Acompanhe a liturgia do dia 14 de janeiro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 14 de janeiro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Terça-feira, 1ª Semana do tempo comum, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, em preparação para a Liturgia, trazemos um trecho inspirado no nosso livro de Janeiro “São Pio X”. Que estas palavras sejam foco de reflexão neste início de Ano Jubilar.
Em 4 de outubro de 1903, o Papa publicou sua primeira encíclica, E supremi apostolatus, estabelecendo o programa de seu pontificado. Sua clareza de pensamento e objetivos transparentes formam a base de um magistério claro, livre de interpretações ambíguas ou distorcidas. Desde esse documento inicial, o Papa demonstra firmeza em seus princípios, mas também uma postura mansa e caridosa. Ele argumenta que tentar atrair almas para Deus com rigor e repreensão é contraproducente e mais prejudicial do que útil. Embora o Apóstolo Paulo exorte Timóteo a repreender e admoestar, ele também enfatiza a importância da paciência (2 Tm 4,2). Inspirado pelo exemplo de Jesus, que convida os sobrecarregados a buscar alívio (Mt 11,28), o Papa direciona sua mensagem aos fracos e sobrecarregados, buscando libertá-los do pecado e do erro com compaixão e entendimento.2
Hebreus 2,5-12
5 Porque não foi aos anjos que Deus submeteu o mundo futuro, de que falamos.
6 Ora, alguém deu testemunho em certo lugar, dizendo: Que é o homem, para te lembrares dele? Ou que é o filho do homem, para o visitares?
7 Tu o fizeste pouco inferior aos anjos, de glória e de honra o coroaste, e lhe deste o mando sobre as obras das tuas mãos.
8 Sujeitaste todas as coisas sob os seus pés. Ora, sujeitando- lhe todas as coisas, nada deixou que lhe não ficasse sujeito. E, contudo, nós agora não vemos ainda que lhe esteja tudo sujeito.
9 Mas aquele Jesus, que por um pouco foi feito inferior aos anjos, nós o vemos, pela paixão da morte, coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, sofresse a morte por todos.
10 Convinha que aquele, para quem e por quem são todas as coisas, o qual tinha levado muitos filhos à glória, aperfeiçoasse pelos sofrimentos o autor da salvação deles.
11 Porque o que santifica e os que são santificados vêm todos de um só. Por esta causa não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo:
12 Anunciarei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da assembleia.
8,2a e 5.6-7.8-9 (R. cf. 7)
R. Deste o mando sobre as obras das tuas mãos.
2 Senhor, nosso dominador soberano,
quão admirável é o teu nome em toda a terra!
5 [exclamo]: “Que é o homem, para
te lembrares dele?
Ou que é o filho do homem, para o visitares? R.
6 Tu o fizeste pouco inferior aos anjos,
de glória e de honra o coroaste
7 e lhe deste o mando sobre as obras das tuas mãos. R.
8 Sujeitaste todas as coisas debaixo de seus pés,
todas as ovelhas e bois, e, além destes,
os outros animais do campo,
9 as aves do céu, e os peixes do mar,
que percorrem as veredas do oceano”. R.
Marcos 1,21b-28
21 Depois foram a Cafarnaum, e [Jesus], tendo entrado no sábado na sinagoga, ensinava.
22 E admiravam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas.
23 Na sinagoga estava um homem possesso de um espírito imundo, o qual exclamou,
24 dizendo: “Que tens tu que ver conosco, ó Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem és: o Santo de Deus”.
25 Mas Jesus o ameaçou, dizendo: “Cala-te, e sai desse homem!”.
26 Então, o espírito imundo, agitando-o violentamente e dando um grande grito, saiu dele.
27 Ficaram todos tão admirados, que se interrogavam uns aos outros, dizendo: “Que é isto? Que nova doutrina é esta? Ele manda com autoridade até aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem”.
