Acompanhe a liturgia do dia 23 de abril de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 23 de abril de 2025, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Quarta-feira da Oitava de Páscoa, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Para aprofundar nossa vivência do Tempo Pascal, mergulhamos no mistério da Maternidade Divina, reconhecendo a singularidade e a grandeza da vocação de Maria, como nos convida “Maria na Doutrina”:
“Maria é, portanto, realmente Mãe de Deus, assim como qualquer outra mulher é mãe de seu filho. De certa forma, ela o é ainda mais… podemos perguntar se é possível conceber uma maternidade tão verdadeira e tão completa quanto foi a de Maria.” (Maria na Doutrina, p. 42)
Atos dos Apóstolos 3,1-10
1 Pedro e João subiam [certo dia] ao templo para a oração da hora nona.
2 Era ali trazido um certo homem, coxo de nascimento, o qual punham todos os dias à porta do templo, chamada a Especiosa, para que pedisse esmola aos que entravam.
3 Este, quando viu Pedro e João, que iam a entrar no templo, implorou-lhes por uma esmola.
4 Pedro, pondo nele os olhos juntamente com João, disse: “Olha para nós”.
5 Ele os olhava com atenção, esperando receber deles alguma coisa.
6 Mas Pedro disse: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto te dou: em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda”.
7 Então, tomando-o pela mão direita, o levantou, e imediatamente se lhe consolidaram as pernas e os pés.
8 Dando um salto, pôs-se em pé e andava, e entrou com eles no templo, andando, saltando e louvando a Deus.
9 Todo o povo o viu andando e louvando a Deus,
10 e reconheciam que ele era o mesmo que se sentava [antes] à porta Especiosa do templo a pedir esmola, e ficaram cheios de espanto e fora de si, pelo que lhe tinha acontecido.
Sl 104(105),1-2.3-4.6-7.8-9 (R. 3b)
R. Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor.
1 Louvai o Senhor e invocai o seu nome;
anunciai as suas obras entre as nações.
2 Cantai-lhe e entoai salmos em sua honra;
narrai todas as suas maravilhas. R.
3 Gloriai-vos em seu santo nome;
alegre-se o coração dos que buscam o Senhor.
4 Buscai o Senhor e fortificai-vos nele;
buscai sempre a sua face. R.
6 Vós, ó descendentes de Abraão, seus servos;
vós, ó filhos de Jacó, seus escolhidos.
7 Ele é o Senhor nosso Deus;
os seus juízos exercem-se em toda a terra. R.
8 Ele lembrou-se para sempre da sua aliança
e da palavra que pronunciou para mil gerações;
9 da promessa que fez a Abraão
e do juramento que fez a Isaac. R.
Lucas 24,13-35
13 E eis que, no mesmo dia, caminhavam dois deles para uma aldeia, chamada Emaús, que ficava à distância de Jerusalém sessenta estádios.
14 Iam falando um com o outro sobre tudo o que se tinha passado.
15 E sucedeu que, quando eles iam conversando e discorrendo entre si, aproximou-se deles o próprio Jesus, e caminhava com eles.
16 Os olhos de ambos, porém, estavam como que fechados, de modo que não o reconheceram.
17 Perguntou-lhes, então: “De que estais falando pelo caminho, e por que estais tristes?”
18 Um deles, chamado Cléofas, respondeu-lhe: “És tu apenas um forasteiro em Jerusalém, para não saberes as coisas que ali se tem passado nestes dias?”
19 Ao que lhes indagou: “Que coisas?”. E responderam: “As que envolveram Jesus Nazareno, que foi um varão profeta, poderoso em obras e em palavras diante de Deus e de todo o povo,
20 e como os sumos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram.
21 Ora, nós esperávamos que ele fosse o que havia de resgatar Israel, e agora, depois de tudo isto, é já hoje o terceiro dia desde que estas coisas sucederam.
22 É bem verdade que algumas mulheres, das que estavam entre nós, nos sobressaltaram, porque, ao amanhecer, foram ao sepulcro
23 e, não tendo encontrado o seu corpo, voltaram dizendo que também tinham tido uma visão de anjos, os quais dizem que ele está vivo.
24 E alguns dos nossos foram ao sepulcro, e acharam como as mulheres tinham dito; mas não o encontraram”.
25 E ele disse-lhes: “Ó estultos e tardos de coração para crer tudo o que anunciaram os profetas!
26 Porventura não era necessário que o Cristo sofresse tais coisas, e que assim entrasse na sua glória?”
27 E, começando por Moisés, e [passando] por todos os profetas, explicava-lhes o que acerca dele se encontrava dito em todas as Escrituras.
28 Quando se aproximaram da aldeia para onde caminhavam, ele fez como quem ia para mais longe.
29 Mas eles o detiveram, dizendo: “Fica conosco, porque é tarde, e já declina o dia”. E entrou com eles.
30 Aconteceu que, estando sentado com eles à mesa, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-o.
31 Então abriram-se os seus olhos, e reconheceram-no; mas ele desapareceu diante dos seus olhos.
32 Disseram um ao outro: “Não é verdade que nós sentíamos abrasar-se-nos o coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”.
