Nas águas do Rio Paraíba do Sul, em um simples dia de pesca, aconteceu algo que mudaria para sempre a história do Brasil: a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada, revelando um encontro divino entre a Mãe de Deus e o povo brasileiro.
Este artigo traz os detalhes dessa jornada de fé, desde o momento em que uma pequena imagem foi resgatada, até a coroação de Nossa Senhora da Conceição Aparecida como Rainha e Padroeira do Brasil. Descubra os fatos, milagres e acontecimentos que fizeram de Nossa Senhora Aparecida um símbolo tão poderoso de fé e devoção em nosso país.
Desde os tempos antigos, Portugal era um país profundamente devoto à Virgem Maria. A devoção à Imaculada Conceição era uma das mais queridas entre os fiéis. A figura de Nossa Senhora era um símbolo de proteção e esperança, e seu nome passava de geração em geração. Os reis portugueses, reconhecendo a importância da Mãe de Deus, não hesitavam em se prostrar diante dela, colocando seus reinos sob sua proteção.
Um marco significativo dessa devoção ocorreu em 1671, quando o Rei Dom João IV consagrou Portugal e seus territórios — incluindo o Brasil na época — à Nossa Senhora da Conceição, proclamando-a Rainha e Padroeira do país. Além disso, ele ofereceu sua coroa a ela, simbolizando a entrega de todo o seu poder e a certeza de que, acima de qualquer título de realeza, Maria era a verdadeira Rainha. A partir desse ato, nenhum outro monarca usou coroa em honra à Mãe de Deus.
Quando os navegadores portugueses cruzaram os mares rumo ao Brasil, trouxeram consigo suas tradições e sua fé. Assim, a devoção a Nossa Senhora não apenas sobreviveu, mas floresceu em terras brasileiras. As imagens da Virgem Maria foram levadas aos novos territórios, e as comunidades que se formaram em solo brasileiro rapidamente adotaram as práticas marianas. Essa herança portuguesa foi um presente valioso, permitindo que a devoção a Nossa Senhora Aparecida se firmasse como um pilar da fé católica no Brasil, moldando a espiritualidade e a cultura do povo brasileiro ao longo dos séculos.
Em outubro de 1717, no Rio Paraíba do Sul, aconteceu um fato marcante que deu início à devoção à Nossa Senhora Aparecida. Três pescadores – Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso – foram encarregados de pescar para um banquete em homenagem ao governador Dom Pedro de Almeida, que visitava Guaratinguetá. Porém, apesar de seus esforços, as redes voltavam sempre vazias, devido à época desfavorável para a pesca.
Persistindo na tentativa, os pescadores rezaram pedindo a intercessão de Nossa Senhora. Logo em seguida, João Alves puxou das águas o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Pouco depois, a cabeça da imagem também foi encontrada, completando a figura da Virgem.
A imagem era de Nossa Senhora da Conceição, que representa a Virgem Maria sem pecado desde o momento em que foi concebida. E, como ela estava grávida, não segurava o Menino Jesus, pois Ele ainda estava em seu ventre.
Acredita-se que a imagem tenha sido moldada por um artesão devoto, provavelmente inspirado pela consagração de Portugal a Nossa Senhora da Conceição, e que, após ser quebrada, tenha sido lançada no rio, seguindo a tradição de não descartar imagens sagradas de forma desrespeitosa.
Após o resgate da imagem, os pescadores vivenciaram um milagre: suas redes, antes vazias, começaram a se encher de peixes, quase afundando seus barcos. Esse evento foi interpretado como um sinal claro da intercessão de Nossa Senhora.
A imagem foi levada para a casa de um dos pescadores, onde rapidamente se tornou objeto de veneração. O “milagre das águas” se espalhou pela região e marcou o início da devoção popular à Nossa Senhora Aparecida, que mais tarde seria reconhecida como padroeira do Brasil.
Em 1868, a Princesa Isabel enfrentava um grande desafio: o sonho de ser mãe parecia cada vez mais distante, pois não conseguia engravidar. Movida pela fé, fez uma peregrinação à Basílica de Aparecida e, diante da imagem de Nossa Senhora, fez uma promessa. Ela suplicou pela graça de ter um filho e prometeu que, se fosse abençoada com a maternidade, ofereceria um manto à santa.
