Na Terça-feira Santa, contemplamos a dor de Jesus diante da traição e aprendemos sobre fidelidade e misericórdia.
Na Terça-feira Santa, contemplamos a dor de Jesus diante da traição e aprendemos sobre fidelidade e misericórdia.
Na Terça-feira Santa, contemplamos a dor de Jesus diante da traição e aprendemos sobre fidelidade e misericórdia.
A Terça-feira Santa nos coloca diante de um profundo drama espiritual: a dor de Jesus diante da traição e da negação de seus amigos. É o início da paixão interior de Cristo, marcada não apenas pelo sofrimento físico que virá, mas pela solidão e pela ferida provocada pela infidelidade dos mais próximos.
Neste artigo, vamos refletir sobre o Evangelho e a liturgia da Terça-feira Santa, compreendendo o significado das atitudes de Judas e Pedro, a paciência do coração de Jesus, e como essa cena nos ensina a viver com mais humildade, confiança e fidelidade durante a Semana Santa.
A Terça-feira Santa mergulha o coração da Igreja em um dos episódios mais humanos e dolorosos da Paixão: a traição e a negação. Estamos diante de um dia marcado por tensões profundas e silenciosas — o tipo de dor que não se vê por fora, mas que fere até o mais íntimo da alma. Jesus, que amou até o fim, contempla o coração dos seus amigos e vê o que está prestes a acontecer: Judas o entregará. Pedro o negará. E mesmo assim, Ele continua amando.
A liturgia nos apresenta duas figuras centrais, dois homens profundamente diferentes, mas unidos por uma mesma realidade: a fraqueza humana. Judas e Pedro foram escolhidos, chamados pessoalmente, acompanharam o Mestre de perto. Mas naquele momento crucial, cada um deles falha. A Terça-feira Santa é o dia para contemplar esse drama — e, sobretudo, o modo como Jesus o atravessa: com misericórdia e fidelidade.
Conheça a história de São Pedro.
O capítulo 13 do Evangelho segundo São João traz um dos momentos mais solenes da vida de Cristo: a Última Ceia. Ali, entre pão e vinho, gestos de ternura e palavras de despedida, Jesus faz um anúncio que abala o coração dos discípulos: “Um de vós me trairá.” 1
O ambiente, antes de comunhão, agora se tinge de inquietação. Quem seria capaz disso? Os olhares se cruzam. Pedro, impetuoso, pede a João — o discípulo amado — que pergunte a Jesus de quem Ele está falando. Jesus então responde, com um gesto de intimidade silenciosa: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho”. 2 E o entrega a Judas.
O texto conclui: “Era noite” (Jo 13,30). Uma frase curta, mas carregada de sentido. A noite caiu sobre o mundo — mas, principalmente, sobre o coração de Judas.
Judas sai da ceia. Sai da comunhão. Sai da luz. E mergulha na escuridão. A expressão “era noite” é mais do que uma marca de tempo: é uma descrição espiritual. Judas entra na noite de sua própria vontade, da sua escolha. Ele abandona o Mestre e se isola, acreditando poder resolver as coisas do seu jeito.
A Igreja olha para Judas não com desprezo, mas com dor. Ele não foi rejeitado por Jesus. Pelo contrário: foi amado até o fim. Recebeu pão, conviveu, escutou, foi enviado. Mas seu coração foi se fechando. A tragédia de Judas é também um espelho para nós: o que acontece quando endurecemos o coração? Quando deixamos a comunhão e mergulhamos em nossas próprias trevas?
Descubra o que a traição de Judas pode nos ensinar e como pode ser comparada com a traição de São Pedro.
Como se não bastasse o peso da traição, Jesus volta-se a Pedro e anuncia: “Antes que o galo cante, me negarás três vezes.” 3 Pedro, impulsivo e apaixonado, protesta que está pronto para morrer com Jesus, mas o Senhor, que conhece o coração humano, sabe que o medo o fará tropeçar.
Pedro é o exemplo do zelo que precisa ser purificado. Ele ama Jesus, de fato, porém sua confiança ainda está muito em si mesmo, na sua própria força. E é por isso que cairá. Contudo, ao contrário de Judas, que se afasta e se fecha, Pedro voltará. Chorará amargamente, converter-se-á e será confirmado na fé.
