Neste artigo, exploramos um pouco sobre as frases de Carlo Acutis e algumas possíveis inspirações que ele teve durante sua breve vida.
Neste artigo, exploramos um pouco sobre as frases de Carlo Acutis e algumas possíveis inspirações que ele teve durante sua breve vida.
“Todos nascem originais, mas muitos morrem fotocópias”, mas também “(…)a tristeza é o olhar voltado para si mesmo, a felicidade é o olhar voltado para Deus” – a frase em Italiano na imagem em destaque -, são duas frases brilhantes, hoje inseparáveis do modo de viver e de crer levado adiante por Carlo Acutis.
Frequentemente citadas em sua homenagem, elas não foram, na verdade, cunhadas diretamente por ele. No entanto, continua impossível entender de onde ele as tirou: talvez de alguma lição escolar, do conselho de algum padre ou mesmo de leituras que ele fez de forma independente. Neste artigo, exploramos um pouco sobre as frases de Carlo Acutis e algumas possíveis inspirações dele.
A origem da frase de Carlo Acutis “Todos nascem originais, mas muitos morrem como fotocópias”
A célebre frase atribuída a Carlo Acutis, “Todos nascem como originais, mas muitos morrem como fotocópias”, encontra eco no ensaio “Conjectures on Original Composition“, de Edward Young, publicado em 1759. Nesse ensaio, Young reflete sobre a relação entre os autores de sua época e os modelos clássicos, argumentando que o espírito de imitação contrasta com o desígnio da natureza, que traz os homens ao mundo “completamente originais”.
Young observa que não há dois rostos ou mentes iguais; todos carregam a marca distinta da natureza. Ele questiona: “Nascemos originais, como é que morremos cópias?” Essa reflexão destaca a tendência humana de abandonar sua singularidade em prol da conformidade.
Outra expressão semelhante é encontrada na obra “Silence cartusien” (“Silêncio cartuxo”) de Dom Augustin Guillerand, antigo prior da Cartuxa de Vedana, falecido em 1945. Ele cita um autor anônimo: “A tristeza é o olhar sobre si mesmo; alegria é olhar para Deus!”. Guillerand sugere que as almas se sufocam quando se concentram apenas em si mesmas, enfatizando a necessidade de transcender o próprio “eu” para encontrar verdadeira felicidade em Deus.
Embora as frases de Carlo Acutis sejam inspiradas em autores anteriores, isso não diminui a profundidade de seu testemunho. O mais importante é reconhecer como Carlo reinterpretou esses ensinamentos, associando-os à sua vida cotidiana como filho e estudante. Ele substituiu a “natureza” teorizada por Young por Deus, mesmo que não explicitamente. Assim, encontrou sua originalidade e a colocou em prática utilizando todos os meios à sua disposição, especialmente seu interesse pela computação. Em vez de se conformar às expectativas sociais, Carlo seguiu seu próprio caminho, convencido de que Deus estava ao seu lado.
Carlo não buscou replicar exatamente modelos de santidade de épocas passadas, como os santos Francisco e Jacinta Marto, que foram referências para ele. Em vez disso, procurou viver a santidade em seu próprio tempo, no final do século XX e início do XXI, atento às inspirações divinas em sua vida diária.
Seu olhar nunca se voltou para si mesmo, nem mesmo diante de provações, incluindo a doença que o levou à morte. Ele contemplava Jesus na Eucaristia e reconhecia Sua presença nos desabrigados e ao ensinar sobre a fé católica. Pesquisou sobre indulgências e as últimas coisas, não para buscar o Céu sozinho, mas para inspirar outros em sua jornada espiritual.
Surpreendentemente e de forma incrivelmente rápida, Carlo tornou-se uma fonte de inspiração para muitos, especialmente para os jovens, que agora aguardam sua canonização. Ele desperta nas pessoas a busca por harmonia e autenticidade. Para Carlo, a vida, embora curta e frágil, deve ser vivida ao máximo, sem desperdício. Ele frequentemente dizia: “Não eu, mas Deus”, indicando uma vida centrada no outro e em Deus. Em suma, ele nos convida a sermos nós mesmos diante do nosso Criador e Senhor.
Carlo também refletia: “Tristeza é olhar para si mesmo, felicidade é olhar para Deus.” Ele questionava: “Por que os homens se importam tanto com a beleza de seus corpos e não com a beleza de suas almas?” Para ele, a Eucaristia era a “estrada para o Céu”.
Em seus escritos, Carlo via a Eucaristia como o “sacrifício” de Nosso Senhor em favor do homem, uma crença que o levava a enxergar o mundo com os olhos de Deus. Seu amor pela Eucaristia pode ser resumido na frase: “Quanto mais Eucaristias recebermos, mais nos tornaremos semelhantes a Jesus e, já nesta terra, teremos um antegozo do Céu.”
Para Carlo, a Eucaristia, que significa “ação de graças”, tinha dois significados principais: comunhão e adoração. Através da adoração, ele experimentava uma profunda conexão com Deus, caracterizada por silêncio, escuta e amizade. Essa força derivada da adoração fazia Carlo entender que o Corpo de Cristo não estava apenas na Eucaristia, mas também nas pessoas que amamos: os pobres, os pequenos, os estrangeiros, os doentes, os idosos, os deficientes e os solitários. Para ele, a prática da caridade e o auxílio aos necessitados eram extensões naturais de sua devoção eucarística.
Leia mais sobre: A relação de Carlo com a caridade.
Carlo acreditava que “a conversão nada mais é do que mover o olhar de baixo para cima; um simples movimento dos olhos é suficiente.”