Sua devoção à Nossa Senhora Aparecida permaneceu forte ao longo dos anos e ela foi agraciada com três filhos: Pedro de Alcântara, Luís Maria e Antônio Gastão.
Como forma de expressar sua gratidão e devoção, Isabel mandou confeccionar uma réplica da coroa que usaria como rainha do Brasil e a enviou à Basílica. Junto à coroa, acompanhava um bilhete que reflete sua humildade e fé profunda:
“Eu, diante de Vós, sou uma Princesa da terra e me curvo, pois és a Rainha do Céu. Te dou tão pobre presente, que é uma coroa igual à minha. E se eu não me sentar no trono do Brasil, rogo que a Senhora se sente nele por mim e governe perpetuamente o Brasil.”
A coroa, oferecida por uma princesa que renunciava ao trono terreno, adorna até hoje a imagem de Nossa Senhora Aparecida, simbolizando não apenas a devoção de Isabel, mas também a entrega de um país inteiro à proteção da Rainha do Céu.
A história de Nossa Senhora Aparecida é repleta de relatos de fé e milagres que refletem o profundo amor e devoção que os fiéis sentem por Ela. Desde o momento em que a imagem foi encontrada no rio Paraíba do Sul, muitos testemunhos de curas e intervenções divinas começaram a surgir, fortalecendo a fé na proteção da Mãe de Jesus.
Um dos milagres mais famosos é o de Zacarias, um escravo que, ao se ajoelhar diante da imagem de Nossa Senhora, clamou por libertação. Para a surpresa de todos, as correntes que o prendiam se quebraram, permitindo que ele ficasse livre. Esse acontecimento não apenas transformou a vida de Zacarias, mas também inspirou muitos outros a buscar a intercessão de Nossa Senhora em suas necessidades.
Outro relato emocionante é o de uma família que, desesperada por causa da cegueira de sua filha, decidiu visitar o Santuário de Aparecida. Com fervor e fé, pediram a cura da menina. Quando chegaram ao santuário, a criança, antes sem visão, exclamou com alegria: “Como é bonita esta Igreja!” Através da intercessão de Nossa Senhora, a menina foi curada, e essa história se espalhou, atraindo mais devotos ao santuário.
Os milagres de Nossa Senhora Aparecida não se limitam a curas físicas. Muitas pessoas relatam experiências de conversão, paz, consolo e proteção em momentos difíceis, sempre atribuindo essas graças à presença amorosa da Virgem em suas vidas. A devoção a Nossa Senhora Aparecida é um testemunho do poder da fé e da intercessão da Mãe de Deus, capaz de transformar corações e trazer esperança àqueles que se entregam à sua intercessão.
Confira a influência de Nossa Senhora Aparecida na cultura do Brasil.
A devoção a Nossa Senhora Aparecida, que começou de forma simples com a pesca milagrosa em 1717, foi crescendo e conquistando o coração do povo brasileiro. Aos poucos, a fama da imagem milagrosa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida se espalhou, e o pequeno oratório em que a imagem era venerada na casa dos pescadores se tornou um local de peregrinação.
O primeiro marco físico da devoção foi a construção de uma capela em 1745, erguida em homenagem à Virgem, para abrigar a imagem e acomodar o crescente número de fiéis que iam até o local pedir graças e agradecer pelos milagres. Com o tempo, a devoção popular continuou a aumentar, e o número de romeiros cresceu tanto que houve a necessidade de um espaço maior.
Assim, em 1888, foi construída uma basílica de maiores proporções, conhecida hoje como Basílica Velha, para receber os devotos com mais conforto. Já nessa época, a imagem de Nossa Senhora Aparecida era considerada um símbolo nacional.
O passo seguinte foi a construção do imponente Santuário Nacional, iniciado em 1955 e concluído no final do século XX. A nova Basílica, hoje considerada a segunda maior igreja do mundo, tornou-se um ponto de peregrinação e símbolo do reconhecimento real e espiritual de Nossa Senhora como Rainha e Padroeira do Brasil.
O Santuário Nacional de Aparecida é um local que celebra não apenas a fé, mas também a ligação histórica e devocional do Brasil com a sua padroeira, tornando-se um dos mais importantes centros da fé católica no país.
Que tal iniciar a novena a Nossa Senhora Aparecida?
