Liturgia diária

Liturgia Diária 23/03/25

Acompanhe a liturgia do dia 23 de março de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

Liturgia Diária 23/03/25
Liturgia diária

Liturgia Diária 23/03/25

Acompanhe a liturgia do dia 23 de março de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.

Data da Publicação: 22/03/2025
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica
Data da Publicação: 22/03/2025
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica

3º Domingo da Quaresma, Ano C

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1

Para enriquecer nossa meditação diária, em preparação para a Liturgia, trouxemos um trecho inspirado no nosso livro de março “Santa Faustina: uma biografia espiritual” que nos traz como tema central a Misericórdia Divina, o único remédio para um mundo ferido. Que estas palavras espalhem a misericórdia em vossos corações neste Ano Jubilar.

Inspirada por Santa Teresa de Ávila, que afirmava: “A quem tem Deus nada falta; só Deus basta”, Faustina entregou-se plenamente à graça divina, acreditando que Deus pode transformar a fragilidade humana em santidade. Ela respondeu de forma generosa e livre ao chamado do Cristo crucificado, sendo moldada na escola de Seu Coração misericordioso. Ao longo de sua breve vida, manteve um coração infantil, surpreendentemente simples e dócil. Seu diretor espiritual, o Beato Michał Sopoćko, descreveu-a como “uma alma simples e santa, intimamente unida a Deus”.2

Primeira leitura

Êxodo 3,1-8a.13-15

1 Ora, Moisés apascentava as ovelhas de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã, e, tendo conduzido o rebanho para o interior do deserto, chegou ao monte de Deus, Horeb. 

2 E o Senhor apareceu-lhe numa chama de fogo [que saía] do meio de uma sarça, e [Moisés] via que a sarça ardia, sem se consumir. 

3 Disse pois Moisés: “Irei, e verei esta grande visão, [e verei] por que causa se não consome a sarça”. 

4 Mas o Senhor, vendo que ele se movia para ir ver, chamou-o do meio da sarça, e disse: “Moisés, Moisés”. E ele respondeu: “Aqui estou”. 

5 E [o Senhor] disse: “Não te aproximes daqui. Tira as sandálias de teus pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa”. 

6 E disse: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, e o Deus de Jacó”. Cobriu Moisés o rosto, porque não ousava olhar para Deus. 

7 E o Senhor disse-lhe: “Eu vi a aflição do meu povo no Egito, e ouvi o seu clamor causado pela crueza daqueles que têm a superintendência das obras. 

8a E conhecendo a sua dor, desci para o livrar das mãos dos egípcios e para o conduzir daquela terra a uma terra boa e espaçosa.

Salmo

102(103),1-2.3-4.8-11 (R. 8a)

R. O Senhor é compassivo e misericordioso.

1 Bendize, ó minha alma, o Senhor,
e tudo que há em mim,
[bendiga] o seu santo nome.
2 Bendize, ó minha alma, o Senhor,
e não esqueças nenhum dos seus benefícios. R.

3 É ele que perdoa todas as tuas maldades,
e que sara todas as tuas enfermidades.
4 É ele que resgata da morte a tua vida,
e que te coroa da sua misericórdia e das suas graças. R.

8 O Senhor é compassivo e misericordioso,
paciente e de muita misericórdia.
11 Porque, assim como está o céu acima da terra,
assim firmou a sua misericórdia sobre os que o temem. R.

Segunda leitura

I Coríntios 10,1-6.10.12

1 Não quero, pois, irmãos, que vós ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e que todos passaram o mar, 

2 e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,

3 e todos comeram do mesmo alimento espiritual, 

4 e todos beberam da mesma bebida espiritual (porque bebiam da pedra espiritual que os seguia, e esta pedra era Cristo). 

5 Mas de muitos deles Deus não se agradou; por isso foram prostrados no deserto. 

6 Estas coisas foram figura do que nos diz respeito, para que não cobicemos coisas más, como eles cobiçaram, 

10 Nem murmureis, como murmuraram alguns deles, e foram mortos pelo exterminador. 

12 Aquele, pois, que crê estar de pé cuide que não caia.

Evangelho

Lucas 13,1-9

1 Nesse mesmo tempo, alguns ali presentes contaram-lhe dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com o dos seus sacrifícios. 

