Liturgia diária

Liturgia Diária 19/02/25

Acompanhe a liturgia do dia 19 de fevereiro de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

Quarta-feira, 6ª Semana do Tempo Comum, Ano C

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” ¹

Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, em preparação para a Liturgia, trazemos um trecho inspirado no nosso livro de fevereiro “O Caminho das Virtudes: conselhos espirituais de São Francisco de Sales” que são coletâneas das conferências de São Francisco de Sales às irmãs visitandinas. Que estas palavras sejam foco de autorreflexão neste Ano Jubilar.

“As pombas possuem propriedades infinitamente agradáveis, e meditar sobre elas é muito doce. Que propriedade, vos pergunto, seria mais bela do que a pureza? Não há ser mais puro do que a pomba, a sua limpeza nos fascina. Embora não haja nada mais sujo do que o pombal e o lugar onde fazem o ninho, jamais vemos, contudo, uma pomba suja: suas penas estão sempre lisas, algo belo de se ver à luz do sol.”²

Primeira leitura

Gênesis 8,6-13.20-22

6 Tendo-se passado quarenta dias, abriu Noé a janela, que tinha feito na arca e soltou um corvo,
7 o qual saiu e não tornou mais, até que secassem as águas sobre a terra.
8 Mandou também uma pomba depois dele para ver se as águas teriam já cessado de cobrir a face da terra.
9 E ela, não encontrando onde pousar o seu pé, tornou a vir a ele [Noé] na arca, porque [ainda] as águas estavam sobre toda a terra; e, estendendo a mão, tomou a pomba e tornou a recolhê-la na arca.
10 Depois de ter esperado outros sete dias, novamente soltou a pomba fora da arca.
11 E ela voltou até ele pela tarde, trazendo no bico um ramo de oliveira com as folhas verdes. Entendeu, pois, Noé que as águas tinham cessado sobre a terra.
12 Contudo, esperou outros sete dias e mandou a pomba, que não retornou mais a ele.
13 Portanto, no ano seiscentos e um [da vida de Noé], no primeiro mês, no primeiro dia do mês, as águas deixaram a terra; e Noé, descoberto o teto da arca, olhou e viu que a superfície da terra estava seca.
20 E Noé edificou um altar ao Senhor, e tomando de todos os animais e de todas as aves puras, ofereceu-os em holocausto sobre o altar.
21 E [com isto] recebeu o Senhor um suave odor, e disse: “Não amaldiçoarei mais a terra por causa dos homens, porque o sentido e os pensamentos do coração do homem são inclinados para o mal desde a sua juventude; não tornarei, pois, a ferir todos os seres vivos como fiz.
22 Enquanto durar a terra, a sementeira e a messe, o frio e o calor, o verão e o inverno, a noite e o dia não mais cessarão”.

Salmo

115(116B),12-13.14-15.18-19 (R. 17a)

R. Eu te oferecerei um sacrifício de louvor.

12 Que darei eu em retribuição ao Senhor,
por todos os benefícios que me tem feito?
13 Tomarei o cálice da salvação
e invocarei o nome do Senhor. R.

14 Cumprirei os meus votos ao Senhor
diante de todo o seu povo.
15 É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus santos. R.

18 Cumprirei os meus votos ao Senhor
diante de todo o seu povo,
19 nos átrios da casa do Senhor,
no meio de ti, ó Jerusalém. R.

Evangelho

Marcos 8,22-26

22 Chegando a Betsaida trouxeram-lhe um cego, e suplicavam-lhe que o tocasse.
23 Ele tomou o cego pela mão, conduziu-o para fora da aldeia e, pondo-lhe saliva sobre os olhos e impondo-lhe as suas mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa.
24 Levantando os olhos, disse: “Vejo os homens como árvores que andam”.
25 Depois Jesus impôs-lhe novamente as mãos sobre os olhos, e começou a ver, e ficou tão bem curado que via distintamente todas as coisas.
26 Então Jesus mandou-o para sua casa, dizendo-lhe: “Vai para tua casa, e se entrares na aldeia, não digas nada a ninguém”.

Santo do dia

São Barbato

19 de fevereiro

São Barbato nasceu no território de Benevento, na Itália, perto do fim do pontificado de São Gregório Magno, no princípio do século VII. Seus pais forneceram-lhe uma educação cristã, e já na juventude Barbato estabeleceu as bases da eminente santidade que o recomendaria à nossa veneração. A inocência, simplicidade e castidade de costumes, além do extraordinário progresso em todas as virtudes, mais do que o qualificaram para o serviço do altar, ao qual foi elevado quando assumiu as ordens sagradas, assim que recebeu a permissão dos cônegos da igreja. Foi logo aproveitado por seu bispo na pregação pública, para a qual demonstrava extraordinário talento, e após certo tempo foi feito coadjutor de São Basílio em Morcona, cidade próxima a Benevento. Seus paroquianos eram dados a irregularidades, e por isso o trataram como perturbador da paz, perseguindo-o com máxima virulência. Vendo sua malícia sobrepujada pela paciência e humildade do santo, e o caráter dele refulgindo ainda mais brilhante, passaram às difamações, desta vez com tamanho êxito que ele foi obrigado a afastar-se e retirar-lhes do convívio suas práticas de caridade. No ano de 680, prestou auxílio em um concílio convocado pelo Papa Agatão em Roma, e no sexto concílio ecumênico do ano seguinte, realizado em Constantinopla, contra os monotelitas. Não sobreviveu muito tempo a esta grande assembleia, pois faleceu a 29 de fevereiro de 682, aos 70 anos – quase dezenove deles vividos sobre a cátedra episcopal.³

Outros santos do dia: São Conrado de Placença, Santo Álvaro de Córdova e São Gabínio.

Referências

1. Devocionário a São José, página 33.[↩]
2. Conselhos Espirituais, p. 109.[↩]
3. Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 82-84.[↩]