A coroação da imagem que fora pescada no Rio Paraíba se deu apenas em 1904, 16 anos depois da Princesa ter ofertado a coroa e o manto à Virgem.
Em 1930, o Papa Pio XI proclamou Nossa Senhora Aparecida como Rainha e Padroeira do Brasil, reforçando a devoção que já tomava conta do país.
Por isso, no âmbito nacional, o dia 12 de outubro se tornou feriado em homenagem à Mãe de Deus.
Leia mais: Por que Nossa Senhora possui vários títulos?
O atentado à imagem de Nossa Senhora Aparecida ocorreu em 16 de maio de 1978, quando um jovem jogou a imagem da padroeira do Brasil no chão, quebrando-a em mais de 200 pedaços. O incidente assustou os devotos e gerou uma grande comoção no país.
Para a restauração da imagem, o Museu de Arte de São Paulo (MASP) foi chamado, e a responsabilidade foi dada à restauradora Maria Helena Chartuni. Ela, que possuía grande habilidade na recuperação de obras de arte, aceitou o delicado desafio de restaurar uma peça com tamanha relevância religiosa e emocional para o povo brasileiro.
Maria Helena usou técnicas sofisticadas para reconstruir a imagem, respeitando cada fragmento original, e devolvendo sua forma e beleza de forma impressionante. Durante o processo, ela foi profundamente tocada pela importância da missão que estava desempenhando. Relatos dizem que essa experiência espiritual influenciou pessoalmente Maria Helena, levando-a a uma conversão ao longo do processo de restauração da imagem.
Além do cuidado técnico, a restauração tornou-se também um caminho de fé para ela.
Depois de vários meses de trabalho, a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi devolvida ao Santuário Nacional no final de 1978, restaurada e ainda mais amada pelos devotos. A volta da imagem foi um momento de grande alegria e renovação da fé para os milhões de fiéis que aguardavam ansiosamente. O atentado, embora doloroso, acabou fortalecendo a devoção e marcando mais uma etapa na história da padroeira do Brasil.
Reze a oração a Nossa Senhora Aparecida.
A mensagem de Nossa Senhora Aparecida nos ensina sobre o que Deus deseja realizar em cada um de nós. Assim como a imagem da Virgem, quebrada e lançada nas águas do Rio Paraíba, nós também carregamos as marcas de nossas falhas e pecados, muitas vezes sentindo-nos como pedaços de barro rachados, necessitando da graça divina para sermos restaurados.
Deus nos chama a considerar essa nossa fragilidade, admitindo que, sem Sua presença, permanecemos incompletos. A imagem de Nossa Senhora Aparecida, reencontrada e restaurada, se torna um símbolo vivo da esperança de que também podemos ser reconstruídos, não apenas em nossos corpos, mas principalmente em nosso espírito. Maria, como Mãe cuidadosa, acompanha-nos nesse processo, orientando-nos para que possamos ser moldados pelo amor do eu filho, Jesus.
A transformação verdadeira começa quando nos entregamos a Ele com humildade, permitindo que Seu amor refaça nosso coração. Maria, exemplo perfeito de santidade, nos mostra o caminho para superarmos nossas limitações e vivermos conforme os ensinamentos de Cristo.
Assim como o Brasil foi abençoado pela presença de Nossa Senhora Aparecida, somos chamados a buscar nossa conversão diária, deixando que Deus nos resgate, nos cure e nos transforme, moldando vidas nossas sob o olhar maternal de Maria.
A figura de Nossa Senhora Aparecida carrega uma riqueza simbólica imensa.
Ela é a Mãe que traz em seu ventre o Salvador do mundo, tem a pele morena que nos conecta à história do Brasil, foi alvo de um atentado e precisou ser cuidadosamente restaurada, pedaço por pedaço etc.
Cada um desses aspectos são matéria para uma meditação profunda.
E foi isso que um grande sacerdote brasileiro fez: reuniu 12 meditações sobre a devoção a Nossa Senhora Aparecida, passando por cada marco da história da Rainha e Padroeira do Brasil.
Escrito pelo Padre José Eduardo, o livro Minha Mãe Aparecida está disponível na Loja do Assinante da Minha Biblioteca Católica, em uma edição exclusiva para os membros do clube.
