Na Segunda-feira Santa, Maria unge Jesus com perfume: um gesto de amor que antecipa a cruz e nos inspira a amar sem demora.
Na Segunda-feira Santa, Maria unge Jesus com perfume: um gesto de amor que antecipa a cruz e nos inspira a amar sem demora.
Na Segunda-feira Santa, Maria unge Jesus com perfume: um gesto de amor que antecipa a cruz e nos inspira a amar sem demora.
A Semana Santa começa com uma cena silenciosa, mas profundamente reveladora. Depois da entrada triunfal em Jerusalém, Jesus se recolhe em Betânia, na casa de amigos. É ali, longe do alvoroço da cidade, que acontece um gesto que atravessa os séculos — Maria, irmã de Lázaro, unge os pés do Senhor com um perfume precioso e, assim, anuncia, de forma silenciosa, o sacrifício que se aproxima.
No início da semana santa, a liturgia já nos convida a entrar num clima de intimidade com o Senhor. A Segunda-feira Santa não nos mostra um milagre, nem um discurso público. Em vez disso, ela nos transporta para o interior de uma casa, em Betânia, onde um gesto simples, porém profundo, revela o mistério que se aproxima: a Paixão do Cristo.
Jesus está com amigos. Está na casa de Lázaro, aquele que Ele havia ressuscitado dos mortos. Ali estão também Marta, servindo como de costume, e Maria, que se aproxima com um frasco de perfume caríssimo, de nardo puro. Ela se inclina, unge os pés do Mestre e os enxuga com seus cabelos. O gesto é silencioso, mas o perfume se espalha por toda a casa. Maria não diz nada, mas ama com tudo o que tem. É um amor que não calcula, não mede, não economiza. Um amor que perfuma até o sacrifício.
O Evangelho de João (12,1-11) abre dizendo: “Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi à Betânia…”. Já estamos no clima da Páscoa. A cruz se aproxima, e Maria unge os pés de Jesus com quase meio litro de nardo puro e enxuga-os com os cabelos. Esse é um gesto profético, Jesus mesmo interpreta assim: “Deixa-a. Ela guardou isso para o dia da minha sepultura.” 1
Maria, com seu amor intuitivo e generoso, compreende — mesmo sem palavras — que a entrega de Jesus está próxima. Enquanto os discípulos ainda relutam em aceitar a cruz, ela se adianta. Dá o melhor que tem e, assim, unge o corpo do Senhor enquanto Ele está vivo, não espera a morte para manifestar o seu amor.
Quantas vezes, ao contrário, nós deixamos para depois o que deveria ser feito hoje? Deixamos de amar, de agradecer, de perdoar, de estar perto — até que seja tarde demais. A Segunda-feira Santa também nos mostra isso, amar hoje, amar agora, porque depois, talvez já não seja possível: “Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”. 2
O gesto de Maria escandaliza Judas, que finge preocupação com os pobres, mas esconde a avareza no coração. Incapaz de compreender o amor gratuito, ele reduz tudo ao cálculo e à utilidade. Jesus, porém, conhece a verdade e a defende: “Ela guardou isso para o dia da minha sepultura.” 1
Maria intui o que os outros ainda não veem: o corpo do Senhor será entregue. Seu gesto, silencioso e terno, antecipa a unção do sepulcro. Enquanto Judas se fecha no egoísmo, Maria oferece o melhor. Jesus acolhe o perfume do amor, que atravessa o tempo e permanece na memória da Igreja.
O Evangelho diz que “a casa inteira se encheu com o perfume”. É como se o gesto de Maria tivesse deixado uma marca invisível, mas real, naquele ambiente. E assim é com tudo o que é feito por amor. Passam-se os séculos, mas ainda sentimos o “perfume” daquele gesto. Ainda hoje, os gestos de amor verdadeiro enchem a Igreja com seu bom odor.
Maria não pregou, não discutiu e não se defendeu, apenas continuou ali derramando amor. Por isso, seu gesto foi preservado na memória do Evangelho. Ela compreendeu, antes de muitos, que Jesus caminhava para o sacrifício, e escolheu honrá-Lo com tudo o que possuía. Não havia cálculo, somente entrega.
