Matemática e fé no pontificado do Papa Leão XIV: uma visão agostiniana que ilumina a Igreja no mundo atual.
Matemática e fé no pontificado do Papa Leão XIV: uma visão agostiniana que ilumina a Igreja no mundo atual.
Fizeste-nos para vós, e o nosso coração não descansa até que descanse em vós.
Em 8 de maio de 2025, a atenção do mundo inteiro voltou-se para Roma. Na Capela Sistina, estavam reunidos os cardeais para a eleição do sucessor de São Pedro. Eis que, à tarde, a fumaça branca foi vista e a espera pelo anúncio gerou grande expectativa nos fiéis. Era um dia com muito significado: festa da aparição de São Miguel Arcanjo em Gargano, 1 de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia 2 e Medianeira de Todas as Graças, de acordo com o calendário romano antigo.
Assim, na Cidade Eterna, milhares de pessoas se dirigiam apressadamente à praça de São Pedro, tomando a Via della Conciliazione e diversas outras ruas romanas. Com o aparecimento do Papa na sacada, o mundo pôde conhecer aquele que tomou por nome Leão XIV. Com feições afáveis e profundas, trajando as belíssimas vestes papais, deu-se a conhecer o Pai dos que creem, o pastor das ovelhas de Nosso Senhor, chamado a apascentar Seu rebanho nesta terra rumo ao seu destino eterno.
Um detalhe interessante a se notar é que o mundo secularizado, que em tantas manifestações despreza Deus e a fé, seja atraído pela tradição, silêncio e liturgia de um Conclave. De certa forma, ecoam as palavras do apóstolo Pedro: somente o Filho de Deus tem palavras de vida eterna; e também de Santo Agostinho, quando afirma que somos feitos para Deus e só n’Ele repousamos.
Primeiro pontífice norte-americano e também o primeiro agostiniano elevado à Sé de Pedro, Robert Francis Prevost tem uma trajetória singular e, até sua eleição, desconhecida dos fiéis e mesmo da mídia. O Cardeal Prevost, além de cultivar uma vida de profunda piedade e apostolado, é dotado de uma robusta formação intelectual e teológica e soube unir ciência e fé durante a sua vida.
Nascido em 14 de setembro de 1955, na cidade de Chicago (EUA), Robert Francis Prevost cresceu em uma família católica de raízes em diversas culturas, como francesa, italiana e espanhola. 3 Logo cedo, despertou para servir no altar como coroinha na paróquia que frequentava, a igreja de Santa Maria da Assunção, em Riverdale, Illinois. Entre seus irmãos, durante as brincadeiras infantis, Robert preferia imitar o sacerdote na missa ou as posturas dos coroinhas, de tal modo que eles lhe diziam que seria sacerdote e, quem sabe, Papa. Na inocência das crianças, Deus estava fazendo uma profecia que se cumpriria décadas mais tarde, aos nossos olhos.
O jovem norte-americano demonstrou inclinação para o estudo e a vida religiosa e, por isso, frequentou o Seminário Menor dos Agostinianos em Saugatuck, Michigan, entre 1969 e 1973. Sua excelência acadêmica o levou à Universidade Villanova, uma instituição agostiniana na Pensilvânia, na qual se formou no Bacharelado em Matemática em 1977, aos 22 anos. Durante os anos em que estudou em Villanova, foi um dos melhores alunos de sua turma. Após obter a graduação, trabalhou como professor de matemática e física na Escola Secundária Santa Rita de Cássia, em Chicago.
A escolha pela matemática reflete a aptidão intelectual de Prevost, uma mente que tem afinidade com a ordem e a lógica, características que também se encontram na vida de Santo Agostinho e na espiritualidade agostiniana. A matemática, com sua precisão e universalidade, ofereceu a Prevost uma base para estruturar o pensamento, uma ferramenta para explorar a ordem do cosmos e dar ainda mais fundamento à sua fé.