Clique aqui e saiba como fazer parte do clube para garantir este tesouro da fé do nosso país.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Nas águas do Rio Paraíba do Sul, em um simples dia de pesca, aconteceu algo que mudaria para sempre a história do Brasil: a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada, revelando um encontro divino entre a Mãe de Deus e o povo brasileiro.
Este artigo traz os detalhes dessa jornada de fé, desde o momento em que uma pequena imagem foi resgatada, até a coroação de Nossa Senhora da Conceição Aparecida como Rainha e Padroeira do Brasil. Descubra os fatos, milagres e acontecimentos que fizeram de Nossa Senhora Aparecida um símbolo tão poderoso de fé e devoção em nosso país.
Desde os tempos antigos, Portugal era um país profundamente devoto à Virgem Maria. A devoção à Imaculada Conceição era uma das mais queridas entre os fiéis. A figura de Nossa Senhora era um símbolo de proteção e esperança, e seu nome passava de geração em geração. Os reis portugueses, reconhecendo a importância da Mãe de Deus, não hesitavam em se prostrar diante dela, colocando seus reinos sob sua proteção.
Um marco significativo dessa devoção ocorreu em 1671, quando o Rei Dom João IV consagrou Portugal e seus territórios — incluindo o Brasil na época — à Nossa Senhora da Conceição, proclamando-a Rainha e Padroeira do país. Além disso, ele ofereceu sua coroa a ela, simbolizando a entrega de todo o seu poder e a certeza de que, acima de qualquer título de realeza, Maria era a verdadeira Rainha. A partir desse ato, nenhum outro monarca usou coroa em honra à Mãe de Deus.
Quando os navegadores portugueses cruzaram os mares rumo ao Brasil, trouxeram consigo suas tradições e sua fé. Assim, a devoção a Nossa Senhora não apenas sobreviveu, mas floresceu em terras brasileiras. As imagens da Virgem Maria foram levadas aos novos territórios, e as comunidades que se formaram em solo brasileiro rapidamente adotaram as práticas marianas. Essa herança portuguesa foi um presente valioso, permitindo que a devoção a Nossa Senhora Aparecida se firmasse como um pilar da fé católica no Brasil, moldando a espiritualidade e a cultura do povo brasileiro ao longo dos séculos.
Em outubro de 1717, no Rio Paraíba do Sul, aconteceu um fato marcante que deu início à devoção à Nossa Senhora Aparecida. Três pescadores – Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso – foram encarregados de pescar para um banquete em homenagem ao governador Dom Pedro de Almeida, que visitava Guaratinguetá. Porém, apesar de seus esforços, as redes voltavam sempre vazias, devido à época desfavorável para a pesca.
Persistindo na tentativa, os pescadores rezaram pedindo a intercessão de Nossa Senhora. Logo em seguida, João Alves puxou das águas o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Pouco depois, a cabeça da imagem também foi encontrada, completando a figura da Virgem.
A imagem era de Nossa Senhora da Conceição, que representa a Virgem Maria sem pecado desde o momento em que foi concebida. E, como ela estava grávida, não segurava o Menino Jesus, pois Ele ainda estava em seu ventre.
Acredita-se que a imagem tenha sido moldada por um artesão devoto, provavelmente inspirado pela consagração de Portugal a Nossa Senhora da Conceição, e que, após ser quebrada, tenha sido lançada no rio, seguindo a tradição de não descartar imagens sagradas de forma desrespeitosa.
Após o resgate da imagem, os pescadores vivenciaram um milagre: suas redes, antes vazias, começaram a se encher de peixes, quase afundando seus barcos. Esse evento foi interpretado como um sinal claro da intercessão de Nossa Senhora.
A imagem foi levada para a casa de um dos pescadores, onde rapidamente se tornou objeto de veneração. O “milagre das águas” se espalhou pela região e marcou o início da devoção popular à Nossa Senhora Aparecida, que mais tarde seria reconhecida como padroeira do Brasil.
Em 1868, a Princesa Isabel enfrentava um grande desafio: o sonho de ser mãe parecia cada vez mais distante, pois não conseguia engravidar. Movida pela fé, fez uma peregrinação à Basílica de Aparecida e, diante da imagem de Nossa Senhora, fez uma promessa. Ela suplicou pela graça de ter um filho e prometeu que, se fosse abençoada com a maternidade, ofereceria um manto à santa.
