Acompanhe a liturgia do dia 31 de dezembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Acompanhe a liturgia do dia 31 de dezembro de 2024, com texto e comentários patrísticos da Bíblia da Minha Biblioteca Católica.
Segunda-feira, 6º Dia na Oitava de Natal, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, em preparação para a Liturgia, trazemos um trecho inspirado no nosso livro de dezembro “Histórias Bíblicas – Narrativas do Antigo e do Novo Testamento”. Que estas palavras sirvam de reflexão durante o Advento, no caminho da fé.
Após retornar a Jerusalém, Paulo enfrentou forte oposição dos judeus, que incitaram uma revolta contra ele. Para protegê-lo da multidão enfurecida, o governador romano o prendeu e o enviou a Félix, procônsul em Cesareia, onde permaneceu dois anos em cativeiro. Posteriormente, foi enviado a Roma para ser julgado pelo imperador, como desejava. Durante a viagem, o navio naufragou em Malta, mas Paulo sobreviveu milagrosamente. Após dois anos em prisão domiciliar em Roma, foi libertado e retomou suas viagens missionárias. Em 67 d.C., voltou a Roma e, durante a perseguição aos cristãos promovida por Nero, foi decapitado.2
I João 2,18-21
18 Filhinhos, é a última hora, e, como ouvistes dizer que o Anticristo vem, também já agora há muitos anticristos; por isso sabemos que é a última hora.
19 Eles saíram de entre nós, mas não eram dos nossos, porque, se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco; mas [saíram] para que se conheça que nem todos são dos nossos.
20 Vós, porém, recebestes a unção do Santo e sabeis todas as coisas.
21 Eu não vos escrevi como a ignorantes da verdade, mas como a quem a conhece, e porque da verdade não vem nenhuma mentira.
95(96),1-2.11-12.13 (R. 11a)
R. Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra.
1 Cantai ao Senhor um cântico novo;
cantai ao Senhor, ó terra inteira.
2 Cantai ao Senhor e bendizei o seu nome;
anunciai todos os dias a sua salvação. R.
11 Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra,
comova-se o mar e o que ele contém.
12 Alegrar-se-ão os campos e todas as coisas que neles há.
Então se regozijarão todas as árvores das selvas R.
13 à vista do Senhor, porque vem,
porque vem julgar a terra.
Julgará toda a terra com equidade,
e os povos segundo a sua verdade. R.
João 1,1-18
1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por ele, e nada do que foi feito, foi feito sem ele.
4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
5 E a luz resplandece nas trevas, mas as trevas não a compreenderam
6 Houve um homem enviado por Deus que se chamava João.
7 Este veio por testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele.
8 Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
9 Era a luz verdadeira, que ilumina todo homem que vem a este mundo.
10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12 Mas a todos os que o receberam deu poder de se tornarem filhos de Deus,e àqueles que crêem no seu nome;
13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós; e nós vimos a sua glória, glória como de Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
15 João dá testemunho dele e clama, dizendo: “Este era aquele de quem eu disse: O que há de vir depois de mim, é mais do que eu; porque era antes de mim.”
16 E todos nós participamos da sua plenitude, e graça sobre graça;
17 porque a lei foi dada por Moisés, e a graça e a verdade foram trazidas por Jesus Cristo. 18 Ninguém jamais viu Deus; o Filho Unigênito, que está no seio do Pai, ele mesmo é que o deu a conhecer.
1,5. Orígenes: Ou seja, a luz resplandeceu nas trevas das almas fiéis, trevas estas que ela dissipou ao dar nascimento à fé e ao conduzir à esperança. A ignorância e a perfídia, entretanto, de corações privados de sabedoria não puderam compreender a luz do Verbo de Deus a brilhar na carne mortal. Tal é o sentido moral desta passagem. Eis o literal: a natureza humana, mesmo que livre de todo o pecado, não lograria luzir de suas próprias forças, porque à luz não a tem de seu natural, é somente capaz de participar da luz: pode acolher a sabedoria, mas não é, de per si, sabedoria. O ar que nos circunda não tem de si luz, não é senão treva. Do mesmo modo, nossa natureza é considerada em si mesma: ela não é senão certa substância coberta de trevas capaz todavia de ser aclarada pela luz da sabedoria. Uma vez penetrada a atmosfera pelos raios do sol, não se pode dizer que ela passe a reluzir de per si, senão que é alumiada pela claridade solar. Assim, quando a parte inteligente de nossa natureza goza a presença do Verbo, não é do próprio esforço que ascende ao conhecimento das realidade inteligíveis e de Deus, senão à força da luz divina, que a ilumina de seus raios refulgentes. De fato, a luz resplandece nas trevas porque para o Verbo de Deus, vida e luz dos homens, não há fim no dilatar-se e no extravasar sua luz sobre a nossa natureza que, considerada em si mesma, não é senão tenebrosa substância informe; como essa luminosidade é incompreensível em si mesma a todas criaturas, é com razão que acresce o Evangelista: “Mas as trevas não a receberam”.