33 Levantando-se na mesma hora, voltaram para Jerusalém e encontraram juntos os onze, e os que estavam com eles,
34 os quais diziam: “O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão!”.
35 Então eles contaram o que lhes tinha acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão.
24,32. Ambrósio: A caridade é benévola, dotada de asas de um fogo ardente, que voa pelos peitos e corações dos santos e consome tudo que é material e terreno enquanto prova tudo que é sincero e melhora com seu fogo tudo que toca. Este é o fogo que o Senhor Jesus enviou sobre a terra (cf. Lc 12,49), e a fé refulgiu, e a devoção se acendeu, e a caridade se iluminou, e a justiça resplendeu. Com esse fogo inflamou os corações de seus Apóstolos, como testemunha Cléofas, ao dizer: “Não é verdade que nós sentíamos abrasar-se-nos o coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”. Assim, as asas de fogo são as chamas das divinas Escrituras.
São Jorge († 303)
23 de abril
São Jorge nasceu na Capadócia no final do século III, de pais cristãos, na juventude, escolheu a vida de soldado, e logo obteve o favor de Diocleciano, que o promoveu à posição de tribuno, quando, no entanto, o imperador começou a perseguir os cristãos, Jorge logo o repreendeu de maneira áspera e franca por sua crueldade, e abandonou o cargo, por conta disso, acabou sujeito a uma longa série de torturas, e finalmente decapitado, havia algo de tão inspirador na alegria desafiadora do jovem soldado, que todo cristão sentia-se parte daquele triunfo da fortaleza cristã; e conforme os anos se passaram, S. Jorge tornou-se a imagem do combatente vitorioso contra o mal, o matador do dragão, tema predileto das canções e histórias de acampamento,73 até que, como “quem conta um conto, aumenta um ponto”, passou a ser difícil rastrear o verdadeiro personagem, mesmo além do mundo cristão, possuía lugar de honra, e os próprios invasores sarracenos se convenceram a poupar da profanação a imagem daquele que louvavam como “O Cavaleiro do Cavalo Branco”, a devoção a S. Jorge é uma das mais antigas e populares da Igreja, no Oriente, uma igreja dedicada a S. Jorge é atribuída a Constantino, e seu nome é invocado nas mais antigas liturgias; enquanto isso, no Ocidente, Malta, Barcelona, Valência, Aragão, Gênova e Inglaterra o escolheram como seu padroeiro. 2
Outros santos do dia: Santo Aquiles, Santo Ibar, São Geraldo de Toul e Santo Adalberto de Praga.
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Quarta-feira da Oitava de Páscoa, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Para aprofundar nossa vivência do Tempo Pascal, mergulhamos no mistério da Maternidade Divina, reconhecendo a singularidade e a grandeza da vocação de Maria, como nos convida “Maria na Doutrina”:
“Maria é, portanto, realmente Mãe de Deus, assim como qualquer outra mulher é mãe de seu filho. De certa forma, ela o é ainda mais… podemos perguntar se é possível conceber uma maternidade tão verdadeira e tão completa quanto foi a de Maria.” (Maria na Doutrina, p. 42)
Atos dos Apóstolos 3,1-10
1 Pedro e João subiam [certo dia] ao templo para a oração da hora nona.
2 Era ali trazido um certo homem, coxo de nascimento, o qual punham todos os dias à porta do templo, chamada a Especiosa, para que pedisse esmola aos que entravam.
3 Este, quando viu Pedro e João, que iam a entrar no templo, implorou-lhes por uma esmola.
4 Pedro, pondo nele os olhos juntamente com João, disse: “Olha para nós”.
5 Ele os olhava com atenção, esperando receber deles alguma coisa.
6 Mas Pedro disse: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto te dou: em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda”.
7 Então, tomando-o pela mão direita, o levantou, e imediatamente se lhe consolidaram as pernas e os pés.
8 Dando um salto, pôs-se em pé e andava, e entrou com eles no templo, andando, saltando e louvando a Deus.
9 Todo o povo o viu andando e louvando a Deus,
10 e reconheciam que ele era o mesmo que se sentava [antes] à porta Especiosa do templo a pedir esmola, e ficaram cheios de espanto e fora de si, pelo que lhe tinha acontecido.
Sl 104(105),1-2.3-4.6-7.8-9 (R. 3b)
R. Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor.
1 Louvai o Senhor e invocai o seu nome;
anunciai as suas obras entre as nações.
2 Cantai-lhe e entoai salmos em sua honra;
narrai todas as suas maravilhas. R.
3 Gloriai-vos em seu santo nome;
alegre-se o coração dos que buscam o Senhor.
4 Buscai o Senhor e fortificai-vos nele;
buscai sempre a sua face. R.
6 Vós, ó descendentes de Abraão, seus servos;
vós, ó filhos de Jacó, seus escolhidos.
7 Ele é o Senhor nosso Deus;
os seus juízos exercem-se em toda a terra. R.
8 Ele lembrou-se para sempre da sua aliança
e da palavra que pronunciou para mil gerações;
9 da promessa que fez a Abraão
e do juramento que fez a Isaac. R.
