Reze a novena a Guido Schäffer pedindo sua intercessão com meditações, orações e propósitos para crescer na fé e buscar a santidade.
Reze a novena a Guido Schäffer pedindo sua intercessão com meditações, orações e propósitos para crescer na fé e buscar a santidade.
Reze conosco a novena a Guido Schäffer e peça a sua intercessão com meditações, orações e propósitos para crescer na fé e buscar a santidade.
(Esta novena está disponível originalmente no site da Associação Cultural Católica Guido Schäffer).
Antes de começar a rezar, que tal conhecer um pouco da história do Venerável Guido Schäffer?
(Fazendo o sinal da cruz, diga:)
L. Deus, vinde em meu auxílio.
T. Senhor, socorrei-me sem demora.
L. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
T. Assim como era no princípio, agora e sempre. Amém.
L. Pai nosso que estais no céu,
T. Santificado seja o vosso nome…
L. “Ó Mãe querida, é com gratidão que hoje a Ti me dirijo. / Tu que és amparo dos pecadores, / auxílio do cristão, / vem hoje com Tua materna assistência / guiar esse pobre pecador no caminho da vida.”
T. “Quero Te agradecer pela Santa Missa, / onde recebi de Ti / o precioso fruto do Teu ventre, Jesus.”
L. “Ó bondosa e terna Mãe, / defendei-me sempre / dos ataques do maligno / e conservai-me sempre na pureza.”
T. Hoje, contigo, quero dizer também: / “Eis aqui o(a) servo(a) do Senhor, / faça-se em mim a Tua palavra”, / amém, amém.
(Oração composta por Guido em 8.dez.2004)
L. Ave Maria, Mãe do Puro Amor.
T. Rogai por nós.
O Papa Francisco chamou a atenção dos fiéis para o que ele chama de dois sinais da gratuidade: a pobreza e o louvor a Deus. Segundo ele, essas são “as duas coordenadas principais da missão da Igreja”, os sinais que revelam ao povo de Deus se vivemos ou não, enquanto apóstolos que somos, a gratuidade. Ainda, segundo o Papa, “a pregação evangélica nasce da gratuidade, da admiração da salvação; e o que recebemos gratuitamente, devemos dar de graça”. A frase-chave das recomendações de Cristo aos seus é: “gratuitamente recebestes, de graça deveis dar”; palavras nas quais se encontra toda “a gratuidade da salvação”. Porque — esclareceu o Papa — “não podemos pregar, anunciar o reino de Deus, sem esta certeza interior de que tudo é gratuito, tudo é graça”. E quando agimos sem deixar espaço à graça, afirmou o Papa, então “o Evangelho não tem eficácia” (cf. Homilia 11.jun.2013).
“Tenho buscado viver a gratuidade do amor para com as pessoas, pois tudo o que recebi do Senhor foi por graça” escreveu Guido (Meditação, 17.jul.2003). E onde ele experimentou e viveu profundamente essa gratidão foi na pregação da Palavra, pois, como dizia: “A Palavra produz em mim doçura e encantamento. Além disso, ela alegra o coração e nos dá a paz. Ela cumpre a vontade de Deus nos santificando e nos fazendo dar em todas as circunstâncias graças a Deus” (Meditação, 15.fev.2005). A leitura e estudo da Palavra de Deus lhe revelaram sua vocação: “O que me realiza plenamente é pregar o Evangelho”, dirá ele, numa entrevista.
Ele sente necessidade de desapegar-se de tudo, para ser um discípulo verdadeiro, como São Francisco, o pobrezinho de Assis: “O que me impressionava era o despojamento e o amor de Francisco para com os pobres e para com todos. E, …, além do despojamento, na pobreza – a liberdade de pregar o Evangelho… eu queria ser livre para pregar o Evangelho” (Entrevista 06.set.2009). Ele dizia querer “ser livre como o jumentinho para levar Jesus e, assim, semear a paz e alegria entre os homens” (Meditação, 29.out.2003).
Por outro lado, a Palavra de Deus lida e meditada, rezada e assimilada, passou a ser o alimento para sua vida de oração e a bússola de sua ação. Assim, família, surf, namoro, amigos, viagens e diversões, tudo começou a ser transfigurado à luz dessa Palavra que invadiu a sua vida e mostrou-lhe uma face de sua personalidade que, ele mesmo, desconhecia. Nela ele descobriu que sua vida era vocação em relação a Deus e, aprofundando sua relação pessoal com Cristo Jesus, se deu conta de que Ele o chamava à santidade, através de uma opção definitiva, o sacerdócio, pelo qual ele desejava responder a esse amor e ajudar a edificar a Igreja.
Fez o propósito, então, “guardar a palavra de Deus”, pois como ouviu Deus lhe dizer numa das suas meditações: “para anunciar a minha palavra com autoridade você deve: guardar a palavra no coração; em todas as circunstâncias pô-la em prática; buscar sempre dar um testemunho; orar no Espírito Santo para que Ele lhe ensine toda a verdade e recorde todas as coisas” (Meditação, 5.jul.2003). Sim, em Guido o despojamento e o louvor a Deus se encontraram para que ele fosse uma testemunha da gratuidade da salvação. Sua pregação da Palavra era eficaz, atingia as pessoas, porque era fecundada pela vida de pobreza e de oração. Essa era a liberdade que ele precisava para pregar o Evangelho e amar segundo Deus. Ele dizia: “Devemos amar os pobres e sempre socorrê-los, porém, devemos dar a Deus todo louvor e toda a adoração, pois é de um coração adorador que nasce o amor aos pobres” (Meditação, 13.jan.2007).
“O primeiro passo para a santidade é o esvaziamento, ou seja, morrer para si mesmo. A esta alma eu a encherei com torrentes de água viva. Eu cresço na alma que se alimenta com a Eucaristia, com a minha Palavra. Esse crescimento será intenso na alma que me busca sem cessar. Fará um grande progresso aquele que se entregar totalmente a mim, pois a alegria do amigo do esposo é ouvir a voz do esposo” (Meditação, 28.jun.2003).
“Senhor, eu preciso da tua Palavra que é alimento para mim. Ela me alegra o coração, pois é mais doce que o mel. A Palavra é também a verdade que me livra de toda a cilada do demônio. É a espada do Espírito que corta todo mal em nossas vidas” (Meditação, 13.fev.2005).
Quero esforçar-me para conhecer a Palavra de Deus, pela leitura e oração; quero ser mais despojado e menos apegado aos bens materiais.
Ó Deus, na juventude e generosidade do jovem médico e seminarista Guido Schäffer, deste-nos um exemplo de como a nossa vida deve ser fecundada pelo amor à Vossa Palavra e o serviço à Vossa Igreja. Para que a santidade de sua vida seja logo proclamada em toda parte, por sua intercessão, concedei-me o que, agora, Vos peço (pede-se), e a graça de estar sempre disponível para promover a paz entre os irmãos e viver na intimidade convosco. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.
L. Ave Maria, Virgo Fidelis!
T. Ora pro nobis.
L. Ave Maria, Mater misericordiæ!
T. Ora pro nobis.
(Fazendo o sinal da cruz, diga:)
L. O nosso auxílio está no nome do Senhor,
T. Que fez o Céu e a Terra.
As duas invocações acima, em latim, eram rezadas, assim, por Guido.
Oração inicial
Durante a JMJ 2013, no Rio de Janeiro, o Santo Padre chamou a atenção para uma grande batalha que os que acreditam em Deus devem enfrentar: “a vaidade cotidiana, aquele veneno do vazio que se insinua nas nossas sociedades fundamentadas no lucro e na posse, que iludem os jovens com o consumismo”. Ora, o Evangelho recorda-nos que é absurdo basear a própria felicidade no possuir. O rico diz a si mesmo: Ó minha alma, tens muitos bens guardados… descansa, come, bebe e aproveita! Deus, porém, diz-lhe: Insensato! Ainda nesta noite exigirão de ti a tua alma. E as coisas que acumulaste, de quem serão? (cf. Lc12, 19-20). Sim, a verdadeira riqueza é o amor de Deus compartilhado com os irmãos. Aquele amor que vem de Deus e que nos leva a compartilhá-lo entre nós e a ajudar-nos uns aos outros. Quem o experimenta não tem medo da morte e recebe a paz do coração.