2 E Jesus, respondendo, disse-lhes: “Vós julgais que aqueles galileus eram maiores pecadores que todos os outros galileus, por terem padecido tanto? 

3 Não, eu vos digo; mas, se não fizerdes penitência, todos perecereis do mesmo modo. 

4 Assim como também aqueles dezoito homens sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou; julgais que eles também foram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? 

5 Não, eu vos digo; mas, se não fizerdes penitência, todos perecereis do mesmo modo”.

6 E dizia também esta parábola: “Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi buscar fruto, e não o encontrou. 

7 Então disse ao cultivador da vinha: ‘Eis que há três anos venho buscar fruto nesta figueira, e não o encontro. Corta-a! Para que ainda ocupa terreno [inutilmente]?’. 

8 Mas ele respondeu: ‘Senhor, deixa-a ainda este ano, pois cavarei ao redor dela e lhe lançarei esterco: 

9 se der fruto, ótimo; caso contrário, poderás cortá-la’”

Confira também: Liturgia e ensinamentos do terceiro domingo da Quaresma.

Comentário patrístico

13,6–9. Gregório: No terceiro ano, o senhor da parábola foi até a figueira, porque o Senhor foi buscar os frutos da raça humana antes da lei, sob a lei, e sob a graça, esperando, aconselhando, e visitando-a; e queixou-se de que em três anos não encontrava fruto nenhum, porque as mentes de alguns perversos não foram corrigidas nem pela lei natural inspirada, nem instruídas pelos seus preceitos, nem convertidas pelos milagres da sua encarnação.

Santo do dia

São Vitoriano e seus companheiros

23 de março

 Vitoriano, um dos principais senhores do reino, havia sido eleito governador de Cartago, com o título romano de procônsul. Era o mais abastado súdito do rei, que lhe depositava muita confiança, porque sempre se comportara com a mais inviolável fidelidade. O rei, após ter promulgado seus éditos cruéis, enviou um mensageiro ao procônsul, prometendo despejar-lhe as maiores riquezas e honrarias que estivessem ao alcance das mãos de um príncipe, desde que se conformasse à sua religião. O procônsul – que, mesmo em meio às cintilantes pompas do mundo, compreendia perfeitamente sua vacuidade – deu a seguinte resposta: “Dize ao rei que eu confio em Cristo. Sua Majestade pode condenar-me a quaisquer tormentos, mas jamais consentirei em renunciar a Igreja Católica, na qual fui batizado. Mesmo que não houvesse uma vida depois desta, eu jamais seria ingrato e pérfido para com Deus, que me concedeu a alegria de conhecê-lo e me conferiu as Suas graças mais preciosas”. O tirano ficou furioso com a resposta, e é difícil conceber que tipo de torturas fez o santo padecer. Vitoriano contudo as sofreu com alegria, e em meio a elas encerrou seu glorioso martírio. Dois mercadores de Cartago, ambos de nome Frumêncio, sofreram o martírio por volta da mesma época. Entre os muitos gloriosos confessores daquele tempo, um de nome Liberato, eminente médico, foi enviado para o exílio com sua esposa. Somente lamentava ver-se separado dos filhos. Mas sua esposa conteve-lhe as lágrimas com as seguintes palavras: “Não penses mais neles: Jesus Cristo em pessoa os cuidará e protegerá suas almas”. Na prisão, disseram à mulher que seu marido havia se conformado com a religião pagã. Por isso, quando o encontrou na vara diante do juiz, censurou- o em plena corte pela insensatez de ter abandonado a Deus; contudo, ao ouvir sua resposta, descobriu que havia sido ludibriada a revelar assim a própria fé às autoridades, o que levou ao seu fim. Doze criancinhas, ao serem arrastadas, agarravam seus companheiros pelos joelhos até que os perseguidores as separaram pela força bruta. Foram diariamente espancadas e flageladas da maneira mais cruel, durante longo tempo; contudo, pela graça de Deus todas perseveraram na fé até o fim da perseguição.3 

Outros santos do dia: São Turíbio de Mongrovejo, Santo Etelvaldo, Beato Pedro de Gubbio e Beata Sibilina de Pavia.


