Acompanhe a liturgia do dia 29 de novembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 29 de novembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Sexta-feira, 34ª semana do tempo comum Ano B.
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Durante o mês de novembro, para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, traremos em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado na biografia de Santa Catarina Labouré, a vidente da Medalha Milagrosa. Que estas palavras sirvam de reflexão no caminho da fé.
Pierre Labouré, na tentativa de afastar Catarina de suas aspirações místicas e inspirar nela o gosto pelas coisas terrenas, decidiu proporcionar-lhe uma mudança completa de vida. Queria despertar nela o desejo pelo prazer e a sede de viver — Paris, por exemplo. Para Catarina, isso foi uma grande dor. A jovem mística havia até então conciliado sua profunda vida espiritual com as responsabilidades na fazenda. Porém, as obrigações com o pai interrompiam constantemente os laços misteriosos que a conectavam à contemplação. Por dez anos, ela suspirou por um refúgio onde seu coração pudesse pulsar em uma atmosfera sobrenatural, onde regras e métodos de santidade orientassem sua busca por Deus, que ela praticava apenas instintivamente, “como que às apalpadelas”, segundo as palavras de São Paulo. A Voz divina a chamava em segredo, e ela ansiava por oferecer toda a sua devoção. Aflito com a melancolia da filha, Pierre Labouré achou prudente enviá-la ao restaurante operário que seu filho Charles mantinha em Paris. Assim, em 1828, encontramos a senhorita Catarina Labouré — modelo das jovens de Fain-les-Moutiers, espontaneamente comparada a um anjo — servindo refeições a pedreiros zombeteiros em um restaurante nos bairros populares da capital. 2
Apocalipse 20,1-4.11-21,2
1 E vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão.
2 Ele prendeu o dragão, a serpente antiga, que é o demônio e Satanás, e o amarrou por mil anos.
3 Lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não seduza mais as nações até se completarem os mil anos. Depois disto deve ser solto por pouco tempo.
4 Vi tronos, e aos que se sentaram sobre eles foi dado o poder de julgar. Vi também as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e por causa da palavra de Deus, e aqueles que não adoraram a besta nem a sua imagem, nem receberam a sua marca sobre a fronte ou sobre as mãos, e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.
11 Em seguida, vi um grande trono branco e um que estava sentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não foi achado mais lugar para eles.
12 Vi os mortos, grandes e pequenos, estarem de pé diante do trono, e foram abertos os livros. Então foi aberto outro livro: o Livro da Vida, e foram julgados os mortos pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
13 O mar deu os mortos que estavam nele, e a morte e o inferno deram os mortos que estavam neles, e fez-se juízo de cada um deles segundo as suas obras.
14 O inferno e a morte foram lançados no tanque de fogo. Esta é a segunda morte.
15 E aquele que não se achou inscrito no Livro da Vida foi lançado no tanque de fogo.
21,2 E eu, João, vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu de junto de Deus, adornada como uma esposa ataviada para o seu esposo.
83(84),3.4.5-6a e 8a (R. Ap 21,3b)
R. Eis o tabernáculo de Deus com os homens!
3 A minha alma suspira e desfalece pelos átrios
do Senhor.
O meu coração e a minha carne regozijam-se
no Deus vivo. R.
4 Com efeito, o passarinho acha casa para si,
e a rola um ninho para lá pôr seus filhinhos.
[Sejam minha casa] os teus altares,
Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu! R.
5 Bem-aventurados, Senhor, os que moram na tua casa;
pelos séculos dos séculos te louvarão.
6 Bem-aventurado o homem que de ti espera socorro;
8a caminhará de virtude em virtude; R.
Lucas 21,29-33
29 E acrescentou-lhes esta comparação: “Vede a figueira e todas as árvores.
30 Quando começam a desabrochar, sabeis que está perto o verão.
31 Assim também, quando virdes que acontecem essas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus.
32 Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que todas estas coisas se cumpram.
33 Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.