São Silvestre
31 de dezembro
Silvestre nasceu em Roma quase ao final do século III. Era um jovem sacerdote quando irrompeu a perseguição aos cristãos sob o tirano Diocleciano. Os ídolos eram erigidos nas esquinas das ruas, nos mercados, nas fontes públicas, de maneira que era quase impossível para um cristão sair sem ser posto à prova da oferenda de sacrifícios, restando-lhe escolher entre a apostasia ou a morte. Durante essa difícil provação, Silvestre deu força aos confessores e mártires, enquanto Deus preservava-lhe a vida de muitos perigos. Em 312, surge uma nova era. Constantino, triunfando sob o estandarte da Cruz, declara-se protetor dos cristãos e constrói-lhes esplêndidas igrejas. Nessa conjuntura, Silvestre foi eleito para a cátedra de Pedro, e assim tornou-se o primeiro dos Pontífices Romanos a governar seu rebanho cristão em paz e segurança. Tirou proveito dessas bênçãos renovando a disciplina da Igreja, e em dois grandes concílios confirmou suas verdades sagradas. No Concílio de Arles, condenou o cisma dos donatistas, e no de Niceia, o primeiro Concílio ecumênico da Igreja, desferiu no arianismo o seu golpe de misericórdia, ao declarar que Jesus Cristo é o próprio Deus verdadeiro. Silvestre faleceu em 335.3
Outros santos do dia: Santa Catarina Labouré, Beato Alano de Solminihac e Santa Melânia.
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Segunda-feira, 6º Dia na Oitava de Natal, Ano C
“Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em Vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.” 1
Para enriquecer ainda mais nossa meditação diária, em preparação para a Liturgia, trazemos um trecho inspirado no nosso livro de dezembro “Histórias Bíblicas – Narrativas do Antigo e do Novo Testamento”. Que estas palavras sirvam de reflexão durante o Advento, no caminho da fé.
Após retornar a Jerusalém, Paulo enfrentou forte oposição dos judeus, que incitaram uma revolta contra ele. Para protegê-lo da multidão enfurecida, o governador romano o prendeu e o enviou a Félix, procônsul em Cesareia, onde permaneceu dois anos em cativeiro. Posteriormente, foi enviado a Roma para ser julgado pelo imperador, como desejava. Durante a viagem, o navio naufragou em Malta, mas Paulo sobreviveu milagrosamente. Após dois anos em prisão domiciliar em Roma, foi libertado e retomou suas viagens missionárias. Em 67 d.C., voltou a Roma e, durante a perseguição aos cristãos promovida por Nero, foi decapitado.2
I João 2,18-21
18 Filhinhos, é a última hora, e, como ouvistes dizer que o Anticristo vem, também já agora há muitos anticristos; por isso sabemos que é a última hora.
19 Eles saíram de entre nós, mas não eram dos nossos, porque, se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco; mas [saíram] para que se conheça que nem todos são dos nossos.
20 Vós, porém, recebestes a unção do Santo e sabeis todas as coisas.
21 Eu não vos escrevi como a ignorantes da verdade, mas como a quem a conhece, e porque da verdade não vem nenhuma mentira.
95(96),1-2.11-12.13 (R. 11a)
R. Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra.
1 Cantai ao Senhor um cântico novo;
cantai ao Senhor, ó terra inteira.
2 Cantai ao Senhor e bendizei o seu nome;
anunciai todos os dias a sua salvação. R.
11 Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra,
comova-se o mar e o que ele contém.
12 Alegrar-se-ão os campos e todas as coisas que neles há.
Então se regozijarão todas as árvores das selvas R.