Deste modo, Prevost respondeu ao chamado de Deus, “pois estamos habituados a calcular as coisas — e às vezes é necessário — mas isto não vale no amor”. 4 Assim, ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho em St. Louis, Missouri, em 1º de setembro de 1977, professando seus primeiros votos em 1978 e os votos solenes em 1981. Sua formação acadêmica continuou com estudos teológicos na Catholic Theological Union, em Chicago, onde obteve o título de Mestre em Teologia Pastoral, e posteriormente em Roma, na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum), onde concluiu a licenciatura e o doutorado em Direito Canônico, com uma tese sobre “O papel do prior local na Ordem de Santo Agostinho”. Em diferentes áreas do conhecimento, o Papa Leão XIV demonstra ser um homem com espírito científico, e também cheio do Espírito Santo.
O fato de Prevost ter se tornado agostiniano é certamente uma obra da Providência Divina e sua dedicação ao carisma abraçado é exemplar, de tal modo que se apresentou como agostiniano nas suas primeiras palavras como bispo de Roma. A Ordem Agostiniana é uma ordem missionária e contemplativa, inspirada na espiritualidade de Santo Agostinho que também valoriza a razão em consonância com a fé, conforme a vida e os escritos do santo bispo de Hipona.
O lema da ordem “Uma só Alma e um só Coração em Deus” marcou profundamente a vida do Cardeal Prevost, e ressalta a unidade buscada entre os membros da Ordem e também em toda a Igreja. E de alguma forma, também no conhecimento, pois a verdade é o próprio Cristo, Filho do Deus Uno e Verdadeiro. Essa visão comunitária, aliada ao rigor intelectual herdado de Santo Agostinho, encontra paralelos na formação inicial de Prevost. A matemática, com sua busca pela verdade objetiva, ressoa com a ideia agostiniana de que a razão é um dom divino que ilumina a fé. Inspirado pela máxima de Santo Agostinho “Inquietum est cor nostrum donec requiescat in Te”, 5 Prevost percebeu que a matemática, embora sublime, não é o fim último da inteligência humana, mas um dos caminhos para alcançar a Sabedoria eterna, que é Cristo.
Santo Agostinho, um dos mais proeminentes Doutores da Igreja, em sua busca pela verdade estudou a filosofia grega, especialmente Platão através dos escritos de Plotino. Ele percebeu que a razão era capaz de compreender a verdade. Sobre a matemática, fez algumas considerações ao longo de suas obras, argumentando que a sua clareza e universalidade refletem a harmonia da criação. Os números e as proporções matemáticas são vestígios da ordem divina, pois apontam para uma verdade imutável que transcende o mundo material. Ele observa como a certeza que temos sobre as verdades matemáticas é um sinal da presença da Verdade eterna. Essas verdades revelam a beleza de uma ordem que ultrapassa a mera utilidade técnica, mas apontam à sabedoria.
Na concepção agostiniana, a razão é um dom de Deus e não se opõe à fé. Em sua conhecida frase “Compreende para crer, crê para compreender”, 6 ele propõe que a fé ilumina a razão, e a razão fundamenta a fé. Assim, a harmonia entre razão e fé pode se tornar um dos marcos do pontificado de Leão XIV em um mundo marcado por avanços tecnológicos cada vez mais acelerados. Sua formação e espiritualidade representam uma base sólida para dialogar com o mundo contemporâneo sem perder de vista a transcendência.
Já no início do seu pontificado, o Papa sinalizou que poderia ir por esse caminho, quando expressou preocupação com os desafios éticos da Quarta Revolução Industrial, especialmente em relação à inteligência artificial. 7 Como matemático, ele conhece as possibilidades e limites da tecnologia e como teólogo agostiniano sabe que a razão deve estar a serviço da dignidade humana e da justiça.
