Entenda o que a Igreja nos ensina por meio da liturgia do terceiro domingo da Quaresma, meditando cada uma das leituras.
Entenda o que a Igreja nos ensina por meio da liturgia do terceiro domingo da Quaresma, meditando cada uma das leituras.
Confira o que as leituras deste terceiro domingo da Quaresma têm a nos ensinar.
Tendo já percorrido um bom trecho da Quaresma, a liturgia insiste em nos recordar da necessidade de conversão para que façamos uma frutuosa Páscoa. Neste terceiro domingo, vamos percorrer um caminho de encontro com o Senhor para O descobrir como único necessário em nossas vidas.
Na liturgia deste terceiro domingo da Quaresma nos é proposto um caminho que deve ser sempre novo. Mesmo que aparente ser algo monótono, a conversão deve ser sempre um eterno voltar-se a Deus. De fato, já passadas 3 semanas desde o início da Quaresma, devemos, mais uma vez, renovar nosso desejo de voltar o olhar para a lógica de Cristo, e não para a lógica dos homens.
Confira como viver bem a Quaresma em 5 dicas práticas.
A primeira leitura deste final de semana é extraída do livro do Êxodo 1 e nela Deus nos dá indicações precisas e preciosas acerca de como devemos agir em relação a Ele e em relação ao próximo. Esses mandamentos devem ser olhados, aqui, como uma busca por uma relação que seja sadia, visando nossa edificação e salvação.
Mais uma vez, Deus volta a usar da recordação da memória do povo de Israel, para que este compreenda quem é Ele e, assim, possa saber quem é o homem e como deve agir.
“Naqueles dias, Deus pronunciou todas estas palavras: ‘Eu sou o Senhor teu Deus que te tirou do Egito, da casa da escravidão. Não terás outros deuses além de mim.’” 2. É com o chamado à recordação de quem é Deus que a leitura se inicia, e prossegue com uma série de mandamentos para todos os homens. Os quatro primeiros mandamentos dizem respeito a Deus 3, e os seis restantes dizem respeito a como devemos agir para com o próximo 4.
O salmo da liturgia do terceiro domingo da Quaresma vem para complementar o que ouvimos na primeira leitura. O salmo cantado é o 18 (19). Nele, a Igreja louva e se alegra pelos mandamentos do Senhor, que “são retos e alegram o coração; os mandamentos do Senhor são claros e iluminam os olhos.”
A bem da verdade é que como canta o refrão do Salmo, somente Deus tem palavras de vida eterna, e é por isso que podemos dizer que os mandamentos são leves, alegres, puros, conforto para a alma e alegria ao coração.
A segunda leitura é de uma riqueza sem precedentes, que nos faz mergulhar em cheio na lógica de Deus para esta Quaresma. O trecho da carta de São Paulo aos Coríntios 5 que é proposto para o terceiro Domingo da Quaresma tem como contexto a comunidade de Corinto, que Paulo evangelizou.
De origem grega, a comunidade de Corinto estava envolta por mestres e doutores da filosofia antiga. As escolas filosóficas buscavam, já naqueles tempos, alguma doutrina que fosse a mais sábia e coerente nos parâmetros da razão humana. Só que a lógica de Deus não é a lógica humana, e é precisamente por isso que Ele vem para fazer Aliança conosco no Antigo Testamento e no altar da Cruz.
São Paulo, ao perceber o risco que uma doutrina nos moldes humanos pode trazer, prontamente escreve à comunidade o seguinte:
“Irmãos:
Os judeus pedem milagres
e os gregos procuram a sabedoria.
Quanto a nós, pregamos Cristo crucificado,
escândalo para os judeus e loucura para os gentios;
mas para aqueles que são chamados,
tanto judeus como gregos,
Cristo é poder e sabedoria de Deus.
Pois o que é loucura de Deus
é mais sábio do que os homens
e o que é fraqueza de Deus
é mais forte do que os homens.” 5
Você já conhece a história da conversão de São Paulo?
O Evangelho deste final de semana é extraído dos relatos de São João 6. O episódio narrado está situado na seção introdutória do evangelho de João, que dá as linhas programáticas do ministério de Jesus.