A Missa deste dia nos prepara espiritualmente para os acontecimentos centrais da fé cristã. A primeira leitura, do livro de Isaías (42,1-7), nos conduz a contemplar o mistério de Cristo como Servo. No trecho de Isaías, vemos o anúncio daquele que virá “sem gritar, sem levantar a voz”, mas que estabelecerá a justiça com firmeza e fidelidade. O Servo não quebra a cana rachada, nem apaga a chama que ainda fumega: é um retrato do próprio Cristo — manso, paciente, perseverante.
O Salmo (Sl 26) expressa a confiança de quem caminha na escuridão, mas sabe quem é sua luz: “O Senhor é minha luz e salvação”. É a oração de quem está prestes a entrar no vale da sombra da morte, mas permanece firme, porque sabe que Deus está ao seu lado.
E o Evangelho completa esse mosaico de amor e entrega com a cena de Betânia. É uma liturgia que nos convida ao recolhimento, à contemplação e à gratidão.
O gesto de Maria nos convida a rever nossas prioridades. Quantas vezes deixamos de demonstrar amor aos que estão próximos? Quantas reconciliações são adiadas, quantas palavras ficam presas no coração até que já não possam mais ser ditas?
Maria amou antes da Cruz. E por isso seu gesto atravessa os séculos. A Igreja nos propõe essa cena logo no início da Semana Santa como um convite a fazer o mesmo: amar enquanto é tempo, honrar os que amamos hoje — antes que a dor nos leve a lamentar o que não foi feito.
Esse gesto de Maria também nos ensina que o amor verdadeiro é feito de ações concretas, mesmo que simples, mesmo que silenciosas. Não é o valor material do perfume que impressiona Jesus, mas a entrega do coração. Cada pequeno gesto de carinho, cada palavra de encorajamento, cada abraço oferecido no momento certo pode ser um bálsamo para quem carrega suas próprias cruzes. E, diante de Deus, esses gestos não se perdem — eles se tornam como o perfume de Betânia: enchem a casa, perfumam a história, permanecem na eternidade.
Não basta apenas “ver” o gesto de Maria no Evangelho. É preciso imitá-lo. É preciso que o nosso dia também seja perfumado por gestos silenciosos de amor. Aqui vão algumas orientações de como você pode viver melhor a Segunda-feira Santa:
Que tal conhecer a virtude teologal da caridade?
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Na Segunda-feira Santa, Maria unge Jesus com perfume: um gesto de amor que antecipa a cruz e nos inspira a amar sem demora.
A Semana Santa começa com uma cena silenciosa, mas profundamente reveladora. Depois da entrada triunfal em Jerusalém, Jesus se recolhe em Betânia, na casa de amigos. É ali, longe do alvoroço da cidade, que acontece um gesto que atravessa os séculos — Maria, irmã de Lázaro, unge os pés do Senhor com um perfume precioso e, assim, anuncia, de forma silenciosa, o sacrifício que se aproxima.
No início da semana santa, a liturgia já nos convida a entrar num clima de intimidade com o Senhor. A Segunda-feira Santa não nos mostra um milagre, nem um discurso público. Em vez disso, ela nos transporta para o interior de uma casa, em Betânia, onde um gesto simples, porém profundo, revela o mistério que se aproxima: a Paixão do Cristo.
Jesus está com amigos. Está na casa de Lázaro, aquele que Ele havia ressuscitado dos mortos. Ali estão também Marta, servindo como de costume, e Maria, que se aproxima com um frasco de perfume caríssimo, de nardo puro. Ela se inclina, unge os pés do Mestre e os enxuga com seus cabelos. O gesto é silencioso, mas o perfume se espalha por toda a casa. Maria não diz nada, mas ama com tudo o que tem. É um amor que não calcula, não mede, não economiza. Um amor que perfuma até o sacrifício.
O Evangelho de João (12,1-11) abre dizendo: “Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi à Betânia…”. Já estamos no clima da Páscoa. A cruz se aproxima, e Maria unge os pés de Jesus com quase meio litro de nardo puro e enxuga-os com os cabelos. Esse é um gesto profético, Jesus mesmo interpreta assim: “Deixa-a. Ela guardou isso para o dia da minha sepultura.” 1
Maria, com seu amor intuitivo e generoso, compreende — mesmo sem palavras — que a entrega de Jesus está próxima. Enquanto os discípulos ainda relutam em aceitar a cruz, ela se adianta. Dá o melhor que tem e, assim, unge o corpo do Senhor enquanto Ele está vivo, não espera a morte para manifestar o seu amor.
