Canonização de sete beatos: conheça as histórias dos bem-aventurados que serão proclamados santos pelo Papa Leão XIV em outubro de 2025.
Canonização de sete beatos: conheça as histórias dos bem-aventurados que serão proclamados santos pelo Papa Leão XIV em outubro de 2025.
No próximo dia 19 de outubro de 2025, a Igreja Católica viverá um momento de grande alegria com a canonização de sete beatos, presidida pelo Papa Leão XIV, na Praça de São Pedro, em Roma. Trata-se de um gesto solene da Igreja que confirma publicamente que esses homens e mulheres viveram com fidelidade ao Evangelho e agora podem ser apresentados aos fiéis como exemplos de santidade e de vida cristã autêntica. Ao serem declarados santos, a Igreja reconhece que eles estão junto de Deus e intercedem por nós.
A canonização é o reconhecimento oficial da Igreja de que um fiel cristão viveu de maneira exemplar e está no Céu. Por isso, pode ser publicamente venerado pelos católicos e ter seu nome incluído no calendário litúrgico. A expressão tradicional “elevado à honra dos altares” significa justamente isso: que ele pode ser honrado com culto público.
Esse reconhecimento só acontece após um processo rigoroso, que examina cuidadosamente a vida do beato, suas virtudes heroicas e, obrigatoriamente, milagres atribuídos à sua intercessão. É um caminho exigente que busca garantir que aquele fiel ofereça um testemunho verdadeiro de santidade e possa ser proposto como modelo seguro para a vida cristã.
Para se aprofundar nesse tema, recomendamos a leitura do nosso artigo completo: como funciona o processo beatificação e canonização na Igreja Católica.
A seguir, confira uma breve biografia de cada um dos bem-aventurados que serão elevados à glória dos altares pelo Papa Leão XIV:
Arcebispo católico armênio da cidade de Mardin, na atual Turquia, Monsenhor Ignatius Choukrallah Maloyan nasceu em 1869 e foi ordenado sacerdote em 1896. Dedicou sua vida ao cuidado espiritual dos fiéis e à formação do clero. Em 1911, foi nomeado arcebispo de sua cidade natal, destacando-se por sua atuação pastoral, reabrindo escolas e reformando igrejas.
Durante o genocídio armênio, foi preso e torturado, juntamente com centenas de cristãos, e pressionado a renunciar à fé. Recusou-se a apostatar e, antes de sua morte, celebrou a Eucaristia e distribuiu o viático aos fiéis. Foi martirizado no dia 11 de junho de 1915, na festa do Sagrado Coração de Jesus.
Foi beatificado por São João Paulo II em 7 de outubro de 2001, sendo reconhecido como mártir da fé. Posteriormente, um milagre atribuído à sua intercessão fortaleceu a devoção ao arcebispo em todo o mundo.
Natural de Papua-Nova Guiné, Pedro To Rot nasceu em 1912 na vila de Rakunai, em uma família recém-convertida ao cristianismo. Tornou-se catequista ainda jovem e, durante a ocupação japonesa em 1942, assumiu a liderança espiritual da comunidade local após a prisão dos missionários. Mesmo com a proibição das práticas religiosas, manteve viva a fé do povo, visitando os doentes, preparando casais para o matrimônio, organizando momentos de oração e distribuindo a Sagrada Comunhão quando possível.
Em 1945, ao se opor publicamente à legalização da poligamia promovida pelos invasores, foi preso e martirizado por sua fidelidade ao Evangelho e à doutrina da Igreja sobre o matrimônio. Suas últimas palavras refletiram sua entrega total: “Estou aqui por aqueles que quebram seus votos matrimoniais… Eles já me condenaram à morte.”
Foi beatificado por São João Paulo II em 17 de janeiro de 1995, durante sua visita à Papua-Nova Guiné. O milagre reconhecido foi a cura repentina e completa de um jovem com grave infecção pulmonar, atribuída à intercessão do catequista.
Luigia Poloni, nascida em Verona em 1802, destacou-se desde jovem pelo cuidado aos pobres e enfermos. Durante a epidemia de cólera de 1836, dedicou-se ao socorro dos doentes com incansável caridade. Em 1840, fundou o Instituto das Irmãs da Misericórdia, assumindo o nome religioso de Vincenza Maria. Ao longo de sua vida, uniu profunda vida espiritual à dedicação aos necessitados. Faleceu em 11 de novembro de 1855, deixando como legado uma congregação ativa até hoje.