28 Logo divulgou-se a sua fama por toda a terra da Galileia.
1,26. Gregório: Este homem possuído do demônio é uma viva imagem daqueles que, estando metidos nos vícios, querem converter-se a Deus. Logo que uma alma principia a desgostar-se de si mesma, para voltar ao seu Criador, o antigo e implacável inimigo da sua salvação move nela tentações muito mais violentas que as que experimentava antes; porém, então, como no exemplo deste endemoninhado, deve fazer frente ao furor do seu inimigo, sem se perturbar pelos novos esforços que faz contra ela; pois estes podem aproveitar para convencê-la da sua própria fraqueza e da necessidade que tem do socorro do Salvador, com o qual todos os ardis desse espírito tentador, longe de lhe fazer dano, se lhe converterão em maior bem e proveito.
Santo Isaías, São Sabas e companheiros
14 de janeiro
Santo Isaías, São Sabas e 38 outros santos eremitas do Monte Sinai foram martirizados por uma tropa árabe em 273. Todos esses anacoretas sobreviviam de tâmaras ou outras frutas, jamais comiam pão, trabalhavam fazendo cestos em suas celas, a uma distância considerável uma da outra, e se encontravam aos sábados ao fim da tarde, em uma igreja comum, onde faziam vigília e celebravam o ofício da madrugada, e aos domingos recebiam juntos a Sagrada Eucaristia. Destacavam-se por sua assiduidade na oração e no jejum. Também muitos outros santos anacoretas do Monte Sinai, cujas vidas eram cópias exatas da perfeição cristã, e que se encontravam aos domingos para receber a Comunhão, foram martirizados por um grupo de sarracenos no século V. Um menino de apenas quatorze anos levava entre eles uma vida ascética de grande perfeição. Os sarracenos ameaçaram matá-lo se ele não revelasse onde os monges anciãos haviam se escondido. Ele respondeu que a morte não o atemorizava, e que não podia pagar por sua vida o preço do pecado, traindo seus pais. Ordenaram-lhe que se despisse: “Depois que me tiverdes morto”, disse o modesto jovem, “de bom grado vos entregarei minhas vestes; porém, como jamais vi meu corpo nu, tende compaixão e consideração por minha vergonha, e deixai-me morrer encoberto”. Os bárbaros se enfureceram com tal resposta e caíram todos ao mesmo tempo sobre o piedoso jovem, que sofreu um martírio tão grande quanto o número de seus executores.3
Outros santos do dia: São Dácio, São João de Ribeira, Santo Eufrásio e São Pedro Donders.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Terça-feira, 1ª Semana do tempo comum, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, em preparação para a Liturgia, trazemos um trecho inspirado no nosso livro de Janeiro “São Pio X”. Que estas palavras sejam foco de reflexão neste início de Ano Jubilar.
Em 4 de outubro de 1903, o Papa publicou sua primeira encíclica, E supremi apostolatus, estabelecendo o programa de seu pontificado. Sua clareza de pensamento e objetivos transparentes formam a base de um magistério claro, livre de interpretações ambíguas ou distorcidas. Desde esse documento inicial, o Papa demonstra firmeza em seus princípios, mas também uma postura mansa e caridosa. Ele argumenta que tentar atrair almas para Deus com rigor e repreensão é contraproducente e mais prejudicial do que útil. Embora o Apóstolo Paulo exorte Timóteo a repreender e admoestar, ele também enfatiza a importância da paciência (2 Tm 4,2). Inspirado pelo exemplo de Jesus, que convida os sobrecarregados a buscar alívio (Mt 11,28), o Papa direciona sua mensagem aos fracos e sobrecarregados, buscando libertá-los do pecado e do erro com compaixão e entendimento.2
Hebreus 2,5-12
5 Porque não foi aos anjos que Deus submeteu o mundo futuro, de que falamos.
6 Ora, alguém deu testemunho em certo lugar, dizendo: Que é o homem, para te lembrares dele? Ou que é o filho do homem, para o visitares?
7 Tu o fizeste pouco inferior aos anjos, de glória e de honra o coroaste, e lhe deste o mando sobre as obras das tuas mãos.
8 Sujeitaste todas as coisas sob os seus pés. Ora, sujeitando- lhe todas as coisas, nada deixou que lhe não ficasse sujeito. E, contudo, nós agora não vemos ainda que lhe esteja tudo sujeito.
9 Mas aquele Jesus, que por um pouco foi feito inferior aos anjos, nós o vemos, pela paixão da morte, coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, sofresse a morte por todos.
