Acompanhe a liturgia do dia 15 de setembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 15 de setembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
24ª Domingo do tempo comum, Ano B
Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, no mês de setembro, traremos em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado nos textos de São Francisco de Sales, de sua obra “Tratado do Amor de Deus”. Que estas palavras, repletas de sabedoria e zelo pastoral, sirvam de guia e reflexão no caminho da fé.
“Os meios que Deus utiliza para nos inspirar são incontáveis. Santo Antônio, São Francisco, Santo Anselmo e muitos outros santos recebiam inspirações através das criaturas. O meio mais comum é a pregação; no entanto, às vezes, aqueles que não se beneficiam da palavra se instruem pela tribulação. Como disse o Profeta, “só o sofrimento vos fará entender o que foi ouvido” (Is 28,19). Em outras palavras, aqueles que não se corrigem ao ouvir as advertências do Céu contra os ímpios, serão convencidos pela realidade dos acontecimentos e pelos efeitos das aflições que enfrentarem”. 1
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 2
Isaías 50,5-9a
5 O Senhor Deus abriu-me o ouvido, e eu não o contradigo; não me retirei para trás.
6 Entreguei o meu corpo aos que me feriam e a minha face aos que me arrancavam a barba; não desviei a minha face dos que me injuriavam e cuspiam.
7 O Senhor Deus é o meu protetor, por isso não fui confundido; por isso ofereci a minha face como uma pedra duríssima, e sei que não ficarei envergonhado.
8 Ao pé de mim está quem me justifica; quem me contradirá? Apresentemo-nos juntos, quem é o meu adversário? Aproxime-se de mim.
9a O Senhor Deus é o meu protetor; quem há que me condene?
114,1-2.3-4.5-6.8-9 (R. 9)
R. Agradarei ao Senhor na região dos vivos!
1 Eu amei, porque ele ouvirá a voz da minha oração.
2 Porque inclinou para mim o seu ouvido, e eu o invocarei todos os dias da minha vida. R.
3 Dores de morte me cercaram, e perigos do inferno vieram sobre mim. Encontrei-me na tribulação e na dor,
4 e invoquei o nome do Senhor. Ó Senhor, livra a minha alma. R.
5 O Senhor é misericordioso e justo, e o nosso Deus é compassivo.
6 O Senhor é que guarda os pequeninos; eu fui humilhado, e ele me livrou. R.
8 Porque livrou da morte a minha alma, os meus olhos das lágrimas, os meus pés da queda.
9 Agradarei ao Senhor na região dos vivos. R.
Tiago 2,14-18
14 Que aproveitará, irmãos meus, se alguém diz que tem fé, e não tem obras? Porventura poderá salvá-lo tal fé?
15 Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem do alimento cotidiano,
16 e algum de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos e saciai-vos”, mas não lhes derdes as coisas necessárias ao corpo, de que lhes aproveitará?
17 Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.
18 Poderá alguém dizer: “Tu tens a fé, e eu tenho as obras”. Mostra-me a tua fé sem obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.
Marcos 8,27-35
27 Saiu Jesus com os seus discípulos pelas aldeias de Cesareia de Filipe e, pelo caminho, interrogou-os: “Quem dizem os homens que eu sou?”
28 Eles responderam-lhe: “Uns dizem que João Batista, outros que Elias, e outros que algum dos profetas”.
29 Então disse-lhes: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Respondendo Pedro, disse-lhe: “Tu és o Cristo”.
30 E Jesus ordenou-lhes severamente que a ninguém dissessem [isto] acerca dele.
31 E começou a declarar-lhes que era necessário que o Filho do homem padecesse muito, fosse rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas, e fosse morto e ressuscitasse depois de três dias.
32 E falava destas coisas abertamente. E Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo.
33 Mas Jesus, voltando-se e olhando para seus discípulos, ameaçou Pedro, dizendo: “Afasta-te de mim, Satanás! Que não tens gosto pelas coisas de Deus, mas sim pelas dos homens”.