Para amar mais e melhor, Guido buscou crescer na fé, cumprir os mandamentos, apesar das dificuldades que encontrava: “… reconheço minhas qualidades, mas vejo os inúmeros defeitos que tenho. Coloco o meu amor no Senhor Jesus, pois Ele me sustenta e fortalece na caminhada e me conduz com segurança” (Meditação, 17.jul.2003). Ele percebeu que uma vida de amor a Deus e ao próximo não existe sem um duro e contínuo trabalho sobre si mesmo, combatendo os vícios e plantando na alma as virtudes. Diante de Jesus sacramentado ele ouve do Senhor: “Após percorrer seu passado, é importante hoje que você observe que deve voltar por uma outra estrada como os reis magos que após me adorarem desviaram o caminho deles de Herodes. Quero que você trilhe o caminho da santidade. Lembre de olhar fixo para mim para que não caia nas tentações antigas. Cuidado com o orgulho, inveja, ciúme, desobediência, sensualidade. Quero que você seja sempre dócil ao meu Espírito Santo” (Meditação, 19.jul.2003).
Ele, então, compreendeu que a obra de sua santidade era competência do Espírito de Deus, mas o seu agir e querer deveriam estar em sintonia com esse Espírito, ou seja, para ser dócil a Deus ele precisava ser indócil com o que não era de Deus, com o veneno que hoje esvazia tantos corações, que entorpece a tantos com o consumo e sensualidade, que nos impedem de amar castamente e ter tempo para Deus e os bens do Céu. Diante dessa certeza, Guido se propôs a “ter como regra de ouro a caridade, buscando sempre servir o irmão com todo amor e carinho vendo nele a pessoa de Jesus, pois o amor é a perfeição da lei (Rm 13,10)” (Meditação, 29.set.2003).
“A essência de Deus é amor (…) Quando nós amamos, nós estamos vivendo aquilo que é de Deus. As ações de Deus estão no ser de Deus (…) Tudo que Deus faz Ele é. Deus é paciente, porque Ele é paciência; Deus perdoa, porque Ele é perdão; Deus se compadece, porque Ele é compaixão; Deus tem misericórdia, porque Ele é misericórdia. Então, a essência plena de Deus é ser amor (…) Quem ama sai de si para o outro. Quem ama é capaz de viver no outro. O Filho vive no Pai, o Filho faz a vontade do Pai. (…) Nós experimentamos o amor para amar” (Entrevista Rádio Cidade – SP, jul.2008).
“Senti uma profunda alegria pelo grande amor de Deus por nós. ‘Eu te chamo pelo nome és meu’ (Is 43,1). És meu filho amado. O Senhor está sempre comigo. Todo batizado é selado (gravado) na palma da mão de Deus. O Senhor cuida de nós constantemente pois estamos em suas mãos. ‘As mãos de Deus me sustentam’ (Sl 62,9)” (Meditação, 4.jun.2003).
“Jesus, ensina-me a amar os outros como Tu me amas. Quero ser bom, paciente, compassivo e cheio de misericórdia. Dilatai o meu coração ao amor, porque eu Te amo e Tu és amor” (Meditação, 13.jul.2004).
Oração final
O Venerável Guido Schäffer está em processo de beatificação. Para isso é necessário que um milagre seja comprovado. Saiba mais.
Oração inicial
A Igreja sempre professou a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia. Essa fé está presente no coração dos fiéis desde os primeiros séculos do cristianismo. Para Santo Tomás de Aquino, “a Eucaristia é o sacramento do amor: significa amor, produz amor”. E o Papa Francisco ensina: “a Eucaristia nos aproxima de Jesus, vivendo em união com Ele e entre nós, aprendemos a amar como Ele, a fazer da nossa vida um dom gratuito, sem cálculos, sem lucros. A vida cristã é isto: fazer-se pão para os outros, como Jesus se fez pão para nós” (cf. Audiência Geral, 22 nov. 2017).
Guido vivia com profundidade esse amor eucarístico. Na sua busca pela santidade, reconhecia a Eucaristia como centro de sua vida espiritual. A comunhão frequente, a adoração e o amor à Missa o conduziam à configuração com Cristo: “É na Eucaristia que o Senhor me transforma. É ali que Ele entra em mim e vai me santificando. A Eucaristia me cura, me liberta, me dá forças para lutar contra o pecado” (Meditação, 10.mar.2004).
Ele desejava que todos conhecessem esse amor eucarístico. Certa vez escreveu: “Oh Jesus, obrigado por Tua Eucaristia. Tu és o Deus escondido. Eu quero adorar-Te com todo o meu coração. Senhor, eu Te amo!” (Meditação, 15.set.2004). E também: “A Missa é a maior riqueza da Igreja. Quando participamos bem, ela nos transforma” (Meditação, 08.abr.2005).
“Senhor Jesus, Vós que estais presente na Eucaristia, desejo vos amar com todo meu coração. Aumentai em mim a fé nesse Mistério e concedei-me viver com mais piedade cada Santa Missa. Que eu jamais me afaste do vosso Corpo e Sangue, que são vida para mim.”
Quero participar da Santa Missa com mais atenção e amor, e fazer visitas frequentes a Jesus Eucarístico.
Oração final
Ayrton Senna e Guido Schäffer: o que eles têm em comum?
Oração inicial
O Catecismo da Igreja nos ensina: “Na Sagrada Escritura, a Igreja encontra incessantemente o seu alimento e a sua força, pois nela não acolhe somente uma palavra humana, mas o que ela é realmente: a Palavra de Deus” (CIC, 104). Por isso, a Palavra precisa ocupar um lugar central na vida do cristão. Como nos lembra São Jerônimo, “ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo”.
Guido compreendeu desde cedo que a Palavra de Deus era luz para o seu caminho. Ele escrevia com frequência trechos bíblicos em seus cadernos de oração e anotava o que o Senhor lhe falava por meio deles. O Evangelho era o seu alimento cotidiano. Dizia: “Quando leio a Palavra de Deus, eu sinto que ela me lê. É como se o próprio Jesus estivesse me ensinando” (Meditação, 7.set.2004).
Ele não apenas meditava, mas também pregava com alegria e convicção. Participava de grupos de oração e evangelizava com a Palavra nas praias, nos hospitais e onde estivesse. Anotou certa vez: “A Palavra é viva e eficaz. Ela me corrige, me anima, me ensina. Quero ser obediente à Palavra de Deus e anunciá-la com coragem” (Meditação, 4.out.2004).
A Bíblia era seu livro de cabeceira. Ele se confiava ao Espírito Santo antes de cada leitura e pedia a graça de colocar em prática o que o Senhor lhe mostrava. “Senhor, que eu não apenas escute, mas guarde a Tua Palavra no coração e a pratique com fidelidade” (Meditação, 12.nov.2005).
“Senhor, eu quero amar a Tua Palavra como o salmista: ‘Ela é mais doce que o mel’ (Sl 119,103). Que eu a medite dia e noite, e que ela transforme meu coração.”
Quero reservar um tempo especial hoje para ler e meditar um trecho do Evangelho, pedindo ao Espírito Santo que me ensine.
Oração final
Oração inicial
Na sua homilia de beatificação de João Paulo II, o Papa Bento XVI afirmou que “com a sua fé, o seu amor e a sua coragem apostólica, acompanhado por um grande carisma humano, este filho exemplar da nação polaca ajudou os cristãos do mundo inteiro a não terem medo de se dizer cristãos, de pertencer à Igreja, de falar do Evangelho. Em suma: ajudou-nos a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia da liberdade.”