Sua devoção à Nossa Senhora Aparecida permaneceu forte ao longo dos anos e ela foi agraciada com três filhos: Pedro de Alcântara, Luís Maria e Antônio Gastão.
Como forma de expressar sua gratidão e devoção, Isabel mandou confeccionar uma réplica da coroa que usaria como rainha do Brasil e a enviou à Basílica. Junto à coroa, acompanhava um bilhete que reflete sua humildade e fé profunda:
“Eu, diante de Vós, sou uma Princesa da terra e me curvo, pois és a Rainha do Céu. Te dou tão pobre presente, que é uma coroa igual à minha. E se eu não me sentar no trono do Brasil, rogo que a Senhora se sente nele por mim e governe perpetuamente o Brasil.”
A coroa, oferecida por uma princesa que renunciava ao trono terreno, adorna até hoje a imagem de Nossa Senhora Aparecida, simbolizando não apenas a devoção de Isabel, mas também a entrega de um país inteiro à proteção da Rainha do Céu.
A história de Nossa Senhora Aparecida é repleta de relatos de fé e milagres que refletem o profundo amor e devoção que os fiéis sentem por Ela. Desde o momento em que a imagem foi encontrada no rio Paraíba do Sul, muitos testemunhos de curas e intervenções divinas começaram a surgir, fortalecendo a fé na proteção da Mãe de Jesus.
Um dos milagres mais famosos é o de Zacarias, um escravo que, ao se ajoelhar diante da imagem de Nossa Senhora, clamou por libertação. Para a surpresa de todos, as correntes que o prendiam se quebraram, permitindo que ele ficasse livre. Esse acontecimento não apenas transformou a vida de Zacarias, mas também inspirou muitos outros a buscar a intercessão de Nossa Senhora em suas necessidades.
Outro relato emocionante é o de uma família que, desesperada por causa da cegueira de sua filha, decidiu visitar o Santuário de Aparecida. Com fervor e fé, pediram a cura da menina. Quando chegaram ao santuário, a criança, antes sem visão, exclamou com alegria: “Como é bonita esta Igreja!” Através da intercessão de Nossa Senhora, a menina foi curada, e essa história se espalhou, atraindo mais devotos ao santuário.
Os milagres de Nossa Senhora Aparecida não se limitam a curas físicas. Muitas pessoas relatam experiências de conversão, paz, consolo e proteção em momentos difíceis, sempre atribuindo essas graças à presença amorosa da Virgem em suas vidas. A devoção a Nossa Senhora Aparecida é um testemunho do poder da fé e da intercessão da Mãe de Deus, capaz de transformar corações e trazer esperança àqueles que se entregam à sua intercessão.
Confira a influência de Nossa Senhora Aparecida na cultura do Brasil.
A devoção a Nossa Senhora Aparecida, que começou de forma simples com a pesca milagrosa em 1717, foi crescendo e conquistando o coração do povo brasileiro. Aos poucos, a fama da imagem milagrosa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida se espalhou, e o pequeno oratório em que a imagem era venerada na casa dos pescadores se tornou um local de peregrinação.
O primeiro marco físico da devoção foi a construção de uma capela em 1745, erguida em homenagem à Virgem, para abrigar a imagem e acomodar o crescente número de fiéis que iam até o local pedir graças e agradecer pelos milagres. Com o tempo, a devoção popular continuou a aumentar, e o número de romeiros cresceu tanto que houve a necessidade de um espaço maior.
Assim, em 1888, foi construída uma basílica de maiores proporções, conhecida hoje como Basílica Velha, para receber os devotos com mais conforto. Já nessa época, a imagem de Nossa Senhora Aparecida era considerada um símbolo nacional.
O passo seguinte foi a construção do imponente Santuário Nacional, iniciado em 1955 e concluído no final do século XX. A nova Basílica, hoje considerada a segunda maior igreja do mundo, tornou-se um ponto de peregrinação e símbolo do reconhecimento real e espiritual de Nossa Senhora como Rainha e Padroeira do Brasil.
O Santuário Nacional de Aparecida é um local que celebra não apenas a fé, mas também a ligação histórica e devocional do Brasil com a sua padroeira, tornando-se um dos mais importantes centros da fé católica no país.