34 Depois, chamando a si o povo com seus discípulos, disse-lhes: “Se alguém me quer seguir, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
35 Porque o que quiser salvar a sua alma, a perderá, mas o que perder a sua alma por amor de mim e do Evangelho, a salvará.
8,34. Beda: Com efeito, negamos a nós mesmos quando evitamos o que fomos por longo espaço de tempo e esforçamo-nos em direção daquilo para que somos chamados pela novidade. Toma-se a cruz quando, pela abstinência, fere-se o corpo, ou, pela compaixão do próximo, aflige-se a alma.
Santa Catarina de Gênova
15 de setembro
De sangue nobre, rica e incrivelmente bela, Catarina na infância rejeitava os convites do mundo e implorava ao Divino Mestre para ter alguma parte em Seus sofrimentos. Aos dezesseis anos, viu-se prometida em casamento a um jovem nobre de hábitos dissolutos, o qual tratava-a com tamanha aspereza que, após cinco anos, cansada de sua crueldade, ela acabou de algum modo relaxando o rigor de sua vida e ingressou na sociedade mundana de Gênova. Por fim, iluminada pela divina graça quanto ao perigo de sua condição, resolutamente decidiu romper com o mundo e entregou-se a uma vida de rigorosa penitência e oração. A caridade com a qual se dedicava ao serviço dos hospitais, enfrentando as mais torpes tarefas com alegria, induziram o marido a reparar seus desvios, e ele acabou morrendo penitente. A heroica fortaleza de Catarina era sustentada pela constante meditação sobre as almas do Purgatório, cujos sofrimentos lhe eram revelados, e cujo estado ela descreveu em um tratado repleto de sabedoria celestial. Uma longa e grave doença durante os últimos anos de vida apenas serviu para aperfeiçoar sua união com Deus, até que, exaurida no corpo e purificada na alma, deu seu último suspiro, a 14 de setembro de 1510.3
Outros santos do dia: Nossa Senhora das Dores, São Nicomedes, São Nicetas o Godo e Santo Ecardo.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
24ª Domingo do tempo comum, Ano B
Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, no mês de setembro, traremos em preparação para a Liturgia, um trecho inspirado nos textos de São Francisco de Sales, de sua obra “Tratado do Amor de Deus”. Que estas palavras, repletas de sabedoria e zelo pastoral, sirvam de guia e reflexão no caminho da fé.
“Os meios que Deus utiliza para nos inspirar são incontáveis. Santo Antônio, São Francisco, Santo Anselmo e muitos outros santos recebiam inspirações através das criaturas. O meio mais comum é a pregação; no entanto, às vezes, aqueles que não se beneficiam da palavra se instruem pela tribulação. Como disse o Profeta, “só o sofrimento vos fará entender o que foi ouvido” (Is 28,19). Em outras palavras, aqueles que não se corrigem ao ouvir as advertências do Céu contra os ímpios, serão convencidos pela realidade dos acontecimentos e pelos efeitos das aflições que enfrentarem”. 1
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 2
Isaías 50,5-9a
5 O Senhor Deus abriu-me o ouvido, e eu não o contradigo; não me retirei para trás.
6 Entreguei o meu corpo aos que me feriam e a minha face aos que me arrancavam a barba; não desviei a minha face dos que me injuriavam e cuspiam.
7 O Senhor Deus é o meu protetor, por isso não fui confundido; por isso ofereci a minha face como uma pedra duríssima, e sei que não ficarei envergonhado.
8 Ao pé de mim está quem me justifica; quem me contradirá? Apresentemo-nos juntos, quem é o meu adversário? Aproxime-se de mim.
9a O Senhor Deus é o meu protetor; quem há que me condene?
114,1-2.3-4.5-6.8-9 (R. 9)
R. Agradarei ao Senhor na região dos vivos!
1 Eu amei, porque ele ouvirá a voz da minha oração.
2 Porque inclinou para mim o seu ouvido, e eu o invocarei todos os dias da minha vida. R.
3 Dores de morte me cercaram, e perigos do inferno vieram sobre mim. Encontrei-me na tribulação e na dor,
4 e invoquei o nome do Senhor. Ó Senhor, livra a minha alma. R.
