Espiritualidade

Meditação para o Domingo de Ramos

Queridos filhos e filhas, entramos com o Senhor neste domingo de Ramos em Jerusalém, a cidade Santa, a cidade real.

Meditação para o Domingo de Ramos
Espiritualidade

Meditação para o Domingo de Ramos

Queridos filhos e filhas, entramos com o Senhor neste domingo de Ramos em Jerusalém, a cidade Santa, a cidade real.

Data da Publicação: 01/04/2023
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC
Data da Publicação: 01/04/2023
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC

Queridos filhos e filhas, entramos com o Senhor neste domingo de Ramos em Jerusalém, a cidade Santa, a cidade real.

Queremos com o Senhor entrar para o Calvário. Eis a beleza da celebração deste domingo: o brilho dos ramos esconde o brilho da cruz.

É bonito perceber que, em Sua vida pública, Nosso Senhor esteve em tantos lugares: na Galiléia, nos mares, nas montanhas. Mas agora, em que é chegada a hora — como vai dizer o Santo Evangelho na celebração deste Domingo de Ramos — Ele entra na cidade real. Ele entra e é aclamado com “Hosana ao filho de Davi!” Porém, logo mais, as mesmas vozes que O aclamam e que derramam sobre Ele seus ramos e suas vestes, O crucificam.

As duas propriedades do Senhor neste Domingo de Ramos


Na celebração deste Domingo de Ramos, nós percebemos duas propriedades do Senhor: a primeira, é a Sua soberania. Ele é o Deus de Israel. Ele é o Filho de Deus. E em toda a sua vida pública, o Senhor ocultou isto. Pedia que nos milagres não se contasse o que havia acontecido, nem quem ele era. Mas agora, na hora derradeira, Ele assume o seu papel — “Eu sou o Filho de Deus.”

Mas ao mesmo tempo em que temos esta soberania, nós temos a necessidade deste Deus, que precisou de uma barca para pregar, que precisou, em certo momento, de pão e de peixe para o milagre. E agora, Ele precisa de um potro de jumenta, de um jumentinho para entrar em Jerusalém. Aqui nós vemos a humildade, a segunda propriedade do Senhor.

É um rei totalmente diferente daquilo que existia e daquilo que era esperado. Não esqueçamos que o Senhor é visto por muitos como o Messias, aquele líder político que vem libertar Israel. O Senhor não faz isto, mas sua libertação é a cruz escondida pelos ramos de oliveira. O Senhor é um rei totalmente diferente, mas não deixa de ter as propriedades da realeza.

Vale a pena nós nos determos neste ponto: o Senhor tem, sim, e terá a sua coroa — a coroa de espinhos. Terá o seu manto cor de púrpura — mas será o Seu sangue derramado e esvaziado de seu povo. Terá, sim, o Seu trono, que será a Sua cruz. Terá, sim, o anel símbolo da realeza — mas, na verdade, serão os cravos que transpassarão Suas mãos. E terá, sim, um reino, mas não daqui. É o que Jesus vem anunciar neste Domingo de Ramos: “O meu Reino não é daqui.” Por isso está montado num potro de jumento.

É hora de entrar para a Terra Prometida


Queremos com o Senhor, neste Domingo de Ramos, entrar para esta terra prometida.

Na tradição judaica, a festa da Páscoa se dava no mês de Nissan. E, neste domingo — quatro dias antes da Páscoa —, escolhia um cordeiro para sacrificar.

Veja, Jesus não veio abolir a lei. Ele veio plenificar. Ele veio dar pleno sentido a tudo o que já existia. Ele é este Cordeiro. Ele é este Cordeiro que livremente dá a sua vida.

As palmas que nós iremos receber nesta celebração dominical servem justamente para isto. O Senhor viverá a sua hora derradeira, mas nós levaremos os ramos para casa.

E qual é o sentido disso? Todos os dias da nossa vida, em todos os momentos do nosso cotidiano, nós precisamos lembrar que estamos subindo para o Calvário para sermos crucificados com Ele e, assim, ressuscitarmos.

As imagens de nossos santos, de nossos mártires, sempre trazem nas mãos a palma — a palma do martírio — para justamente dizer isto.

Esta palma, que se transformará em cinzas na Quarta-feira de Cinzas do próximo ano, é o que nós somos. Nós somos pó. Nós somos cinzas. Nós precisamos passar pelo cadinho, pelo fogo da purificação, do amor, do sofrimento, para realmente sermos aquilo que somos. Um pó iluminado pela força do Senhor. Que nesta celebração, nós possamos entrar como Jesus em Jerusalém, e O clamarmos com “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, o Filho de Davi.”

E que esta seja a nossa voz. Que a nossa palavra seja apenas “Hosana! Bendito o que vem!”, e não se transforme em um “Crucifica-O!” mais tarde.