No relato, estando próximo da festa da Páscoa, Jesus se dirige ao Templo, e ao ver como este havia se tornado casa de comércio e de negócio, mais do que lugar de culto e adoração a Deus, expulsa todos de lá, inclusive os animais usados para os sacrifícios. No Antigo Testamento foram muitos os profetas que denunciavam o culto oferecido a Deus, que havia se tornado estéril e vazio de sentido, desviando-se do significado primordial. Jesus, por zelo à casa de Deus, repreende-os e vai além do que fizeram os profetas. “Tirai tudo isto daqui; não façais da casa de meu Pai casa de comércio “7.
Ao verem o que Jesus havia feito, os judeus perguntam com que direito e com que autoridade Ele procedia deste modo. À pergunta, Jesus responde: “Destruí este templo e em três dias o levantarei” 8. Certamente, os judeus se espantaram com essa resposta, pois foram necessários, até a data, 46 anos para a construção do Templo. Como, então, Jesus iria reconstruí-lo em apenas 3 dias?
É aí que entra a sabedoria de Cristo, e que São João evidencia no Evangelho, bem como os apóstolos vão compreender após a ressurreição de Jesus. O evangelista nos diz:
“Jesus, porém, falava do templo do seu corpo. Por isso, quando Ele ressuscitou dos mortos, os discípulos lembraram-se do que tinha dito e acreditaram na Escritura e nas palavras que Jesus dissera.” 9.
Entenda como fazer uma boa confissão.
Tendo já caminhado 3 semanas no itinerário espiritual desta Quaresma, o que Deus nos pede neste domingo?
Primeiramente, e mais importante de tudo: qual é a centralidade de Deus em nossas vidas? Deus é e deve ser o único Senhor de nossas vidas. Cristo, como Novo e Eterno Templo, é o único que deve ocupar lugar em nosso coração. Convém que demos a Deus o lugar que a Ele pertence, por direito.
Em segundo lugar, e na mesma linha, São Paulo nos impele a enxergarmos a lógica de Deus, que não coincide com a dos homens. Nós, nesta quaresma, somos convidados a deixar nossa lógica mundana de lado, e a pensar com a lógica divina, que pode parecer escandalosa e louca, mas que, na verdade, é liberdade e eternidade.
A autoridade de Cristo se edifica sobre Ele mesmo, sobre o testemunho da Cruz e ressurreição. Ele é o Templo verdadeiro, o Novo e Eterno Templo, sob o qual a Igreja está alicerçada e na qual temos garantia de salvação.
Leia também os artigos sobre a liturgia dos domingos anteriores:
– Primeiro domingo
– Segundo domingo
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Confira o que as leituras deste terceiro domingo da Quaresma têm a nos ensinar.
Tendo já percorrido um bom trecho da Quaresma, a liturgia insiste em nos recordar da necessidade de conversão para que façamos uma frutuosa Páscoa. Neste terceiro domingo, vamos percorrer um caminho de encontro com o Senhor para O descobrir como único necessário em nossas vidas.
Na liturgia deste terceiro domingo da Quaresma nos é proposto um caminho que deve ser sempre novo. Mesmo que aparente ser algo monótono, a conversão deve ser sempre um eterno voltar-se a Deus. De fato, já passadas 3 semanas desde o início da Quaresma, devemos, mais uma vez, renovar nosso desejo de voltar o olhar para a lógica de Cristo, e não para a lógica dos homens.
Confira como viver bem a Quaresma em 5 dicas práticas.
A primeira leitura deste final de semana é extraída do livro do Êxodo 1 e nela Deus nos dá indicações precisas e preciosas acerca de como devemos agir em relação a Ele e em relação ao próximo. Esses mandamentos devem ser olhados, aqui, como uma busca por uma relação que seja sadia, visando nossa edificação e salvação.
Mais uma vez, Deus volta a usar da recordação da memória do povo de Israel, para que este compreenda quem é Ele e, assim, possa saber quem é o homem e como deve agir.
“Naqueles dias, Deus pronunciou todas estas palavras: ‘Eu sou o Senhor teu Deus que te tirou do Egito, da casa da escravidão. Não terás outros deuses além de mim.’” 2. É com o chamado à recordação de quem é Deus que a leitura se inicia, e prossegue com uma série de mandamentos para todos os homens. Os quatro primeiros mandamentos dizem respeito a Deus 3, e os seis restantes dizem respeito a como devemos agir para com o próximo 4.
O salmo da liturgia do terceiro domingo da Quaresma vem para complementar o que ouvimos na primeira leitura. O salmo cantado é o 18 (19). Nele, a Igreja louva e se alegra pelos mandamentos do Senhor, que “são retos e alegram o coração; os mandamentos do Senhor são claros e iluminam os olhos.”