Quantas vezes, ao contrário, nós deixamos para depois o que deveria ser feito hoje? Deixamos de amar, de agradecer, de perdoar, de estar perto — até que seja tarde demais. A Segunda-feira Santa também nos mostra isso, amar hoje, amar agora, porque depois, talvez já não seja possível: “Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”. 2
O gesto de Maria escandaliza Judas, que finge preocupação com os pobres, mas esconde a avareza no coração. Incapaz de compreender o amor gratuito, ele reduz tudo ao cálculo e à utilidade. Jesus, porém, conhece a verdade e a defende: “Ela guardou isso para o dia da minha sepultura.” 1
Maria intui o que os outros ainda não veem: o corpo do Senhor será entregue. Seu gesto, silencioso e terno, antecipa a unção do sepulcro. Enquanto Judas se fecha no egoísmo, Maria oferece o melhor. Jesus acolhe o perfume do amor, que atravessa o tempo e permanece na memória da Igreja.
O Evangelho diz que “a casa inteira se encheu com o perfume”. É como se o gesto de Maria tivesse deixado uma marca invisível, mas real, naquele ambiente. E assim é com tudo o que é feito por amor. Passam-se os séculos, mas ainda sentimos o “perfume” daquele gesto. Ainda hoje, os gestos de amor verdadeiro enchem a Igreja com seu bom odor.
Maria não pregou, não discutiu e não se defendeu, apenas continuou ali derramando amor. Por isso, seu gesto foi preservado na memória do Evangelho. Ela compreendeu, antes de muitos, que Jesus caminhava para o sacrifício, e escolheu honrá-Lo com tudo o que possuía. Não havia cálculo, somente entrega.
A Missa deste dia nos prepara espiritualmente para os acontecimentos centrais da fé cristã. A primeira leitura, do livro de Isaías (42,1-7), nos conduz a contemplar o mistério de Cristo como Servo. No trecho de Isaías, vemos o anúncio daquele que virá “sem gritar, sem levantar a voz”, mas que estabelecerá a justiça com firmeza e fidelidade. O Servo não quebra a cana rachada, nem apaga a chama que ainda fumega: é um retrato do próprio Cristo — manso, paciente, perseverante.
O Salmo (Sl 26) expressa a confiança de quem caminha na escuridão, mas sabe quem é sua luz: “O Senhor é minha luz e salvação”. É a oração de quem está prestes a entrar no vale da sombra da morte, mas permanece firme, porque sabe que Deus está ao seu lado.
E o Evangelho completa esse mosaico de amor e entrega com a cena de Betânia. É uma liturgia que nos convida ao recolhimento, à contemplação e à gratidão.
O gesto de Maria nos convida a rever nossas prioridades. Quantas vezes deixamos de demonstrar amor aos que estão próximos? Quantas reconciliações são adiadas, quantas palavras ficam presas no coração até que já não possam mais ser ditas?
Maria amou antes da Cruz. E por isso seu gesto atravessa os séculos. A Igreja nos propõe essa cena logo no início da Semana Santa como um convite a fazer o mesmo: amar enquanto é tempo, honrar os que amamos hoje — antes que a dor nos leve a lamentar o que não foi feito.
Esse gesto de Maria também nos ensina que o amor verdadeiro é feito de ações concretas, mesmo que simples, mesmo que silenciosas. Não é o valor material do perfume que impressiona Jesus, mas a entrega do coração. Cada pequeno gesto de carinho, cada palavra de encorajamento, cada abraço oferecido no momento certo pode ser um bálsamo para quem carrega suas próprias cruzes. E, diante de Deus, esses gestos não se perdem — eles se tornam como o perfume de Betânia: enchem a casa, perfumam a história, permanecem na eternidade.
Não basta apenas “ver” o gesto de Maria no Evangelho. É preciso imitá-lo. É preciso que o nosso dia também seja perfumado por gestos silenciosos de amor. Aqui vão algumas orientações de como você pode viver melhor a Segunda-feira Santa:
Que tal conhecer a virtude teologal da caridade?