Referências

  1. Devocionário a São José, página 33.[]
  2. Santa Faustina, p. 36.[]
  3. Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 135-138.[]

Redação Minha Biblioteca Católica

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3º Domingo da Quaresma, Ano C

Oração da manhã

“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1

Para enriquecer nossa meditação diária, em preparação para a Liturgia, trouxemos um trecho inspirado no nosso livro de março “Santa Faustina: uma biografia espiritual” que nos traz como tema central a Misericórdia Divina, o único remédio para um mundo ferido. Que estas palavras espalhem a misericórdia em vossos corações neste Ano Jubilar.

Inspirada por Santa Teresa de Ávila, que afirmava: “A quem tem Deus nada falta; só Deus basta”, Faustina entregou-se plenamente à graça divina, acreditando que Deus pode transformar a fragilidade humana em santidade. Ela respondeu de forma generosa e livre ao chamado do Cristo crucificado, sendo moldada na escola de Seu Coração misericordioso. Ao longo de sua breve vida, manteve um coração infantil, surpreendentemente simples e dócil. Seu diretor espiritual, o Beato Michał Sopoćko, descreveu-a como “uma alma simples e santa, intimamente unida a Deus”.2

Primeira leitura

Êxodo 3,1-8a.13-15

1 Ora, Moisés apascentava as ovelhas de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã, e, tendo conduzido o rebanho para o interior do deserto, chegou ao monte de Deus, Horeb. 

2 E o Senhor apareceu-lhe numa chama de fogo [que saía] do meio de uma sarça, e [Moisés] via que a sarça ardia, sem se consumir. 

3 Disse pois Moisés: “Irei, e verei esta grande visão, [e verei] por que causa se não consome a sarça”. 

4 Mas o Senhor, vendo que ele se movia para ir ver, chamou-o do meio da sarça, e disse: “Moisés, Moisés”. E ele respondeu: “Aqui estou”. 

5 E [o Senhor] disse: “Não te aproximes daqui. Tira as sandálias de teus pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa”. 

6 E disse: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, e o Deus de Jacó”. Cobriu Moisés o rosto, porque não ousava olhar para Deus. 

7 E o Senhor disse-lhe: “Eu vi a aflição do meu povo no Egito, e ouvi o seu clamor causado pela crueza daqueles que têm a superintendência das obras. 

8a E conhecendo a sua dor, desci para o livrar das mãos dos egípcios e para o conduzir daquela terra a uma terra boa e espaçosa.

Salmo

102(103),1-2.3-4.8-11 (R. 8a)

R. O Senhor é compassivo e misericordioso.

1 Bendize, ó minha alma, o Senhor,
e tudo que há em mim,
[bendiga] o seu santo nome.
2 Bendize, ó minha alma, o Senhor,
e não esqueças nenhum dos seus benefícios. R.

3 É ele que perdoa todas as tuas maldades,
e que sara todas as tuas enfermidades.
4 É ele que resgata da morte a tua vida,
e que te coroa da sua misericórdia e das suas graças. R.

8 O Senhor é compassivo e misericordioso,
paciente e de muita misericórdia.
11 Porque, assim como está o céu acima da terra,
assim firmou a sua misericórdia sobre os que o temem. R.

Segunda leitura

I Coríntios 10,1-6.10.12

1 Não quero, pois, irmãos, que vós ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e que todos passaram o mar, 

2 e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,

3 e todos comeram do mesmo alimento espiritual, 

4 e todos beberam da mesma bebida espiritual (porque bebiam da pedra espiritual que os seguia, e esta pedra era Cristo). 

5 Mas de muitos deles Deus não se agradou; por isso foram prostrados no deserto. 

6 Estas coisas foram figura do que nos diz respeito, para que não cobicemos coisas más, como eles cobiçaram, 

10 Nem murmureis, como murmuraram alguns deles, e foram mortos pelo exterminador. 

12 Aquele, pois, que crê estar de pé cuide que não caia.

Evangelho

Lucas 13,1-9

1 Nesse mesmo tempo, alguns ali presentes contaram-lhe dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com o dos seus sacrifícios. 

2 E Jesus, respondendo, disse-lhes: “Vós julgais que aqueles galileus eram maiores pecadores que todos os outros galileus, por terem padecido tanto? 