A bem da verdade é que como canta o refrão do Salmo, somente Deus tem palavras de vida eterna, e é por isso que podemos dizer que os mandamentos são leves, alegres, puros, conforto para a alma e alegria ao coração.
A segunda leitura é de uma riqueza sem precedentes, que nos faz mergulhar em cheio na lógica de Deus para esta Quaresma. O trecho da carta de São Paulo aos Coríntios 5 que é proposto para o terceiro Domingo da Quaresma tem como contexto a comunidade de Corinto, que Paulo evangelizou.
De origem grega, a comunidade de Corinto estava envolta por mestres e doutores da filosofia antiga. As escolas filosóficas buscavam, já naqueles tempos, alguma doutrina que fosse a mais sábia e coerente nos parâmetros da razão humana. Só que a lógica de Deus não é a lógica humana, e é precisamente por isso que Ele vem para fazer Aliança conosco no Antigo Testamento e no altar da Cruz.
São Paulo, ao perceber o risco que uma doutrina nos moldes humanos pode trazer, prontamente escreve à comunidade o seguinte:
“Irmãos:
Os judeus pedem milagres
e os gregos procuram a sabedoria.
Quanto a nós, pregamos Cristo crucificado,
escândalo para os judeus e loucura para os gentios;
mas para aqueles que são chamados,
tanto judeus como gregos,
Cristo é poder e sabedoria de Deus.
Pois o que é loucura de Deus
é mais sábio do que os homens
e o que é fraqueza de Deus
é mais forte do que os homens.” 5
Você já conhece a história da conversão de São Paulo?
O Evangelho deste final de semana é extraído dos relatos de São João 6. O episódio narrado está situado na seção introdutória do evangelho de João, que dá as linhas programáticas do ministério de Jesus.
No relato, estando próximo da festa da Páscoa, Jesus se dirige ao Templo, e ao ver como este havia se tornado casa de comércio e de negócio, mais do que lugar de culto e adoração a Deus, expulsa todos de lá, inclusive os animais usados para os sacrifícios. No Antigo Testamento foram muitos os profetas que denunciavam o culto oferecido a Deus, que havia se tornado estéril e vazio de sentido, desviando-se do significado primordial. Jesus, por zelo à casa de Deus, repreende-os e vai além do que fizeram os profetas. “Tirai tudo isto daqui; não façais da casa de meu Pai casa de comércio “7.
Ao verem o que Jesus havia feito, os judeus perguntam com que direito e com que autoridade Ele procedia deste modo. À pergunta, Jesus responde: “Destruí este templo e em três dias o levantarei” 8. Certamente, os judeus se espantaram com essa resposta, pois foram necessários, até a data, 46 anos para a construção do Templo. Como, então, Jesus iria reconstruí-lo em apenas 3 dias?
É aí que entra a sabedoria de Cristo, e que São João evidencia no Evangelho, bem como os apóstolos vão compreender após a ressurreição de Jesus. O evangelista nos diz:
“Jesus, porém, falava do templo do seu corpo. Por isso, quando Ele ressuscitou dos mortos, os discípulos lembraram-se do que tinha dito e acreditaram na Escritura e nas palavras que Jesus dissera.” 9.
Entenda como fazer uma boa confissão.
Tendo já caminhado 3 semanas no itinerário espiritual desta Quaresma, o que Deus nos pede neste domingo?
Primeiramente, e mais importante de tudo: qual é a centralidade de Deus em nossas vidas? Deus é e deve ser o único Senhor de nossas vidas. Cristo, como Novo e Eterno Templo, é o único que deve ocupar lugar em nosso coração. Convém que demos a Deus o lugar que a Ele pertence, por direito.
Em segundo lugar, e na mesma linha, São Paulo nos impele a enxergarmos a lógica de Deus, que não coincide com a dos homens. Nós, nesta quaresma, somos convidados a deixar nossa lógica mundana de lado, e a pensar com a lógica divina, que pode parecer escandalosa e louca, mas que, na verdade, é liberdade e eternidade.
A autoridade de Cristo se edifica sobre Ele mesmo, sobre o testemunho da Cruz e ressurreição. Ele é o Templo verdadeiro, o Novo e Eterno Templo, sob o qual a Igreja está alicerçada e na qual temos garantia de salvação.
Leia também os artigos sobre a liturgia dos domingos anteriores:
– Primeiro domingo
– Segundo domingo