21,29. Ambrósio: Se São Mateus menciona, nesse episódio, apenas a figueira, São Lucas estende a comparação a todas as demais árvores. Ora, a figueira reveste-se neste caso de uma dupla significação simbólica, figurando, a um só tempo, o enternecimento daquelas coisas que nos são penosas e a abundância funesta de todos os vícios. Assim, quando os frutos estiverem a reverdecer em todas as árvores, e a figueira gerar frutos em abundância, estando coberta de flores (isto é, quando todas as línguas confessarem Deus em concerto com o povo judeu), podemos já esperar o advento próximo do Reino de Deus, que será, para nós, como um verão – e a ressurreição como o tempo de colheita dos frutos. Do mesmo modo, quando os pecadores se revestirem de um débil e frívolo orgulho de sinagoga, como as árvores se revestem de folhas, entendemos que o juízo se aproxima. Deus, de fato, se apressa em premiar a fé e destruir o pecado.
São Saturnino de Toulouse
29 de novembro
Por volta do ano 245, sob orientação do Papa Fabiano, Saturnino partiu de Roma para pregar a fé na Gália. Fixou sua sé episcopal em Toulouse e assim se tornou o primeiro bispo cristão daquela cidade. Havia somente uns poucos cristãos no local. No entanto, seu número cresceu bastante após a chegada do santo; e seu poder se fez sentir pelos espíritos do mal, que eram objetos de idolatria dos pagãos. Seu poder se fez sentir ainda mais porque o santo tinha de passar diariamente pelo capitólio, local de culto dos pagãos, a caminho de sua igreja. Certo dia, uma grande multidão estava reunida em torno do altar, onde um touro se encontrava pronto para o sacrifício. Um homem na multidão apontou para Saturnino, que passava, e o povo teve a intenção de forçá-lo à idolatria, porém o santo bispo respondeu: “Conheço somente um Deus, e somente a Ele oferecerei o sacrifício de louvor. Como posso temer deuses que vós próprios dizeis temerem justo a mim?”. Com isso, foi amarrado ao touro e arrastado pela escadaria do capitólio. Pedaços da cabeça do santo acabaram espalhados pelos degraus. Seu corpo mutilado foi recolhido e sepultado por duas devotas mulheres.3
Outros santos do dia: São Francisco Antônio Fasani, São Filomeno, Santa Iluminata e São Paramão e companheiros.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Sexta-feira, 34ª semana do tempo comum Ano B.
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Durante o mês de novembro, para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, traremos em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado na biografia de Santa Catarina Labouré, a vidente da Medalha Milagrosa. Que estas palavras sirvam de reflexão no caminho da fé.
Pierre Labouré, na tentativa de afastar Catarina de suas aspirações místicas e inspirar nela o gosto pelas coisas terrenas, decidiu proporcionar-lhe uma mudança completa de vida. Queria despertar nela o desejo pelo prazer e a sede de viver — Paris, por exemplo. Para Catarina, isso foi uma grande dor. A jovem mística havia até então conciliado sua profunda vida espiritual com as responsabilidades na fazenda. Porém, as obrigações com o pai interrompiam constantemente os laços misteriosos que a conectavam à contemplação. Por dez anos, ela suspirou por um refúgio onde seu coração pudesse pulsar em uma atmosfera sobrenatural, onde regras e métodos de santidade orientassem sua busca por Deus, que ela praticava apenas instintivamente, “como que às apalpadelas”, segundo as palavras de São Paulo. A Voz divina a chamava em segredo, e ela ansiava por oferecer toda a sua devoção. Aflito com a melancolia da filha, Pierre Labouré achou prudente enviá-la ao restaurante operário que seu filho Charles mantinha em Paris. Assim, em 1828, encontramos a senhorita Catarina Labouré — modelo das jovens de Fain-les-Moutiers, espontaneamente comparada a um anjo — servindo refeições a pedreiros zombeteiros em um restaurante nos bairros populares da capital. 2
Apocalipse 20,1-4.11-21,2
1 E vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão.
2 Ele prendeu o dragão, a serpente antiga, que é o demônio e Satanás, e o amarrou por mil anos.
3 Lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não seduza mais as nações até se completarem os mil anos. Depois disto deve ser solto por pouco tempo.
4 Vi tronos, e aos que se sentaram sobre eles foi dado o poder de julgar. Vi também as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e por causa da palavra de Deus, e aqueles que não adoraram a besta nem a sua imagem, nem receberam a sua marca sobre a fronte ou sobre as mãos, e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.