Foi beatificada em 21 de setembro de 2008, após o reconhecimento da cura inexplicável de uma freira com câncer avançado. A aprovação do milagre foi concedida durante o pontificado de Bento XVI, e a cerimônia de beatificação ocorreu em Verona, presidida por Dom Angelo Amato, então prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos.
Carmen Elena Rendiles Martínez nasceu em Caracas, Venezuela, em 1903, e desde a infância cultivou uma fé profunda, vivida no cotidiano familiar e alimentada por intensa vida de oração. Apesar de ter nascido sem o braço esquerdo, enfrentou a vida com firmeza e doçura, dedicando-se ao serviço dos pobres, doentes e sacerdotes. Em 1965, fundou em Caracas a Congregação das Servas de Jesus, com o carisma centrado na Adoração Eucarística e no apoio ao ministério sacerdotal.
Faleceu em 9 de agosto de 1977, deixando como legado um testemunho de fé alegre e generosa. Foi beatificada em 16 de junho de 2018, em Caracas, em cerimônia presidida pelo Cardeal Angelo Amato, representando o Papa Francisco. O milagre reconhecido foi a cura extraordinária de uma mulher venezuelana vítima de choque elétrico, que sofria de dores crônicas e paralisia no braço direito, e que recuperou totalmente os movimentos após orações à Madre Carmen.
Maria Troncatti nasceu em 1883, em Corteno Golgi, província de Bréscia, Itália. Desde jovem sentiu-se chamada à vida religiosa e ingressou no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. Após atuar como enfermeira na Primeira Guerra Mundial, foi enviada como missionária ao Equador, onde dedicou quase cinquenta anos à evangelização e à promoção social do povo Shuar, na floresta amazônica. Foi enfermeira, educadora, conselheira espiritual e promotora da dignidade das mulheres indígenas. Sua vida foi marcada por uma fé alegre, espírito de serviço e incansável dedicação.
Morreu tragicamente em 25 de agosto de 1969, aos 86 anos, em um acidente aéreo enquanto viajava para exercícios espirituais. Foi beatificada em 24 de novembro de 2012, em Macas, no Equador, representando o Papa Bento XVI o Cardeal Angelo Amato. O milagre reconhecido foi a cura milagrosa de uma mulher equatoriana que, em estado terminal, recuperou-se completamente após orações pedindo a intercessão da irmã Maria.
José Gregorio Hernández Cisneros nasceu em 1864, em Isnotú, na Venezuela. Médico e cientista renomado, destacou-se por sua profunda fé católica e por atender gratuitamente os pobres e necessitados. Era conhecido como “o médico dos pobres”. Chegou a ingressar em comunidades religiosas em duas ocasiões, mas problemas de saúde o impediram de prosseguir. Dedicou-se então à medicina e ao ensino, sempre com espírito de caridade cristã.
Faleceu em 29 de junho de 1919, depois de ser atropelado ao sair para levar remédios a um doente. Foi beatificado em 30 de abril de 2021, após o reconhecimento da cura milagrosa de uma menina venezuelana, vítima de traumatismo craniano gravíssimo por arma de fogo, que se recuperou totalmente sem sequelas, contrariando todos os prognósticos médicos. A cerimônia de beatificação foi presidida pelo Cardeal Baltazar Porras, em nome do Papa Francisco, em Caracas.
Bartolo Longo nasceu em 1841, na região de Brindisi, sul da Itália. Após se afastar da fé durante a juventude, converteu-se profundamente e passou a dedicar sua vida à propagação do Rosário e ao serviço aos pobres. Fundou o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, que se tornou um centro internacional de devoção mariana, e iniciou diversas obras sociais voltadas a crianças órfãs, filhos de prisioneiros e famílias em situação de vulnerabilidade.
Foi beatificado por São João Paulo II em 26 de outubro de 1980, após a cura milagrosa de Carmen Rocco, que sofria de grave doença gastrointestinal e anemia severa. O reconhecimento do milagre abriu caminho para sua beatificação.
Em 2025, após cuidadosa avaliação por parte do Dicastério para as Causas dos Santos, o Papa Leão XIV acolheu o parecer favorável dos cardeais e bispos e autorizou a canonização de Bartolo Longo com dispensa do segundo milagre normalmente exigido. Essa prerrogativa, prevista pelo direito canônico, pode ser usada quando há culto consolidado e impacto pastoral extraordinário — como é o caso do beato italiano, cuja vida uniu fé, caridade e promoção social de maneira exemplar.
