Confira neste artigo o que é o Santo Sudário, o pano que teria envolvido o corpo de Jesus, e o que a ciência e a Igreja dizem sobre ele.
Confira neste artigo o que é o Santo Sudário, o pano que teria envolvido o corpo de Jesus, e o que a ciência e a Igreja dizem sobre ele.
Confira neste artigo o que é o Santo Sudário, o pano que teria envolvido o corpo de Jesus, e o que a ciência e a Igreja dizem sobre ele.
O Santo Sudário emerge como uma fonte enriquecedora para a fé dos católicos, ao mesmo tempo em que permanece um mistério para muitos pesquisadores. Sem dúvida, a fé dos católicos na Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo não está condicionada à comprovação do Sudário como o tecido que teria envolvido o corpo de Nosso Salvador. No entanto, conhecer mais sobre a sua história aumenta a nossa fé permitindo-nos visualizar os sofrimentos de Cristo de maneira mais concreta.
Confira neste artigo uma apresentação do Santo Sudário, por onde ele passou, onde se encontra hoje, além das suas principais características e presença nas Escrituras.
O Santo Sudário, também conhecido como mortalha de Turim, destaca-se como uma possível relíquia ligada à Paixão de Cristo. Acredita-se que esse sudário foi a mortalha usada para envolver o corpo de Jesus. Desse modo, o pano exibe as marcantes silhuetas das faces ventral e dorsal do Cristo morto. As evidências visíveis na imagem incluem os ferimentos decorrentes da flagelação, as perfurações nas mãos e nos pés, além da ferida no lado.
Vale ressaltar que esta mortalha, também designada como Santo Sudário, não deve se confundir com aquela toalha usada para enxugar o rosto de Jesus, conforme retratado no gesto de Verônica na sexta estação da Via-Sacra. Além disso, este não seria o pano que teria coberto a cabeça de Jesus desde a sua morte até a sua deposição no sepulcro. Esta mortalha sobre a qual estamos abordando neste artigo é a extensa peça de tecido cuidadosamente dobrada acima da cabeça e que envolve todo o corpo do Cristo.
Você sabe por que Cristo é chamado de Cordeiro de Deus?
Algumas passagens bíblicas relatam os panos e a mortalha que envolveram o corpo de Jesus após a crucificação. Os Evangelhos de Mateus 1, Marcos 2 e Lucas 3 destacam o ato de José de Arimatéia, que envolveu o corpo do Cristo em um lençol limpo e o colocou em seu próprio sepulcro novo.
José, tomando o corpo, envolveu-o num lençol limpo e o pôs em seu túmulo novo, que talhara na
rocha. 4
Além disso, o Evangelho de João também narra o que fizeram José de Arimatéia e Nicodemos.
“Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar.” 5
Depois, lemos também no Evangelho de São João o seguinte relato
No primeiro dia que se seguia ao sábado […] Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro. Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou. Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão. Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte. 6
Embora os termos possam variar, a ênfase das passagens bíblicas está nos cuidados dados ao corpo de Jesus após a sua morte. Além disso, elas apresentam algumas características dos panos utilizados naquele contexto. O intuito aqui não é provar se há ou não menção do Santo Sudário na Bíblia, mas apresentar o modo como os panos que estiveram presentes, envolvendo o corpo de Jesus na sua Paixão, aparecem nas Escrituras e se relacionam com a Mortalha de Turim.
Conheça a origem do período da Quaresma.
A história da descoberta do Santo Sudário apresenta tanto evidências quanto mistérios, portanto não há informações específicas. Os Evangelhos não fornecem indicações claras sobre o que aconteceu com os panos encontrados no sepulcro de Jesus, mas o fato de todos os evangelistas os mencionarem, sobretudo João que relata até a o modo como eles estavam dispostos, leva-nos a acreditar que tais panos tenham sido preservados.
Muitos textos não nos são úteis nesse sentido, uma vez que são muito imprecisos, como alguns evangelhos apócrifos. Além disso, é possível que os primeiros depositários desses panos da Paixão, como a Mortalha ou Sudário, podem ter conservado discretamente o tecido ao longo das gerações, evitando exibi-los publicamente.