11 Em seguida, vi um grande trono branco e um que estava sentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não foi achado mais lugar para eles.
12 Vi os mortos, grandes e pequenos, estarem de pé diante do trono, e foram abertos os livros. Então foi aberto outro livro: o Livro da Vida, e foram julgados os mortos pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
13 O mar deu os mortos que estavam nele, e a morte e o inferno deram os mortos que estavam neles, e fez-se juízo de cada um deles segundo as suas obras.
14 O inferno e a morte foram lançados no tanque de fogo. Esta é a segunda morte.
15 E aquele que não se achou inscrito no Livro da Vida foi lançado no tanque de fogo.
21,2 E eu, João, vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu de junto de Deus, adornada como uma esposa ataviada para o seu esposo.
83(84),3.4.5-6a e 8a (R. Ap 21,3b)
R. Eis o tabernáculo de Deus com os homens!
3 A minha alma suspira e desfalece pelos átrios
do Senhor.
O meu coração e a minha carne regozijam-se
no Deus vivo. R.
4 Com efeito, o passarinho acha casa para si,
e a rola um ninho para lá pôr seus filhinhos.
[Sejam minha casa] os teus altares,
Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu! R.
5 Bem-aventurados, Senhor, os que moram na tua casa;
pelos séculos dos séculos te louvarão.
6 Bem-aventurado o homem que de ti espera socorro;
8a caminhará de virtude em virtude; R.
Lucas 21,29-33
29 E acrescentou-lhes esta comparação: “Vede a figueira e todas as árvores.
30 Quando começam a desabrochar, sabeis que está perto o verão.
31 Assim também, quando virdes que acontecem essas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus.
32 Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que todas estas coisas se cumpram.
33 Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.
21,29. Ambrósio: Se São Mateus menciona, nesse episódio, apenas a figueira, São Lucas estende a comparação a todas as demais árvores. Ora, a figueira reveste-se neste caso de uma dupla significação simbólica, figurando, a um só tempo, o enternecimento daquelas coisas que nos são penosas e a abundância funesta de todos os vícios. Assim, quando os frutos estiverem a reverdecer em todas as árvores, e a figueira gerar frutos em abundância, estando coberta de flores (isto é, quando todas as línguas confessarem Deus em concerto com o povo judeu), podemos já esperar o advento próximo do Reino de Deus, que será, para nós, como um verão – e a ressurreição como o tempo de colheita dos frutos. Do mesmo modo, quando os pecadores se revestirem de um débil e frívolo orgulho de sinagoga, como as árvores se revestem de folhas, entendemos que o juízo se aproxima. Deus, de fato, se apressa em premiar a fé e destruir o pecado.
São Saturnino de Toulouse
29 de novembro
Por volta do ano 245, sob orientação do Papa Fabiano, Saturnino partiu de Roma para pregar a fé na Gália. Fixou sua sé episcopal em Toulouse e assim se tornou o primeiro bispo cristão daquela cidade. Havia somente uns poucos cristãos no local. No entanto, seu número cresceu bastante após a chegada do santo; e seu poder se fez sentir pelos espíritos do mal, que eram objetos de idolatria dos pagãos. Seu poder se fez sentir ainda mais porque o santo tinha de passar diariamente pelo capitólio, local de culto dos pagãos, a caminho de sua igreja. Certo dia, uma grande multidão estava reunida em torno do altar, onde um touro se encontrava pronto para o sacrifício. Um homem na multidão apontou para Saturnino, que passava, e o povo teve a intenção de forçá-lo à idolatria, porém o santo bispo respondeu: “Conheço somente um Deus, e somente a Ele oferecerei o sacrifício de louvor. Como posso temer deuses que vós próprios dizeis temerem justo a mim?”. Com isso, foi amarrado ao touro e arrastado pela escadaria do capitólio. Pedaços da cabeça do santo acabaram espalhados pelos degraus. Seu corpo mutilado foi recolhido e sepultado por duas devotas mulheres.3
Outros santos do dia: São Francisco Antônio Fasani, São Filomeno, Santa Iluminata e São Paramão e companheiros.