Guido também ajudava as pessoas a não terem medo da santidade, porque ele compreendeu que o chamado universal à santidade é possível quando acolhemos a presença de Deus em nossa vida e nos deixamos moldar pelo Espírito. Para isso, não é necessário fazer coisas extraordinárias, mas buscar Deus e sua vontade em todas as coisas.
Ele dizia: “A santidade está em amar Jesus em tudo o que faço. Está em viver cada dia unido a Ele, oferecendo cada instante com amor” (Meditação, 13.set.2004). Sua vida simples e alegre testemunhava essa certeza. Ele compreendia que a vocação à santidade era para todos, e por isso, desejava comunicar isso aos que estavam ao seu redor.
Guido buscava viver com intensidade cada instante: como médico, seminarista, amigo e missionário. Em cada lugar, sua busca era a mesma: fazer a vontade de Deus. Escreveu: “Quero ser santo no meu cotidiano. Quero ser luz onde eu estiver. Senhor, faze de mim um reflexo do Teu amor” (Meditação, 21.out.2005).
“Senhor, torna-me santo na vida de todos os dias. Que eu descubra a tua presença no simples, no escondido e no pequeno. Que eu ame como Tu amas.”
Vou buscar viver a santidade nas pequenas ações do meu dia, oferecendo tudo com amor a Deus.
Oração final
Oração inicial
O Papa Francisco, no final do Ano Santo da Misericórdia, afirmou: “a misericórdia não é uma palavra abstrata, mas um estilo de vida”. Ele dizia que devemos ter um coração misericordioso para todos, sem exceção. Esse é o desafio de quem deseja seguir Jesus de perto: aprender com Ele a compadecer-se, perdoar e servir com alegria.
Guido viveu com intensidade esse chamado. Ele conheceu profundamente a misericórdia de Deus, que cura e restaura. E por isso, desejava anunciá-la a todos. Dizia: “Eu sou testemunha da misericórdia de Deus. Ele me levantou, me curou, me chamou para ser d’Ele. Como não anunciar isso ao mundo?” (Meditação, 15.jan.2005).
Como médico, atendia os doentes com dedicação e carinho. Como missionário, aproximava-se dos pobres com ternura. Como seminarista, sonhava ser padre para “confessar muito e anunciar a misericórdia do Senhor aos que sofrem”.
Ele escrevia: “Senhor, dá-me um coração semelhante ao Teu, cheio de compaixão e ternura. Ensina-me a perdoar, a acolher, a servir. Que eu seja um sinal da Tua misericórdia neste mundo tão ferido” (Meditação, 22.fev.2006).
“Jesus, quero viver a Tua misericórdia todos os dias. Dá-me um coração manso e humilde, como o Teu. Que eu saiba consolar, servir e amar sem esperar nada em troca.”
Vou procurar hoje viver a misericórdia de maneira concreta: perdoando, acolhendo e sendo mais paciente com os que me cercam.
Oração final
Oração inicial
A Igreja é o Corpo Místico de Cristo. É nela que recebemos os sacramentos, escutamos a Palavra e participamos da comunhão dos santos. O Papa Francisco nos lembra: “Não se pode amar Jesus sem amar a sua Igreja. Não se pode seguir Jesus sem viver e amar a Igreja” (Audiência Geral, 25.set.2013).
Guido compreendeu profundamente esse mistério. Amava a Igreja com amor filial, respeitava seus pastores e desejava ser um servidor fiel. Dizia: “A Igreja é minha mãe. Foi ela que me gerou na fé. Quero viver e morrer por ela” (Meditação, 17.mar.2005).
Ele buscava conhecer o Magistério, lia os documentos da Igreja e seguia com alegria as orientações do Papa. Rezava com frequência pelos padres, bispos e pelo Papa. Via no sacerdócio um dom precioso para o mundo. “Senhor, fazei de mim um sacerdote segundo o vosso Coração. Quero amar a Igreja como o vosso Filho a amou” (Meditação, 28.jun.2005).
Guido sabia que a Igreja é santa e pecadora, divina e humana, como um tesouro em vasos de barro (cf. 2Cor 4,7). Por isso, não se escandalizava com as limitações humanas, mas procurava ser ele mesmo uma parte santa da Igreja. Escreveu: “Senhor, que eu nunca me afaste da Igreja. Que eu possa sempre defendê-la com amor, viver nela e por ela. Que eu possa dar minha vida, se preciso, pela Igreja de Cristo” (Meditação, 15.set.2005).
“Jesus, ensina-me a amar a tua Igreja com um amor sincero e fiel. Que eu nunca me escandalize com seus pecados, mas que procure ser santo nela e por ela.”
Vou rezar hoje pelos pastores da Igreja e renovar minha pertença à comunidade cristã.
Oração final
Oração inicial
Maria, desde a Encarnação do Filho de Deus, buscou participar dos Mistérios de sua vida como discípula, porém sem nunca renunciar sua maternidade divina, por isso São Lucas a identifica entre os primeiros cristãos: “Maria, a mãe de Jesus” (At 1,14). Diante desta doce realidade de se ter uma Rainha no Céu que influencia a Terra, podemos com toda a Igreja saudá-la: “Salve Rainha” e repetir com Pio XII (Encíclica Ad Caeli Reginam, à Rainha do Céu): “A Jesus por Maria. Não há outro caminho”. Maria é aquela que do Céu reina sobre nós, a fim de que haja a salvação: “É impossível que se perca quem se dirige com confiança a Maria e a quem Ela acolher” (Santo Anselmo).
Para Guido, a certeza dessa proteção de Maria sobre todos o estimulava: “Tenho a certeza que diante de Deus, Maria faz tudo para nos preservar do pecado e salvar-nos do inimigo. Maria, refúgio dos pecadores, rogai por nós!” (Meditação, 14/11/07).
Com sua devoção mariana, Guido nos ensina que Nossa Senhora é um espelho onde se pode contemplar o que Deus deseja de cada um de nós: “‘Sua mãe conservava no coração todas essas coisas’ (Lc 2,51). Assim, como bons filhos de Maria, Mãe do Puro Amor, devemos conservar no coração a Palavra de Deus, a fim de não pecarmos (Sl 118,11). Este é o segredo da pureza de Maria, conservar no coração a doçura da Palavra, pois esta é mais doce que o mel, que o mel que sai dos favos (Sl 18,11). É por isso que a sabedoria de Maria supera a de todos os homens e, também, a dos anjos, pois ela concentrou todo o seu ser em guardar a Palavra de Deus” (Meditação, 27.jan.2007).
A cena da anunciação tão conhecida, da qual não nos cansamos de apreciar a beleza, é uma mostra da humildade de Maria. Mas, essa humildade dela não a impediu de contribuir com sua aceitação, seu sim, para a encarnação. Deus não arrombou a porta de sua vida. Pediu. E, ela, como no momento da criação, pronunciou, Fiat, faça-se em mim segundo tua palavra. A palavra de Deus na boca de Maria, a humildade de Deus em Maria, nos deu Jesus (que maravilha!!!).
Por isso que, para Guido, a Virgem Maria, era a certeza de que Deus faz grandes coisas em quem ouve e pratica a Palavra: “Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a observam!” (Lc 11,28). Maria conservava a Palavra de Deus, meditando-a no silêncio em seu coração. Quem conserva a Palavra no fundo do coração não peca (Sl 118,11) e assim se torna forte e vence o maligno” (1Jo 2,14); (Meditação, 27/03/04). E ele diz, também, “o doce perfume de Maria é sempre ser dócil à vontade de Deus”.
O amor é o cumprimento perfeito da lei. O amor é viver intensamente esta vida com os olhos fixos em Jesus. O amor é buscar a Deus em todos os momentos de nossa existência. O amor é pensar em Deus, sonhar com Deus, falar de Deus, desejar a morte para estar face a face com o Senhor. Quem ama se entrega, se consome e em tudo busca a vontade do amado. Não há amor maior do que dar a vida pela salvação das almas. Todas as nossas ações devem visar o amor de Deus” (Meditação, 03.mar.2005).