Que esta palma possa ser um sinal presente na nossa vida, na nossa casa, de que nós também somos convidados a viver a nossa hora derradeira, a nossa cruz, o nosso Calvário. Mas que logo depois esta palma se transformará em ressurreição.

Que Deus te abençoe, que Nossa Senhora te acompanhe nestes próximos dias da Semana Santa.

Redação MBC

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Queridos filhos e filhas, entramos com o Senhor neste domingo de Ramos em Jerusalém, a cidade Santa, a cidade real.

Queremos com o Senhor entrar para o Calvário. Eis a beleza da celebração deste domingo: o brilho dos ramos esconde o brilho da cruz.

É bonito perceber que, em Sua vida pública, Nosso Senhor esteve em tantos lugares: na Galiléia, nos mares, nas montanhas. Mas agora, em que é chegada a hora — como vai dizer o Santo Evangelho na celebração deste Domingo de Ramos — Ele entra na cidade real. Ele entra e é aclamado com “Hosana ao filho de Davi!” Porém, logo mais, as mesmas vozes que O aclamam e que derramam sobre Ele seus ramos e suas vestes, O crucificam.

As duas propriedades do Senhor neste Domingo de Ramos


Na celebração deste Domingo de Ramos, nós percebemos duas propriedades do Senhor: a primeira, é a Sua soberania. Ele é o Deus de Israel. Ele é o Filho de Deus. E em toda a sua vida pública, o Senhor ocultou isto. Pedia que nos milagres não se contasse o que havia acontecido, nem quem ele era. Mas agora, na hora derradeira, Ele assume o seu papel — “Eu sou o Filho de Deus.”

Mas ao mesmo tempo em que temos esta soberania, nós temos a necessidade deste Deus, que precisou de uma barca para pregar, que precisou, em certo momento, de pão e de peixe para o milagre. E agora, Ele precisa de um potro de jumenta, de um jumentinho para entrar em Jerusalém. Aqui nós vemos a humildade, a segunda propriedade do Senhor.

É um rei totalmente diferente daquilo que existia e daquilo que era esperado. Não esqueçamos que o Senhor é visto por muitos como o Messias, aquele líder político que vem libertar Israel. O Senhor não faz isto, mas sua libertação é a cruz escondida pelos ramos de oliveira. O Senhor é um rei totalmente diferente, mas não deixa de ter as propriedades da realeza.

Vale a pena nós nos determos neste ponto: o Senhor tem, sim, e terá a sua coroa — a coroa de espinhos. Terá o seu manto cor de púrpura — mas será o Seu sangue derramado e esvaziado de seu povo. Terá, sim, o Seu trono, que será a Sua cruz. Terá, sim, o anel símbolo da realeza — mas, na verdade, serão os cravos que transpassarão Suas mãos. E terá, sim, um reino, mas não daqui. É o que Jesus vem anunciar neste Domingo de Ramos: “O meu Reino não é daqui.” Por isso está montado num potro de jumento.

É hora de entrar para a Terra Prometida


Queremos com o Senhor, neste Domingo de Ramos, entrar para esta terra prometida.

Na tradição judaica, a festa da Páscoa se dava no mês de Nissan. E, neste domingo — quatro dias antes da Páscoa —, escolhia um cordeiro para sacrificar.

Veja, Jesus não veio abolir a lei. Ele veio plenificar. Ele veio dar pleno sentido a tudo o que já existia. Ele é este Cordeiro. Ele é este Cordeiro que livremente dá a sua vida.

As palmas que nós iremos receber nesta celebração dominical servem justamente para isto. O Senhor viverá a sua hora derradeira, mas nós levaremos os ramos para casa.

E qual é o sentido disso? Todos os dias da nossa vida, em todos os momentos do nosso cotidiano, nós precisamos lembrar que estamos subindo para o Calvário para sermos crucificados com Ele e, assim, ressuscitarmos.

As imagens de nossos santos, de nossos mártires, sempre trazem nas mãos a palma — a palma do martírio — para justamente dizer isto.

Esta palma, que se transformará em cinzas na Quarta-feira de Cinzas do próximo ano, é o que nós somos. Nós somos pó. Nós somos cinzas. Nós precisamos passar pelo cadinho, pelo fogo da purificação, do amor, do sofrimento, para realmente sermos aquilo que somos. Um pó iluminado pela força do Senhor. Que nesta celebração, nós possamos entrar como Jesus em Jerusalém, e O clamarmos com “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, o Filho de Davi.”

E que esta seja a nossa voz. Que a nossa palavra seja apenas “Hosana! Bendito o que vem!”, e não se transforme em um “Crucifica-O!” mais tarde.

Que esta palma possa ser um sinal presente na nossa vida, na nossa casa, de que nós também somos convidados a viver a nossa hora derradeira, a nossa cruz, o nosso Calvário. Mas que logo depois esta palma se transformará em ressurreição.

Que Deus te abençoe, que Nossa Senhora te acompanhe nestes próximos dias da Semana Santa.

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