A Primeira Leitura, retirada do livro de Isaías 4, continua a nos apresentar os Cânticos do Servo Sofredor. O Servo é aquele que foi chamado desde o ventre, mas que experimenta a sensação de que tudo foi em vão. Contudo, ele se apoia no Senhor e permanece fiel. É uma figura de Cristo — mas também uma imagem de todos os que, mesmo diante do aparente fracasso, escolhem confiar.
O Salmo 70 ressoa como uma súplica sincera: “Minha boca anunciará vossa justiça”. É a oração dos que querem perseverar, mesmo na dor. Já o Evangelho revela que a Paixão de Jesus não começou no Calvário, mas no coração: Ele sente o peso do abandono, da infidelidade, da solidão.
O Evangelho 5 revela o início da paixão interior de Cristo. Antes mesmo das chagas físicas, Jesus sofre com as feridas da alma: Ele sente o peso da traição de Judas e prevê a negação de Pedro. Com poucas palavras, o texto nos conduz a um ambiente denso e silencioso, marcado pela dor da despedida, pela solidão e pela fidelidade de um amor que não se abala. É a noite em que a sombra da cruz começa a descer sobre o coração do Mestre — e que nos prepara para o mistério do Tríduo Pascal.
Confira a liturgia completa da Terça-feira Santa aqui.
Jesus sabia, sabia o que Judas faria, sabia da negação de Pedro, e, mesmo assim, continuou a amá-los, a lavar os pés deles, a partir o pão com eles. Ele conhece nossas sombras, nossas fraquezas, nossas noites — e não desiste de nós.
A Terça-feira Santa nos ensina a não confiar demais em nossas próprias forças. Ninguém é forte por si mesmo. Ao mesmo tempo, somos chamados a não cair no desespero quando tropeçamos. Jesus olha com compaixão tanto para Judas quanto para Pedro. Um escolhe afastar-se. O outro, apesar da queda, se deixa alcançar pelo olhar de Jesus. E recomeça.
Este é o convite: recomeçar. Deixar-se olhar. Voltar ao Senhor.
Você tem o costume de rezar o Ato de Contrição? Aprenda a fazê-lo aqui.
Aprenda a fazer um bom exame de consciência.
Leia também sobre a Segunda-feira Santa.
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Na Terça-feira Santa, contemplamos a dor de Jesus diante da traição e aprendemos sobre fidelidade e misericórdia.
A Terça-feira Santa nos coloca diante de um profundo drama espiritual: a dor de Jesus diante da traição e da negação de seus amigos. É o início da paixão interior de Cristo, marcada não apenas pelo sofrimento físico que virá, mas pela solidão e pela ferida provocada pela infidelidade dos mais próximos.
Neste artigo, vamos refletir sobre o Evangelho e a liturgia da Terça-feira Santa, compreendendo o significado das atitudes de Judas e Pedro, a paciência do coração de Jesus, e como essa cena nos ensina a viver com mais humildade, confiança e fidelidade durante a Semana Santa.
A Terça-feira Santa mergulha o coração da Igreja em um dos episódios mais humanos e dolorosos da Paixão: a traição e a negação. Estamos diante de um dia marcado por tensões profundas e silenciosas — o tipo de dor que não se vê por fora, mas que fere até o mais íntimo da alma. Jesus, que amou até o fim, contempla o coração dos seus amigos e vê o que está prestes a acontecer: Judas o entregará. Pedro o negará. E mesmo assim, Ele continua amando.
A liturgia nos apresenta duas figuras centrais, dois homens profundamente diferentes, mas unidos por uma mesma realidade: a fraqueza humana. Judas e Pedro foram escolhidos, chamados pessoalmente, acompanharam o Mestre de perto. Mas naquele momento crucial, cada um deles falha. A Terça-feira Santa é o dia para contemplar esse drama — e, sobretudo, o modo como Jesus o atravessa: com misericórdia e fidelidade.
Conheça a história de São Pedro.