Sim, em Maria tudo visou e visa o amor de Deus. Ao invocá-la como Mãe do Puro Amor, Guido quis ressaltar essa ligação tão íntima, tão profunda de Maria com Deus – o Amor de Deus tomou conta dela; e, por sua vez, o amor dela foi transfigurado na vida de Deus nela. Guido nos fala, de modo profundo sobre esse ‘santo comércio’: “Quem ama sai de si para o outro. Quem ama é capaz de viver no outro. O Filho vive no Pai, o Filho faz a vontade do Pai. (…) Nós experimentamos o amor para amar” (Rádio Cidade, jul.2008). Maria experimentou o amor para amar, saiu de si para seu Filho, para nós. Maria ama e, por isso, é capaz de viver para seu Filho e para nós. Por isso ela é a mãe do Puro Amor, Jesus, para nos ensinar a amar, a realizar obras de puro amor.
Guido, com sua devoção mariana tão profunda, nos ajuda a amar essa Mãe do Céu. Peçamos com ele, com a oração que compôs no sesquicentenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição, em 2004:
“Tua materna assistência guiar esse pobre pecador no caminho da vida. Quero Te agradecer pela Santa Missa, onde recebi de Ti o precioso fruto do Teu ventre, Jesus. Ó bondosa e terna Mãe, defendei-me sempre dos ataques do maligno e conservai-me sempre na pureza. Hoje, contigo, quero dizer também: Eis aqui o servo do Senhor, faça-se em mim a Tua palavra. Amém, amém” (Meditação, 8.dez.2004).
Ou, então, peçamos a intercessão de Nossa Senhora, como ele gostava de fazer, cotidianamente: “Ó Maria, Virgem Mãe, Mãe do Puro Amor, atendei-nos e socorrei-nos em todas as nossas necessidades. Amém” (Meditação, 11.jan.2007).
“Quero intensificar minha vida de oração para crescer no amor e no conhecimento de Deus. Quero, também, amar mais Maria Santíssima através da oração do Santo Rosário. Desejo buscar a disciplina no estudo e na oração” (Meditação, 30.set.2003).
Oração final
Oração inicial
Numa das meditações de Guido dá-se um belo diálogo com Jesus: “Hoje retiro da tua boca toda palavra vã, de discórdia e coloco a minha palavra como verdadeiro alimento. Vê que o cristão possui três alimentos: a Palavra (Dt 8,3), Eucaristia (Jo 6,55), fazer a vontade do Pai (Jo 4,34). ‘Sou o Santo no meio de ti’ (Os 11,9). Porque eu sou Santo desejo que você seja santo, esta é a minha vontade a seu respeito”. E a resposta dele foi imediata: “Pai, esta é a minha resposta – eu vou ser santo, isto é o que mais quero” (Meditação, 5.jun.2003).
Sim, Guido sabia, queria, proclamava com sua vida, a felicidade do Céu, a alegria dos santos, a certeza de saber para onde se vai. A meta da nossa existência não é a morte, mas o Paraíso! Escreve o apóstolo João: “Ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se verificar, seremos semelhantes a Deus, porque o veremos como Ele é” (1Jo 3, 2). Tal qual os Santos, os amigos de Deus, Guido assegura-nos que esta promessa não é uma ilusão. Com efeito, na sua existência terrena ele viveu em profunda comunhão com Deus. No semblante dos irmãos mais pequeninos e desprezados, viu o Rosto de Deus e agora contempla-o face a face na sua beleza gloriosa.
No dia do nascimento de suas três sobrinhas (filhas de sua irmã) ele escreveu: “Assim disse o Senhor: ‘Guido, vê que imensa alegria o nascimento de uma criança, muito maior será a alegria daqueles que nascem para a vida eterna’. Contemplei a entrada dos santos na glória de Deus e vi uma imensa festa no céu, pois o noivo aguarda com alegria a noiva. Então, senti um imenso júbilo, pois assim será a nossa entrada no céu. ‘Felizes os convidados para as núpcias do Cordeiro’ (Ap 19,9). ‘Como a esposa é a alegria do esposo, assim tu serás a alegria de Deus’ (Is 62,5)”; (Meditação, 10.jun.2003).
Guido deixou que seu coração fosse fecundado, com os exemplos dos santos, pela certeza que ele também podia ser santo. São muitas as reflexões que encontramos em seus escritos a partir das citações das obras que lia. Assim, ele refletia que para realizar o apostolado do amor precisamos de uma profunda vida de oração e união com Deus. É preciso ser um contemplativo no coração do mundo. Não devemos ter medo da morte por amar Jesus nos necessitados. “Devemos amar hoje, amanhã será tarde demais” (Beata Teresa de Calcutá, citada na Meditação, 20.dez.2004).
Em sua busca da perfeição, era Santa Teresa que lhe inspirava: “Quem procura a perfeição deve evitar dizer fizeram-me isso sem razão. Se queres carregar a cruz, mas somente aquela que se apoia na razão, a santidade não é para ti” (Santa Teresa de Jesus, citada na Meditação, 16.12.2004).
Guido percebeu, como disse o Papa Francisco (Audiência 1º nov.2013), que esses homens e mulheres não foram super-homens, nem nasceram perfeitos. Eles foram como nós, como cada um de nós, pessoas que antes de alcançar a glória do Céu levaram uma vida normal, com alegrias e sofrimentos, dificuldades e esperanças. Mas o que mudou a vida deles? Quando conheceram o amor de Deus, seguiram-no com todo o seu coração, de maneira incondicional, sem hipocrisias; dedicaram a própria vida ao serviço do próximo, suportaram sofrimentos e adversidades sem ódio, respondendo ao mal com o bem, difundindo alegria e paz. Aqui estava o segredo! Aqui estava o que ele devia fazer para ir para o Céu. E ele trilhou esse caminho. “Somos escolhidos por Deus, por causa do seu grande amor por nós. O Senhor nos chamou com uma vocação santa para nos consagrarmos a Ele. Toda nossa vida deve ser dedicada ao Senhor. Isto se tornará visível quanto mais nós O amamos e observamos os Seus mandamentos” (Meditação, 5.jan.2007).
Sim, os santos – Francisco, Teresinha, Padre Pio… – aprenderam com Jesus a não odiar. Guido compreendeu bem esses exemplos de amor. O amor é de Deus! O ódio não vem de Deus, mas do diabo! E os Santos afastaram-se do diabo; eles têm alegria no coração e a transmitem aos outros. Nunca odiar, mas servir os outros, os mais necessitados; rezar e viver na alegria: eis o caminho da santidade! Foi esse o caminho que Guido trilhou.
Fala-se muito da imitação de Cristo. Mas, como disse alguém, devemos levar em conta que, com a encarnação, foi “Deus que imitou o homem”, assumindo tudo que é nosso, menos o pecado. Rezemos com Guido essa belíssima prece na qual pedimos que essa nossa configuração a Cristo já comece nessa vida:
“Ó Senhor, Tu és a minha vida: o meu coração é o Teu coração; a minha boca é a Tua boca; os meus olhos são os Teus olhos; as minhas mãos são as Tuas mãos; os meus pés são os Teus pés; o meu sorriso é o Teu sorriso; as minhas dores são as Tuas dores; as minhas alegrias são as Tuas alegrias. O meu eu desaparece no teu Tu, por isso, ‘eu vivo, mas não eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim’ (Gl 2,20)” ; (Meditação, 11.dez.2004).
Com sua vida e ação, Guido, quis mostrar que ser santo não é um privilégio de poucos. No Batismo, todos nós recebemos a herança de poder tornar-nos Santos. A santidade é uma vocação para todos. Digamos, portanto, com Guido: “Sei que tenho reservada para mim uma coroa de glória no céu, por isso, Jesus, suplico-Te a graça da fidelidade e perseverança em minha vocação cristã. Ajuda-me, Jesus, a ser santo como o Senhor é santo” (Meditação, 24.jan.2004).