Segundo a tradição síria e grega, um discípulo chamado Tadeu, não o dos Doze, mas um dos 72 enviados em missão, teria levado de Jerusalém para a cidade mesopotâmica de Edessa um tecido misterioso com a marca do Senhor.
Depois, transferido para Constantinopla em 944, o Sudário eventualmente chegou à França no século XIV, em Lirey, em Champagne, nas mãos de Godofredo de Charny, um prestigioso cavaleiro do círculo de Filipe VI de Valois. Durante sua história, esta mortalha passou por diferentes locais e períodos. E, por fim, teria sido levada para Chambery, na França, em 1532, onde um incêndio na Sainte-Chapelle a teria danificado, mas não inteiramente.
Que tal meditar sobre a crucificação de Jesus a partir das visões da beata Anna Catarina Emerich?
Hoje, o Santo Sudário está preservado em Turim, uma cidade da Itália. Ele se encontra na Catedral de São João Batista, onde permanece como uma peça central de devoção para muitos cristãos e, assim, fica exposto para a veneração dos fiéis.
O Santo Sudário ganhou notoriedade no século XIV, quando foi registrado pela primeira vez em Lirey, na França. Mas, como vimos, há uma tradição que menciona uma possível trajetória desde Jerusalém até Edessa antes de sua aparição mais conhecida na Europa.
Alguns acreditam que esta mortalha pode ter sido mantida secretamente por séculos, outros sugerem que ela pode ter vindo do Oriente Médio. Não é possível, até o momento, determinar localizações precisas do percurso deste tecido desde o Santo Sepulcro até a cidade de Turim séculos depois.
A mortalha de Turim é uma peça feita de linho natural sem tingimento. Ela possui 4,425 metros de comprimento por 1,137 metros de largura, apresentando uma trama em forma de espinha de peixe, que a torna flexível e resistente. O manto não apresenta borda ou franjas, mas conta com uma faixa lateral de 8 centímetros costurada, originada do mesmo rolo de tecido. Além disso, a sua coloração apresenta tons pálidos que variam do bege ao sépia, contribuindo para a singularidade da peça.
Quanto ao tecido do Santo Sudário, observa-se algumas dobras desfavoráveis devido a imperfeições de conservação ao longo dos séculos. Algumas áreas também sofreram os efeitos de pequenas queimaduras antigas, em forma de quadrado, e manchas de água usadas para apagar o incêndio. Além disso, são visíveis alguns remendos triangulares maiores, resultado dos danos causados durante o incêndio da Sainte-Chapelle de Chambéry, em 4 de dezembro de 1532.
Conheça as devoções da Igreja para cada mês do ano.
Segundo São João Paulo II,
“O Sudário é uma constante provocação para a ciência e a inteligência.” 7
A comunidade científica tem explorado o Santo Sudário através de análises abrangentes, incluindo testes de radiocarbono e estudos de imagem. O teste de radiocarbono realizado em 1988, que datou o tecido entre os anos 1260 e 1390, gerou dúvidas sobre a autenticidade da mortalha. No entanto, contestações foram levantadas quanto à precisão desse teste, sugerindo possíveis contaminações nas amostras e falhas na execução, tornando a datação por carbono-14 inconclusiva.
Além das controvérsias da datação, a imagem no Sudário apresenta características intrigantes. A perfeita isotropia da imagem, indicando sua planicidade no tecido, assim como a complexidade em reproduzir todas as características da imagem com tecnologia conhecida, levanta questões sobre a impossibilidade de ser uma criação humana.
Em resumo, não há consenso científico a respeito do Santo Sudário. Enquanto isso, alguns elementos corroboram a hipótese de que ele possa ser mesmo a mortalha que envolveu o corpo de Jesus. Entre eles, o tipo de tecido, a presença de pólen de plantas palestinas e a tridimensionalidade da imagem — ou seja, uma aparência de profundidade e relevo que desafia explicações convencionais.