3 Não, eu vos digo; mas, se não fizerdes penitência, todos perecereis do mesmo modo. 

4 Assim como também aqueles dezoito homens sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou; julgais que eles também foram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? 

5 Não, eu vos digo; mas, se não fizerdes penitência, todos perecereis do mesmo modo”.

6 E dizia também esta parábola: “Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi buscar fruto, e não o encontrou. 

7 Então disse ao cultivador da vinha: ‘Eis que há três anos venho buscar fruto nesta figueira, e não o encontro. Corta-a! Para que ainda ocupa terreno [inutilmente]?’. 

8 Mas ele respondeu: ‘Senhor, deixa-a ainda este ano, pois cavarei ao redor dela e lhe lançarei esterco: 

9 se der fruto, ótimo; caso contrário, poderás cortá-la’”

Confira também: Liturgia e ensinamentos do terceiro domingo da Quaresma.

Comentário patrístico

13,6–9. Gregório: No terceiro ano, o senhor da parábola foi até a figueira, porque o Senhor foi buscar os frutos da raça humana antes da lei, sob a lei, e sob a graça, esperando, aconselhando, e visitando-a; e queixou-se de que em três anos não encontrava fruto nenhum, porque as mentes de alguns perversos não foram corrigidas nem pela lei natural inspirada, nem instruídas pelos seus preceitos, nem convertidas pelos milagres da sua encarnação.

Santo do dia

São Vitoriano e seus companheiros

23 de março

 Vitoriano, um dos principais senhores do reino, havia sido eleito governador de Cartago, com o título romano de procônsul. Era o mais abastado súdito do rei, que lhe depositava muita confiança, porque sempre se comportara com a mais inviolável fidelidade. O rei, após ter promulgado seus éditos cruéis, enviou um mensageiro ao procônsul, prometendo despejar-lhe as maiores riquezas e honrarias que estivessem ao alcance das mãos de um príncipe, desde que se conformasse à sua religião. O procônsul – que, mesmo em meio às cintilantes pompas do mundo, compreendia perfeitamente sua vacuidade – deu a seguinte resposta: “Dize ao rei que eu confio em Cristo. Sua Majestade pode condenar-me a quaisquer tormentos, mas jamais consentirei em renunciar a Igreja Católica, na qual fui batizado. Mesmo que não houvesse uma vida depois desta, eu jamais seria ingrato e pérfido para com Deus, que me concedeu a alegria de conhecê-lo e me conferiu as Suas graças mais preciosas”. O tirano ficou furioso com a resposta, e é difícil conceber que tipo de torturas fez o santo padecer. Vitoriano contudo as sofreu com alegria, e em meio a elas encerrou seu glorioso martírio. Dois mercadores de Cartago, ambos de nome Frumêncio, sofreram o martírio por volta da mesma época. Entre os muitos gloriosos confessores daquele tempo, um de nome Liberato, eminente médico, foi enviado para o exílio com sua esposa. Somente lamentava ver-se separado dos filhos. Mas sua esposa conteve-lhe as lágrimas com as seguintes palavras: “Não penses mais neles: Jesus Cristo em pessoa os cuidará e protegerá suas almas”. Na prisão, disseram à mulher que seu marido havia se conformado com a religião pagã. Por isso, quando o encontrou na vara diante do juiz, censurou- o em plena corte pela insensatez de ter abandonado a Deus; contudo, ao ouvir sua resposta, descobriu que havia sido ludibriada a revelar assim a própria fé às autoridades, o que levou ao seu fim. Doze criancinhas, ao serem arrastadas, agarravam seus companheiros pelos joelhos até que os perseguidores as separaram pela força bruta. Foram diariamente espancadas e flageladas da maneira mais cruel, durante longo tempo; contudo, pela graça de Deus todas perseveraram na fé até o fim da perseguição.3 

Outros santos do dia: São Turíbio de Mongrovejo, Santo Etelvaldo, Beato Pedro de Gubbio e Beata Sibilina de Pavia.


Referências

  1. Devocionário a São José, página 33.[]
  2. Santa Faustina, p. 36.[]
  3. Butler, Alban. Vida dos Santos, 2021, p. 135-138.[]

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