Oração final
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Reze conosco a novena a Guido Schäffer e peça a sua intercessão com meditações, orações e propósitos para crescer na fé e buscar a santidade.
(Esta novena está disponível originalmente no site da Associação Cultural Católica Guido Schäffer).
Antes de começar a rezar, que tal conhecer um pouco da história do Venerável Guido Schäffer?
(Fazendo o sinal da cruz, diga:)
L. Deus, vinde em meu auxílio.
T. Senhor, socorrei-me sem demora.
L. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
T. Assim como era no princípio, agora e sempre. Amém.
L. Pai nosso que estais no céu,
T. Santificado seja o vosso nome…
L. “Ó Mãe querida, é com gratidão que hoje a Ti me dirijo. / Tu que és amparo dos pecadores, / auxílio do cristão, / vem hoje com Tua materna assistência / guiar esse pobre pecador no caminho da vida.”
T. “Quero Te agradecer pela Santa Missa, / onde recebi de Ti / o precioso fruto do Teu ventre, Jesus.”
L. “Ó bondosa e terna Mãe, / defendei-me sempre / dos ataques do maligno / e conservai-me sempre na pureza.”
T. Hoje, contigo, quero dizer também: / “Eis aqui o(a) servo(a) do Senhor, / faça-se em mim a Tua palavra”, / amém, amém.
(Oração composta por Guido em 8.dez.2004)
L. Ave Maria, Mãe do Puro Amor.
T. Rogai por nós.
O Papa Francisco chamou a atenção dos fiéis para o que ele chama de dois sinais da gratuidade: a pobreza e o louvor a Deus. Segundo ele, essas são “as duas coordenadas principais da missão da Igreja”, os sinais que revelam ao povo de Deus se vivemos ou não, enquanto apóstolos que somos, a gratuidade. Ainda, segundo o Papa, “a pregação evangélica nasce da gratuidade, da admiração da salvação; e o que recebemos gratuitamente, devemos dar de graça”. A frase-chave das recomendações de Cristo aos seus é: “gratuitamente recebestes, de graça deveis dar”; palavras nas quais se encontra toda “a gratuidade da salvação”. Porque — esclareceu o Papa — “não podemos pregar, anunciar o reino de Deus, sem esta certeza interior de que tudo é gratuito, tudo é graça”. E quando agimos sem deixar espaço à graça, afirmou o Papa, então “o Evangelho não tem eficácia” (cf. Homilia 11.jun.2013).
“Tenho buscado viver a gratuidade do amor para com as pessoas, pois tudo o que recebi do Senhor foi por graça” escreveu Guido (Meditação, 17.jul.2003). E onde ele experimentou e viveu profundamente essa gratidão foi na pregação da Palavra, pois, como dizia: “A Palavra produz em mim doçura e encantamento. Além disso, ela alegra o coração e nos dá a paz. Ela cumpre a vontade de Deus nos santificando e nos fazendo dar em todas as circunstâncias graças a Deus” (Meditação, 15.fev.2005). A leitura e estudo da Palavra de Deus lhe revelaram sua vocação: “O que me realiza plenamente é pregar o Evangelho”, dirá ele, numa entrevista.
Ele sente necessidade de desapegar-se de tudo, para ser um discípulo verdadeiro, como São Francisco, o pobrezinho de Assis: “O que me impressionava era o despojamento e o amor de Francisco para com os pobres e para com todos. E, …, além do despojamento, na pobreza – a liberdade de pregar o Evangelho… eu queria ser livre para pregar o Evangelho” (Entrevista 06.set.2009). Ele dizia querer “ser livre como o jumentinho para levar Jesus e, assim, semear a paz e alegria entre os homens” (Meditação, 29.out.2003).
Por outro lado, a Palavra de Deus lida e meditada, rezada e assimilada, passou a ser o alimento para sua vida de oração e a bússola de sua ação. Assim, família, surf, namoro, amigos, viagens e diversões, tudo começou a ser transfigurado à luz dessa Palavra que invadiu a sua vida e mostrou-lhe uma face de sua personalidade que, ele mesmo, desconhecia. Nela ele descobriu que sua vida era vocação em relação a Deus e, aprofundando sua relação pessoal com Cristo Jesus, se deu conta de que Ele o chamava à santidade, através de uma opção definitiva, o sacerdócio, pelo qual ele desejava responder a esse amor e ajudar a edificar a Igreja.
Fez o propósito, então, “guardar a palavra de Deus”, pois como ouviu Deus lhe dizer numa das suas meditações: “para anunciar a minha palavra com autoridade você deve: guardar a palavra no coração; em todas as circunstâncias pô-la em prática; buscar sempre dar um testemunho; orar no Espírito Santo para que Ele lhe ensine toda a verdade e recorde todas as coisas” (Meditação, 5.jul.2003). Sim, em Guido o despojamento e o louvor a Deus se encontraram para que ele fosse uma testemunha da gratuidade da salvação. Sua pregação da Palavra era eficaz, atingia as pessoas, porque era fecundada pela vida de pobreza e de oração. Essa era a liberdade que ele precisava para pregar o Evangelho e amar segundo Deus. Ele dizia: “Devemos amar os pobres e sempre socorrê-los, porém, devemos dar a Deus todo louvor e toda a adoração, pois é de um coração adorador que nasce o amor aos pobres” (Meditação, 13.jan.2007).
“O primeiro passo para a santidade é o esvaziamento, ou seja, morrer para si mesmo. A esta alma eu a encherei com torrentes de água viva. Eu cresço na alma que se alimenta com a Eucaristia, com a minha Palavra. Esse crescimento será intenso na alma que me busca sem cessar. Fará um grande progresso aquele que se entregar totalmente a mim, pois a alegria do amigo do esposo é ouvir a voz do esposo” (Meditação, 28.jun.2003).
“Senhor, eu preciso da tua Palavra que é alimento para mim. Ela me alegra o coração, pois é mais doce que o mel. A Palavra é também a verdade que me livra de toda a cilada do demônio. É a espada do Espírito que corta todo mal em nossas vidas” (Meditação, 13.fev.2005).
Quero esforçar-me para conhecer a Palavra de Deus, pela leitura e oração; quero ser mais despojado e menos apegado aos bens materiais.
Ó Deus, na juventude e generosidade do jovem médico e seminarista Guido Schäffer, deste-nos um exemplo de como a nossa vida deve ser fecundada pelo amor à Vossa Palavra e o serviço à Vossa Igreja. Para que a santidade de sua vida seja logo proclamada em toda parte, por sua intercessão, concedei-me o que, agora, Vos peço (pede-se), e a graça de estar sempre disponível para promover a paz entre os irmãos e viver na intimidade convosco. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.
L. Ave Maria, Virgo Fidelis!
T. Ora pro nobis.
L. Ave Maria, Mater misericordiæ!
T. Ora pro nobis.
(Fazendo o sinal da cruz, diga:)
L. O nosso auxílio está no nome do Senhor,
T. Que fez o Céu e a Terra.
As duas invocações acima, em latim, eram rezadas, assim, por Guido.
Oração inicial
Durante a JMJ 2013, no Rio de Janeiro, o Santo Padre chamou a atenção para uma grande batalha que os que acreditam em Deus devem enfrentar: “a vaidade cotidiana, aquele veneno do vazio que se insinua nas nossas sociedades fundamentadas no lucro e na posse, que iludem os jovens com o consumismo”. Ora, o Evangelho recorda-nos que é absurdo basear a própria felicidade no possuir. O rico diz a si mesmo: Ó minha alma, tens muitos bens guardados… descansa, come, bebe e aproveita! Deus, porém, diz-lhe: Insensato! Ainda nesta noite exigirão de ti a tua alma. E as coisas que acumulaste, de quem serão? (cf. Lc12, 19-20). Sim, a verdadeira riqueza é o amor de Deus compartilhado com os irmãos. Aquele amor que vem de Deus e que nos leva a compartilhá-lo entre nós e a ajudar-nos uns aos outros. Quem o experimenta não tem medo da morte e recebe a paz do coração.
