O Santo Sudário é real? Neste artigo, entenda a posição da ciência e confira evidências baseadas em alguns estudos e testes históricos.
O Santo Sudário é real? Neste artigo, entenda a posição da ciência e confira evidências baseadas em alguns estudos e testes históricos.
Poucas coisas cativam tanto nosso imaginário quanto relíquias que, de alguma forma, se relacionam com o mundo sobrenatural. E no grupo das mais fascinantes se encontra o Sudário de Turim. É alvo de debates ao longo de séculos e que se intensificaram com o advento da técnica do Carbono-14 que, supostamente, o decretou como uma falsificação da Idade Média. Afinal, será que o Santo Sudário é real?
Esperamos, nesse artigo, mostrar a seguinte realidade a você: se se trata de uma falsificação, estamos diante do maior gênio anatomista, fotógrafo, especialista em pólen, arqueologista e historiador de todos os tempos. Pois em todas essas esferas o Sudário apontam para uma única direção: a mortalha que cobriu Nosso Senhor Jesus Cristo.
O Santo Sudário é um pedaço generoso de tecido (com 4m de comprimento) em que vemos os traços de um homem de aproximadamente 1,80m de altura. Nesses traços é possível ver numerosos machucados espalhados pelo corpo.
O rosto possui uma singular majestade, cabelos longos e barba. É possível ver na região da face várias marcações puntiformes acima da testa, compatíveis com lesões por espinhos. No dorso da mão que aparece (as mãos estão cruzadas na região da genitália, cobrindo-na), uma grande marca, compatível com um furo. Na região do tórax, nova marca, compatível com uma grande perfuração. Esse é um pequeno resumo. Os estudos anatômicos dos achados encontrados no Sudário possuem pelo menos 300 páginas!
Portanto, é hipótese de grande importância que esse é o pano que cobriu Jesus Cristo após a sua morte de cruz, sendo possível identificar, como citado acima: 1) as marcas de flagelação; 2) as marcas da coroação de espinhos; 3) as marcas dos pregos e 4) a marca da lança.
Confira também o artigo com mais detalhes sobre a história do Santo Sudário de Turim.
Quando nos dedicamos a entender um pouco mais sobre o Sudário, percebemos rapidamente que passa muito longe de ser apenas uma relíquia. Ele é fonte de estudo de especialistas do mundo inteiro. Vejam alguns exemplos:
1) Historiadores e arqueologistas, que se debruçam a estudar o método de crucificação romano e compreendê-lo dentro do Sudário.
2) Médicos e anatomistas, que são capazes de dar informações fisiopatológicas do processo de morte do homem lá representado, além de descrever com detalhes sua estatura e fisiologia.
3) Especialistas em plantas que, com a otimização dos métodos microscópicos, conseguem determinar a presença de pólen entre as fibras do tecido.
4) Especialistas em tecidos que conseguem correlacionar o método de confecção do pano com o que era comum em outras épocas e civilizações, como a Idade Média e os povos egípicios.
5) Fotógrafos que, com o advento da fotografia e do negativo, conseguem dar vivacidade à imagem outrora sutil do Sudário.
É como se vários caminhos separados fossem trilhados nesse instigante processo de estudo. A questão é: caminham em direção à veracidade desse objeto? O Santo Sudário é real?
Há pelo menos 500 anos, desde que temos maior quantidade de informações sobre o Santo Sudário, existe um intenso debate se o mesmo é real ou uma falsificação. E até a realização de um teste de Carbono-14, grande parte dos estudiosos se baseavam nas esferas que citamos no tópico acima.
Em linhas gerais, em que consiste o teste de Carbono-14? Basicamente, estimamos a idade de um objeto utilizando a meia vida de uma substância. E o que é “meia-vida”? É o tempo que uma substância demora para ser decomposta pela metade. Logo, ao medir a quantidade de Carbono-14 em algum objeto, conseguimos deduzir há quanto tempo aquele objeto existe.
Então, em 1988, após longa resistência, foi autorizada a retirada de fragmentos diminutos do Santo Sudário para passar pelo teste que ganhava fama. O processo foi cercado de muita curiosidade, pois tecnicamente seria a primeira vez que uma análise objetiva seria feita.
O resultado foi um banho de água fria em boa parte dos estudiosos favoráveis à autenticidade, pois mostrou que o Santo Sudário datava da Idade Média. Assim, durante vários anos, tentaram questionar a datação, levantando hipóteses diversas, como a formação de biofilme que falsearia a verdadeira idade. Nenhuma delas se sustentava e, por isso, o Carbono-14 se apresentava como um imponente descrédito.