Lucas 24,13-35
13 E eis que, no mesmo dia, caminhavam dois deles para uma aldeia, chamada Emaús, que ficava à distância de Jerusalém sessenta estádios.
14 Iam falando um com o outro sobre tudo o que se tinha passado.
15 E sucedeu que, quando eles iam conversando e discorrendo entre si, aproximou-se deles o próprio Jesus, e caminhava com eles.
16 Os olhos de ambos, porém, estavam como que fechados, de modo que não o reconheceram.
17 Perguntou-lhes, então: “De que estais falando pelo caminho, e por que estais tristes?”
18 Um deles, chamado Cléofas, respondeu-lhe: “És tu apenas um forasteiro em Jerusalém, para não saberes as coisas que ali se tem passado nestes dias?”
19 Ao que lhes indagou: “Que coisas?”. E responderam: “As que envolveram Jesus Nazareno, que foi um varão profeta, poderoso em obras e em palavras diante de Deus e de todo o povo,
20 e como os sumos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram.
21 Ora, nós esperávamos que ele fosse o que havia de resgatar Israel, e agora, depois de tudo isto, é já hoje o terceiro dia desde que estas coisas sucederam.
22 É bem verdade que algumas mulheres, das que estavam entre nós, nos sobressaltaram, porque, ao amanhecer, foram ao sepulcro
23 e, não tendo encontrado o seu corpo, voltaram dizendo que também tinham tido uma visão de anjos, os quais dizem que ele está vivo.
24 E alguns dos nossos foram ao sepulcro, e acharam como as mulheres tinham dito; mas não o encontraram”.
25 E ele disse-lhes: “Ó estultos e tardos de coração para crer tudo o que anunciaram os profetas!
26 Porventura não era necessário que o Cristo sofresse tais coisas, e que assim entrasse na sua glória?”
27 E, começando por Moisés, e [passando] por todos os profetas, explicava-lhes o que acerca dele se encontrava dito em todas as Escrituras.
28 Quando se aproximaram da aldeia para onde caminhavam, ele fez como quem ia para mais longe.
29 Mas eles o detiveram, dizendo: “Fica conosco, porque é tarde, e já declina o dia”. E entrou com eles.
30 Aconteceu que, estando sentado com eles à mesa, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-o.
31 Então abriram-se os seus olhos, e reconheceram-no; mas ele desapareceu diante dos seus olhos.
32 Disseram um ao outro: “Não é verdade que nós sentíamos abrasar-se-nos o coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”.
33 Levantando-se na mesma hora, voltaram para Jerusalém e encontraram juntos os onze, e os que estavam com eles,
34 os quais diziam: “O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão!”.
35 Então eles contaram o que lhes tinha acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão.
24,32. Ambrósio: A caridade é benévola, dotada de asas de um fogo ardente, que voa pelos peitos e corações dos santos e consome tudo que é material e terreno enquanto prova tudo que é sincero e melhora com seu fogo tudo que toca. Este é o fogo que o Senhor Jesus enviou sobre a terra (cf. Lc 12,49), e a fé refulgiu, e a devoção se acendeu, e a caridade se iluminou, e a justiça resplendeu. Com esse fogo inflamou os corações de seus Apóstolos, como testemunha Cléofas, ao dizer: “Não é verdade que nós sentíamos abrasar-se-nos o coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”. Assim, as asas de fogo são as chamas das divinas Escrituras.
São Jorge († 303)
23 de abril
São Jorge nasceu na Capadócia no final do século III, de pais cristãos, na juventude, escolheu a vida de soldado, e logo obteve o favor de Diocleciano, que o promoveu à posição de tribuno, quando, no entanto, o imperador começou a perseguir os cristãos, Jorge logo o repreendeu de maneira áspera e franca por sua crueldade, e abandonou o cargo, por conta disso, acabou sujeito a uma longa série de torturas, e finalmente decapitado, havia algo de tão inspirador na alegria desafiadora do jovem soldado, que todo cristão sentia-se parte daquele triunfo da fortaleza cristã; e conforme os anos se passaram, S. Jorge tornou-se a imagem do combatente vitorioso contra o mal, o matador do dragão, tema predileto das canções e histórias de acampamento,73 até que, como “quem conta um conto, aumenta um ponto”, passou a ser difícil rastrear o verdadeiro personagem, mesmo além do mundo cristão, possuía lugar de honra, e os próprios invasores sarracenos se convenceram a poupar da profanação a imagem daquele que louvavam como “O Cavaleiro do Cavalo Branco”, a devoção a S. Jorge é uma das mais antigas e populares da Igreja, no Oriente, uma igreja dedicada a S. Jorge é atribuída a Constantino, e seu nome é invocado nas mais antigas liturgias; enquanto isso, no Ocidente, Malta, Barcelona, Valência, Aragão, Gênova e Inglaterra o escolheram como seu padroeiro. 2
Outros santos do dia: Santo Aquiles, Santo Ibar, São Geraldo de Toul e Santo Adalberto de Praga.