Para amar mais e melhor, Guido buscou crescer na fé, cumprir os mandamentos, apesar das dificuldades que encontrava: “… reconheço minhas qualidades, mas vejo os inúmeros defeitos que tenho. Coloco o meu amor no Senhor Jesus, pois Ele me sustenta e fortalece na caminhada e me conduz com segurança” (Meditação, 17.jul.2003). Ele percebeu que uma vida de amor a Deus e ao próximo não existe sem um duro e contínuo trabalho sobre si mesmo, combatendo os vícios e plantando na alma as virtudes. Diante de Jesus sacramentado ele ouve do Senhor: “Após percorrer seu passado, é importante hoje que você observe que deve voltar por uma outra estrada como os reis magos que após me adorarem desviaram o caminho deles de Herodes. Quero que você trilhe o caminho da santidade. Lembre de olhar fixo para mim para que não caia nas tentações antigas. Cuidado com o orgulho, inveja, ciúme, desobediência, sensualidade. Quero que você seja sempre dócil ao meu Espírito Santo” (Meditação, 19.jul.2003).
Ele, então, compreendeu que a obra de sua santidade era competência do Espírito de Deus, mas o seu agir e querer deveriam estar em sintonia com esse Espírito, ou seja, para ser dócil a Deus ele precisava ser indócil com o que não era de Deus, com o veneno que hoje esvazia tantos corações, que entorpece a tantos com o consumo e sensualidade, que nos impedem de amar castamente e ter tempo para Deus e os bens do Céu. Diante dessa certeza, Guido se propôs a “ter como regra de ouro a caridade, buscando sempre servir o irmão com todo amor e carinho vendo nele a pessoa de Jesus, pois o amor é a perfeição da lei (Rm 13,10)” (Meditação, 29.set.2003).
“A essência de Deus é amor (…) Quando nós amamos, nós estamos vivendo aquilo que é de Deus. As ações de Deus estão no ser de Deus (…) Tudo que Deus faz Ele é. Deus é paciente, porque Ele é paciência; Deus perdoa, porque Ele é perdão; Deus se compadece, porque Ele é compaixão; Deus tem misericórdia, porque Ele é misericórdia. Então, a essência plena de Deus é ser amor (…) Quem ama sai de si para o outro. Quem ama é capaz de viver no outro. O Filho vive no Pai, o Filho faz a vontade do Pai. (…) Nós experimentamos o amor para amar” (Entrevista Rádio Cidade – SP, jul.2008).
“Senti uma profunda alegria pelo grande amor de Deus por nós. ‘Eu te chamo pelo nome és meu’ (Is 43,1). És meu filho amado. O Senhor está sempre comigo. Todo batizado é selado (gravado) na palma da mão de Deus. O Senhor cuida de nós constantemente pois estamos em suas mãos. ‘As mãos de Deus me sustentam’ (Sl 62,9)” (Meditação, 4.jun.2003).
“Jesus, ensina-me a amar os outros como Tu me amas. Quero ser bom, paciente, compassivo e cheio de misericórdia. Dilatai o meu coração ao amor, porque eu Te amo e Tu és amor” (Meditação, 13.jul.2004).
Oração final
O Venerável Guido Schäffer está em processo de beatificação. Para isso é necessário que um milagre seja comprovado. Saiba mais.
Oração inicial
A Igreja sempre professou a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia. Essa fé está presente no coração dos fiéis desde os primeiros séculos do cristianismo. Para Santo Tomás de Aquino, “a Eucaristia é o sacramento do amor: significa amor, produz amor”. E o Papa Francisco ensina: “a Eucaristia nos aproxima de Jesus, vivendo em união com Ele e entre nós, aprendemos a amar como Ele, a fazer da nossa vida um dom gratuito, sem cálculos, sem lucros. A vida cristã é isto: fazer-se pão para os outros, como Jesus se fez pão para nós” (cf. Audiência Geral, 22 nov. 2017).
Guido vivia com profundidade esse amor eucarístico. Na sua busca pela santidade, reconhecia a Eucaristia como centro de sua vida espiritual. A comunhão frequente, a adoração e o amor à Missa o conduziam à configuração com Cristo: “É na Eucaristia que o Senhor me transforma. É ali que Ele entra em mim e vai me santificando. A Eucaristia me cura, me liberta, me dá forças para lutar contra o pecado” (Meditação, 10.mar.2004).
Ele desejava que todos conhecessem esse amor eucarístico. Certa vez escreveu: “Oh Jesus, obrigado por Tua Eucaristia. Tu és o Deus escondido. Eu quero adorar-Te com todo o meu coração. Senhor, eu Te amo!” (Meditação, 15.set.2004). E também: “A Missa é a maior riqueza da Igreja. Quando participamos bem, ela nos transforma” (Meditação, 08.abr.2005).
“Senhor Jesus, Vós que estais presente na Eucaristia, desejo vos amar com todo meu coração. Aumentai em mim a fé nesse Mistério e concedei-me viver com mais piedade cada Santa Missa. Que eu jamais me afaste do vosso Corpo e Sangue, que são vida para mim.”
Quero participar da Santa Missa com mais atenção e amor, e fazer visitas frequentes a Jesus Eucarístico.
Oração final
Ayrton Senna e Guido Schäffer: o que eles têm em comum?
Oração inicial
O Catecismo da Igreja nos ensina: “Na Sagrada Escritura, a Igreja encontra incessantemente o seu alimento e a sua força, pois nela não acolhe somente uma palavra humana, mas o que ela é realmente: a Palavra de Deus” (CIC, 104). Por isso, a Palavra precisa ocupar um lugar central na vida do cristão. Como nos lembra São Jerônimo, “ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo”.
Guido compreendeu desde cedo que a Palavra de Deus era luz para o seu caminho. Ele escrevia com frequência trechos bíblicos em seus cadernos de oração e anotava o que o Senhor lhe falava por meio deles. O Evangelho era o seu alimento cotidiano. Dizia: “Quando leio a Palavra de Deus, eu sinto que ela me lê. É como se o próprio Jesus estivesse me ensinando” (Meditação, 7.set.2004).
Ele não apenas meditava, mas também pregava com alegria e convicção. Participava de grupos de oração e evangelizava com a Palavra nas praias, nos hospitais e onde estivesse. Anotou certa vez: “A Palavra é viva e eficaz. Ela me corrige, me anima, me ensina. Quero ser obediente à Palavra de Deus e anunciá-la com coragem” (Meditação, 4.out.2004).
A Bíblia era seu livro de cabeceira. Ele se confiava ao Espírito Santo antes de cada leitura e pedia a graça de colocar em prática o que o Senhor lhe mostrava. “Senhor, que eu não apenas escute, mas guarde a Tua Palavra no coração e a pratique com fidelidade” (Meditação, 12.nov.2005).
“Senhor, eu quero amar a Tua Palavra como o salmista: ‘Ela é mais doce que o mel’ (Sl 119,103). Que eu a medite dia e noite, e que ela transforme meu coração.”
Quero reservar um tempo especial hoje para ler e meditar um trecho do Evangelho, pedindo ao Espírito Santo que me ensine.
Oração final
Oração inicial
Na sua homilia de beatificação de João Paulo II, o Papa Bento XVI afirmou que “com a sua fé, o seu amor e a sua coragem apostólica, acompanhado por um grande carisma humano, este filho exemplar da nação polaca ajudou os cristãos do mundo inteiro a não terem medo de se dizer cristãos, de pertencer à Igreja, de falar do Evangelho. Em suma: ajudou-nos a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia da liberdade.”