Sua espiritualidade combinava elementos de misticismo e ascetismo, comunhão e contemplação, demonstrando que a santidade é possível a todos que buscam viver uma vida centrada em Deus e no serviço ao próximo!
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“Todos nascem originais, mas muitos morrem fotocópias”, mas também “(…)a tristeza é o olhar voltado para si mesmo, a felicidade é o olhar voltado para Deus” – a frase em Italiano na imagem em destaque -, são duas frases brilhantes, hoje inseparáveis do modo de viver e de crer levado adiante por Carlo Acutis.
Frequentemente citadas em sua homenagem, elas não foram, na verdade, cunhadas diretamente por ele. No entanto, continua impossível entender de onde ele as tirou: talvez de alguma lição escolar, do conselho de algum padre ou mesmo de leituras que ele fez de forma independente. Neste artigo, exploramos um pouco sobre as frases de Carlo Acutis e algumas possíveis inspirações dele.
A origem da frase de Carlo Acutis “Todos nascem originais, mas muitos morrem como fotocópias”
A célebre frase atribuída a Carlo Acutis, “Todos nascem como originais, mas muitos morrem como fotocópias”, encontra eco no ensaio “Conjectures on Original Composition“, de Edward Young, publicado em 1759. Nesse ensaio, Young reflete sobre a relação entre os autores de sua época e os modelos clássicos, argumentando que o espírito de imitação contrasta com o desígnio da natureza, que traz os homens ao mundo “completamente originais”.
Young observa que não há dois rostos ou mentes iguais; todos carregam a marca distinta da natureza. Ele questiona: “Nascemos originais, como é que morremos cópias?” Essa reflexão destaca a tendência humana de abandonar sua singularidade em prol da conformidade.
Outra expressão semelhante é encontrada na obra “Silence cartusien” (“Silêncio cartuxo”) de Dom Augustin Guillerand, antigo prior da Cartuxa de Vedana, falecido em 1945. Ele cita um autor anônimo: “A tristeza é o olhar sobre si mesmo; alegria é olhar para Deus!”. Guillerand sugere que as almas se sufocam quando se concentram apenas em si mesmas, enfatizando a necessidade de transcender o próprio “eu” para encontrar verdadeira felicidade em Deus.
Embora as frases de Carlo Acutis sejam inspiradas em autores anteriores, isso não diminui a profundidade de seu testemunho. O mais importante é reconhecer como Carlo reinterpretou esses ensinamentos, associando-os à sua vida cotidiana como filho e estudante. Ele substituiu a “natureza” teorizada por Young por Deus, mesmo que não explicitamente. Assim, encontrou sua originalidade e a colocou em prática utilizando todos os meios à sua disposição, especialmente seu interesse pela computação. Em vez de se conformar às expectativas sociais, Carlo seguiu seu próprio caminho, convencido de que Deus estava ao seu lado.
Carlo não buscou replicar exatamente modelos de santidade de épocas passadas, como os santos Francisco e Jacinta Marto, que foram referências para ele. Em vez disso, procurou viver a santidade em seu próprio tempo, no final do século XX e início do XXI, atento às inspirações divinas em sua vida diária.
Seu olhar nunca se voltou para si mesmo, nem mesmo diante de provações, incluindo a doença que o levou à morte. Ele contemplava Jesus na Eucaristia e reconhecia Sua presença nos desabrigados e ao ensinar sobre a fé católica. Pesquisou sobre indulgências e as últimas coisas, não para buscar o Céu sozinho, mas para inspirar outros em sua jornada espiritual.
Surpreendentemente e de forma incrivelmente rápida, Carlo tornou-se uma fonte de inspiração para muitos, especialmente para os jovens, que agora aguardam sua canonização. Ele desperta nas pessoas a busca por harmonia e autenticidade. Para Carlo, a vida, embora curta e frágil, deve ser vivida ao máximo, sem desperdício. Ele frequentemente dizia: “Não eu, mas Deus”, indicando uma vida centrada no outro e em Deus. Em suma, ele nos convida a sermos nós mesmos diante do nosso Criador e Senhor.
Carlo também refletia: “Tristeza é olhar para si mesmo, felicidade é olhar para Deus.” Ele questionava: “Por que os homens se importam tanto com a beleza de seus corpos e não com a beleza de suas almas?” Para ele, a Eucaristia era a “estrada para o Céu”.
Em seus escritos, Carlo via a Eucaristia como o “sacrifício” de Nosso Senhor em favor do homem, uma crença que o levava a enxergar o mundo com os olhos de Deus. Seu amor pela Eucaristia pode ser resumido na frase: “Quanto mais Eucaristias recebermos, mais nos tornaremos semelhantes a Jesus e, já nesta terra, teremos um antegozo do Céu.”
Para Carlo, a Eucaristia, que significa “ação de graças”, tinha dois significados principais: comunhão e adoração. Através da adoração, ele experimentava uma profunda conexão com Deus, caracterizada por silêncio, escuta e amizade. Essa força derivada da adoração fazia Carlo entender que o Corpo de Cristo não estava apenas na Eucaristia, mas também nas pessoas que amamos: os pobres, os pequenos, os estrangeiros, os doentes, os idosos, os deficientes e os solitários. Para ele, a prática da caridade e o auxílio aos necessitados eram extensões naturais de sua devoção eucarística.
Leia mais sobre: A relação de Carlo com a caridade.
Carlo acreditava que “a conversão nada mais é do que mover o olhar de baixo para cima; um simples movimento dos olhos é suficiente.”
Sua espiritualidade combinava elementos de misticismo e ascetismo, comunhão e contemplação, demonstrando que a santidade é possível a todos que buscam viver uma vida centrada em Deus e no serviço ao próximo!