Outros Papas trataram das relações entre a ciência, razão e fé, posicionando a Igreja no debate e afirmando a visão católica a respeito do tema, como Leão XIII, que afirmou:
Por isso, os que harmonizam o estudo da filosofia com a obediência à fé cristã, raciocinam otimamente, até porque o esplendor das verdades divinas, recebido na alma, ajuda a mesma inteligência, e bem longe de ofendê-la em sua dignidade, lhe dá muita nobreza, penetração e firmeza. 8
Pio XII, que disse:
Esforcem-se com todo o alento e emulação por fazer avançar as ciências que professam; mas, evitem também ultrapassar os limites por nós estabelecidos para salvaguardar a verdade da fé e da doutrina católica. Às novas questões que a moderna cultura e o progresso do tempo suscitaram, apliquem sua mais diligente investigação, entretanto, com a conveniente prudência e cautela. 9
E São João Paulo II, que afirmou na encíclica Fides et Ratio:
De fato, a Igreja continua profundamente convencida de que fé e razão “se ajudam mutuamente”, exercendo, uma em prol da outra, a função tanto de discernimento crítico e purificador, como de estímulo para progredir na investigação e no aprofundamento. 10
Leão XIV é, sem dúvidas, um Papa profundamente agostiniano, que, como o bispo de Hipona, não cessa de repetir: “Tarde te amei, Beleza tão antiga e tão nova!”. 11 Sua formação inicial em matemática e posterior ingresso na Ordem de Santo Agostinho expressam uma profunda coerência entre espiritualidade e intelectualidade, à luz da síntese realizada por Santo Agostinho entre fé e razão. O reconhecimento do caráter simbólico e ordenado da matemática foi fundamental para que sua trajetória científica não desembocasse num racionalismo árido, mas fosse, ao contrário, uma via de acesso ao mistério de Deus.
Ele se tornou um testemunho vivo da possibilidade de integrar razão e fé. Que sua vida e seu pontificado inspirem as novas gerações de cristãos a amar a verdade com todo o seu entendimento e a acolher, com confiança, a luz da fé que vem de Cristo, Sabedoria Eterna do Pai.
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Fizeste-nos para vós, e o nosso coração não descansa até que descanse em vós.
Em 8 de maio de 2025, a atenção do mundo inteiro voltou-se para Roma. Na Capela Sistina, estavam reunidos os cardeais para a eleição do sucessor de São Pedro. Eis que, à tarde, a fumaça branca foi vista e a espera pelo anúncio gerou grande expectativa nos fiéis. Era um dia com muito significado: festa da aparição de São Miguel Arcanjo em Gargano, 1 de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia 2 e Medianeira de Todas as Graças, de acordo com o calendário romano antigo.
Assim, na Cidade Eterna, milhares de pessoas se dirigiam apressadamente à praça de São Pedro, tomando a Via della Conciliazione e diversas outras ruas romanas. Com o aparecimento do Papa na sacada, o mundo pôde conhecer aquele que tomou por nome Leão XIV. Com feições afáveis e profundas, trajando as belíssimas vestes papais, deu-se a conhecer o Pai dos que creem, o pastor das ovelhas de Nosso Senhor, chamado a apascentar Seu rebanho nesta terra rumo ao seu destino eterno.
Um detalhe interessante a se notar é que o mundo secularizado, que em tantas manifestações despreza Deus e a fé, seja atraído pela tradição, silêncio e liturgia de um Conclave. De certa forma, ecoam as palavras do apóstolo Pedro: somente o Filho de Deus tem palavras de vida eterna; e também de Santo Agostinho, quando afirma que somos feitos para Deus e só n’Ele repousamos.
Primeiro pontífice norte-americano e também o primeiro agostiniano elevado à Sé de Pedro, Robert Francis Prevost tem uma trajetória singular e, até sua eleição, desconhecida dos fiéis e mesmo da mídia. O Cardeal Prevost, além de cultivar uma vida de profunda piedade e apostolado, é dotado de uma robusta formação intelectual e teológica e soube unir ciência e fé durante a sua vida.