O capítulo 13 do Evangelho segundo São João traz um dos momentos mais solenes da vida de Cristo: a Última Ceia. Ali, entre pão e vinho, gestos de ternura e palavras de despedida, Jesus faz um anúncio que abala o coração dos discípulos: “Um de vós me trairá.” 1
O ambiente, antes de comunhão, agora se tinge de inquietação. Quem seria capaz disso? Os olhares se cruzam. Pedro, impetuoso, pede a João — o discípulo amado — que pergunte a Jesus de quem Ele está falando. Jesus então responde, com um gesto de intimidade silenciosa: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho”. 2 E o entrega a Judas.
O texto conclui: “Era noite” (Jo 13,30). Uma frase curta, mas carregada de sentido. A noite caiu sobre o mundo — mas, principalmente, sobre o coração de Judas.
Judas sai da ceia. Sai da comunhão. Sai da luz. E mergulha na escuridão. A expressão “era noite” é mais do que uma marca de tempo: é uma descrição espiritual. Judas entra na noite de sua própria vontade, da sua escolha. Ele abandona o Mestre e se isola, acreditando poder resolver as coisas do seu jeito.
A Igreja olha para Judas não com desprezo, mas com dor. Ele não foi rejeitado por Jesus. Pelo contrário: foi amado até o fim. Recebeu pão, conviveu, escutou, foi enviado. Mas seu coração foi se fechando. A tragédia de Judas é também um espelho para nós: o que acontece quando endurecemos o coração? Quando deixamos a comunhão e mergulhamos em nossas próprias trevas?
Descubra o que a traição de Judas pode nos ensinar e como pode ser comparada com a traição de São Pedro.
Como se não bastasse o peso da traição, Jesus volta-se a Pedro e anuncia: “Antes que o galo cante, me negarás três vezes.” 3 Pedro, impulsivo e apaixonado, protesta que está pronto para morrer com Jesus, mas o Senhor, que conhece o coração humano, sabe que o medo o fará tropeçar.
Pedro é o exemplo do zelo que precisa ser purificado. Ele ama Jesus, de fato, porém sua confiança ainda está muito em si mesmo, na sua própria força. E é por isso que cairá. Contudo, ao contrário de Judas, que se afasta e se fecha, Pedro voltará. Chorará amargamente, converter-se-á e será confirmado na fé.
A Primeira Leitura, retirada do livro de Isaías 4, continua a nos apresentar os Cânticos do Servo Sofredor. O Servo é aquele que foi chamado desde o ventre, mas que experimenta a sensação de que tudo foi em vão. Contudo, ele se apoia no Senhor e permanece fiel. É uma figura de Cristo — mas também uma imagem de todos os que, mesmo diante do aparente fracasso, escolhem confiar.
O Salmo 70 ressoa como uma súplica sincera: “Minha boca anunciará vossa justiça”. É a oração dos que querem perseverar, mesmo na dor. Já o Evangelho revela que a Paixão de Jesus não começou no Calvário, mas no coração: Ele sente o peso do abandono, da infidelidade, da solidão.
O Evangelho 5 revela o início da paixão interior de Cristo. Antes mesmo das chagas físicas, Jesus sofre com as feridas da alma: Ele sente o peso da traição de Judas e prevê a negação de Pedro. Com poucas palavras, o texto nos conduz a um ambiente denso e silencioso, marcado pela dor da despedida, pela solidão e pela fidelidade de um amor que não se abala. É a noite em que a sombra da cruz começa a descer sobre o coração do Mestre — e que nos prepara para o mistério do Tríduo Pascal.
Confira a liturgia completa da Terça-feira Santa aqui.
Jesus sabia, sabia o que Judas faria, sabia da negação de Pedro, e, mesmo assim, continuou a amá-los, a lavar os pés deles, a partir o pão com eles. Ele conhece nossas sombras, nossas fraquezas, nossas noites — e não desiste de nós.
A Terça-feira Santa nos ensina a não confiar demais em nossas próprias forças. Ninguém é forte por si mesmo. Ao mesmo tempo, somos chamados a não cair no desespero quando tropeçamos. Jesus olha com compaixão tanto para Judas quanto para Pedro. Um escolhe afastar-se. O outro, apesar da queda, se deixa alcançar pelo olhar de Jesus. E recomeça.
Este é o convite: recomeçar. Deixar-se olhar. Voltar ao Senhor.
Você tem o costume de rezar o Ato de Contrição? Aprenda a fazê-lo aqui.
Aprenda a fazer um bom exame de consciência.
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