5 O Senhor é misericordioso e justo, e o nosso Deus é compassivo.
6 O Senhor é que guarda os pequeninos; eu fui humilhado, e ele me livrou. R.
8 Porque livrou da morte a minha alma, os meus olhos das lágrimas, os meus pés da queda.
9 Agradarei ao Senhor na região dos vivos. R.
Tiago 2,14-18
14 Que aproveitará, irmãos meus, se alguém diz que tem fé, e não tem obras? Porventura poderá salvá-lo tal fé?
15 Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem do alimento cotidiano,
16 e algum de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos e saciai-vos”, mas não lhes derdes as coisas necessárias ao corpo, de que lhes aproveitará?
17 Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.
18 Poderá alguém dizer: “Tu tens a fé, e eu tenho as obras”. Mostra-me a tua fé sem obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.
Marcos 8,27-35
27 Saiu Jesus com os seus discípulos pelas aldeias de Cesareia de Filipe e, pelo caminho, interrogou-os: “Quem dizem os homens que eu sou?”
28 Eles responderam-lhe: “Uns dizem que João Batista, outros que Elias, e outros que algum dos profetas”.
29 Então disse-lhes: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Respondendo Pedro, disse-lhe: “Tu és o Cristo”.
30 E Jesus ordenou-lhes severamente que a ninguém dissessem [isto] acerca dele.
31 E começou a declarar-lhes que era necessário que o Filho do homem padecesse muito, fosse rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas, e fosse morto e ressuscitasse depois de três dias.
32 E falava destas coisas abertamente. E Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo.
33 Mas Jesus, voltando-se e olhando para seus discípulos, ameaçou Pedro, dizendo: “Afasta-te de mim, Satanás! Que não tens gosto pelas coisas de Deus, mas sim pelas dos homens”.
34 Depois, chamando a si o povo com seus discípulos, disse-lhes: “Se alguém me quer seguir, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
35 Porque o que quiser salvar a sua alma, a perderá, mas o que perder a sua alma por amor de mim e do Evangelho, a salvará.
8,34. Beda: Com efeito, negamos a nós mesmos quando evitamos o que fomos por longo espaço de tempo e esforçamo-nos em direção daquilo para que somos chamados pela novidade. Toma-se a cruz quando, pela abstinência, fere-se o corpo, ou, pela compaixão do próximo, aflige-se a alma.
Santa Catarina de Gênova
15 de setembro
De sangue nobre, rica e incrivelmente bela, Catarina na infância rejeitava os convites do mundo e implorava ao Divino Mestre para ter alguma parte em Seus sofrimentos. Aos dezesseis anos, viu-se prometida em casamento a um jovem nobre de hábitos dissolutos, o qual tratava-a com tamanha aspereza que, após cinco anos, cansada de sua crueldade, ela acabou de algum modo relaxando o rigor de sua vida e ingressou na sociedade mundana de Gênova. Por fim, iluminada pela divina graça quanto ao perigo de sua condição, resolutamente decidiu romper com o mundo e entregou-se a uma vida de rigorosa penitência e oração. A caridade com a qual se dedicava ao serviço dos hospitais, enfrentando as mais torpes tarefas com alegria, induziram o marido a reparar seus desvios, e ele acabou morrendo penitente. A heroica fortaleza de Catarina era sustentada pela constante meditação sobre as almas do Purgatório, cujos sofrimentos lhe eram revelados, e cujo estado ela descreveu em um tratado repleto de sabedoria celestial. Uma longa e grave doença durante os últimos anos de vida apenas serviu para aperfeiçoar sua união com Deus, até que, exaurida no corpo e purificada na alma, deu seu último suspiro, a 14 de setembro de 1510.3
Outros santos do dia: Nossa Senhora das Dores, São Nicomedes, São Nicetas o Godo e Santo Ecardo.