Conheça a relação que existe entre o Calvário e a Missa na obra de Fulton Sheen.
Embora fique exposto para a veneração dos fiéis e desperte a devoção de muitos, a mortalha de Turim não é um artigo de fé. Portanto, não há um pronunciamento oficial da Igreja a respeito da autenticidade do Sudário, que há anos é submetido a testes científicos. Mas, ainda que não seja considerado uma relíquia, a Santa Igreja compreende a importância de ícones como esse para enriquecer a fé do seu povo.
Não podemos negar que existe a impressão de um homem crucificado naquele pano de linho. Sendo assim, a imagem fornece informações relevantes e significativas sobre o sofrimento e a morte de Cristo. Ao longo do tempo, diversos papas não só visitaram o local onde se encontra o Santo Sudário, mas também se pronunciaram a respeito dele.
São João Paulo II, em um momento solene de veneração diante do Sudário, em 1998 aponta que
A Igreja exorta a enfrentar o estudo do Sudário sem posições preconcebidas, que dão por comprovados resultados que tais não são; convida-os a agir com liberdade interior e solícito respeito quer pela metodologia científica quer pela sensibilidade dos crentes. O que sobretudo conta para o crente é o fato de o Sudário ser espelho do Evangelho. Com efeito, se se reflete sobre o Linho sagrado, não se pode prescindir da consideração que a imagem nele presente tem uma relação tão profunda com quanto os Evangelhos narram a respeito da paixão e morte de Jesus, que todo o homem sensível se sente interiormente tocado e comovido ao contemplá-lo. 8
O Papa Bento XVI também prestou homenagem ao Sudário, chamando-o de “ícone escrito com o Sangue”. 9 Em suas palavras, destacou a conexão entre a imagem impressa na mortalha e a profunda realidade da Paixão de Cristo.
Assim, o que a Igreja Católica deseja em relação ao Santo Sudário é que este ícone, independentemente de sua autenticidade, leve os fiéis a uma reflexão a respeito do sacrifício redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz por cada um de nós.
Depois de entender a importância de meditar sobre a crucificação, que tal conhecer 5 práticas para viver bem a Quaresma?
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Confira neste artigo o que é o Santo Sudário, o pano que teria envolvido o corpo de Jesus, e o que a ciência e a Igreja dizem sobre ele.
O Santo Sudário emerge como uma fonte enriquecedora para a fé dos católicos, ao mesmo tempo em que permanece um mistério para muitos pesquisadores. Sem dúvida, a fé dos católicos na Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo não está condicionada à comprovação do Sudário como o tecido que teria envolvido o corpo de Nosso Salvador. No entanto, conhecer mais sobre a sua história aumenta a nossa fé permitindo-nos visualizar os sofrimentos de Cristo de maneira mais concreta.
Confira neste artigo uma apresentação do Santo Sudário, por onde ele passou, onde se encontra hoje, além das suas principais características e presença nas Escrituras.
O Santo Sudário, também conhecido como mortalha de Turim, destaca-se como uma possível relíquia ligada à Paixão de Cristo. Acredita-se que esse sudário foi a mortalha usada para envolver o corpo de Jesus. Desse modo, o pano exibe as marcantes silhuetas das faces ventral e dorsal do Cristo morto. As evidências visíveis na imagem incluem os ferimentos decorrentes da flagelação, as perfurações nas mãos e nos pés, além da ferida no lado.
Vale ressaltar que esta mortalha, também designada como Santo Sudário, não deve se confundir com aquela toalha usada para enxugar o rosto de Jesus, conforme retratado no gesto de Verônica na sexta estação da Via-Sacra. Além disso, este não seria o pano que teria coberto a cabeça de Jesus desde a sua morte até a sua deposição no sepulcro. Esta mortalha sobre a qual estamos abordando neste artigo é a extensa peça de tecido cuidadosamente dobrada acima da cabeça e que envolve todo o corpo do Cristo.
Você sabe por que Cristo é chamado de Cordeiro de Deus?