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No próximo dia 19 de outubro de 2025, a Igreja Católica viverá um momento de grande alegria com a canonização de sete beatos, presidida pelo Papa Leão XIV, na Praça de São Pedro, em Roma. Trata-se de um gesto solene da Igreja que confirma publicamente que esses homens e mulheres viveram com fidelidade ao Evangelho e agora podem ser apresentados aos fiéis como exemplos de santidade e de vida cristã autêntica. Ao serem declarados santos, a Igreja reconhece que eles estão junto de Deus e intercedem por nós.
A canonização é o reconhecimento oficial da Igreja de que um fiel cristão viveu de maneira exemplar e está no Céu. Por isso, pode ser publicamente venerado pelos católicos e ter seu nome incluído no calendário litúrgico. A expressão tradicional “elevado à honra dos altares” significa justamente isso: que ele pode ser honrado com culto público.
Esse reconhecimento só acontece após um processo rigoroso, que examina cuidadosamente a vida do beato, suas virtudes heroicas e, obrigatoriamente, milagres atribuídos à sua intercessão. É um caminho exigente que busca garantir que aquele fiel ofereça um testemunho verdadeiro de santidade e possa ser proposto como modelo seguro para a vida cristã.
Para se aprofundar nesse tema, recomendamos a leitura do nosso artigo completo: como funciona o processo beatificação e canonização na Igreja Católica.
A seguir, confira uma breve biografia de cada um dos bem-aventurados que serão elevados à glória dos altares pelo Papa Leão XIV:
Arcebispo católico armênio da cidade de Mardin, na atual Turquia, Monsenhor Ignatius Choukrallah Maloyan nasceu em 1869 e foi ordenado sacerdote em 1896. Dedicou sua vida ao cuidado espiritual dos fiéis e à formação do clero. Em 1911, foi nomeado arcebispo de sua cidade natal, destacando-se por sua atuação pastoral, reabrindo escolas e reformando igrejas.
Durante o genocídio armênio, foi preso e torturado, juntamente com centenas de cristãos, e pressionado a renunciar à fé. Recusou-se a apostatar e, antes de sua morte, celebrou a Eucaristia e distribuiu o viático aos fiéis. Foi martirizado no dia 11 de junho de 1915, na festa do Sagrado Coração de Jesus.
Foi beatificado por São João Paulo II em 7 de outubro de 2001, sendo reconhecido como mártir da fé. Posteriormente, um milagre atribuído à sua intercessão fortaleceu a devoção ao arcebispo em todo o mundo.
Natural de Papua-Nova Guiné, Pedro To Rot nasceu em 1912 na vila de Rakunai, em uma família recém-convertida ao cristianismo. Tornou-se catequista ainda jovem e, durante a ocupação japonesa em 1942, assumiu a liderança espiritual da comunidade local após a prisão dos missionários. Mesmo com a proibição das práticas religiosas, manteve viva a fé do povo, visitando os doentes, preparando casais para o matrimônio, organizando momentos de oração e distribuindo a Sagrada Comunhão quando possível.
Em 1945, ao se opor publicamente à legalização da poligamia promovida pelos invasores, foi preso e martirizado por sua fidelidade ao Evangelho e à doutrina da Igreja sobre o matrimônio. Suas últimas palavras refletiram sua entrega total: “Estou aqui por aqueles que quebram seus votos matrimoniais… Eles já me condenaram à morte.”
Foi beatificado por São João Paulo II em 17 de janeiro de 1995, durante sua visita à Papua-Nova Guiné. O milagre reconhecido foi a cura repentina e completa de um jovem com grave infecção pulmonar, atribuída à intercessão do catequista.
Luigia Poloni, nascida em Verona em 1802, destacou-se desde jovem pelo cuidado aos pobres e enfermos. Durante a epidemia de cólera de 1836, dedicou-se ao socorro dos doentes com incansável caridade. Em 1840, fundou o Instituto das Irmãs da Misericórdia, assumindo o nome religioso de Vincenza Maria. Ao longo de sua vida, uniu profunda vida espiritual à dedicação aos necessitados. Faleceu em 11 de novembro de 1855, deixando como legado uma congregação ativa até hoje.