10 Convinha que aquele, para quem e por quem são todas as coisas, o qual tinha levado muitos filhos à glória, aperfeiçoasse pelos sofrimentos o autor da salvação deles.
11 Porque o que santifica e os que são santificados vêm todos de um só. Por esta causa não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo:
12 Anunciarei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da assembleia.
8,2a e 5.6-7.8-9 (R. cf. 7)
R. Deste o mando sobre as obras das tuas mãos.
2 Senhor, nosso dominador soberano,
quão admirável é o teu nome em toda a terra!
5 [exclamo]: “Que é o homem, para
te lembrares dele?
Ou que é o filho do homem, para o visitares? R.
6 Tu o fizeste pouco inferior aos anjos,
de glória e de honra o coroaste
7 e lhe deste o mando sobre as obras das tuas mãos. R.
8 Sujeitaste todas as coisas debaixo de seus pés,
todas as ovelhas e bois, e, além destes,
os outros animais do campo,
9 as aves do céu, e os peixes do mar,
que percorrem as veredas do oceano”. R.
Marcos 1,21b-28
21 Depois foram a Cafarnaum, e [Jesus], tendo entrado no sábado na sinagoga, ensinava.
22 E admiravam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas.
23 Na sinagoga estava um homem possesso de um espírito imundo, o qual exclamou,
24 dizendo: “Que tens tu que ver conosco, ó Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem és: o Santo de Deus”.
25 Mas Jesus o ameaçou, dizendo: “Cala-te, e sai desse homem!”.
26 Então, o espírito imundo, agitando-o violentamente e dando um grande grito, saiu dele.
27 Ficaram todos tão admirados, que se interrogavam uns aos outros, dizendo: “Que é isto? Que nova doutrina é esta? Ele manda com autoridade até aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem”.
28 Logo divulgou-se a sua fama por toda a terra da Galileia.
1,26. Gregório: Este homem possuído do demônio é uma viva imagem daqueles que, estando metidos nos vícios, querem converter-se a Deus. Logo que uma alma principia a desgostar-se de si mesma, para voltar ao seu Criador, o antigo e implacável inimigo da sua salvação move nela tentações muito mais violentas que as que experimentava antes; porém, então, como no exemplo deste endemoninhado, deve fazer frente ao furor do seu inimigo, sem se perturbar pelos novos esforços que faz contra ela; pois estes podem aproveitar para convencê-la da sua própria fraqueza e da necessidade que tem do socorro do Salvador, com o qual todos os ardis desse espírito tentador, longe de lhe fazer dano, se lhe converterão em maior bem e proveito.
Santo Isaías, São Sabas e companheiros
14 de janeiro
Santo Isaías, São Sabas e 38 outros santos eremitas do Monte Sinai foram martirizados por uma tropa árabe em 273. Todos esses anacoretas sobreviviam de tâmaras ou outras frutas, jamais comiam pão, trabalhavam fazendo cestos em suas celas, a uma distância considerável uma da outra, e se encontravam aos sábados ao fim da tarde, em uma igreja comum, onde faziam vigília e celebravam o ofício da madrugada, e aos domingos recebiam juntos a Sagrada Eucaristia. Destacavam-se por sua assiduidade na oração e no jejum. Também muitos outros santos anacoretas do Monte Sinai, cujas vidas eram cópias exatas da perfeição cristã, e que se encontravam aos domingos para receber a Comunhão, foram martirizados por um grupo de sarracenos no século V. Um menino de apenas quatorze anos levava entre eles uma vida ascética de grande perfeição. Os sarracenos ameaçaram matá-lo se ele não revelasse onde os monges anciãos haviam se escondido. Ele respondeu que a morte não o atemorizava, e que não podia pagar por sua vida o preço do pecado, traindo seus pais. Ordenaram-lhe que se despisse: “Depois que me tiverdes morto”, disse o modesto jovem, “de bom grado vos entregarei minhas vestes; porém, como jamais vi meu corpo nu, tende compaixão e consideração por minha vergonha, e deixai-me morrer encoberto”. Os bárbaros se enfureceram com tal resposta e caíram todos ao mesmo tempo sobre o piedoso jovem, que sofreu um martírio tão grande quanto o número de seus executores.3
Outros santos do dia: São Dácio, São João de Ribeira, Santo Eufrásio e São Pedro Donders.