Algumas passagens bíblicas relatam os panos e a mortalha que envolveram o corpo de Jesus após a crucificação. Os Evangelhos de Mateus 1, Marcos 2 e Lucas 3 destacam o ato de José de Arimatéia, que envolveu o corpo do Cristo em um lençol limpo e o colocou em seu próprio sepulcro novo.
José, tomando o corpo, envolveu-o num lençol limpo e o pôs em seu túmulo novo, que talhara na
rocha. 4
Além disso, o Evangelho de João também narra o que fizeram José de Arimatéia e Nicodemos.
“Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar.” 5
Depois, lemos também no Evangelho de São João o seguinte relato
No primeiro dia que se seguia ao sábado […] Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro. Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou. Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão. Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte. 6
Embora os termos possam variar, a ênfase das passagens bíblicas está nos cuidados dados ao corpo de Jesus após a sua morte. Além disso, elas apresentam algumas características dos panos utilizados naquele contexto. O intuito aqui não é provar se há ou não menção do Santo Sudário na Bíblia, mas apresentar o modo como os panos que estiveram presentes, envolvendo o corpo de Jesus na sua Paixão, aparecem nas Escrituras e se relacionam com a Mortalha de Turim.
Conheça a origem do período da Quaresma.
A história da descoberta do Santo Sudário apresenta tanto evidências quanto mistérios, portanto não há informações específicas. Os Evangelhos não fornecem indicações claras sobre o que aconteceu com os panos encontrados no sepulcro de Jesus, mas o fato de todos os evangelistas os mencionarem, sobretudo João que relata até a o modo como eles estavam dispostos, leva-nos a acreditar que tais panos tenham sido preservados.
Muitos textos não nos são úteis nesse sentido, uma vez que são muito imprecisos, como alguns evangelhos apócrifos. Além disso, é possível que os primeiros depositários desses panos da Paixão, como a Mortalha ou Sudário, podem ter conservado discretamente o tecido ao longo das gerações, evitando exibi-los publicamente.
Segundo a tradição síria e grega, um discípulo chamado Tadeu, não o dos Doze, mas um dos 72 enviados em missão, teria levado de Jerusalém para a cidade mesopotâmica de Edessa um tecido misterioso com a marca do Senhor.
Depois, transferido para Constantinopla em 944, o Sudário eventualmente chegou à França no século XIV, em Lirey, em Champagne, nas mãos de Godofredo de Charny, um prestigioso cavaleiro do círculo de Filipe VI de Valois. Durante sua história, esta mortalha passou por diferentes locais e períodos. E, por fim, teria sido levada para Chambery, na França, em 1532, onde um incêndio na Sainte-Chapelle a teria danificado, mas não inteiramente.
Que tal meditar sobre a crucificação de Jesus a partir das visões da beata Anna Catarina Emerich?
Hoje, o Santo Sudário está preservado em Turim, uma cidade da Itália. Ele se encontra na Catedral de São João Batista, onde permanece como uma peça central de devoção para muitos cristãos e, assim, fica exposto para a veneração dos fiéis.
O Santo Sudário ganhou notoriedade no século XIV, quando foi registrado pela primeira vez em Lirey, na França. Mas, como vimos, há uma tradição que menciona uma possível trajetória desde Jerusalém até Edessa antes de sua aparição mais conhecida na Europa.
Alguns acreditam que esta mortalha pode ter sido mantida secretamente por séculos, outros sugerem que ela pode ter vindo do Oriente Médio. Não é possível, até o momento, determinar localizações precisas do percurso deste tecido desde o Santo Sepulcro até a cidade de Turim séculos depois.
A mortalha de Turim é uma peça feita de linho natural sem tingimento. Ela possui 4,425 metros de comprimento por 1,137 metros de largura, apresentando uma trama em forma de espinha de peixe, que a torna flexível e resistente. O manto não apresenta borda ou franjas, mas conta com uma faixa lateral de 8 centímetros costurada, originada do mesmo rolo de tecido. Além disso, a sua coloração apresenta tons pálidos que variam do bege ao sépia, contribuindo para a singularidade da peça.
