente, do norte e do sul, e se sentarão à mesa no reino de Deus.

30 E então os que são últimos serão os primeiros, e os que são os primeiros serão os últimos”.

Comentários Patrísticos

13,26–30. Beda: Em sentido místico, come e bebe na presença do Senhor quem recebe com avidez o pasto do Verbo; daí que, como em explicação das suas palavras, se acrescente: “tu ensinaste nas nossas praças”. Com efeito, a Escritura, nas passagens mais obscuras, é comida, porque é como que desagregada por meio da explicação e engolida pela mastigação; e é bebida nas passagens mais claras, em que absorvida tal como se apresenta. Ora, o banquete das festividades não faz bem àquele que a piedade da fé não encomenda; o conhecimento das Escrituras não torna conhecido de Deus aquele cuja indignidade é provada pela iniquidade das obras; daí que se acrescente: “Ele vos dirá: ‘Não sei donde sois; apartai-vos de mim vós todos os que praticais a iniquidade’”.

Santo do dia

São Narciso (c. 99–216)

29 de outubro

São Narciso foi consagrado bispo de Jerusalém por volta do ano 180. Já em idade avançada, Deus confirmou seus méritos por meio de numerosos milagres, que logo ficaram gravados na memória dos cristãos de Jerusalém. Em certo Sábado de Aleluia, os fiéis estavam aflitos porque não havia óleo para as lâmpadas que seriam usadas na festa pascal. São Narciso mandou que tirassem água de um poço próximo e, após rezar sobre ela, ordenou que mergulhassem ali as lâmpadas. A água transformou-se em óleo, e por muito tempo parte desse óleo ainda se conservava em Jerusalém em memória do milagre. Porém, sua própria virtude atraiu inimigos, e três homens perversos o acusaram falsamente de um crime terrível. Cada um deles confirmou seu testemunho invocando para si terríveis maldições caso mentissem: o primeiro desejou ser consumido pelo fogo, o segundo ser destruído pela lepra e o terceiro ficar cego. Desejoso de uma vida de solidão e oração, o santo retirou-se para o deserto, deixando a Igreja em paz. Mas Deus manifestou a inocência de Seu servo, e os acusadores sofreram exatamente as penas que haviam invocado. São Narciso então voltou a Jerusalém e reassumiu seu ministério episcopal, permanecendo fiel até o fim. Faleceu em extrema velhice, ainda bispo de Jerusalém. (Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 460-461.) 

Outros santos do dia: São Colmano, São Zenóbio, São Teudério e Santa Ermelinda.