Guido também ajudava as pessoas a não terem medo da santidade, porque ele compreendeu que o chamado universal à santidade é possível quando acolhemos a presença de Deus em nossa vida e nos deixamos moldar pelo Espírito. Para isso, não é necessário fazer coisas extraordinárias, mas buscar Deus e sua vontade em todas as coisas.
Ele dizia: “A santidade está em amar Jesus em tudo o que faço. Está em viver cada dia unido a Ele, oferecendo cada instante com amor” (Meditação, 13.set.2004). Sua vida simples e alegre testemunhava essa certeza. Ele compreendia que a vocação à santidade era para todos, e por isso, desejava comunicar isso aos que estavam ao seu redor.
Guido buscava viver com intensidade cada instante: como médico, seminarista, amigo e missionário. Em cada lugar, sua busca era a mesma: fazer a vontade de Deus. Escreveu: “Quero ser santo no meu cotidiano. Quero ser luz onde eu estiver. Senhor, faze de mim um reflexo do Teu amor” (Meditação, 21.out.2005).
“Senhor, torna-me santo na vida de todos os dias. Que eu descubra a tua presença no simples, no escondido e no pequeno. Que eu ame como Tu amas.”
Vou buscar viver a santidade nas pequenas ações do meu dia, oferecendo tudo com amor a Deus.
Oração final
Oração inicial
O Papa Francisco, no final do Ano Santo da Misericórdia, afirmou: “a misericórdia não é uma palavra abstrata, mas um estilo de vida”. Ele dizia que devemos ter um coração misericordioso para todos, sem exceção. Esse é o desafio de quem deseja seguir Jesus de perto: aprender com Ele a compadecer-se, perdoar e servir com alegria.
Guido viveu com intensidade esse chamado. Ele conheceu profundamente a misericórdia de Deus, que cura e restaura. E por isso, desejava anunciá-la a todos. Dizia: “Eu sou testemunha da misericórdia de Deus. Ele me levantou, me curou, me chamou para ser d’Ele. Como não anunciar isso ao mundo?” (Meditação, 15.jan.2005).
Como médico, atendia os doentes com dedicação e carinho. Como missionário, aproximava-se dos pobres com ternura. Como seminarista, sonhava ser padre para “confessar muito e anunciar a misericórdia do Senhor aos que sofrem”.
Ele escrevia: “Senhor, dá-me um coração semelhante ao Teu, cheio de compaixão e ternura. Ensina-me a perdoar, a acolher, a servir. Que eu seja um sinal da Tua misericórdia neste mundo tão ferido” (Meditação, 22.fev.2006).
“Jesus, quero viver a Tua misericórdia todos os dias. Dá-me um coração manso e humilde, como o Teu. Que eu saiba consolar, servir e amar sem esperar nada em troca.”
Vou procurar hoje viver a misericórdia de maneira concreta: perdoando, acolhendo e sendo mais paciente com os que me cercam.
Oração final
Oração inicial
A Igreja é o Corpo Místico de Cristo. É nela que recebemos os sacramentos, escutamos a Palavra e participamos da comunhão dos santos. O Papa Francisco nos lembra: “Não se pode amar Jesus sem amar a sua Igreja. Não se pode seguir Jesus sem viver e amar a Igreja” (Audiência Geral, 25.set.2013).
Guido compreendeu profundamente esse mistério. Amava a Igreja com amor filial, respeitava seus pastores e desejava ser um servidor fiel. Dizia: “A Igreja é minha mãe. Foi ela que me gerou na fé. Quero viver e morrer por ela” (Meditação, 17.mar.2005).
Ele buscava conhecer o Magistério, lia os documentos da Igreja e seguia com alegria as orientações do Papa. Rezava com frequência pelos padres, bispos e pelo Papa. Via no sacerdócio um dom precioso para o mundo. “Senhor, fazei de mim um sacerdote segundo o vosso Coração. Quero amar a Igreja como o vosso Filho a amou” (Meditação, 28.jun.2005).
Guido sabia que a Igreja é santa e pecadora, divina e humana, como um tesouro em vasos de barro (cf. 2Cor 4,7). Por isso, não se escandalizava com as limitações humanas, mas procurava ser ele mesmo uma parte santa da Igreja. Escreveu: “Senhor, que eu nunca me afaste da Igreja. Que eu possa sempre defendê-la com amor, viver nela e por ela. Que eu possa dar minha vida, se preciso, pela Igreja de Cristo” (Meditação, 15.set.2005).
“Jesus, ensina-me a amar a tua Igreja com um amor sincero e fiel. Que eu nunca me escandalize com seus pecados, mas que procure ser santo nela e por ela.”
Vou rezar hoje pelos pastores da Igreja e renovar minha pertença à comunidade cristã.
Oração final
Oração inicial
Maria, desde a Encarnação do Filho de Deus, buscou participar dos Mistérios de sua vida como discípula, porém sem nunca renunciar sua maternidade divina, por isso São Lucas a identifica entre os primeiros cristãos: “Maria, a mãe de Jesus” (At 1,14). Diante desta doce realidade de se ter uma Rainha no Céu que influencia a Terra, podemos com toda a Igreja saudá-la: “Salve Rainha” e repetir com Pio XII (Encíclica Ad Caeli Reginam, à Rainha do Céu): “A Jesus por Maria. Não há outro caminho”. Maria é aquela que do Céu reina sobre nós, a fim de que haja a salvação: “É impossível que se perca quem se dirige com confiança a Maria e a quem Ela acolher” (Santo Anselmo).
Para Guido, a certeza dessa proteção de Maria sobre todos o estimulava: “Tenho a certeza que diante de Deus, Maria faz tudo para nos preservar do pecado e salvar-nos do inimigo. Maria, refúgio dos pecadores, rogai por nós!” (Meditação, 14/11/07).
Com sua devoção mariana, Guido nos ensina que Nossa Senhora é um espelho onde se pode contemplar o que Deus deseja de cada um de nós: “‘Sua mãe conservava no coração todas essas coisas’ (Lc 2,51). Assim, como bons filhos de Maria, Mãe do Puro Amor, devemos conservar no coração a Palavra de Deus, a fim de não pecarmos (Sl 118,11). Este é o segredo da pureza de Maria, conservar no coração a doçura da Palavra, pois esta é mais doce que o mel, que o mel que sai dos favos (Sl 18,11). É por isso que a sabedoria de Maria supera a de todos os homens e, também, a dos anjos, pois ela concentrou todo o seu ser em guardar a Palavra de Deus” (Meditação, 27.jan.2007).
A cena da anunciação tão conhecida, da qual não nos cansamos de apreciar a beleza, é uma mostra da humildade de Maria. Mas, essa humildade dela não a impediu de contribuir com sua aceitação, seu sim, para a encarnação. Deus não arrombou a porta de sua vida. Pediu. E, ela, como no momento da criação, pronunciou, Fiat, faça-se em mim segundo tua palavra. A palavra de Deus na boca de Maria, a humildade de Deus em Maria, nos deu Jesus (que maravilha!!!).
Por isso que, para Guido, a Virgem Maria, era a certeza de que Deus faz grandes coisas em quem ouve e pratica a Palavra: “Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a observam!” (Lc 11,28). Maria conservava a Palavra de Deus, meditando-a no silêncio em seu coração. Quem conserva a Palavra no fundo do coração não peca (Sl 118,11) e assim se torna forte e vence o maligno” (1Jo 2,14); (Meditação, 27/03/04). E ele diz, também, “o doce perfume de Maria é sempre ser dócil à vontade de Deus”.
O amor é o cumprimento perfeito da lei. O amor é viver intensamente esta vida com os olhos fixos em Jesus. O amor é buscar a Deus em todos os momentos de nossa existência. O amor é pensar em Deus, sonhar com Deus, falar de Deus, desejar a morte para estar face a face com o Senhor. Quem ama se entrega, se consome e em tudo busca a vontade do amado. Não há amor maior do que dar a vida pela salvação das almas. Todas as nossas ações devem visar o amor de Deus” (Meditação, 03.mar.2005).