Foi beatificada em 21 de setembro de 2008, após o reconhecimento da cura inexplicável de uma freira com câncer avançado. A aprovação do milagre foi concedida durante o pontificado de Bento XVI, e a cerimônia de beatificação ocorreu em Verona, presidida por Dom Angelo Amato, então prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos.
Carmen Elena Rendiles Martínez nasceu em Caracas, Venezuela, em 1903, e desde a infância cultivou uma fé profunda, vivida no cotidiano familiar e alimentada por intensa vida de oração. Apesar de ter nascido sem o braço esquerdo, enfrentou a vida com firmeza e doçura, dedicando-se ao serviço dos pobres, doentes e sacerdotes. Em 1965, fundou em Caracas a Congregação das Servas de Jesus, com o carisma centrado na Adoração Eucarística e no apoio ao ministério sacerdotal.
Faleceu em 9 de agosto de 1977, deixando como legado um testemunho de fé alegre e generosa. Foi beatificada em 16 de junho de 2018, em Caracas, em cerimônia presidida pelo Cardeal Angelo Amato, representando o Papa Francisco. O milagre reconhecido foi a cura extraordinária de uma mulher venezuelana vítima de choque elétrico, que sofria de dores crônicas e paralisia no braço direito, e que recuperou totalmente os movimentos após orações à Madre Carmen.
Maria Troncatti nasceu em 1883, em Corteno Golgi, província de Bréscia, Itália. Desde jovem sentiu-se chamada à vida religiosa e ingressou no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. Após atuar como enfermeira na Primeira Guerra Mundial, foi enviada como missionária ao Equador, onde dedicou quase cinquenta anos à evangelização e à promoção social do povo Shuar, na floresta amazônica. Foi enfermeira, educadora, conselheira espiritual e promotora da dignidade das mulheres indígenas. Sua vida foi marcada por uma fé alegre, espírito de serviço e incansável dedicação.
Morreu tragicamente em 25 de agosto de 1969, aos 86 anos, em um acidente aéreo enquanto viajava para exercícios espirituais. Foi beatificada em 24 de novembro de 2012, em Macas, no Equador, representando o Papa Bento XVI o Cardeal Angelo Amato. O milagre reconhecido foi a cura milagrosa de uma mulher equatoriana que, em estado terminal, recuperou-se completamente após orações pedindo a intercessão da irmã Maria.
José Gregorio Hernández Cisneros nasceu em 1864, em Isnotú, na Venezuela. Médico e cientista renomado, destacou-se por sua profunda fé católica e por atender gratuitamente os pobres e necessitados. Era conhecido como “o médico dos pobres”. Chegou a ingressar em comunidades religiosas em duas ocasiões, mas problemas de saúde o impediram de prosseguir. Dedicou-se então à medicina e ao ensino, sempre com espírito de caridade cristã.
Faleceu em 29 de junho de 1919, depois de ser atropelado ao sair para levar remédios a um doente. Foi beatificado em 30 de abril de 2021, após o reconhecimento da cura milagrosa de uma menina venezuelana, vítima de traumatismo craniano gravíssimo por arma de fogo, que se recuperou totalmente sem sequelas, contrariando todos os prognósticos médicos. A cerimônia de beatificação foi presidida pelo Cardeal Baltazar Porras, em nome do Papa Francisco, em Caracas.
Bartolo Longo nasceu em 1841, na região de Brindisi, sul da Itália. Após se afastar da fé durante a juventude, converteu-se profundamente e passou a dedicar sua vida à propagação do Rosário e ao serviço aos pobres. Fundou o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, que se tornou um centro internacional de devoção mariana, e iniciou diversas obras sociais voltadas a crianças órfãs, filhos de prisioneiros e famílias em situação de vulnerabilidade.
Foi beatificado por São João Paulo II em 26 de outubro de 1980, após a cura milagrosa de Carmen Rocco, que sofria de grave doença gastrointestinal e anemia severa. O reconhecimento do milagre abriu caminho para sua beatificação.
Em 2025, após cuidadosa avaliação por parte do Dicastério para as Causas dos Santos, o Papa Leão XIV acolheu o parecer favorável dos cardeais e bispos e autorizou a canonização de Bartolo Longo com dispensa do segundo milagre normalmente exigido. Essa prerrogativa, prevista pelo direito canônico, pode ser usada quando há culto consolidado e impacto pastoral extraordinário — como é o caso do beato italiano, cuja vida uniu fé, caridade e promoção social de maneira exemplar.