Que tal iniciar a novena a Nossa Senhora Aparecida?
A coroação da imagem que fora pescada no Rio Paraíba se deu apenas em 1904, 16 anos depois da Princesa ter ofertado a coroa e o manto à Virgem.
Em 1930, o Papa Pio XI proclamou Nossa Senhora Aparecida como Rainha e Padroeira do Brasil, reforçando a devoção que já tomava conta do país.
Por isso, no âmbito nacional, o dia 12 de outubro se tornou feriado em homenagem à Mãe de Deus.
Leia mais: Por que Nossa Senhora possui vários títulos?
O atentado à imagem de Nossa Senhora Aparecida ocorreu em 16 de maio de 1978, quando um jovem jogou a imagem da padroeira do Brasil no chão, quebrando-a em mais de 200 pedaços. O incidente assustou os devotos e gerou uma grande comoção no país.
Para a restauração da imagem, o Museu de Arte de São Paulo (MASP) foi chamado, e a responsabilidade foi dada à restauradora Maria Helena Chartuni. Ela, que possuía grande habilidade na recuperação de obras de arte, aceitou o delicado desafio de restaurar uma peça com tamanha relevância religiosa e emocional para o povo brasileiro.
Maria Helena usou técnicas sofisticadas para reconstruir a imagem, respeitando cada fragmento original, e devolvendo sua forma e beleza de forma impressionante. Durante o processo, ela foi profundamente tocada pela importância da missão que estava desempenhando. Relatos dizem que essa experiência espiritual influenciou pessoalmente Maria Helena, levando-a a uma conversão ao longo do processo de restauração da imagem.
Além do cuidado técnico, a restauração tornou-se também um caminho de fé para ela.
Depois de vários meses de trabalho, a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi devolvida ao Santuário Nacional no final de 1978, restaurada e ainda mais amada pelos devotos. A volta da imagem foi um momento de grande alegria e renovação da fé para os milhões de fiéis que aguardavam ansiosamente. O atentado, embora doloroso, acabou fortalecendo a devoção e marcando mais uma etapa na história da padroeira do Brasil.
Reze a oração a Nossa Senhora Aparecida.
A mensagem de Nossa Senhora Aparecida nos ensina sobre o que Deus deseja realizar em cada um de nós. Assim como a imagem da Virgem, quebrada e lançada nas águas do Rio Paraíba, nós também carregamos as marcas de nossas falhas e pecados, muitas vezes sentindo-nos como pedaços de barro rachados, necessitando da graça divina para sermos restaurados.
Deus nos chama a considerar essa nossa fragilidade, admitindo que, sem Sua presença, permanecemos incompletos. A imagem de Nossa Senhora Aparecida, reencontrada e restaurada, se torna um símbolo vivo da esperança de que também podemos ser reconstruídos, não apenas em nossos corpos, mas principalmente em nosso espírito. Maria, como Mãe cuidadosa, acompanha-nos nesse processo, orientando-nos para que possamos ser moldados pelo amor do eu filho, Jesus.
A transformação verdadeira começa quando nos entregamos a Ele com humildade, permitindo que Seu amor refaça nosso coração. Maria, exemplo perfeito de santidade, nos mostra o caminho para superarmos nossas limitações e vivermos conforme os ensinamentos de Cristo.
Assim como o Brasil foi abençoado pela presença de Nossa Senhora Aparecida, somos chamados a buscar nossa conversão diária, deixando que Deus nos resgate, nos cure e nos transforme, moldando vidas nossas sob o olhar maternal de Maria.
A figura de Nossa Senhora Aparecida carrega uma riqueza simbólica imensa.
Ela é a Mãe que traz em seu ventre o Salvador do mundo, tem a pele morena que nos conecta à história do Brasil, foi alvo de um atentado e precisou ser cuidadosamente restaurada, pedaço por pedaço etc.
Cada um desses aspectos são matéria para uma meditação profunda.
E foi isso que um grande sacerdote brasileiro fez: reuniu 12 meditações sobre a devoção a Nossa Senhora Aparecida, passando por cada marco da história da Rainha e Padroeira do Brasil.
Escrito pelo Padre José Eduardo, o livro Minha Mãe Aparecida está disponível na Loja do Assinante da Minha Biblioteca Católica, em uma edição exclusiva para os membros do clube.
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