Nascido em 14 de setembro de 1955, na cidade de Chicago (EUA), Robert Francis Prevost cresceu em uma família católica de raízes em diversas culturas, como francesa, italiana e espanhola. 3 Logo cedo, despertou para servir no altar como coroinha na paróquia que frequentava, a igreja de Santa Maria da Assunção, em Riverdale, Illinois. Entre seus irmãos, durante as brincadeiras infantis, Robert preferia imitar o sacerdote na missa ou as posturas dos coroinhas, de tal modo que eles lhe diziam que seria sacerdote e, quem sabe, Papa. Na inocência das crianças, Deus estava fazendo uma profecia que se cumpriria décadas mais tarde, aos nossos olhos.
O jovem norte-americano demonstrou inclinação para o estudo e a vida religiosa e, por isso, frequentou o Seminário Menor dos Agostinianos em Saugatuck, Michigan, entre 1969 e 1973. Sua excelência acadêmica o levou à Universidade Villanova, uma instituição agostiniana na Pensilvânia, na qual se formou no Bacharelado em Matemática em 1977, aos 22 anos. Durante os anos em que estudou em Villanova, foi um dos melhores alunos de sua turma. Após obter a graduação, trabalhou como professor de matemática e física na Escola Secundária Santa Rita de Cássia, em Chicago.
A escolha pela matemática reflete a aptidão intelectual de Prevost, uma mente que tem afinidade com a ordem e a lógica, características que também se encontram na vida de Santo Agostinho e na espiritualidade agostiniana. A matemática, com sua precisão e universalidade, ofereceu a Prevost uma base para estruturar o pensamento, uma ferramenta para explorar a ordem do cosmos e dar ainda mais fundamento à sua fé.
Deste modo, Prevost respondeu ao chamado de Deus, “pois estamos habituados a calcular as coisas — e às vezes é necessário — mas isto não vale no amor”. 4 Assim, ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho em St. Louis, Missouri, em 1º de setembro de 1977, professando seus primeiros votos em 1978 e os votos solenes em 1981. Sua formação acadêmica continuou com estudos teológicos na Catholic Theological Union, em Chicago, onde obteve o título de Mestre em Teologia Pastoral, e posteriormente em Roma, na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum), onde concluiu a licenciatura e o doutorado em Direito Canônico, com uma tese sobre “O papel do prior local na Ordem de Santo Agostinho”. Em diferentes áreas do conhecimento, o Papa Leão XIV demonstra ser um homem com espírito científico, e também cheio do Espírito Santo.
O fato de Prevost ter se tornado agostiniano é certamente uma obra da Providência Divina e sua dedicação ao carisma abraçado é exemplar, de tal modo que se apresentou como agostiniano nas suas primeiras palavras como bispo de Roma. A Ordem Agostiniana é uma ordem missionária e contemplativa, inspirada na espiritualidade de Santo Agostinho que também valoriza a razão em consonância com a fé, conforme a vida e os escritos do santo bispo de Hipona.
O lema da ordem “Uma só Alma e um só Coração em Deus” marcou profundamente a vida do Cardeal Prevost, e ressalta a unidade buscada entre os membros da Ordem e também em toda a Igreja. E de alguma forma, também no conhecimento, pois a verdade é o próprio Cristo, Filho do Deus Uno e Verdadeiro. Essa visão comunitária, aliada ao rigor intelectual herdado de Santo Agostinho, encontra paralelos na formação inicial de Prevost. A matemática, com sua busca pela verdade objetiva, ressoa com a ideia agostiniana de que a razão é um dom divino que ilumina a fé. Inspirado pela máxima de Santo Agostinho “Inquietum est cor nostrum donec requiescat in Te”, 5 Prevost percebeu que a matemática, embora sublime, não é o fim último da inteligência humana, mas um dos caminhos para alcançar a Sabedoria eterna, que é Cristo.