Porém, um pesado questionamento apareceu e estremeceu mais uma vez esse campo de batalha. Os estudiosos favoráveis ao Santo Sudário se recusavam a aceitar tão passivamente uma informação que ia contra outras tantas que tornavam completamente inverossímil a possibilidade de fraude (iremos destacar algumas abaixo!). Eles continuavam a afirmar que o Santo Sudário é real.
Mas na ciência, apenas recusar não é argumento. Precisamos seguir minuciosamente o chamado método científico: levantar uma hipótese, questioná-la, testá-la e chegar à conclusões sem viés, doa a quem doer.
E foi exatamente isso que esse grupo de pesquisadores questionou: a datação de Carbono-14 seguiu tudo, menos o método científico.
1) O tipo de tecido: o Santo Sudário foi recortado em suas extremidades, com pedaços bem pequenos. Sabemos que o tecido foi restaurado pelo menos quatro vezes. Apesar de não terem sido retiradas amostras das regiões sabidamente restauradas, é muita inocência achar que não houveram outras restaurações ao longo dos séculos, principalmente nas suas extremidades. Para resolver isso, seria necessário mais amostras de outros locais.
2) O número de laboratórios: foi reduzido de sete para quatro, o que aumenta a chance de viés.
3) O grupo controle: sempre precisamos de uma amostra controle para comparativo, porém essa amostra não pode ser identificável como tal. O pedaço de tecido escolhido era totalmente diferente do pedaço do Sudário. Portanto, não houve grupo controle no padrão correto.
Isso, para qualquer estudioso sério, invalida os resultados, gerando necessidade de repetição sob condições ideais. Claro que entendemos que isso não é fácil, pois envolve retalhar uma relíquia preciosíssima.
Apenas a vontade que o Santo Sudário seja real não sustenta o afã dos pesquisadores. Esse empenho se baseia em inúmeras evidências que atestam a autenticidade do Sudário. Novamente, isso é um tema de mais de 500 páginas! Mas vamos resumir alguns pontos interessantes:
Nos estudos de microscopia, foram identificados uma quantidade importante de pólens. E boa parte das espécies identificadas são muito comuns na região da Palestina. Isso é um atestado de que o Santo Sudário esteve na região. Um falsário pensar em levar o tecido para a região de Jerusalém para captar o pólen só nos faz pensar o quão dedicado ele é!
Um argumento tipicamente utilizado é o de que o pólen viaja pelo ar. Novamente podemos pensar: quanta dedicação do pólen de múltiplas espécies para viajar centenas de quilômetros para repousar no Sudário!
Até hoje, todas as análises (incluindo estudos em infravermelho), foram unânimes em demonstrar que a imagem não é uma pintura. Não se evidencia pinceladas nem foram identificados pigmentos comumente utilizados (nem na Idade Média nem na Antiguidade).
A teoria mais provável para a formação da imagem é uma reação química causada por algumas substâncias produzidas pelo sangue e pela pele em contato com o tecido. E isso corrobora a tese de que o pano é uma mortalha e não uma tela de pintura.
Os detalhes de precisão anatômica também são extraordinários. Os polegares não aparecem, como não deveriam, pois na nossa posição normal eles ficam levemente escondidos dentro da palma. As angulações articulares são impecáveis. Os locais de inserção dos pregos são precisos.
Por fim, as regiões com sangue apresentam um achado muito específico chamado halo de albumina. Esse achado ocorre por separação dos componentes do sangue e só foram descobertos no último século, com o avançar de técnicas de imagem infravermelha.
Diante de tudo, podemos dizer ou que o Santo Sudário é autêntico ou temos o falsário de maior dedicação de todos os tempos.
Temos que comentar sempre de acordo com as evidências. É muito difundido pelo meio católico que o sangue do Sudário é do tipo AB, o mesmo achado nos milagres eucarísticos. Essa informação é parcialmente verdadeira.
O sangue identificado é sim AB, porém quanto mais antiga é a amostra, maior a taxa de falsos positivos justamente para o sangue AB. Isso ocorre porque substâncias do ambiente vão “colando” no sangue, gerando falsa interpretação da reação utilizada para a tipagem sanguínea.
Isso não significa que não é AB. Significa que pela metodologia utilizada na época, não podemos afirmar com segurança o tipo sanguíneo.
Se amanhã o Sudário se provar falso, isso em nada muda nossa realidade. Toda a base da nossa fé está na Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor, atestada nas Sagradas Escrituras e na tradição apostólica desde sempre.