13 à vista do Senhor, porque vem,
porque vem julgar a terra.
Julgará toda a terra com equidade,
e os povos segundo a sua verdade. R.
João 1,1-18
1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por ele, e nada do que foi feito, foi feito sem ele.
4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
5 E a luz resplandece nas trevas, mas as trevas não a compreenderam
6 Houve um homem enviado por Deus que se chamava João.
7 Este veio por testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele.
8 Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
9 Era a luz verdadeira, que ilumina todo homem que vem a este mundo.
10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12 Mas a todos os que o receberam deu poder de se tornarem filhos de Deus,e àqueles que crêem no seu nome;
13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós; e nós vimos a sua glória, glória como de Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
15 João dá testemunho dele e clama, dizendo: “Este era aquele de quem eu disse: O que há de vir depois de mim, é mais do que eu; porque era antes de mim.”
16 E todos nós participamos da sua plenitude, e graça sobre graça;
17 porque a lei foi dada por Moisés, e a graça e a verdade foram trazidas por Jesus Cristo. 18 Ninguém jamais viu Deus; o Filho Unigênito, que está no seio do Pai, ele mesmo é que o deu a conhecer.
1,5. Orígenes: Ou seja, a luz resplandeceu nas trevas das almas fiéis, trevas estas que ela dissipou ao dar nascimento à fé e ao conduzir à esperança. A ignorância e a perfídia, entretanto, de corações privados de sabedoria não puderam compreender a luz do Verbo de Deus a brilhar na carne mortal. Tal é o sentido moral desta passagem. Eis o literal: a natureza humana, mesmo que livre de todo o pecado, não lograria luzir de suas próprias forças, porque à luz não a tem de seu natural, é somente capaz de participar da luz: pode acolher a sabedoria, mas não é, de per si, sabedoria. O ar que nos circunda não tem de si luz, não é senão treva. Do mesmo modo, nossa natureza é considerada em si mesma: ela não é senão certa substância coberta de trevas capaz todavia de ser aclarada pela luz da sabedoria. Uma vez penetrada a atmosfera pelos raios do sol, não se pode dizer que ela passe a reluzir de per si, senão que é alumiada pela claridade solar. Assim, quando a parte inteligente de nossa natureza goza a presença do Verbo, não é do próprio esforço que ascende ao conhecimento das realidade inteligíveis e de Deus, senão à força da luz divina, que a ilumina de seus raios refulgentes. De fato, a luz resplandece nas trevas porque para o Verbo de Deus, vida e luz dos homens, não há fim no dilatar-se e no extravasar sua luz sobre a nossa natureza que, considerada em si mesma, não é senão tenebrosa substância informe; como essa luminosidade é incompreensível em si mesma a todas criaturas, é com razão que acresce o Evangelista: “Mas as trevas não a receberam”.
São Silvestre
31 de dezembro
Silvestre nasceu em Roma quase ao final do século III. Era um jovem sacerdote quando irrompeu a perseguição aos cristãos sob o tirano Diocleciano. Os ídolos eram erigidos nas esquinas das ruas, nos mercados, nas fontes públicas, de maneira que era quase impossível para um cristão sair sem ser posto à prova da oferenda de sacrifícios, restando-lhe escolher entre a apostasia ou a morte. Durante essa difícil provação, Silvestre deu força aos confessores e mártires, enquanto Deus preservava-lhe a vida de muitos perigos. Em 312, surge uma nova era. Constantino, triunfando sob o estandarte da Cruz, declara-se protetor dos cristãos e constrói-lhes esplêndidas igrejas. Nessa conjuntura, Silvestre foi eleito para a cátedra de Pedro, e assim tornou-se o primeiro dos Pontífices Romanos a governar seu rebanho cristão em paz e segurança. Tirou proveito dessas bênçãos renovando a disciplina da Igreja, e em dois grandes concílios confirmou suas verdades sagradas. No Concílio de Arles, condenou o cisma dos donatistas, e no de Niceia, o primeiro Concílio ecumênico da Igreja, desferiu no arianismo o seu golpe de misericórdia, ao declarar que Jesus Cristo é o próprio Deus verdadeiro. Silvestre faleceu em 335.3
Outros santos do dia: Santa Catarina Labouré, Beato Alano de Solminihac e Santa Melânia.