Quanto ao tecido do Santo Sudário, observa-se algumas dobras desfavoráveis devido a imperfeições de conservação ao longo dos séculos. Algumas áreas também sofreram os efeitos de pequenas queimaduras antigas, em forma de quadrado, e manchas de água usadas para apagar o incêndio. Além disso, são visíveis alguns remendos triangulares maiores, resultado dos danos causados durante o incêndio da Sainte-Chapelle de Chambéry, em 4 de dezembro de 1532.
Conheça as devoções da Igreja para cada mês do ano.
Segundo São João Paulo II,
“O Sudário é uma constante provocação para a ciência e a inteligência.” 7
A comunidade científica tem explorado o Santo Sudário através de análises abrangentes, incluindo testes de radiocarbono e estudos de imagem. O teste de radiocarbono realizado em 1988, que datou o tecido entre os anos 1260 e 1390, gerou dúvidas sobre a autenticidade da mortalha. No entanto, contestações foram levantadas quanto à precisão desse teste, sugerindo possíveis contaminações nas amostras e falhas na execução, tornando a datação por carbono-14 inconclusiva.
Além das controvérsias da datação, a imagem no Sudário apresenta características intrigantes. A perfeita isotropia da imagem, indicando sua planicidade no tecido, assim como a complexidade em reproduzir todas as características da imagem com tecnologia conhecida, levanta questões sobre a impossibilidade de ser uma criação humana.
Em resumo, não há consenso científico a respeito do Santo Sudário. Enquanto isso, alguns elementos corroboram a hipótese de que ele possa ser mesmo a mortalha que envolveu o corpo de Jesus. Entre eles, o tipo de tecido, a presença de pólen de plantas palestinas e a tridimensionalidade da imagem — ou seja, uma aparência de profundidade e relevo que desafia explicações convencionais.
Conheça a relação que existe entre o Calvário e a Missa na obra de Fulton Sheen.
Embora fique exposto para a veneração dos fiéis e desperte a devoção de muitos, a mortalha de Turim não é um artigo de fé. Portanto, não há um pronunciamento oficial da Igreja a respeito da autenticidade do Sudário, que há anos é submetido a testes científicos. Mas, ainda que não seja considerado uma relíquia, a Santa Igreja compreende a importância de ícones como esse para enriquecer a fé do seu povo.
Não podemos negar que existe a impressão de um homem crucificado naquele pano de linho. Sendo assim, a imagem fornece informações relevantes e significativas sobre o sofrimento e a morte de Cristo. Ao longo do tempo, diversos papas não só visitaram o local onde se encontra o Santo Sudário, mas também se pronunciaram a respeito dele.
São João Paulo II, em um momento solene de veneração diante do Sudário, em 1998 aponta que
A Igreja exorta a enfrentar o estudo do Sudário sem posições preconcebidas, que dão por comprovados resultados que tais não são; convida-os a agir com liberdade interior e solícito respeito quer pela metodologia científica quer pela sensibilidade dos crentes. O que sobretudo conta para o crente é o fato de o Sudário ser espelho do Evangelho. Com efeito, se se reflete sobre o Linho sagrado, não se pode prescindir da consideração que a imagem nele presente tem uma relação tão profunda com quanto os Evangelhos narram a respeito da paixão e morte de Jesus, que todo o homem sensível se sente interiormente tocado e comovido ao contemplá-lo. 8
O Papa Bento XVI também prestou homenagem ao Sudário, chamando-o de “ícone escrito com o Sangue”. 9 Em suas palavras, destacou a conexão entre a imagem impressa na mortalha e a profunda realidade da Paixão de Cristo.
Assim, o que a Igreja Católica deseja em relação ao Santo Sudário é que este ícone, independentemente de sua autenticidade, leve os fiéis a uma reflexão a respeito do sacrifício redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz por cada um de nós.
Depois de entender a importância de meditar sobre a crucificação, que tal conhecer 5 práticas para viver bem a Quaresma?