Sim, em Maria tudo visou e visa o amor de Deus. Ao invocá-la como Mãe do Puro Amor, Guido quis ressaltar essa ligação tão íntima, tão profunda de Maria com Deus – o Amor de Deus tomou conta dela; e, por sua vez, o amor dela foi transfigurado na vida de Deus nela. Guido nos fala, de modo profundo sobre esse ‘santo comércio’: “Quem ama sai de si para o outro. Quem ama é capaz de viver no outro. O Filho vive no Pai, o Filho faz a vontade do Pai. (…) Nós experimentamos o amor para amar” (Rádio Cidade, jul.2008). Maria experimentou o amor para amar, saiu de si para seu Filho, para nós. Maria ama e, por isso, é capaz de viver para seu Filho e para nós. Por isso ela é a mãe do Puro Amor, Jesus, para nos ensinar a amar, a realizar obras de puro amor.
Guido, com sua devoção mariana tão profunda, nos ajuda a amar essa Mãe do Céu. Peçamos com ele, com a oração que compôs no sesquicentenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição, em 2004:
“Tua materna assistência guiar esse pobre pecador no caminho da vida. Quero Te agradecer pela Santa Missa, onde recebi de Ti o precioso fruto do Teu ventre, Jesus. Ó bondosa e terna Mãe, defendei-me sempre dos ataques do maligno e conservai-me sempre na pureza. Hoje, contigo, quero dizer também: Eis aqui o servo do Senhor, faça-se em mim a Tua palavra. Amém, amém” (Meditação, 8.dez.2004).
Ou, então, peçamos a intercessão de Nossa Senhora, como ele gostava de fazer, cotidianamente: “Ó Maria, Virgem Mãe, Mãe do Puro Amor, atendei-nos e socorrei-nos em todas as nossas necessidades. Amém” (Meditação, 11.jan.2007).
“Quero intensificar minha vida de oração para crescer no amor e no conhecimento de Deus. Quero, também, amar mais Maria Santíssima através da oração do Santo Rosário. Desejo buscar a disciplina no estudo e na oração” (Meditação, 30.set.2003).
Oração final
Oração inicial
Numa das meditações de Guido dá-se um belo diálogo com Jesus: “Hoje retiro da tua boca toda palavra vã, de discórdia e coloco a minha palavra como verdadeiro alimento. Vê que o cristão possui três alimentos: a Palavra (Dt 8,3), Eucaristia (Jo 6,55), fazer a vontade do Pai (Jo 4,34). ‘Sou o Santo no meio de ti’ (Os 11,9). Porque eu sou Santo desejo que você seja santo, esta é a minha vontade a seu respeito”. E a resposta dele foi imediata: “Pai, esta é a minha resposta – eu vou ser santo, isto é o que mais quero” (Meditação, 5.jun.2003).
Sim, Guido sabia, queria, proclamava com sua vida, a felicidade do Céu, a alegria dos santos, a certeza de saber para onde se vai. A meta da nossa existência não é a morte, mas o Paraíso! Escreve o apóstolo João: “Ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se verificar, seremos semelhantes a Deus, porque o veremos como Ele é” (1Jo 3, 2). Tal qual os Santos, os amigos de Deus, Guido assegura-nos que esta promessa não é uma ilusão. Com efeito, na sua existência terrena ele viveu em profunda comunhão com Deus. No semblante dos irmãos mais pequeninos e desprezados, viu o Rosto de Deus e agora contempla-o face a face na sua beleza gloriosa.
No dia do nascimento de suas três sobrinhas (filhas de sua irmã) ele escreveu: “Assim disse o Senhor: ‘Guido, vê que imensa alegria o nascimento de uma criança, muito maior será a alegria daqueles que nascem para a vida eterna’. Contemplei a entrada dos santos na glória de Deus e vi uma imensa festa no céu, pois o noivo aguarda com alegria a noiva. Então, senti um imenso júbilo, pois assim será a nossa entrada no céu. ‘Felizes os convidados para as núpcias do Cordeiro’ (Ap 19,9). ‘Como a esposa é a alegria do esposo, assim tu serás a alegria de Deus’ (Is 62,5)”; (Meditação, 10.jun.2003).
Guido deixou que seu coração fosse fecundado, com os exemplos dos santos, pela certeza que ele também podia ser santo. São muitas as reflexões que encontramos em seus escritos a partir das citações das obras que lia. Assim, ele refletia que para realizar o apostolado do amor precisamos de uma profunda vida de oração e união com Deus. É preciso ser um contemplativo no coração do mundo. Não devemos ter medo da morte por amar Jesus nos necessitados. “Devemos amar hoje, amanhã será tarde demais” (Beata Teresa de Calcutá, citada na Meditação, 20.dez.2004).
Em sua busca da perfeição, era Santa Teresa que lhe inspirava: “Quem procura a perfeição deve evitar dizer fizeram-me isso sem razão. Se queres carregar a cruz, mas somente aquela que se apoia na razão, a santidade não é para ti” (Santa Teresa de Jesus, citada na Meditação, 16.12.2004).
Guido percebeu, como disse o Papa Francisco (Audiência 1º nov.2013), que esses homens e mulheres não foram super-homens, nem nasceram perfeitos. Eles foram como nós, como cada um de nós, pessoas que antes de alcançar a glória do Céu levaram uma vida normal, com alegrias e sofrimentos, dificuldades e esperanças. Mas o que mudou a vida deles? Quando conheceram o amor de Deus, seguiram-no com todo o seu coração, de maneira incondicional, sem hipocrisias; dedicaram a própria vida ao serviço do próximo, suportaram sofrimentos e adversidades sem ódio, respondendo ao mal com o bem, difundindo alegria e paz. Aqui estava o segredo! Aqui estava o que ele devia fazer para ir para o Céu. E ele trilhou esse caminho. “Somos escolhidos por Deus, por causa do seu grande amor por nós. O Senhor nos chamou com uma vocação santa para nos consagrarmos a Ele. Toda nossa vida deve ser dedicada ao Senhor. Isto se tornará visível quanto mais nós O amamos e observamos os Seus mandamentos” (Meditação, 5.jan.2007).
Sim, os santos – Francisco, Teresinha, Padre Pio… – aprenderam com Jesus a não odiar. Guido compreendeu bem esses exemplos de amor. O amor é de Deus! O ódio não vem de Deus, mas do diabo! E os Santos afastaram-se do diabo; eles têm alegria no coração e a transmitem aos outros. Nunca odiar, mas servir os outros, os mais necessitados; rezar e viver na alegria: eis o caminho da santidade! Foi esse o caminho que Guido trilhou.
Fala-se muito da imitação de Cristo. Mas, como disse alguém, devemos levar em conta que, com a encarnação, foi “Deus que imitou o homem”, assumindo tudo que é nosso, menos o pecado. Rezemos com Guido essa belíssima prece na qual pedimos que essa nossa configuração a Cristo já comece nessa vida:
“Ó Senhor, Tu és a minha vida: o meu coração é o Teu coração; a minha boca é a Tua boca; os meus olhos são os Teus olhos; as minhas mãos são as Tuas mãos; os meus pés são os Teus pés; o meu sorriso é o Teu sorriso; as minhas dores são as Tuas dores; as minhas alegrias são as Tuas alegrias. O meu eu desaparece no teu Tu, por isso, ‘eu vivo, mas não eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim’ (Gl 2,20)” ; (Meditação, 11.dez.2004).
Com sua vida e ação, Guido, quis mostrar que ser santo não é um privilégio de poucos. No Batismo, todos nós recebemos a herança de poder tornar-nos Santos. A santidade é uma vocação para todos. Digamos, portanto, com Guido: “Sei que tenho reservada para mim uma coroa de glória no céu, por isso, Jesus, suplico-Te a graça da fidelidade e perseverança em minha vocação cristã. Ajuda-me, Jesus, a ser santo como o Senhor é santo” (Meditação, 24.jan.2004).
Oração final