O Sudário, compilando tudo o que tem a oferecer, se comporta como a mais antiga Via Sacra de todas, uma vez que ali se encontram as marcas emocionantes e constrangedoras dos sofrimentos que Nosso Senhor passou por puro amor a nós. Que ele seja, portanto, não um depositário de fé em si mesmo, mas uma relíquia de profunda devoção, na qual nos apoiamos para melhor meditar sobre a Paixão.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Poucas coisas cativam tanto nosso imaginário quanto relíquias que, de alguma forma, se relacionam com o mundo sobrenatural. E no grupo das mais fascinantes se encontra o Sudário de Turim. É alvo de debates ao longo de séculos e que se intensificaram com o advento da técnica do Carbono-14 que, supostamente, o decretou como uma falsificação da Idade Média. Afinal, será que o Santo Sudário é real?
Esperamos, nesse artigo, mostrar a seguinte realidade a você: se se trata de uma falsificação, estamos diante do maior gênio anatomista, fotógrafo, especialista em pólen, arqueologista e historiador de todos os tempos. Pois em todas essas esferas o Sudário apontam para uma única direção: a mortalha que cobriu Nosso Senhor Jesus Cristo.
O Santo Sudário é um pedaço generoso de tecido (com 4m de comprimento) em que vemos os traços de um homem de aproximadamente 1,80m de altura. Nesses traços é possível ver numerosos machucados espalhados pelo corpo.
O rosto possui uma singular majestade, cabelos longos e barba. É possível ver na região da face várias marcações puntiformes acima da testa, compatíveis com lesões por espinhos. No dorso da mão que aparece (as mãos estão cruzadas na região da genitália, cobrindo-na), uma grande marca, compatível com um furo. Na região do tórax, nova marca, compatível com uma grande perfuração. Esse é um pequeno resumo. Os estudos anatômicos dos achados encontrados no Sudário possuem pelo menos 300 páginas!
Portanto, é hipótese de grande importância que esse é o pano que cobriu Jesus Cristo após a sua morte de cruz, sendo possível identificar, como citado acima: 1) as marcas de flagelação; 2) as marcas da coroação de espinhos; 3) as marcas dos pregos e 4) a marca da lança.
Confira também o artigo com mais detalhes sobre a história do Santo Sudário de Turim.
Quando nos dedicamos a entender um pouco mais sobre o Sudário, percebemos rapidamente que passa muito longe de ser apenas uma relíquia. Ele é fonte de estudo de especialistas do mundo inteiro. Vejam alguns exemplos:
1) Historiadores e arqueologistas, que se debruçam a estudar o método de crucificação romano e compreendê-lo dentro do Sudário.
2) Médicos e anatomistas, que são capazes de dar informações fisiopatológicas do processo de morte do homem lá representado, além de descrever com detalhes sua estatura e fisiologia.
3) Especialistas em plantas que, com a otimização dos métodos microscópicos, conseguem determinar a presença de pólen entre as fibras do tecido.
4) Especialistas em tecidos que conseguem correlacionar o método de confecção do pano com o que era comum em outras épocas e civilizações, como a Idade Média e os povos egípicios.
5) Fotógrafos que, com o advento da fotografia e do negativo, conseguem dar vivacidade à imagem outrora sutil do Sudário.
É como se vários caminhos separados fossem trilhados nesse instigante processo de estudo. A questão é: caminham em direção à veracidade desse objeto? O Santo Sudário é real?
Há pelo menos 500 anos, desde que temos maior quantidade de informações sobre o Santo Sudário, existe um intenso debate se o mesmo é real ou uma falsificação. E até a realização de um teste de Carbono-14, grande parte dos estudiosos se baseavam nas esferas que citamos no tópico acima.
Em linhas gerais, em que consiste o teste de Carbono-14? Basicamente, estimamos a idade de um objeto utilizando a meia vida de uma substância. E o que é “meia-vida”? É o tempo que uma substância demora para ser decomposta pela metade. Logo, ao medir a quantidade de Carbono-14 em algum objeto, conseguimos deduzir há quanto tempo aquele objeto existe.
Então, em 1988, após longa resistência, foi autorizada a retirada de fragmentos diminutos do Santo Sudário para passar pelo teste que ganhava fama. O processo foi cercado de muita curiosidade, pois tecnicamente seria a primeira vez que uma análise objetiva seria feita.
O resultado foi um banho de água fria em boa parte dos estudiosos favoráveis à autenticidade, pois mostrou que o Santo Sudário datava da Idade Média. Assim, durante vários anos, tentaram questionar a datação, levantando hipóteses diversas, como a formação de biofilme que falsearia a verdadeira idade. Nenhuma delas se sustentava e, por isso, o Carbono-14 se apresentava como um imponente descrédito.
Porém, um pesado questionamento apareceu e estremeceu mais uma vez esse campo de batalha. Os estudiosos favoráveis ao Santo Sudário se recusavam a aceitar tão passivamente uma informação que ia contra outras tantas que tornavam completamente inverossímil a possibilidade de fraude (iremos destacar algumas abaixo!). Eles continuavam a afirmar que o Santo Sudário é real.
