Acompanhe a liturgia do dia 14 de setembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 14 de setembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Sábado, Exaltação da Santa Cruz, Festa, 23ª semana do tempo comum, Ano B
Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, no mês de setembro, traremos em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado nos textos de São Francisco de Sales, de sua obra “Tratado do Amor de Deus”. Que estas palavras, repletas de sabedoria e zelo pastoral, sirvam de guia e reflexão no caminho da fé.
A alma se torna esposa de Nosso Senhor quando é justa, e como a justiça não pode existir sem a caridade, da mesma forma, a alma não pode ser esposa sem ser conduzida ao aposento dos delicados perfumes mencionados nos Cânticos. No entanto, quando uma alma que recebeu essa honra cai em pecado, é como se desmaiasse, pois tal queda é verdadeiramente inesperada. Quem poderia imaginar que uma criatura trocaria seu Criador, o Sumo Bem, por algo tão trivial como os atrativos do pecado? Isso é algo que, sem dúvida, espanta o Céu. Se Deus fosse sujeito a paixões, seria esmagado por essa grande tragédia, assim como, em sua vida mortal, expirou na Cruz para nos resgatar desse destino.1
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 2
Números 21,4(b)-9
4 Partiram do Monte Hor pela estrada que conduz ao Mar Vermelho, para rodearem o país de Edom. E o povo começou a enfastiar-se do caminho e das fadigas,
5 e, falando contra Deus e contra Moisés, disse: “Por que nos tiraste do Egito para morrermos num deserto? Falta pão, não há água; a nossa alma está enfastiada deste alimento levíssimo”.
6 Por esta causa o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, as quais, causando chagas e mortes em muitos,
7 [os israelitas] foram ter com Moisés e disseram-lhe: “Nós pecamos, pois falamos contra o Senhor e contra ti; roga-lhe que afaste de nós as serpentes”. Moisés orou pelo povo,
8 e o Senhor disse-lhe: “Faze uma serpente de bronze, e põe-na por sinal: aquele que, sendo ferido, olhar para ela, viverá”.
9 Moisés fez então uma serpente de bronze e a pôs por sinal; e os feridos que olhavam para ela saravam.
77,1-2.34-35.36-37.38 (R. cf. 7c)
R. Não se esqueçam das obras de Deus!
1 Escuta a minha lei, povo meu. Inclina os teus ouvidos às palavras da minha boca.
2 Abrirei em parábolas a minha boca; direi coisas escondidas desde o princípio. R.
34 Quando os fazia morrer, buscavam-no e convertiam-se, e apressavam-se a voltar-se para ele.
35 Lembravam-se que Deus era o seu defensor, e que o Deus Altíssimo era o seu redentor. R.
36 Amavam-no, porém, somente com a boca e com a sua língua lhe mentiam;
37 porque o seu coração não era sincero com ele, nem se mantiveram fiéis à sua aliança. R.
38 Mas ele é misericordioso e perdoava os seus pecados, e não os destruía.
Deteve muitas vezes a sua ira, e não acendeu todo o seu furor. R.
João 3,13-17
13 Ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu.
14 E como Moisés levantou no deserto a serpente, assim também importa que seja levantado o Filho do homem,
15 a fim de que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu seu filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 Pois Deus não enviou seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.
3,13. Gregório: E como nos fizemos um com ele, Nosso Senhor eleva-se conosco ao Céu, donde desceu sozinho. Assim, aquele que sempre esteve no Céu, a ele se reverte todos os dias.
Exaltação da Santa Cruz
14 de setembro
Constantino ainda hesitava entre o cristianismo e a idolatria quando uma cruz luminosa apareceu-lhe nos céus, portando a inscrição “Por este sinal, vencerás”. Tornou-se cristão e triunfou sobre os inimigos do império, que eram também inimigos da fé. Anos mais tarde, quando sua santa mãe encontrou a cruz na qual sofreu Nosso Salvador, estabeleceu-se na Igreja a festa da “Exaltação”; porém, foi só em um período posterior, a saber, depois que o Imperador Heráclio conquistou três grandes e incríveis vitórias sobre Cosroes, Rei da Pérsia – o qual tomara posse dessa santa e preciosa relíquia – que a festa assumiu uma extensão mais ampla e foi investida de maior solenidade. Instituiu-se então a festa da “Invenção”, em memória à descoberta feita por S. Helena, e a da “Exaltação” ficou reservada para se celebrarem os triunfos de Heráclio. O maior poder do mundo católico estava naquele tempo centrado no Império Oriental, e beirava a ruína, quando Deus estendeu Sua mão para salvá-lo: o reestabelecimento da grande cruz em Jerusalém era o seu garantido penhor. Este grande evento ocorreu em 629.3
Outros santos do dia: Santa Rósula, São Materno, São Crescêncio de Roma e São Pedro de Tarentaise.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Sábado, Exaltação da Santa Cruz, Festa, 23ª semana do tempo comum, Ano B
Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, no mês de setembro, traremos em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado nos textos de São Francisco de Sales, de sua obra “Tratado do Amor de Deus”. Que estas palavras, repletas de sabedoria e zelo pastoral, sirvam de guia e reflexão no caminho da fé.