Santo Agostinho, um dos mais proeminentes Doutores da Igreja, em sua busca pela verdade estudou a filosofia grega, especialmente Platão através dos escritos de Plotino. Ele percebeu que a razão era capaz de compreender a verdade. Sobre a matemática, fez algumas considerações ao longo de suas obras, argumentando que a sua clareza e universalidade refletem a harmonia da criação. Os números e as proporções matemáticas são vestígios da ordem divina, pois apontam para uma verdade imutável que transcende o mundo material. Ele observa como a certeza que temos sobre as verdades matemáticas é um sinal da presença da Verdade eterna. Essas verdades revelam a beleza de uma ordem que ultrapassa a mera utilidade técnica, mas apontam à sabedoria.
Na concepção agostiniana, a razão é um dom de Deus e não se opõe à fé. Em sua conhecida frase “Compreende para crer, crê para compreender”, 6 ele propõe que a fé ilumina a razão, e a razão fundamenta a fé. Assim, a harmonia entre razão e fé pode se tornar um dos marcos do pontificado de Leão XIV em um mundo marcado por avanços tecnológicos cada vez mais acelerados. Sua formação e espiritualidade representam uma base sólida para dialogar com o mundo contemporâneo sem perder de vista a transcendência.
Já no início do seu pontificado, o Papa sinalizou que poderia ir por esse caminho, quando expressou preocupação com os desafios éticos da Quarta Revolução Industrial, especialmente em relação à inteligência artificial. 7 Como matemático, ele conhece as possibilidades e limites da tecnologia e como teólogo agostiniano sabe que a razão deve estar a serviço da dignidade humana e da justiça.
Outros Papas trataram das relações entre a ciência, razão e fé, posicionando a Igreja no debate e afirmando a visão católica a respeito do tema, como Leão XIII, que afirmou:
Por isso, os que harmonizam o estudo da filosofia com a obediência à fé cristã, raciocinam otimamente, até porque o esplendor das verdades divinas, recebido na alma, ajuda a mesma inteligência, e bem longe de ofendê-la em sua dignidade, lhe dá muita nobreza, penetração e firmeza. 8
Pio XII, que disse:
Esforcem-se com todo o alento e emulação por fazer avançar as ciências que professam; mas, evitem também ultrapassar os limites por nós estabelecidos para salvaguardar a verdade da fé e da doutrina católica. Às novas questões que a moderna cultura e o progresso do tempo suscitaram, apliquem sua mais diligente investigação, entretanto, com a conveniente prudência e cautela. 9
E São João Paulo II, que afirmou na encíclica Fides et Ratio:
De fato, a Igreja continua profundamente convencida de que fé e razão “se ajudam mutuamente”, exercendo, uma em prol da outra, a função tanto de discernimento crítico e purificador, como de estímulo para progredir na investigação e no aprofundamento. 10
Leão XIV é, sem dúvidas, um Papa profundamente agostiniano, que, como o bispo de Hipona, não cessa de repetir: “Tarde te amei, Beleza tão antiga e tão nova!”. 11 Sua formação inicial em matemática e posterior ingresso na Ordem de Santo Agostinho expressam uma profunda coerência entre espiritualidade e intelectualidade, à luz da síntese realizada por Santo Agostinho entre fé e razão. O reconhecimento do caráter simbólico e ordenado da matemática foi fundamental para que sua trajetória científica não desembocasse num racionalismo árido, mas fosse, ao contrário, uma via de acesso ao mistério de Deus.
Ele se tornou um testemunho vivo da possibilidade de integrar razão e fé. Que sua vida e seu pontificado inspirem as novas gerações de cristãos a amar a verdade com todo o seu entendimento e a acolher, com confiança, a luz da fé que vem de Cristo, Sabedoria Eterna do Pai.