Mas na ciência, apenas recusar não é argumento. Precisamos seguir minuciosamente o chamado método científico: levantar uma hipótese, questioná-la, testá-la e chegar à conclusões sem viés, doa a quem doer.
E foi exatamente isso que esse grupo de pesquisadores questionou: a datação de Carbono-14 seguiu tudo, menos o método científico.
1) O tipo de tecido: o Santo Sudário foi recortado em suas extremidades, com pedaços bem pequenos. Sabemos que o tecido foi restaurado pelo menos quatro vezes. Apesar de não terem sido retiradas amostras das regiões sabidamente restauradas, é muita inocência achar que não houveram outras restaurações ao longo dos séculos, principalmente nas suas extremidades. Para resolver isso, seria necessário mais amostras de outros locais.
2) O número de laboratórios: foi reduzido de sete para quatro, o que aumenta a chance de viés.
3) O grupo controle: sempre precisamos de uma amostra controle para comparativo, porém essa amostra não pode ser identificável como tal. O pedaço de tecido escolhido era totalmente diferente do pedaço do Sudário. Portanto, não houve grupo controle no padrão correto.
Isso, para qualquer estudioso sério, invalida os resultados, gerando necessidade de repetição sob condições ideais. Claro que entendemos que isso não é fácil, pois envolve retalhar uma relíquia preciosíssima.
Apenas a vontade que o Santo Sudário seja real não sustenta o afã dos pesquisadores. Esse empenho se baseia em inúmeras evidências que atestam a autenticidade do Sudário. Novamente, isso é um tema de mais de 500 páginas! Mas vamos resumir alguns pontos interessantes:
Nos estudos de microscopia, foram identificados uma quantidade importante de pólens. E boa parte das espécies identificadas são muito comuns na região da Palestina. Isso é um atestado de que o Santo Sudário esteve na região. Um falsário pensar em levar o tecido para a região de Jerusalém para captar o pólen só nos faz pensar o quão dedicado ele é!
Um argumento tipicamente utilizado é o de que o pólen viaja pelo ar. Novamente podemos pensar: quanta dedicação do pólen de múltiplas espécies para viajar centenas de quilômetros para repousar no Sudário!
Até hoje, todas as análises (incluindo estudos em infravermelho), foram unânimes em demonstrar que a imagem não é uma pintura. Não se evidencia pinceladas nem foram identificados pigmentos comumente utilizados (nem na Idade Média nem na Antiguidade).
A teoria mais provável para a formação da imagem é uma reação química causada por algumas substâncias produzidas pelo sangue e pela pele em contato com o tecido. E isso corrobora a tese de que o pano é uma mortalha e não uma tela de pintura.
Os detalhes de precisão anatômica também são extraordinários. Os polegares não aparecem, como não deveriam, pois na nossa posição normal eles ficam levemente escondidos dentro da palma. As angulações articulares são impecáveis. Os locais de inserção dos pregos são precisos.
Por fim, as regiões com sangue apresentam um achado muito específico chamado halo de albumina. Esse achado ocorre por separação dos componentes do sangue e só foram descobertos no último século, com o avançar de técnicas de imagem infravermelha.
Diante de tudo, podemos dizer ou que o Santo Sudário é autêntico ou temos o falsário de maior dedicação de todos os tempos.
Temos que comentar sempre de acordo com as evidências. É muito difundido pelo meio católico que o sangue do Sudário é do tipo AB, o mesmo achado nos milagres eucarísticos. Essa informação é parcialmente verdadeira.
O sangue identificado é sim AB, porém quanto mais antiga é a amostra, maior a taxa de falsos positivos justamente para o sangue AB. Isso ocorre porque substâncias do ambiente vão “colando” no sangue, gerando falsa interpretação da reação utilizada para a tipagem sanguínea.
Isso não significa que não é AB. Significa que pela metodologia utilizada na época, não podemos afirmar com segurança o tipo sanguíneo.
Se amanhã o Sudário se provar falso, isso em nada muda nossa realidade. Toda a base da nossa fé está na Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor, atestada nas Sagradas Escrituras e na tradição apostólica desde sempre.
O Sudário, compilando tudo o que tem a oferecer, se comporta como a mais antiga Via Sacra de todas, uma vez que ali se encontram as marcas emocionantes e constrangedoras dos sofrimentos que Nosso Senhor passou por puro amor a nós. Que ele seja, portanto, não um depositário de fé em si mesmo, mas uma relíquia de profunda devoção, na qual nos apoiamos para melhor meditar sobre a Paixão.