A alma se torna esposa de Nosso Senhor quando é justa, e como a justiça não pode existir sem a caridade, da mesma forma, a alma não pode ser esposa sem ser conduzida ao aposento dos delicados perfumes mencionados nos Cânticos. No entanto, quando uma alma que recebeu essa honra cai em pecado, é como se desmaiasse, pois tal queda é verdadeiramente inesperada. Quem poderia imaginar que uma criatura trocaria seu Criador, o Sumo Bem, por algo tão trivial como os atrativos do pecado? Isso é algo que, sem dúvida, espanta o Céu. Se Deus fosse sujeito a paixões, seria esmagado por essa grande tragédia, assim como, em sua vida mortal, expirou na Cruz para nos resgatar desse destino.1
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 2
Números 21,4(b)-9
4 Partiram do Monte Hor pela estrada que conduz ao Mar Vermelho, para rodearem o país de Edom. E o povo começou a enfastiar-se do caminho e das fadigas,
5 e, falando contra Deus e contra Moisés, disse: “Por que nos tiraste do Egito para morrermos num deserto? Falta pão, não há água; a nossa alma está enfastiada deste alimento levíssimo”.
6 Por esta causa o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, as quais, causando chagas e mortes em muitos,
7 [os israelitas] foram ter com Moisés e disseram-lhe: “Nós pecamos, pois falamos contra o Senhor e contra ti; roga-lhe que afaste de nós as serpentes”. Moisés orou pelo povo,
8 e o Senhor disse-lhe: “Faze uma serpente de bronze, e põe-na por sinal: aquele que, sendo ferido, olhar para ela, viverá”.
9 Moisés fez então uma serpente de bronze e a pôs por sinal; e os feridos que olhavam para ela saravam.
77,1-2.34-35.36-37.38 (R. cf. 7c)
R. Não se esqueçam das obras de Deus!
1 Escuta a minha lei, povo meu. Inclina os teus ouvidos às palavras da minha boca.
2 Abrirei em parábolas a minha boca; direi coisas escondidas desde o princípio. R.
34 Quando os fazia morrer, buscavam-no e convertiam-se, e apressavam-se a voltar-se para ele.
35 Lembravam-se que Deus era o seu defensor, e que o Deus Altíssimo era o seu redentor. R.
36 Amavam-no, porém, somente com a boca e com a sua língua lhe mentiam;
37 porque o seu coração não era sincero com ele, nem se mantiveram fiéis à sua aliança. R.
38 Mas ele é misericordioso e perdoava os seus pecados, e não os destruía.
Deteve muitas vezes a sua ira, e não acendeu todo o seu furor. R.
João 3,13-17
13 Ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu.
14 E como Moisés levantou no deserto a serpente, assim também importa que seja levantado o Filho do homem,
15 a fim de que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu seu filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 Pois Deus não enviou seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.
3,13. Gregório: E como nos fizemos um com ele, Nosso Senhor eleva-se conosco ao Céu, donde desceu sozinho. Assim, aquele que sempre esteve no Céu, a ele se reverte todos os dias.
Exaltação da Santa Cruz
14 de setembro
Constantino ainda hesitava entre o cristianismo e a idolatria quando uma cruz luminosa apareceu-lhe nos céus, portando a inscrição “Por este sinal, vencerás”. Tornou-se cristão e triunfou sobre os inimigos do império, que eram também inimigos da fé. Anos mais tarde, quando sua santa mãe encontrou a cruz na qual sofreu Nosso Salvador, estabeleceu-se na Igreja a festa da “Exaltação”; porém, foi só em um período posterior, a saber, depois que o Imperador Heráclio conquistou três grandes e incríveis vitórias sobre Cosroes, Rei da Pérsia – o qual tomara posse dessa santa e preciosa relíquia – que a festa assumiu uma extensão mais ampla e foi investida de maior solenidade. Instituiu-se então a festa da “Invenção”, em memória à descoberta feita por S. Helena, e a da “Exaltação” ficou reservada para se celebrarem os triunfos de Heráclio. O maior poder do mundo católico estava naquele tempo centrado no Império Oriental, e beirava a ruína, quando Deus estendeu Sua mão para salvá-lo: o reestabelecimento da grande cruz em Jerusalém era o seu garantido penhor. Este grande evento ocorreu em 629.3
Outros santos do dia: Santa Rósula, São Materno, São Crescêncio de Roma e São Pedro de Tarentaise.